DF cria gabinete de segurança após alerta de possíveis atos violentos no 7 de setembro

Ibaneis Rocha está nos EUA e governadora em exercício, Celina Leão, pede apoio de instituições e da Força Nacional para o Dia da Independência

Governadora em exercício, Celina Leão, convida Ricardo Cappelli para o Gabinete de Mobilização Institucional. | Foto: Divulgação

Rede Brasil Atual

DF cria gabinete de segurança após alerta de possíveis atos violentos no 7 de setembro

São Paulo – Após alertas do ministro da Justiça, Flávio Dino, nesta quinta-feira (31), sobre eventuais atos violentos no 7 de Setembro, o governo do Distrito Federal (GDF) anunciou medidas preventivas. Foi constituído um grupo com representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Ordem dos Advogados do Brasil, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal também integrarão a equipe.

Ontem mesmo a governadora em exercício do DF, Celina Leão (Progressistas), publicou a criação do gabinete de mobilização para o feriado da Independência em edição extra do Diário Oficial do DF.

A governadora pediu apoio da Força Nacional para o desfile do dia 7. O ofício com a solicitação foi entregue a Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

A Secretaria de Segurança Pública recebeu de Dino cerca de dez vídeos com informações sobre a organização de atos. O material trata “de supostas manifestações articuladas e previstas para ocorrer no dia 7 de setembro de 2023”.

Gato escaldado e o 7 de setembro

Celina Leão exerce o cargo porque o governador Ibaneis Rocha (MDB) está em viagem aos Estados Unidos. Ela convidou Cappelli para integrar o chamado Gabinete de Mobilização Institucional no fim da tarde desta quinta-feira. A precaução revela que o GDF parece “escaldado” pelos ataques terroristas de 8 de janeiro.

Na ocasião, Cappelli foi designado interventor na Segurança Pública do DF para substituir o bolsonarista Anderson Torres, que foi afastado e posteriormente preso. No dia dos atos antidemocráticos, ele estava “de férias” na Florida (Estados Unidos), para onde viajou dois dias antes e onde estava Jair Bolsonaro.

As intenções dos grupos extremistas ligadas ao governo anterior parecem indicar que, mais uma vez, e mesmo fora do poder, a extrema-direita está ativa com sua proposta permanente de causar turbulências.

Zero 1 usa apito de cachorro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou na quarta-feira (30) que ouviu “rumores” de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “obrigando escolas a enviarem alunos para o desfile em Brasília por medo do fracasso de público”.

O filho “zero 1” de Bolsonaro acrescentou que o PT “sempre teve” aversão às cores verde e amarelo da bandeira brasileira e que seu pai “resgatou” a bandeira. Suspeita-se que o senador extremista esteja usando um “apito de cachorro” para mobilizar a turba de arruaceiros “do bem”.

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Redação

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