Djavan e a iconoclastia juvenil da Folha, por Sérgio Santos

Leio na Folha uma análise sobre a obra de Djavan assinada pelo editor-assistente da Ilustrada. Nela Djavan é citado como um suposto “chato da MPB”, assim como, entre outros, Ivan Lins e João Gilberto.

É chocante que seja esse o prisma, o enfoque usado para se analisar a carreira de um compositor com quase 40 anos de carreira e com a importância de Djavan.

Sem se questionar minimamente o motivo real pelo qual artistas que são símbolos da música brasileira em qualquer lugar do mundo possam receber a pecha de “chatos” em seu próprio país, a tal análise é daquelas que não analisa nada.

Estou mais para o que recentemente bem disse Hugo Sukman, em outra análise: assim como desperdiçamos nossos recursos naturais, nossa boa água límpida, a ganância do mercado tem feito com que desperdicemos aquilo que fazemos e fizemos de fundamental na cultura.

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. O processo que aconteceu nos

    O processo que aconteceu nos meios de comunicação, os colocando sob a orientação de “jornalistas” confiaveis a direita, atingiu, paralelamente, tambem a cultura.

    Dai para frente os artistas autenticos foram perdendo espaço na midia, que passou a ser ocupado por “artistas” confiaveis a direita.

    Dai tanto destaque a Caetanos e Lobões, como a pintores “contemporaneos” da moda,a galãs de telenovelas..

  2. Gosto pessoal do rapaz, deve ser.

    Eu também não gosto muito das músicas do Djavan, mas daí a achá-lo chato, vai uma distância bem grande. Bom cantor e compositor, sem dúvida. Gosto e nádegas, cada qual com as suas.

  3. Essa escolinha do

    Essa escolinha do prf.Raimundo vem lá dos anos 80.

    Xenofilia ao extremo, chutes aos montes, citações bobocas e uma

    ignorância musical muitas vezes assumida, só para garantir um

    tom irreverente.Chegam ao ponto de disputar prá ver quem

    conhece mais bandinhas obscuras que o outro.Lúcio Ribeiro,

    André Forastieri,Alvaro “fantastico Pereira Jr. ,Claudio J Tognolli

    entre outros.. E da-lhe vira-latismos!

     

  4. Djavan é um grande poeta,dono

    Djavan é um grande poeta,dono de uma voz maravilhosa.Ele está acima destes pseudo críticos,sua obra esta aí,e é pra quem tem bom gosto.Sua carreira está consolidada baseada no seu trabalho aqui e fora do país.Grande Djavan,sou seu fã.(rimou).

  5. Ontem mesmo, recebi um

    Ontem mesmo, recebi um chatíssimo telefonema da Folha, quase implorando pela minha assinatura. Jamais imaginaria que estavam oferecendo tantos presentes e bônus p/ uma assinatura. É que fui “sorteada” aqui na cidade, para ser merecedora de tantas regalias. Não querendo ser deselegante  c/ a moça sempre respondia que no momento não estava interessada. Mas a lenga lenga e os presentes foram tantos que acabei dizendo: desculpe-me é que não gosto  do dono dela, da linha editorial dela e de seus jornalistas . Como posso assinar um jornal que não irei ler ? E boa tarde. E ainda vem esses mequetrefes falando mal do Djavan, dentre outros. Só gostam mesmo desses ex roqueiros da década de 80, precocemente envelhecidos tanto fisicamente,como intelectualmente e corrompidos por essa mídica nossa. Lobão, Roger, etc, não estão conseguindo nem abrir a boca, falam entredentes.

  6. Capim

    Uma cavalgadura, esse repórter.

    Mais um querendo ser Mainardi, que queria ser Francis, que queria ser algum americano famoso e nunca conseguiu. A fila de vira-latas querendo mijar no mesmo poste é interminável.

    Lembro-me de um vídeo de Chico Buarque trollando um tal de Sabino que o criticou na Veja.

    Lembro-me também de incontáveis zurros e relinchos contra o belíssimo projeto de leitura de poetas portugueses e brasileiros criado pela Maria Bethânia e coordenado pelo Hermano Vianna.

    Li há pouco (aqui), que Joyce acabou de gravar 2 CDs ao mesmo tempo, que serão lançados no exterior, porque não há público, nem interesse por aqui pelo som que ela produz. Isso, depois de quase 50 anos de carreira dedicada à cultura brasileira!

    Vergonha.

    Djavan é um clássico, um dos compositores mais sofisticados da música pop mundial. Óbvio que sua carreira, como a de qualquer artista, tem altos e baixos. Mas nada que se compare à alfafa que o referido ruminante consome e arrota nas páginas da Rolha de SP.

    É duro lidar com gente burra!

    E vamos à boa música. Djavan com Gaudí canta Capim, em Barcelona:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=FdV0MU8gGsY%5D

  7. Gênio e “não chato” devem ser

    Gênio e “não chato” devem ser o Lobão, o Seu Jorge e o Roger.

    A Folha leva pra cultura o que pensa da política, simples assim.

    Também…

    quem mandou Dajvan nascer preto, alagoano e ser chegado a um sururu de capote?

  8. Qual a surpresa?

    “Sem se questionar minimamente o motivo real pelo qual artistas que são símbolos da música brasileira em qualquer lugar do mundo possam receber a pecha de “chatos” em seu próprio país, a tal análise é daquelas que não analisa nada.”

    Ora, ora, não há a menor dúvida de que a implicância é porque nesses 40 anos de carreira ele foi reconhecido por “esquerdistas”…

    Eu quero mais é que eles façam algo que preste e resgatem o Simonal, pô, rsrs

    Ainda tenho que “vender pauta” pra esses bestas, rsrs…

    Vale lembrar pra essa “nova geração” de críticos a velha provocação: artista frustrado!

    Não que eu acredite nisso (a crítica é importante), mas para ver como o besta responde; para ver se tem o mínimo de qualificação… Por exemplo: aprendeu a tocar algum instrumento na vida antes de fazer “crítica” musical? Não adianta “cagar” “erudição” falando de um montão de coisas que não têm nada a ver com o que ele está criticando. Se ele “sabe tuuudo” de rock, que se limite a escrever sobre rock, ora, ora; guarde as “opiniões” pessoais sobre a tal “MPB” pro churrasquinho da galera, ora, ora…

    Mas, pensando, será que isso vende jornal na periferia, rsrsrsr?

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