Quando uma menina no MasterChef atiça homens, precisamos falar sobre estupro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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O MasterChef Júnior e a sexualização infantil

Por Carol Patrocínio

Na CartaCapital

Valentina tem 12 anos. Ela tem um corpo de uma menina de 12 anos de idade. Ela é loira, branquinha e age como uma menina de 12 anos de idade. Valentina foi escolhida para participar do MasterChef Júnior junto com diversas outras crianças, meninos e meninas. O que separa Valentina de todas as outras crianças, por enquanto, não é seu talento na cozinha, mas a cultura do estupro que permite que homens adultos falem por aí como poderiam estuprar a garota.

(É bom avisar que mesmo que a descrição de Valentina fosse outra, tudo que vamos ver abaixo continuaria sendo errado e horrível)

Vamos deixar algo claro desde o começo: qualquer tipo de relação de natureza sexual com uma criança é estupro. Uma criança nunca pode ter uma relação sexual consensual porque ela é criança e não pode tomar esse tipo de decisão. Por lei.

Mulheres engravidam, então socialmente diz-se que a responsabilidade pelo bebê é apenas delas. O aborto é proibido –  mesmo acontecendo em números alarmantes em todas as classes sociais e regiões. Homens mais velhos sabem como guiar meninas a fazer o que eles querem.

Vamos dar o nome certo às coisas. Aqui não estamos falando de pedofilia, que é uma doença que pode ser tratada antes que a pessoa cometa qualquer crime –  seja ele consumir pornografia infantil ou o estupro. Nenhum desses homens que comentou sobre a MasterChef é doente, eles apenas acham que têm o direito de falar absurdos como esse porque olham para ela e não enxergam uma criança, mas uma mulher.

É claro que a gente vem batendo nessa tecla faz um tempo. Quando “novinha” foi o termo mais procurado em sites pornográficos muita gente disse que era apenas um sinônimo de ninfeta, tentando apaziguar as coisas sem nem notar que estava apenas batendo palminha para um crime.

ninfeta: substantivo feminino, menina adolescente voltada para o sexo ou que desperta desejo sexual. Origem: ETIM ninfa + -eta

Mas o problema não está apenas na pornografia. Meninas cada vez mais novas representam adultas em campanhas publicitárias hipersexualizadas. Mulheres fazem cirurgias para rejuvenescer a vulva e deixá-la com aparência virginal. Mulheres adultas são infantilizadas –  quantas vezes você chamou mulheres de mulheres e não me meninas? E a ideia de que porque uma menina se fantasia de mulher já pode ser tratada como mulher só se populariza. E isso é de uma maldade sem fim.

Nossa sociedade vai criando, dia após dia, uma maneira de aumentar a vulnerabilidade feminina. E o sexo é a mais rápida delas. Meninas são incentivadas a ter relacionamentos com homens mais velhos porque elas são muito maduras para a idade.

Vamos deixar algo claro desde o começo: qualquer tipo de relação de natureza sexual com uma criança é estupro. Uma criança nunca pode ter uma relação sexual consensual porque ela é criança e não pode tomar esse tipo de decisão. Por lei.

Mulheres engravidam, então socialmente diz-se que a responsabilidade pelo bebê é apenas delas. O aborto é proibido –  mesmo acontecendo em números alarmantes em todas as classes sociais e regiões. Homens mais velhos sabem como guiar meninas a fazer o que eles querem.

Mães adolescentes largam a escola, não fazem faculdade e contentam-se com subempregos porque precisam sustentar seus filhos. Além de tudo essas mulheres, que foram meninas vítimas da cultura do estupro, são tidas como vagabundas.

O mito de que garotas amadurecem mais rápido do que meninos, por isso devem se relacionar com homens mais velhos é talvez o mais antigo e que mais crie no imaginário masculino a sensação de impunidade ao postar o tipo de coisa que foi escrita sobre Valentina, por exemplo.

É importante esclarecer que meninas não amadurecem mais rápido do que meninos por uma questão biológica. Isso acontece porque meninas ganham responsabilidades mais cedo. São elas que cuidam da casa, dos irmãos mais novos, da comida, vão ao mercado e substituem o papel da mãe.

Em algumas culturas, meninas de 12 anos são tiradas da escola para cuidar da casa, enquanto meninos têm uma infância normal. Com todas essas obrigações e responsabilidades, somadas ao cuidado que meninas aprendem a ter desde muito jovens para lidar com investidas de homens adultos, as torna mais maduras. É uma construção social.

