Chamar de ‘coxinha’ não é pejorativo, diz Haddad

Por Gunter Zibell – SP

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Concordo com o prefeito. Para mim coxinha é um apelido que pegou para quem se manifesta de oposição ao governo federal e em geral é social-liberal (quando é social-democrata chamamos de eleitor crítico.) E isso obviamente não é pejorativo. Não é tão neutro, no entanto, como saramandaienses e bolebolenses porque há diferenças no discurso (mas não exatamente na prática.)

Pode ter sido usado de modo pejorativo no passado. Eu mesmo já percebi essa intenção em algumas referências a mim nas últimas eleições. Mas também não é raro que palavras mudem de significado com o tempo.

Coxinha tem outros significados também, já vi em novelas com o sentido de almofadinha.

Agora que todo mundo já sabe que coxinha não é pejorativo, não é nem necessário o uso de aspas (como fez o Estadão na manchete citada e a própria revista no post.)

O que é muito importante: a diferença entre política e futebol é que na política, para alguém se eleger, precisa de mais de 50% da soma de Flas e Flus, não apenas um lado. Então é claro que não conviria um marketing antagonizando futuros prováveis clientes.

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Da Istoé

Chamar de ‘coxinha’ não é pejorativo, diz Haddad

Tuíte polêmico do prefeito de SP repercutiu nas redes sociais

Um dia após usar o termo “coxinha” para se referir a um crítico de ciclovias, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que não há nada de pejorativo na expressão. “Quando você faz política de boa fé e com bom humor, você desanuvia o ambiente”, afirmou durante evento público no Theatro Municipal, no centro da capital, na manhã desta segunda-feira, 15.

Haddad atraiu atenção na internet neste domingo, 14, ao chamar um crítico do projeto das ciclovias de “coxinha” no seu Twitter. “Hoje fui ao excepcional Veloso Bar comer coxinha e um coxinha reclamou das ciclovias. Fiquei confuso”, publicou em seu Twitter. O prefeito não detalhou a conversa com o ‘coxinha’, mas minimizou, afirmando que “(foi uma) troca de ironias, mas muito tranquila e bem humorada”.

Cercado por jornalistas, Haddad aproveitou para alfinetar a imprensa. “Já fui chamado de coxinha até por jornalista. Não vejo nada pejorativo nisso. O próprio Estadão tratou na manchete os atuais manifestantes de ‘coxinhas’. Não acho que o Estadão ofendeu ninguém com isso”, disse. O prefeito se referiu à matéria publicada neste domingo, 14, com o título “Em dois anos, manifestantes por tarifa zero dão lugar a ‘coxinhas'”.

Durante a entrega de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) preferiu não polemizar o tuíte do petista. “Governador, o senhor também gosta da coxinha do Veloso?”, perguntou uma jornalista. Como já havia feito outras vezes para fugir de polêmica, Alckmin riu e usou um provérbio do interior para responder à repórter: “Em festa de jacu, inhambu não entra”.

 

Redação

31 Comentários

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  1. O que é mais ofensivo coxinha

    O que é mais ofensivo coxinha ou petralha ladrão ?

    Esse coxinhas são muito milindrados, não aguenta o tranco.

    Bastou o Haddad dá uma resposta irônica em resposta a um coxinha que o menino magoou,não quer mais brincar, acabou a pelada, o menino riquinho levou a bola e foi reclamar com a mamãe

    Se todo petista respondesse de pronto às agressões sofridas, esses coxinhas iriam parar com essa marra.

    Coxinha é frouxo, cagão, mimado, não teve infância, soltava pipa no ventilador, jogava bola de gude no carpete, duvido que conheçam pião, entre outras brincadeiras de criança na era pré net.

    A maioria dos coxinhas foram criados pelas avós, eh,eh,eh, coitadas das avós !

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    PS. antigamente dizia-se que toda criança criada pela avó era mimada. Porque as vovós faziam todas às vontades da criança. Nada cotra as vovós, é claro.

  2. Haddad está indo muito bem,

    Haddad está indo muito bem, está fazendo tudo certo para perder as eleições em 2016.

    Provavelmente é isso que ele deseja.

  3. Dois pesos…

    Engraçado…

    O Gunter Zibell ficou tão melindrado em ser agraciado com o termo coxinha.

    Mas nada diz sobre as ofensas verbais e físicas de partidários da direita em relação a petistas, simpatizantes, esquerdistas ou qualquer pessoa vestida de vermelho andando na rua.

    Para essas vale tudo: ser chamada de petralha, vagabundo, corrupto, ladrão,  burro. Vale ser agredido, espancado, interpelado  agressivamente e ofendido  em hospitais, restaurantes, como aconteceu com o Guido Mantega e Alexandre Padilha. Fora as centenas ou milhares de ofensas anônimas  ou pela internet.

    Nada disso é importante ou grave para  o Gunter Zibell. Pelo menos essa é a impressão que tenho, porque ele nunca se manifestou.

