Denarc diz que manterá ações na Cracolândia

Do Valor

Ação da Polícia Civil na Cracolândia opõe prefeitura e governo de São Paulo

Por Cristiane Agostine

Uma ação surpresa da Polícia Civil ontem na Cracolândia, no centro de São Paulo, gerou fortes críticas do prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e colocou em lados opostos a prefeitura e o governo do Estado, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB). Com o uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) detiveram pelo menos 30 pessoas na região em que Haddad implementou a “Operação Braços Abertos”, para reabilitar dependentes de crack. Sem ter sido avisado sobre a operação, o prefeito classificou a ação como “lamentável” e disse que a operação da Polícia Civil – subordinada ao governo estadual – pode colocar em risco o programa municipal.

Dez viaturas do Denarc, com mais de duas dezenas de policiais, participaram da ação, que gerou tumulto e corre-corre de dependentes químicos. No momento da repressão policial, o secretário municipal de Segurança, Roberto Porto, estava no local, e não foi avisado pela Polícia Civil sobre o que estava acontecendo. Ao comentar o episódio ontem, Haddad disse que seu secretário foi vítima da ação repressiva e não pactuada. O prefeito ainda afirmou que ligou para Alckmin para falar sobre o caso.

Em nota, Haddad reforçou as críticas à operação e afirmou ter sido surpreendido pela “ação policial repressiva”. O governo municipal afirmou que “repudia” esse tipo de intervenção e citou o uso de balas de borracha na ação.

A Polícia Militar também não foi informada da ação. O governo estadual e a Secretaria de Segurança Pública indicaram a diretora do Denarc, a delegada Elaine Biasoli, para se pronunciar e não fizeram comentários sobre o episódio. A diretora do Denarc disse que “não há necessidade de avisar a prefeitura”. “É uma ação rotineira, diária”, disse. Elaine afirmou ainda que pretende fazer novas operações na região da Cracolândia sem comunicar Haddad e elogiou a atuação dos policiais. “Foi uma ação certíssima”, disse.

Na versão da delegada, uma viatura policial foi enviada à região para prender um traficante de drogas. No local, policiais teriam sido agredidos e pediram reforços à Polícia Civil – mas não à base da Polícia Militar que fica na região. Um policial ficou ferido, disse a delegada. Em entrevista, Elaine afirmou ter enviado “dez viaturas e 24 policiais” como reforço, porém mudou esse número algumas vezes. A delegada disse que foram presas quatro pessoas, mas também mudou de versão sobre a prisão do traficante que o Denarc procurava: primeiro afirmou que havia sido preso pelo primeiro grupo de policiais, que estavam em uma viatura sem identificação. Depois disse que foi pelo grupo de reforço.

A diretora do Denarc afirmou ainda que a Polícia Civil não usou balas de borracha, “apenas bombas de efeito moral”. Ao tentar minimizar o impacto da ação de ontem, Elaine disse que a Polícia Civil prendeu 65 pessoas na região desde dezembro – 33 só neste ano.

Desde que lançou o programa “Operação Braços Abertos”, Haddad tem evitado o uso da ação policial na região. Com isso, o prefeito pretende fazer um contraponto à ação violenta da polícia em 2012, em operação articulada pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD) com o governador Alckmin, que gerou fortes críticas e não resolveu o problema.

O programa municipal cadastrou 300 dependentes, que passaram a morar em hotéis e receber alimentação e um auxílio de R$ 15 da prefeitura em troca de uma jornada de trabalho de quatro horas diárias, para a zeladoria de ruas e praças da cidade. Bandeira da gestão municipal, o “Braços Abertos” é acompanhado de perto pelo prefeito, que tem feito visitas frequentes à região sem avisar a imprensa. Ontem de manhã, o ministro da Saúde e pré-candidato ao governo paulista, Alexandre Padilha (PT), também foi à Cracolândia.

Em evento antes da ação do Denarc, Haddad destacou os investimentos de R$ 3 milhões do governo federal na região. Se for bem sucedido, o programa será exibido por Padilha na campanha pelo governo do Estado. Ao lado de Haddad, o ministro e pré-candidato criticou ações de governos anteriores, como a de Kassab em parceria com Alckmin, que apostaram na estratégia da “dor e sofrimento” e na repressão policial.