Enquanto meninas são encaminhadas a uma maturidade precoce, os meninos e homens são perdoados por todos seus erros porque são apenas garotos, independente da sua idade –  vamos deixar claro também que isso acontece com mais força quando relacionado a homens brancos e de certa posição socioeconômica, aos homens e meninos negros ou pobres sobra apenas a desconfiança e teorias que apontam seus erros como biológicos.

Some a toda essa cultura a ideia de que todas as mulheres são vagabundas. Todas aquelas que não estão dentro do padrão esperado por aquele homem, já que não existe um consenso sobre como deveria ser o comportamento feminino de uma não-vadia.

Quando a mulher é bonita, então, o problema é ainda maior: ela é tida como burra, é objetificada, estereotipada e tem tomada de si a possibilidade de dizer não a qualquer investida. O preço disso é ser tachada de metida. E não importa o que uma mulher faça: basta despertar o desejo em um homem e você se torna vagabunda.

O desejo é responsabilidade de quem o sente e não de quem o desperta. Quando um adulto sente desejo por uma criança é ele o culpado por ir contra uma norma social que protege a infância, a integridade e o corpo de uma incapaz (de acordo com a lei).

Porém é muito simples inverter esse raciocínio ao dizer que a menina já tem em si a sexualidade de uma mulher, que ela usa roupas provocativas e que pede atenção masculina. Com essa ideia o homem torna-se a vítima de uma “destruidora de lares” que ainda brinca de boneca, apesar de ter sim sexualidade, ainda que muito diferente da de uma mulher adulta.

É importante falar sobre a cultura do estupro. Ela anda nas entrelinhas de muitos discursos. Ela caminha ao lado da ideia de que homens não conseguem conter seus instintos. Ela está totalmente ligada ao falso consenso que poderia dar uma criança. Ela é reforçada pela infantilização de mulheres adultas. A impunidade é sua melhor amiga e a culpabilização da vítima sua principal arma.

Crianças, tenham elas habilidades de adulto (como cozinhar), corpo desenvolvido, usem roupas provocativas ou sejam maduras, são apenas crianças. E qualquer intenção não fraternal direcionada a elas é crime. A culpa não é delas.

O que deveria fazer Valentina? Abrir mão do sonho de ser chef? Esconder-se atrás de roupas masculinizadas? Encontrar maneiras de ser menos atraente? Essas são saídas que todas nós, mulheres, encontramos a vida toda, mas não são saídas que queremos oferecer para as meninas. Elas merecem um caminho melhor do que o nosso.

*Texto publicado originalmente no Medium

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

38 Comentários

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  1. A minha filha gosta do programinha.

    Dei uma olhada rápida e só vi crianças. O que estes retardados viram naquelas meninas, além da doçura e candura daqueles rostinhos inocentes?

  2. O artigo foi bom até ir
    O artigo foi bom até ir contra fatos. Aí eu parei de ler.
    Dizer queulheres amadurecem mais cedo porque são obrigadas a fazer trabalhos domésticos foi demais para mim.

    Mas tudo bem, para não ser chato, vou concordar com a autora.

    É isso aí, tem razão, mesmo que no percurso, tenha falado merda.

    As u know, shit happens.

    1. Pois é, Luciana

      E percebo que seu comentário direto e honesto não foi bem recebido por aqui. Não entendi porque esta(va) mal avaliado.

      Sinceramente… o Nassif deveria se poupar do vexame de postar denúncias contra o machismo aqui no blog. Acaba queimando o filme da “casa”, tendo em vista a reação da maioria dos comentaristas. 

      Há exceções. Claro!

    2. Está cada vez mais amargo ser brasileiro.

      Independentemente do sexo.

      Tão aí Eduardo Cunha e seus acólitos que não me deixam mentir. E os taradinhos do impeachment. E pior, tem muitas mulheres e homens que concordam com o rumo que as coisas estão tomando.

      1. Desculpa aí, colega

        Mas os amargores não independem do gênero, nem da cor, nem da classe social.

        Se tá difícil pro homem branco, imagina o que está passando a preta probre.

        Taradinhos do impeachment são todos aqueles que só pensam nisso. De um lado ou do outro,

        Dinheiro (Poder) traz felicidade (satisfação), segundo o último nobel da econoimia. Esta é a realidade. 

        http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151020_nobel_felicidade_gch_tg

        Infelizmente, não dá pra discordar.

