Funcionários no tatame para sacudir a empresa

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – As pequenas e médias empresas têm que ser pensadas como um barco: tem boa navegação mas precisa saber de onde sai e para onde vai, com toda a equipe sabendo seu papel. Quem explica isso é Thiago Dantas, sócio da Clarear Pessoas e Propósitos, que tem por norte montar vivências que tiram os funcionários da zona de conforto, ajustando o navegar de empresas. “Trabalhamos com desenvolvimento de pessoas e ajustes comportamentais”, explica Thiago.

Segundo ele, os colaboradores em geral não sabem como se ajustar ao projeto, o que gera desmotivação, angústia e, é claro, queda na produtividade. Funcionários fazendo um trabalho mecânico e sem saber o porquê de realizar tal ou tal tarefa. Desta forma a empresa fica estagnada, deixa de ganhar. “Empresa e colaboradores não se tocam disso”, diz Thiago, “colaborador quer ser incluído, fazer parte de um motor”. O problema pode crescer, fazendo  com que haja perda de produtividade, por não ter foco nas pessoas, não ter uma ligação entre o divulgado e o praticado.

O trabalho desenvolvido pela Clarear, explica Thiago, é justamente o de clarear a direção a ser tomada, “fazer o alinhamento de cada profissional com o propósito da empresa”. O trabalho da consultoria é ajudar na redefinição de prioridades e organizações e, partir daí, alinhar os colaboradores com essas diretrizes. “Como se estivesse começando de novo”, diz Dantas, alinhando missão e valores com a prática, para a cultura se instale.

As ferramentas utilizadas pela consultoria são variadas. Um delas é o despertar do Guerreiro Interno, que vai focar na liderança e autonomia. “Depois de redefinir culturas, eles têm que ser o espelho para funcionários”, diz Thiago. Outro ponto abordado é a questão da felicidade nas organizações, um trabalho focado no autoconhecimento.

A vivência funciona como um in-coaching, um treinador interno. O coaching tradicional coloca meta fora e, neste tipo de trabalho, primeiro se muda o interno, “para que dentro tome iniciativas que o elevem como profissional”, explica o consultor, “início da mudança tem que ser interno”, conclui.

Prática

Fernando Belatto, consultor e sócio na Clarear, trabalha com a ferramenta Despertar do Guerreiro. Ele explica que, neste caso, o foco é o desenvolvimento de valores pessoais e também da empresa. Para isso, utiliza movimentos das artes marciais em que os exercícios trazem o foco, a firmando. “Não é só a teoria, o corpo leva a gente para a experiência”, explica ele, “ele é muito mais vivencial que teórico”.

Segundo ele, as posturas de artes marciais ajudam a pessoa a “sentir mais forte esses conceitos, permitindo mais saúde mental, física e psicológica”, explica Belatto. Os valores em questão, trazidos pela entendimento de artes marciais, são ética, honestidade, disciplina, força, força de vontade, superação, coragem, autoconfiança e resgate do poder pessoal.

A prática vai auxiliar primeiro a pessoa, que passará isso para a empresa. Na primeira aula, conforme relata Belatto, já se sente a diferença mas, a partir de três meses de trabalho, a mudança é efetiva, pois “começa a ‘descondicionar’ hábitos”.

Lourdes Nassif

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