Déficit primário atinge R$ 10,4 bilhões em agosto de 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou em agosto último deficit primário de R$ 10,4 bilhões, o pior resultado desde 1997, segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira. Ao longo do período, o Tesouro Nacional apresentou déficit de R$ 4,5 bilhões, enquanto para Previdência Social (RGPS) e o Banco Central os déficits foram de R$ 5,9 bilhões e R$ 68,2 milhões, respectivamente
 
No mesmo mês de 2013, o deficit foi bem menor: R$ 2,2 bilhões. No acumulado do ano, até o período, o resultado é inferior em R$ 33,7 bilhões ao resultado apurado no mesmo período do ano passado.
 
A meta fiscal do Governo Central estabelecida pela equipe econômica para o segundo quadrimestre é de R$ 39 bilhões, mas o realizado, informou o Tesouro Nacional, ficou longe: R$ 3,1 bilhões, ou 7,8% da expectativa.
 
As receitas do Governo Central diminuíram R$ 1,3 bilhão (1,3%), passando de R$ 101,2 bilhões em julho para R$ 99,9 bilhões em agosto de 2014, devido à incidência de fatores sazonais na arrecadação do IRPJ/CSLL e da cota parte das compensações financeiras, parcialmente compensadas pela arrecadação, em agosto, de R$ 7,1 bilhões relativa ao pagamento de parcelamentos de débitos nos termos da Lei nº 12.996/2014. Desse montante, R$ 4,9 bilhões referem-se 
aos pagamentos à vista e R$ 2,3 bilhões ao recolhimento de pagamentos parcelados.
 
As transferências da União aos Estados e Municípios apresentaram aumento de R$ 4,3 bilhões (32,7%), reflexo da variação de arrecadação dos tributos compartilhados (IR e IPI), bem como do repasse sazonal de recursos provenientes de participação especial pela exploração de petróleo e gás natural.
 
As despesas do Governo Central apresentaram acréscimo de R$ 2,6 bilhões (2,9%) no comparativo entre julho e agosto de 2014. Observou-se aumento de R$ 5,9 bilhões (16,2%) nas despesas de Custeio e Capital, de R$ 1,9 bilhão nas despesas da Previdência Social e redução de R$ 5,0 bilhões (22,7%) nas despesas de Pessoal e Encargos Sociais.
 
Comparativamente ao acumulado no mesmo período de 2013, houve decréscimo de R$ 33,7 bilhões (87,8%) no superávit até o mês de agosto. Esse comportamento reflete o decréscimo de R$ 36,1 bilhões (48,2%) no superávit do Tesouro Nacional, parcialmente compensado pela redução de R$ 1,8 bilhão (5,1%) no déficit da Previdência Social e de R$ 496,8 milhões no déficit do Banco Central.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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