        1. Pela rapidez com que meu comentário recebeu

          “uma estrelinha”

          Suponho que o (a? – espero profundamente que não) feitor nem tenha tido tempo de ler o artigo ao qual reportei aqui.

          Bão…

          Danem-se vocês.

          Os cães ladram e a caravana passa!

          Tô adorando ver a postura das meninas da nova geração (hoje na casa dos vinte anos). 

          Aguardem!

          hahaha

          (Talvez voces morram antes de ver o que virá. Isso pode ser sua sorte)

          Fui!

        2. Pois é… Fico desolado com isso tanto quanto você

          A observação que fiz vem depois de decidir não mais comentar por um tempo num grupo de amigos de infância do WhatsApp, que mais parecia o grupo dos amigos antipetistas de infância. Nesse grupo, os memes mais obscenos sobre Dilma/PT/Esquerda e as piadas mais machistas vinham, adivinhe de quem, das mulheres. Tá bom, de duas ou três, mas sem nenhum protesto das outras mulheres do grupo, que com seus “kkkkkk” riam em aprovação – inclusive das piadas que as colocavam, mulheres, em situações ridículas. E foram esses colegas que pegaram junto comigo toda a luta pela redemocratização e pelos – veja só – direitos da mulher nos anos oitentas, quando todos nós éramos adolescentes. Deu nisso que não leio mais: um bando de quarentões de 95 mil anos de idade.

          1. Inegável

            Zarastro,

            É inegável que existam mulheres machistas. Mas isso não simplifica a questão (todos somos amargurados) nem extingue a triste realidade da cultura machista que vigora há milênios… desde que o homem é homem (sic).

            O que incomoda é perceber um certo menosprezo pela causa feminista. Falta de solidariedade com uma classe que foi historicamente oprimida.

            -Já que somos todos “igualmente infelizes/injustiçados”, nada há que se considerar especificamente.

            É difícil entender tanta solidariedade aos petistas (muitos dos quais tiveram seus dias de glória/poder enquanto puderam) convivendo com o desprezo por causas que envolvem pessoas que sempre foram subjugadas.

            Enfim… como diz o velho ditado popular. Tô chovendo no molhado. Nem sei pq eu perco tempo discutindo essa questão por aqui.

             

             

          2. Fica tranquila

            Estamos do mesmo lado, juro procê. E acho que às vezes o que nos falta (em geral) é deixarmos as diferenças um pouco de lado e nos concentrar naquilo que nos une.

            Por outro lado, você traduziu bem o que tô sentindo numa outra mensagem sua. Estamos num lodaçal de areia movediça e não afundamos nela, como num pesadelo. E a gente nem afunda de vez, fica só com a cabeça de fora mas também não consegue sair do lodaçal.

            Temo pelo nosso futuro e o de meus filhos. É capaz que me amarrem numa fogueira, junto a você. No meu caso, simplesmente por me recusar a fazer parte da onda de ódio que assola o país.

            Quanto ao grupo, eis uma pérola: um dos participantes, comentando sobre violência, disse que “não dá para ser benevolente”. O que nos salvará então? Sermos malevolentes?!

  3. O começo

    Tudo começa pela desvalorização da criança: já vão chamando de vagabunda, de que “está querendo”, etc.

    de uma reportagem da BBC

    A diretora britânica Leslee Udwin (…) conversou com Gaurav, um homem que tinha estuprado uma menina de cinco anos.

    Questionado sobre como poderia ter atacado alguém de altura menor do que seus joelhos, ele respondeu: “Era uma mendiga. Sua vida não tinha valor.”

     

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151019_estupros_india_tg

     

  4. Não assisto a nada disso

    Tenho nojo de tudo isso.

    Mulheres a cada dia que passa têm que aprender a SER porque se não for assim, SERÃO por elas.

      1. Compreendi

        E é de interação mesmo que falei.

        Hoje se depila a mulher, ou ela própria o faz, de uma forma a parecer uma menininha de 9 anos. Ao mesmo tempo toda a publicidade, toda a alimentação é meticulosamente inflada por hormônios que alteram sobremaneira o desenvovimento das crianças e jovens. Soma-se a isso o acesso vertiginoso ao mundo virtual sem eiras nem beiras…. complicaram-se demais as relações. E os doentes à solta.

