O modelo Palocci-Bernardes

Ainda falta na atual campanha os estragos que o modelo de gestão orçamentária do governo Lula – Palocci-Paulo Bernardo—causaram na qualidade dos gastos públicos. Contingenciamentos na boca do caixa, falta de planejamento para a constituição do superávit fiscal, alocação de recursos em programas de difícil viabilidade nos ministérios, tudo isso contribuiu para piorar ainda mais um serviço público precário.

O mal que causaram ao setor de tecnologia, contingenciando os fundos setoriais, à infra-estrutura, ao modelo das agências reguladoras, tudo isso foi intencional.

Certa vez, em Belo Horizonte, participei de um debate com o diretor de macro-economia do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), órgão do Ministério do Planejamento. Ele dava exemplos de ministérios que não conseguiram gastar recursos alocados para eles, como prova de que a melhor utilização dos recursos seria para pagar juros.

Tempos depois, um alto Ministro do governo Lula contou um bate-boca que houve em uma das reuniões inter-ministeriais, quando Palocci foi desmascarado. Um dos Ministros fez um levantamento e demonstrou que Fazenda e Planejamento só colocavam dinheiro em projetos específicos de ministérios, que eles tinham certeza de que haveria muita dificuldade em andar (por problemas ambientais, burocráticos ou de outra natureza). Obviamente, com pleno apoio (embora nao total conhecimento) de Lula.

Luis Nassif

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