Jornal GGN – “Esta será a disputa [eleitoral] mais judicializada da história, muito mais do que em 2014. (…) Parte do Poder Judiciário parece disposta a substituir a soberania do eleitor”, alerta o cientista político Leonardo Avritzer, em reportagem de CartaCapital publicada nesta quarta (29).
A manifestação de Avritzer ocorre na semana em que Fernando Haddad (PT), o vice de Lula na eleição presidencial, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por suposto enriquecimento ilícito e improbidade administrativa (o GGN analisou a peça de acusação neste artigo aqui). Na semana anterior, Haddad virou réu por causa das ciclovias.
Haddad, contudo, não é único candidato do PT na mira do Ministério Público. Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann – além de Lula – correm o risco de serem impugnados. Fora do PT, há João Dória, Flávio Dino, Anthony Garotinho e até Jair Bolsonaro. Cada caso tem suas particularidades mas o que chama atenção mesmo é o caráter ativista dos procuradores, promotores e dos magistrados.
“Neste ritmo, analisa Avritzer, o eleitor será obrigado a escolher não o candidato de sua preferência, mas quem sobrar no páreo. Pior para a democracia, ressalta”, comentou a Carta.
“No momento, quase 30% dos eleitores ameaçam votar em branco ou nulo”, lembrou o cientista político. “Se a Justiça extrapolar, esse índice certamente vai aumentar. O risco é o Brasil eleger um presidente fraco, além de governadores sem legitimidade. Não é assim que iremos superar a crise política e econômica”.
Leia a matéria completa da CartaCapital aqui.
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Mas é exatamente isso que a
Mas é exatamente isso que a justiça quer: um executivo fraco. Agora é sobretudo o próprio judiciário que traz para o seu campo a disputa na qual sua intromissão deve se restringir ao cumprimento da Constituição. Isso é muito grave porque atenta contra os princípios constitucionais na medida em que mina as bases da independência dos poderes.