        Estive em salas de aulas por mais de 30 anos e fui sentindo a diferença entre as crianças e jovens- de todas as classes sociais -que chegavam às escolas, durante o período, oriundos de famílias diferentes etc. etc.

        Ensinar a SER MULHER é muito importante mesmo.

        Ensinar  a SER HOMEM também.

        Tenho 2 filhos: uma moça e um rapaz com 10 anos de diferença de idade. 

  5. Caixa de Pandora

    A Internet abriu a caixa de Pandora da bestialidade humana para a visibilidade pública.

    Aí afloram todos os impasses jamais solucionados, com uma repercussão inaudita. E afloram também os intestinos de uma sociedade que não gosta muito de olhar para eles. Em alguns casos, acredita até que eles não existam.

    Legalmente, a idade de consentimento para o ato sexual no Brasil é de 14 anos. Atos sexuais com menores dessa idade configuram estupro; com maiores dessa idade, até os 18 anos, é sedição de menor. Ambos são crimes previstos no Código Penal. Isso vale para meninos e para meninas. E isso se fundamenta em lógicas sociais razoavelmente recorrentes no mundo todo, onde a marca da idade de consentimento legal não muda muito.

    Incitação ao crime também é crime, se devidamente configurado (alguém mais abalizado que eu que teça suas considerações sobre essas manifestações imprudentes e impudentes na Internet).

    Sobre o fenômeno da erotização infantil, isso não responde meramente às condenações dos discursos politicamente corretos. Isso tem a ver com uma cultura hedonista, sustentada pela lógica do consumo, que, se não for levada em conta como contexto simbólico, alimentará apenas um moralismo capenga e largamente histriônico.

    Que as mulheres sejam transformadas massivamente em “bens desejáveis” por conta dessa mesma lógica (porque o capitalismo não é um sistema de produção de bens, mas um sistema de produção de necessidades), isso também diz respeito a contingências que escapam à simples redução particularista operada pela histeria feminista contemporânea.

    Que chamem mulheres de “vagabundas”, depende do contexto. E, dependendo do contexto (jogos verbais sexuais, por exemplo), para lembrar Nelson Rodrigues, muitas gostam… as neuróticas reagem. Mas o contexto é muito mais importante que o conteúdo formal do apelativo.

    Agora, não ter noção de contexto, e achar que o mundo social existe apenas para veicular a imediatice do desejo reificado, autonomizado e nercisificado, isso já é sinal de idiotia social, de autismo social, de ser realmente muito sem-noção. E isso é o tipo de gente que o ideal hedonista produz.

    Está mais que na hora da sociedade olhar para as próprias entranhas com olhos mais lúcidos e críticos. O moralismo pode ser apenas uma forma marota de cegar (aí incluídos os moralismos histéricos que se querem “politicamente corretos”).

    1. “A Internet abriu a caixa de Pandora da bestialidade humana”

      Fez mais ou menos isto, por Javier Marías:

      “A Internet organizou a imbecilidade pela primeira vez”

      “Esqueci de dizer: a Internet tem coisas maravilhosas, mas há algo que é novidade: pela primeira vez a imbecilidade está organizada. Sempre houve imbecilidade; imbecis iam ao bar, tornavam públicas as suas imbecilidades, mas é agora que se organizam, com grande capacidade de contágio”.

  6. A infantilização e a

    A infantilização e a infantilidade em adultos (homens e mulheres), mesmo quando é apenas um disface é um sintoma de uma sociedade hedonista, que valoriza o prazer a todo momento e termina por gerar falta de compromisso, de respeito, de responsabilidade e em última instância, de caráter. O individualismo como fonte dos valores (o EU) e a objetificação do outro geram as mentes bestializadas que temos hoje. Se não há uma ligação próxima (filha, sobrinha), muitos não enxergam o absurdo dentro de si.

    Não que esses erros não houvessem em outras épocas (e culturas), mas o que era restrito (poder opressor) a certas classes de relação (homem-mulher) se tornou a regra para sempre que há oportunidade, às claras, sem necessidade de desculpas.

    “O homem é o lobo do homem” – Thomas Hobbes

  7. Sâo todos doentes pedofilos,

    Sâo todos doentes pedofilos, veja a foto, qual a erotização que tem nessa criançada? A internet realmente abriu a caixa de pandora, não sei omde iremos parar…

     

  8. Erro

    Uma balela muito grande desta autora, acho que ela puxou para o lado feminista, a ideia de que mulheres amadurecem mais cedo pois tem que trabalhar e ter responsabilidades.

