Jornal GGN – O índice de Confiança de Serviços (ICS) apurado pela Fundação Getulio Vargas recuou 12,1% entre fevereiro e março de 2015, ao passar de 93,7 para 82,4 pontos, na série com ajuste sazonal. Após a terceira queda consecutiva, o índice registra um novo mínimo histórico da série iniciada em junho de 2008.
O movimento negativo atingiu tanto as avaliações sobre o momento presente quanto as expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou queda de 14,1%, só superada pela registrada em novembro de 2008 (-16,8%), e o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 10,7%, ante -4,5% no mês anterior; ambos os índices chegaram aos menores níveis da série histórica.
A piora do ISA-S entre fevereiro e março foi determinada pela redução de 16,6% do indicador de Situação Atual dos Negócios e de 11,2% do indicador de Volume de Demanda Atual. A proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como boa diminuiu de 16,8% para 11,7% e a parcela das que a avaliam como ruim passou de 35,7% para 44,1%.
A queda do IE-S entre fevereiro e março foi reflexo da redução de 11,8% do indicador de Demanda Prevista e de 9,5% do indicador de Tendência dos Negócios. A proporção de empresas esperando aumento da demanda nos próximos três meses passou de 28,6% para 20,2% do total, enquanto a parcela das que esperam redução passou de 18,3% para 22,9%.
O ICS atingiu o mínimo histórico também em 11 das 12 atividades investigadas, muito por conta das avaliações negativas da demanda do momento atual e dos próximos três meses, bem como sobre a situação corrente e futura dos negócios.
“Em março, o índice de confiança foi o menor da série em 11 dos 12 segmentos pesquisados, mostrando, de modo inequívoco, uma percepção desfavorável pelo setor sobre o rumo dos negócios”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.”Em linha com esse cenário adverso, o indicador que mede o ímpeto de contratações, nesse que é o setor mais empregador da economia, também chegou o mínimo histórico, reforçando os sinais de uma retração na atividade no primeiro trimestre do ano, em resposta à redução da demanda doméstica, num contexto de inflação mais alta e desaceleração do mercado de trabalho”.
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