Padilha pretende turbinar o programa na Cracolândia e disse que médicos do programa federal Mais Médicos deverão trabalhar em consultórios de rua na região.

Redação

17 Comentários

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  1. O nosso Nassifão é muito ingenuo!

    Ontem pediu para Alkmin controlar o Denarc.

    Vemos agora que o Denarc age para criar um 2º Pinheirinho, visando mostrar para o eleitorado paulista de extrema-direita que “ainda bem tem o governo estadual para proteger o pessoal de bem/bens/benz da corja lulo-petista, drogados e outros traficantes”.

    E até a se perguntar também se o tal Denarc não controle o tal governo estadual, do mesmo jeito que um certo DD parece que controlava o “governo fhc” (estou lendo “Operação banqueiro” e estou ficando com ainda mais raiva de todo tucano).

        1. Na questão Fugimori ficou

          Na questão Fugimori ficou muito claro o posicionamento desse grupo, através da FSP. No auge das denúncias, julgamento e condenação desse bandido, a Folha destacava qualquer atitude de Chávez para tomar as manchetes, e punha notícias pequeninas sobre esse pseudo político e autêntico traficante.

      1. “Pactua” so taticamente.  Se

        “Pactua” so taticamente.  Se eh que o Brasil tem lei que permite essa tal “acao penal (sic) publica incondicional (sic)” ela eh em si uma aberracao, mas abre amplo espaco para plausible deniability -tipo o FBI jogando pra cima do NSA a acao ilegal de me filmar com cameras que atravessam paredes, entre varias outras cachorradas deles -do FBI- comigo.

  2. Mas que cara-de-pau essa

    Mas que cara-de-pau essa delegada do DENARC ! É público e notório que a prefeitura assumiu esse problema, vem se incumbido do caso, e promovendo sua ação pacífica na área. Que sentido tem, neste momento, essa ação repressiva ostensiva, desalinhada com os trabalhos promovidos ? E ainda disse que vai continuar, como se a área estivesse abandonada. Teria feito esse tipo de estardalhaço antes, quando ninguém cuidava do caso ? É, nitidamente, uma ação de afronta ao trabalho da prefeitura, um boicote institucional, e ainda, perpetrado pelo banda bem suspeita da polícia, justamente pelo Denarc, que teve há pouco tempo policiais envolvidos com tráfico junto a essa ppulação, nessa área. Ai o governador tinha que se pronunciar, e explicitar se aprova isso, e se responsabilizar, se não, vai ser responsabilizado à revelia, pois não está tomando medidas de conteção desse abuso.    

  3. O desespero dos policiais é

    O desespero dos policiais é compreensível.

    Sem viciados não há tráfico de drogas.

    Sem tráfico não há lucro para o dono da boca-de-fumo e PROPINA para os policiais que lhes dão proteção.

    O governador Alckimin começará a METER O PÉ NA BUNDA destes policiais pilantras? Ou será que ele também recebe uma parte do dinheiro que escorre dos ralos da bandidagem para dentro do Estado?

    1. Mas essa ação de agora não é

      Mas essa ação de agora não é de desespero não, é de ostentação. De ostentação, e enfrentamento, declaram guerra. Tentar intimidar o prefeito, demarcar território e ameaçar. Acho que o prefeito bem pode correr até risco de vida.

    2. Ação policial na Cracolândia

      Também acho. Por que a polícia não reprime os traficantes, ao invés de ir atrás de drogados? E o Governador, que concorda com isso, não vai fazer nada, pois apoia. Governo Estadual e Polícia de São Paulo, vcs não me representam. 

  4. O governador só disse que era

    O governador só disse que era legítima porque não pode passar a impressão de descontrole. Essa foi a avaliação feita pela cúpula do governo paulista. Me lembra muito o filme “A Soma de Todos os Medos”. No filme, um grupo do exército russo realiza um ataque químico (ou biológico, não me lembro) na chechênia. O presidente é acordado as pressas e diz que não pode passar a impressão de ter perdido o controle das suas forças armadas. Nesse caso ele assume o ataque para não parecer fraco perante os outros países.