    A verdade é que isto tem a ver mais com biologia do que conveniencia feminista.

    Na natureza um ser é considerado adulto, quando ovula e esta pronto para reprodução, e o ser humano não escapa destes mesmos principios.

    Então é por isso que se diz que a mulher amadurece mais cedo do que o homem, e não da forma como foi mostrado pela autora.

    De resto concordo com a autora na forma como tratamos nossas crianças e infelizmente na forma como a sociedade as ve. 

     

    1. Maioridade sexual

      O que nos diferencia dos animais é a capacidade de quebrar paradigmas supostamente darwiniano se estabelecer novos parâmetros e atitudes. Tu tá pior que neandertal. 

    1. Os daqui são piores

      No Twitter, a grosseria  e a ignorância em estado bruto imperam; aqui, há um ranço de pseudo-cientificismo que tenta embrulhar absurdos em papel celofane colorido que dá vontade de, bem, vomitar.

      Eu, como pai de uma filha, me pergunto se esses caras também têm filhas e, se as têm, o que é que sentem sobre elas.

      1. Entendo…

        Você é muito gentil.

        Se você como pai de família fica indignado com os comentários daqui…

        Imagine como eu me sinto, sendo uma mulher “da vida”. Sem família. Sem um homem para me sustentar/amparar e sem filhos para me vangloriar ser mãe!  (aqui pouca gente entende ironia. bora avisar: IRONIA)

        Eu não presto! Eu não presto!

        Sou aquela

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=LqJwBCxCtPU%5D

         

         

         

  9. Por que exibir o nome da menina?

    Tenho a impressão que não deve haver muitas V..tinas no Masterchef. Mas ao exibir o seu nome, significa que uma menina de 12 anos está sendo colocada agora em exposição pública.

    Entendo a preocupação da Carol e entendo também que o nome da menina já estava exposto antes pelos trogloditas através do twiter, mas, por isso mesmo, os trogloditas poderiam ser denunciados e o nome da menina ser retirado da vitrine da Internet por intermédio de uma ação judicial. Sendo os custos desta medida arcados por eles.

    O título também é falho pois dá a entender que a menina “atiça homens”, de forma voluntária.

    No afã de denunciar uma prática criminosa, vários erros graves foram cometidos.

    1. na mosca

      Eu, no lugar dessa menina, não me sentiria nada contente, nem com os crimes de que foi vítima no tweeter e nem com “defesas” pretensamente científicas e engajadas, como essa da Carol.

    2. Faltou aí interpretação de texto…

      O amigo usa o apelido do famoso astronômo, físico, engenheiro, matemático, filósofo and so on, mas não consegue interpretar corretamente um título… Salve, salve brasil Colônia!

  10. direto ao ponto

    Entendo que esse é um assunto sério, grave e ao mesmo tempo muito delicado para ser tratado por comentários. Não que não deva ou que seja perda de tempo, mas por sua gravidade o uso de atalhos para antecipar soluções que protejam meninas e meninos de bárbaras violências sexuais e ao mesmo puna mais rigidamente os covardes criminosos aproveitadores e abusadores. Ao mesmo tempo, vejo que a questão vai se complexando, quando reparamos que já faz alguns anos que certos meios de comunicação usam programações erradas em horário errado. Essa libertina liberdade, em certas programações, que são expostas em horários de maior concentração infantil, a meu ver, tanto pode despertar e influenciar, de modo ingênuo e sem a maldade, um interesse infantil fora da sua época, como pode aguçar a maldade nas mentes já contaminadas de maldades de muitos adultos pedófilos. Enfim, entendo que mais vale fazer uma pressão direta aos deputados para que intituam, em caráter de urgência, uma lei bastante severa que realmente possa colocar um freio drástico nessa vergonhosa estatistica que destrói sonhos e vidas, ainda na infância.

  11. A internet é:

    O mundo dentro da Matrix. Querem internet livre? Então terão o pior dos mundos.

    Faço minha parte e sempre lembro meu filho que a internet é o antro da desinformação. Muito cuidado é pouco neste ambiente.

  12. Um ser é considerado adulto
    Um ser é considerado adulto quando ovula e está pronto para reprodução. Bem entã o homens não se tornam adultos nunca! Nossa, chocada com as desculpas esfarrapadas. Parei. O asco me impede de continuar a ler.

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