Estagnação econômica e desemprego como estratégia política.


Compre quando houver sangue nas ruas.

Barão de Rothschild

Muito se tem falado sobre se haveria uma estratégia por trás das loucas decisões deste governo . Eu diria que um mero instrumento não tem estratégia, ele apenas faz parte conjuntural do processo. Pessoalmente as ações de Bolsonaro tem cunho pessoal e chocam por serem claramente provas de um delírio de poder. Mas são delírios úteis. Bolsonaro é uma arminha usada para se alcançar um objetivo muito bem traçado, num longo processo de destruição das instituições do pais e implantação, através da legislação, de um novo arcabouço institucional que destrua de forma definitiva as possibilidades de um estado de bem estar social mediado pelo estado e uma politica desenvolvimentista. No meio deste processo Bolsonaro é apenas uma passo e é principalmente um instrumento útil passível de ser descartado como Cunha, Janot, Temer e tantos outros. Moro talvez esteja sendo. Porém, Guedes é general da invasão , ele é uma arma de destruição em massa.

 

Uma análise não muito aprofundada nos diria que Guedes não é um ministro da Economia. Afinal Guedes não tem um plano para a economia. Desde que entrou Guedes fez questão absoluta de paralisar a economia, obviamente colocando a culpa nos governos anteriores. Guedes é um reformista. Ele se tornou um legislador que se nega a gerir a economia e se restringe a apresentar reformas para o legislativo. Embora membro do executivo passa o tempo inteiro criando leis que podem ficar gravadas na legislação e constituição do país. É uma tentativa de eternizar as políticas neo liberais. A Reforma Previdenciária, reforma trabalhista, a tributária uma série de decretos menores, mas nem por isto menos importantes se completam formando um quadro. Enquanto a estagnação econômica e o desemprego grassam, os movimentos da reforma da Previdência só vão acabar quando a Capitalização for introduzida e com ela a eliminação da contribuição previdenciária das empresas e o fim de um estado de bem estar social.

 

A reforma trabalhista, com fim do décimo terceiro e flexibilização das férias e provável, com negociações diretas com os patrões, vai equiparar os direitos trabalhistas brasileiros aos direitos trabalhistas do trabalhador americano. Obviamente sem a pujança econômica nem os salários na América. A tal carteira verde amarelo é mais uma carteira azul, branco e vermelho que vai preparar o terreno para ocupação que já começa com empreiteiras do porte da Halliburton. A mesma Halliburton que ora ocupa o Iraque, já está oferecendo empregos no Brasil. Para se ter uma dimensão da invasão, basta ver as propostas de emprego oferecidas pela Halliburton no Brasil. (vide no Google – empregos Halliburton)

 

Quando Bolsonaro disse que não comandaria a economia e deixaria na mão de Guedes se tornou o candidato preferencial. Na loucura que se instaurou no país, foi apoiado inclusive por alguns que se tornariam eles mesmos, alvos de processo destrutivo. Por exemplo o setor produtivo da economia. As limitações de Bolsonaro o tornam uma arma útil dentro deste plano maior que vem sendo implementado desde o impeachment de Dilma.

 

 

Redação

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