EDITORIAL BRASIL ECONÔMICO: À procura de profissionais, bons e perenes

Encontrar bons profissionais nem sempre foi expediente sem dificuldades. No atual estado da economia brasileira, que mostra níveis de crescimento vigorosos, a questão deixou de ser contratar bons profissionais. O difícil agora é encontrá-los.

Tão difícil que até o governo estuda medidas para aliviar a via crucis das empresas, principalmente do varejo.

O fenômeno se dá em setores variados e em qualificação também variada, do mais ao menos apto. Ainda há, claro, muitos brasileiros que continuam e continuarão desempregados.

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) dá conta de que a taxa de desemprego no país era de 12,4% em julho, ainda alta. Mas as empresas têm relatado grandes dificuldades em encontrar – como também em reter – funcionários.

Como exemplo, o Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT), da cidade de São Paulo viu o número de vagas ofertadas subir 32,2% de janeiro a agosto. Em procura há de atendente de lanchonete a eletricista.

Há uma espécie de batalha entre as empresas, principalmente do varejo. Uma empregada da Fundição Filomena, por exemplo, mudou de emprego para receber R$ 20 a mais.

Na Dicico, futuros funcionários em treinamento pedem demissão. Muitas empresas e setores vêm investindo em cursos para qualificar a mão de obra.

É o caso, além dos varejistas, da indústria de vestuário. Até caminhoneiros, clássica profissão “mão na graxa”, não podem mais apenas saber dirigir.

Precisam agora lidar com equipamentos como computadores ou rastreadores. Assustados, muitos preferem não aceitar trabalhos que exijam essas novas habilidades.

Na construção civil, talvez a primeira a sentir a atual escassez de mão de obra, há uma disputa entre construtoras, empreiteiras e prestadoras de serviço.

O resultado é a inflação dos salários dos profissionais. Um pedreiro hoje pode ganhar R$ 5 mil, um mestre de obras, R$ 8 mil, ao passo que um engenheiro recém formado recebe R$ 5 mil.

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

COMENTÁRIO: Ótimo que se traga a questão do difícil atendimento à demanda cada vez maior de um mercado aquecido e em processo de adequação a uma nova realidade econômica para o País, única na História até então.

Cabe, porém, ressaltar que da forma como está colocada no artigo, há uma inversão no cerne da discussão. O foco está voltado para uma individualização, quase de discussão do caráter do trabalhador, ao invés de se trabalhar questõe estruturais do mercado de formação profissional, seja público ou privado.

Para finalizar, se faltam profissionais que saibam qual argamassa utilizar e como utilizá-la, e se este Profissional traz rentabilidade à Empresa, qual o problema de se pagar uma remuneração condizente à mais básica lógica das leis de mercado?

Redação

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