    O Alckmin não vai enfrentar o DENARC. Não vai porque não tem coragem, nem vontade. É típico do seu grupo político deixar tudo como está. É na verdade a natureza (conservador) dele.

  5. Reféns de nós mesmos.

    Repetindo o que disse ontem:

    Prezados e prezadas,

    Não é à toa que polis o radical grego das palavras polícia e política, significa o território físico da cidade. Para sua dimensão simbólica temos a urbi, mas é na polis que se vive, que se vigia, se cumprem ou se descumprem as leis, e enfim, é ali que se governa e que se é governado.

    Desde a concepção de cidades-Estado, e modernamente, dos Estados Nacionais, consagrou-se o uso da força armada (tropas regulares e profissionais) para as hostilidades externas, definida como expressão da soberania, e o monopólio estatal do uso desta força para o controle interno de segurança. Na medida que as sociedades ficaram mais complexas, aquilo que se confundia (eram as forças regulares militares que vigiavam as pessoas das cidades) passou a ser separado, ou seja, tivemos a criação das polícias que foram separadas dos exércitos.

    Uma concepção para hieraquizar o uso de força: Para o estrangeiro inimigo, uma força letal e impiedosa, para o nacional, uma força menos letal e destinada a antes prevenir ostensivamente a ocorrência de condutas antissociais.

    Nada reflete mais a dimensão de um arranjo estatal que as forças de segurança internas, haja vista que sob a justificativa de fornecerem proteção a todos os cidadãos, estas forças acabam por funcionar como instrumento de dominação de classe e ferramenta política de coação, seja em períodos democráticos, seja em períodos de exceção.

    Quanto mais desajustado e desigual forem a sociedade e o Estado, pior e mais violentas serão suas forças de segurança. 

    Por isto mesmo, a História nos ensina que as forças policiais internas tendem a ser mais fieis aos governantes e incapazes de demovê-los de seus postos, ficando quase sempre a cargo das forças armadas a deposição de governantes.

    Temos outras forças destinadas a manutenção e conservação da ordem vigente, ou no represamento das mudanças, como o Poder Judiciário (os fatos recentes do STF não mentem).

    Como vemos, o signo da violência estatal simbólica (conservadorismo e ativismo penal-prisional) e real estão presentes em várias esferas, que se movem de forma independente, mas se influenciam entre si.

    Este intensa relação, ou promiscuidade, entre o Príncipe, o Rei, o Presidente, enfim, o chefe executivo (de governo) com suas forças de repressão e seu aparato de punição (judicial e penitenciário) levam a um subordinação de duplo sentido:

    De um lado as forças de segurança se alimentam no poder discricionário do governante, mas é fato que os governantes acabam sequestrados pelos caprichos destas forças.

    Justiça há de ser feita: Desde a rearrumação constitucional de 1988, pouco ou nenhum governante, em qualquer nível, e que tivesse o menor traço de atribuição ou legitimidade para tanto, foi capaz de propor um debate neste assunto, e de certo não houve um clamor social (organizado ou não) que os demovesse desta posição de “conforto”.

    Deste modo, podemos concluir que não é só pelas polícias que os governadores estão coagidos. Engana-se quem coloca esta questão como causa. A fraqueza institucional dos governadores) é um efeito sinistro de um processo bem mais amplo.

    Esta fraqueza é própria clima de terror e exceção permanente que os próprios governadores e outras autoridades alimentaram para obter o aplauso fácil da mídia marrom e da classe mé(r)dia paranoica, embarcando com gosto em um clima de militarização e embrutecimento do panorama da segurança pública, realçando nossos gestos de incivilidade e barbárie, com 30, 40 mil pretos e pobres assassinados todos os anos, boa parte dele em “confrontos” com agentes de segurança.

    Como vemos, uma relação de causa-e-efeito, que a cada volta da espiral de brutalidade, retroalimenta cada vetor do problema.

    A agenda da violência estatal dá votos, e continua a dar. E porque dá votos, justifica atos que patrocinam mais e mais violência, até que se perca o controle, como parece ser o caso no Brasil.

