Aumento da aversão ao risco leva bolsa a cair 0,91%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A aversão ao risco no exterior deu o tom das negociações nesta quinta-feira, fazendo com que a bolsa acompanhasse a incerteza internacional e fechasse em queda, que só não foi mais expressiva por conta do desempenho dos papéis do setor elétrico.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em queda de 0,91%, aos 45.443 pontos, com um volume negociado de R$ 5,765 bilhões. Com isso, o índice acumula -1,73% na semana, -3,50% no mês, -11,77% no ano e -20,81% em 12 meses. As maiores altas foram as ações da Dasa (DASA3), CPFL Energia (CPFE3) e Light (LIGT3). Já as maiores baixas ficaram por conta dos papéis das empresas PDG (PDGR3), Embraer (EMBR3) e Tim Participações (TIMP3).

A divulgação de indicadores econômicos mais fracos na China ajudou a aumentar a percepção de cautela entre os investidores, assim como as sinalizações emitidas pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que o euro poderia perder força conforme o spread das taxas de juros reais recua e que a instituição está preparada para agir caso seja necessário, fez com que a cotação da moeda europeia voltasse a perder força ante o dólar.

No caso dos papéis do setor elétrico, o desempenho foi diretamente afetado pela expectativa de que o governo autorizasse um reajuste de preço das tarifas de energia.

Em termos de indicadores econômicos, foram divulgadas as vendas no varejo nos Estados Unidos, que subiram 0,3% em fevereiro, acima dos -0,3% de janeiro. Excluídos automóveis e gás, as vendas tiveram alta de 0,3% em fevereiro, acima dos -0,5% de janeiro. Já os novos pedidos de seguro-desemprego do país foram de 315 mil na semana até 8 de março, abaixo dos 324 mil pedidos da semana anterior.

Na China, as vendas no varejo avançaram 11,8% em fevereiro, abaixo dos 13,1% de janeiro, enquanto a produção industrial avançou 8,6% em fevereiro, abaixo dos 9,7% de janeiro.

No Brasil, as vendas no varejo tiveram alta de 0,4% em janeiro, acima dos -0,2% de dezembro de 2013. Na comparação anual, o indicador aumentou 6,2% em janeiro, acima dos 3,9% vistos no ano anterior.

A tensão política na Ucrânia também segue no radar de acompanhamento. Nesta quinta-feira, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que a Rússia pode enfrentar consequências políticas e econômicas caso não entre em negociações “que tragam resultados” sobre a situação na Ucrânia. As incertezas geradas sobre a condução da política monetária norte-americana, após o pronunciamento de três diretores do Federal Reserve (o Banco Central do país), também ajudaram a puxar a cotação da moeda.

A cotação do dólar encerrou o dia em alta de 0,21%, negociada a R$ 2,3650. De acordo com informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a aversão ao risco aumentou no exterior, o que acabou afetando o ritmo das negociações com a moeda no país.

Para sexta-feira, os agentes vão acompanhar a divulgação dos dados de atividade econômica no Brasil, o índice de preços ao produtor e o orçamento mensal nos Estados Unidos; a balança comercial da Inglaterra; o índice de preços ao consumidor na Alemanha; e os dados de produção industrial no Japão.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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