    Mas chamar o Gunter de coxinha não pode.

     

    1. Naninanão

      Não só pode como deve. É só acompanhar mais o blog.

      Entre o ícone de ‘pink bloc’ e a ‘pomba de Picasso’, usei uma foto de coxinha como avatar.

      No meu perfil de facebook coxinha consta como preferência política faz dois anos (guias sobre e depois informações básicas):

      https://www.facebook.com/gunter.zibell

      Já usei o termo coxinha (ou seu antônimo político) em posts:

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-pro-rede/o-crescimento-de-uma-ideologia-coxinha

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-pro-rede/porque-eu-nao-sou-progressista-por-gunter-zibell

      Eu não posso ver ofensas físicas porque trabalho em casa, mas sobre ofensas verbais em redes sociais já fiz post:

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-pro-rede/testando-a-tolerancia-do-suposto-progressismo-por-gunter-zibell

      Idioma e comunicação são coisas dinâmicas.

      Se quem usava coxinha como pejorativo está chateado com o encaminhamento do processo, paciência.

       

  4. Chamar de petralha não é

    Chamar de petralha não é pejorativo…

    Os petralhas se identificam com essa mistura de petista com irmãos metralha…

  5. A primeira vez que ouvi o termo coxinha.

    Talvez a origem do termo não seja isto, mas quando fui ao Rio de Janeiro há mais de dez anos os alunos regulares da Fundação Getúlio Vargas, quando se referiam os que estavam fazendo MBA na instituição, se referiam a estes como COXINHAS, simplesmente porque ao longo de seus cursos, geralmente a noite ou nos fins de semana, os alunos do MBA ficavam mais tempo comendo o “Coffee Break” comendo COXINHAS do que dentro da sala de aula estudando.

    Eram verdadeiros coxinhas, todos vinculados ao sistema financeiro de terno e gravata e procurando um treinamento do tipo MBA pago da FGV, não sei se o termo vem daí, mas devido ao tempo que ouvi esta espressão, e o o tradicional humor que se via nos cariocas, me parece que talvez a origem da gíria possa ter nascido daí.

    Alguém conhece uma origem mais antga do termo?

  6. ”Coxinha” que NÃO consta no

    ”Coxinha” que NÃO consta no dicionário  é pejorativo sim.

      Petralha sem aspas( Que CONSTA no dicionário) NÃO é pejorativo.

       E isso se torna divertido quando um coxinha petralha quer se explicar.

  7. Mais uma

    Rdmaestri, sei de outro significado, que conheci há uns 18 anos nas minhas andanças com o Grupo Teatro Popular União e Olho Vivo pelas periferias esquecidas desse brasilzão, o termo é usado na periferia de São Paulo pra identificar os PMs, é comum ouvir no meio deles: “Lá vem os coxinha!” ou ” Olha os coxa!” seja, a polícia tá chegando. O apelido se deve ao fato de nesses lugares esquecidos os PMs comem e NÃO pagam as coxinhas  consumidas nos pequenos bares.

  8. Haja mau humor!
    No

    Haja mau humor!

    No politicamente correto como o prefeito teria que chamar coxinha? Cidadãos cuja consciência política se sobrepõe a todos os outros brasileiros? Ou cidadão que pode ofender qualquer membro do Partido dos Trabalhadores, esses sim uns autênticos petralhas que devem levar porrada sem contestação?

     

     

  9. Para mim coxinha é pejorativo

    Para mim coxinha é pejorativo sim. Mas dependendo do recheio pode ser mais ou menos indigesto. Parece que a do prefeito deu para engolir

  10. Gosto de intervenções do Gunter

    ficaram raras. (Têm um quê de instigantes e de um delicioso senso de humor).

    Rede? Marina? Respeitemos. O mundo dá muitas voltas.

    – É ou não é?

    1. Tão instigantes quanto

      Tão instigantes quanto assistir um filme de bang-bang ou ler a revista Veja. A gente sabe por antecedência quem são os bandidos.

  11. Na história das religiões,

    Na história das religiões, concluo que gunter optaria por barrabás(ladrão) e não por jesus(político que morreu porque lutou pela justiça social e seria crucificado pela imprensaria e justiciaria atualmente se resolvesse aparecer). Todo político que luta pela justiça social é taxado de malandro, enquanto o que luta pelo próprio bolso, passa por santinho). O conservador NUNCA SERÁ ALIADO DA JUSTIÇA SOCIAL, será sempre eleitor e seguidor dos mentirosos. Curiosidade: onde foi parar os 500kg de cocaina teansportada por helicóptero de um senador, amigão de outro senador que construiu aeroporto com dinheiro público para escala do helipotero traficante?

    1. Concordo, por óbvio, que o

      Concordo, por óbvio, que o conservador não será aliado da justiça social, pois esta passa necessariamente por mudar o que ele quer conservar. Mas discordo que ele seja eleitor dos mentirosos. Vejo menos mentiras ditas pelos reaças tipo bolsonaros, caiados, etc, do que por alguns autointitulados progressistas. Os reaças falam o que acreditam para seu público específico. E agem de acordo com esse discurso quando eleitos. Já alguns “progressistas ” …Quanta decepção.