    Há indícios sérios que em 2007 as milícias foram toleradas, a partir da observação que elas cresceram “coincidentemente” no entorno das facilidades esportivas panamericanas.

    O abandono de presídios em situação pré-medieval é uma pauta popular, e é bom saber: os presos matam nas rebeliões, como a de MA, aqueles que a sociedade torce em silêncio para que sejam “justiçados”, ou seja, estupradores e toda sorte de abusadores sexuais.

    Se não fossem os interesses dos partidos da mídia, o assunto estaria em temperatura bem “morna”.

    Todos os grupos mais ameaçadores do crime semi-organizado “nasceram” dentro das instalações penitenciárias do RJ e SP.

    Pequeno parêntese:

    Consideramos um erro definir as facções atuais como crime organizado, e isto só serve para aumentar o poder simbólico destes grupos para justificar mais e mais violência estatal e mais paranoia.

    Por outro lado, os dois episódios mais recentes no campo dos movimentos sociais, as manifestações de rua de 2013 e os rolezinhos, ainda que se questione a natureza política ou de classe destas manifestações (o que levará algum tempo a ser definida de forma mais correta), ou até mesmo a ausência desta natureza ou viés (de classe), temos que concordar que foi a reação desmedida da combinação das forças estatais e a histeria coletiva (no caso dos rolês) que amplificaram em centenas de vezes aquilo que poderia ter dimensões menos dramáticas.

    Em suma, a violência, a exclusão do outro pela morte, a intolerância com iniciativas de humanização de adictos, e qualquer tentativa de subtrair parcela do poder mortal da sociedade, dos governos e suas polícias, é logo rechaçada com atos extremos, como foi o do Denarc.

    Não há apenas um ingrediente financeiro derivado do conluio com varejistas de tráfico que impulsiona estes policiais, assim como é bobagem imaginar que um negócio proibido que movimenta trilhões de dólares não vá romper as barreiras da legalidade estruturadas em orçamentos públicos nanicos e boa dose de hipocrisia.

    Porém, enxergar esta questão apenas pelo viés moral (corrupção), ou só do sadismo dos policiais, ou enfim da tibieza das autoridades frente as corporações armadas que têm a seu dispor é perda de tempo.

    A Hydra tem mais cabeças.

    É tudo isto junto, e que vem se acumulando desde que os EEUU elegeram o War on Drugs como seu aríete de política externa para a América Latina e algumas regiões da Ásia (Afeganistão), proporcionando a exportação de modelos de combate as drogas que privilegiam certos aspetcos que promovem uma escalada de mortes, a alocação de volumes consideráveis de compras públicas (armas, equipamentos, veículos, helicópteros, blindados, sistemas de monitoramento, tecnologias de informação, etc), e que têm como resultado um dado assustador:

    Os EEUU e Europa continuam sendo centros de altíssimo consumo de drogas, mas mantêm níveis razoáveis de controle de sua criminalidade, enquanto os países produtores e de entrepostos para as rotas internacionais acumulam níveis grotescos de mortes e criminalidade, mas nem de longe consomem em níveis parecidos com os países que lhes servem de modelo para as políticas de proibição e combate.

    Nenhum governador conseguirá enfrentar uma polícia alimentada pelo medo, pela paranoia, histeria e desejo seletivo de matar de seus cidadãos.

    O PSDB é um partido decandente e cheios de erros, mas neste caso, eles não estão sozinhos.

    E adicionando ao que foi dito ontem:

    A postura da autoridade policial responsável pelo Denarc extrapola a mera percepção de arrogância, ela está ali a confessar uma visão determinada, que transpassa todas as classes sociais e esferas de governo (principalmente do governo onde ela está inserida).

    A verbalização de que “irá atrás de traficantes onde estiverem”, é uma manifestação do cinismo estatal, legitimado por uma parte da sociedade que a aplaude, porque não se tem notícia do sucesso das ações policiais paulistas quando se trata de traficantes que não estejam vinculados as redes de varejo (os “bagrinhos”).

    Não se trata de ceder as simplificações dos que imaginam que criticar a ação da polícia é um convite a impunidade.

    Nada disto.

    É trazer ao centro do debate a constatação de que os modelos experimentados até agora serviram para um monte de coisa (agendas eleitorais, ganhos ilícitos, compras governamentais, punição seletiva de classe, estigmatização dos usuários, etc) menos para o efetivo controle ou combate do mercado marginal de venda de entorpecentes, seja nas redes autônomas de varejo, seja nos esquemas mais sofisticados de distribuição ou ainda nas esferas “inalcançáveis” de lavagem e reintegração dos recursos no sistema financeiro legal.

    Mal comparando, se entendermos que a exacerbação das estruturas neoliberais e da desregulamentação global atingiram em cheio o poder e o peso dos mandatos conferidos nas urnas ao mandatários, gerando o conhecido enfraquecimento das instituições frente as demandas do capital, é certo que na sua porção paralela e ilegal, os sistemas econômicos criminais acabaram por entranharem-se de tal modo nos arranjos nacionais, criando nichos e corporações que agem por si mesmas e condicionam estas autoridades públicas, que deixam de ter a inciativa da ação para agirem de maneira meramente reflexiva.

    Não é um bom cenário para continuarmos a agir sob o tacão da hipocrisia.

    Saudações a todos.

     

     

    1. Há um conflito político ai,

      Há um conflito político ai, de fundo, que foi ignorado em sua análise. Compare a ação de Haddad e Alckimin perante o mesmo objeto, e obtenha um exemplo do conflito, é um caso bem emblemático e ilustrativo. São posturas radicalmente opostas. A desmilitarização das polícias fazia parte do processo de redemocratização do país, e só vi sendo mencionado e batalhado pelo deputado José Genoino. 

      1. A parte e o todo.

        Prezada Nilcemar,

        Há uma tentação a concordar contigo, afinal, Haddad me contempla politicamente e Alckimin não, mas eu te lembro:

        Prefeito não tem responsabilidade (a não se forma subsidiária e residual) com as políticas de segurança pública, no tocante a gestão das polícias, então, mesmo que eu especule que Haddad poderia ser um governador com visão diferente, esta é só um expectativa.

        Eu não estou “absolvendo” Alckimin, e claro, sua postura inclui também se relacionar de forma inadequada com suas forças, e vice-versa, mas eu estou incluindo este quesito dentro de um viés mais amplo.

        E neste espectro mais ampliado, todos nós, inclusive o PT fez pouco ou nada para alterar os paradigmas do enfrentamento do problema chamado segurança pública, em todos os níveis, salvo ações pontuais e localizadas.

        Um abraço.

        1. Sim, mas o Brasil é uma

          Sim, mas o Brasil é uma República Federativa. Nessa organização os Estados têm lá sua autonomia, e a Segurança Pública é competência deles. A questão referente ao poder central seria a da desmilitarização das polícias, como Genoino tentou, mas talvez não tivesse tido apoio. Precisaria re-democratizar-se as polícias e órgãos de repressão, que ainda estão formatados tal qual os moldou a ditadura. De fato, parece que não há consenso nem nisso, dai fica muito difícil, a oposição conta com total apoio da midia, e das áreas do judiciário; que não querem isso. Veja coomo foi uma guerra para instituir um projeto bem mais ameno como o Mais Médicos.

          1. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

            Nilccemar, querida amiga, 

            Eu não discordo de você e creio que pensamos de forma complementar, eu só respondi a uma dúvida específica levantada por ti, ou seja:

            Neste caso, Haddad “pode” agir com mais desenvoltura que o governador, porque ele não comanda policiais, mas isto não lhe tira os méritos, inclusive em relação a outros que o antecederam e acabaram por corroborar a visão do governador, funcionando como linha auxiliar.

            Um abraço.

             

  6.   O pior é pensar que, quando

      O pior é pensar que, quando se fala na (salutar) extinção das polícias militares, é essa a Polícia que sobra.

  7. Tudo o que vocês disseram e

    Tudo o que vocês disseram e mais  a nossa maravilhosa imprensa colaborando. São Paulo após tantos anos do PSDB virou essa “nhaca” geral. Pobre do Haddad  e do futuro governador, se não for do PSDB. Os paulistas ainda não se tocaram e muitos acham que a diminuição da idade penal ou até a pena de morte resolveria tudo.

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