  12. Pessoas que agora estão

    Pessoas que agora estão preocupados com o termo “coxinha” utilizado por Haddad, não se indignaram nas situações a seguir:

    – Quando FHC chamou aposentados de vagabundos.

    – Quando Gilmar Mendes chamou petistas de quadrilheiros.

    – Quando o mesmo Gilmar Mendes insinuou que todos que doaram para pagar as multas do mensalão eram criminosos praticando lavagem de dinheiro.

    – Quando Beto Richa chamou os professores de terroristas.

  13. Não estão em maior número, estão é gritando mais alto

    É uma bobagem. O termo é pejorativo sim e foi usado pelo Haddad para indicar os opositores raivosos que o atacam com agressividade e virulência. Haddad está chamando a atenção para o fato de que os ataques às ciclovias são apenas uma forma de atingí-lo politicamente o que é um fato.

    Se fossem feitas pelo Kassab ou outro queridinho dos coxinhas paulistanos as ciclovias ficariam preservadas dos ataques toscos que se é obrigado a presenciar em qualquer ambiente público frequentado pela classe média alta paulistana.

    É um saco, eles não são maioria, mas estão desesperados. Gritam, rosnam e zurram em voz alta, em qualquer ambiente que frequentam, procurando com seus gritos, dar a impressão que são mais do que realmente são.

    É tradicional a população brasileira concordar e até aderir a críticas feitas aos governantes, incitados pelos coxinhas desesperados zurradores e com a influência de uma contínua e intensa camapnha midiática, muita gente que normalmente reclamaria do chato que fica gritando impropérios, acaba ficando quieta ou até falando uma ou outra frase genérica contra os políticos em geral, o que é interpretado pelos coxinhas como apoio incondicional a sua atitude.

    Não fosse o apoio da imprensa que incita esse comportamento desesperado, os coxinhas zurradores seriam rejeitado pelas pessoas que em situação normal não gostam de discursos, muito menos os agressivos. Mas como a influência da mídia é enorme entre os paulistanos, forma-se a impressão de uma infestação coxinhística muito maior que a realidade permite.

    Mesmo entre a classe média alta pulistana, citadela e bastião do tucanistão midiátidco, o ódio ao PT não passa de 20% e no país atinge apenas 12%, segundo pesquisa recente, que deixou muita gente surpresa, pois estavam caindo no golpe publicitário de gritar, xingar rosnar mais alto, para parecer  mais gente.

  14. 2 – Gosto de intervenções do Gunter

    Beatice é um termo já usado por Gunter, Irmandade é um termo que às vezes uso: São super previsíveis, só pensam dentro do quadrado, não se dão ao risco de vôos, não se deixam questionar a si próprios, muito menos à maioria, e ai de quem vier com dúvidas (há um risível espaço ao contraditório). Mas irmandade e beatice são termos mais suaves (e muito mais humorados) do que “coxinhas” contra quem não se concorda. Além de serem mais certeiros.

    1. Generalizações

      Generalizar (e não me excluo) é um tentador artifício de “argumentação”, todos nele incorremos (todos temos esse defeito), vamos reconhecer, pessoal!

      Podem me chamar de coxinha, tô nem aí.

  15. “Em festa de jacu, inhambu não entra”.

    KKKKKKKKKKK

    Diria mais, quem nasceu jacu nunca chegará a inhambu.

    E depois de dois anos e meio, o “revolucionário” prefeito petista continua vivendo de ciclovias. Lamentável.

  16. Em momentos de luta, de

    Em momentos de luta, de guerra, o conservador se mostra como é na realidade e mata, sufoca o inimigo sem meios termos , enquanto o que se posiciona em cima do muro, até se decidir  o que defende, a guerra já foi perdida pela turma murista. Paz a gente luta para tê-la antes de decretada a guerra, mas, depois, não lutar contra a guerra iniciada pelo conservador, é suicidio. Guerra no posicionamento, na defesa da dignidade humana, na luta para salvar o mundo da barbárie, não há como esquivar-se. Se deixarmos os bárbaros tomarem conta das instituições, achando-os não tão maldosos, né gunter, podes saber que eles dominarão, sem dó e sem piedade. Ter pena do inimigo armado até os dentes em hora de guerra, é coisa de sonhador lunático. Quando falam que o atual governo é ruim porque não fez tudo que se queria e, por isso, votam no outro que nunca fez nada de bom, é de lascar. Se começa a perder a guerra contra o conservador nesse processo de achar que um tem que fazer tudo perfeito, enquanto o outro não precisa fazer nada, pois nunca fez nada mesmo e, por isso, não é cobrado pelo puritanista político insonso e sempre utópico. Aceitar e lutar por mudanças pró humano, é coisa pra corajoso.

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