Greves de bancários, professores e petroleiros dão novo impulso ao movimento sindical

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Brasil 247

Entre guerra e paz, movimento sindical acorda

Bancários completam amanhã duas semanas de uma greve que mantém mais de 10 mil agências fechadas em todo País; no Rio de Janeiro, ao contrário, greve dos professores é marcada por violência da Polícia Militar, na segunda-feira 30, depredação e prisões; nesta quinta-feira 3, petroleiros prometem protestar por aumento salarial no dia em que a Petrobras completa 60 anos; safra seguinte é de motoristas de ônibus e metalúrgicos; economia com pleno emprego dá impulso ao movimento sindical
 
Cada uma a seu modo, as greves dos bancários, de extensão nacional, e dos professores do Rio de Janeiro estão mostrando que o movimento sindical acordou. No segundo caso, de maneira dramática, no violento ataque da Polícia Militar sobre grevistas, com 17 prisões, que levou o centro da capital fluminense a passar esta quarta-feira 2 sob os estilhaços dos conflitos da véspera.

 
Com mais sorte, o movimento dos bancários não registra cenas de guerra, mas um show de organização e conduta. Faz duas semanas, em todo o País, que mais de 10 mil agências bancárias não abrem suas portas. Sob reivindicações que incluem reajuste salarial de 5% acima da inflação e redução das metas de desempenho impostas pelas instituições, eles estão ocupando o espaço aberto aberto pelos resultados recordes dos grandes bancos.
 
Outra grande categoria, a dos petroleiros, promete aumentar a pressão sobre a Petrobras, também para obter 5% de aumento salarial sobre a inflação, a partir de agora. Para a quinta 3, dia em que a empresa completa 60 anos, estão programados protestos como parte da campanha salarial em curso.
 
Depois deles, a partir de outubro, a estratégica categoria dos motoristas de ônibus passará a ter seus dissídios coletivos. Com a sensibilidade que o setor de transportes adquiriu nas manifestações de junho, eles têm uma disputa anunciada com as empresas, que este ano tiveram de abrir mão dos reajustes nas tarifas.
 
Os metalúrgicos virão a seguir, em novembro, levar o ciclo de campanhas salariais ao ponto mais alto. O regime de pleno emprego pode ser o estofo para que a categoria volte a demonstrar forte vigor em suas jornadas por aumentos salariais. Como as empresas não vivem nenhum momento exuberante de resultados, outra vez a briga promete ser dura.
Redação

2 Comentários

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  1. ……………   a greve dos

    ……………   a greve dos bancarios estah um sucesso.  o povo ja percebeu q pode viver sem agencias bancarias !!!

    eh o sindicalismo matando a galhinha dos ovos de ouro: vao ficar sem contribuintes para o imposto sindical.

  2. Mobilizações dos Petroleiros

    Mobilizações intensas com grande adesão na região

    Link: http://www.sindipetronf.org.br/TabId/105/NoticiaId/4281/Default.aspx

     

    Em entrevista à Rádio NF no final da manhã, o coordenador de Comunicação do Sindipetro-NF, Marcos Breda, qualificou como “intensas” as mobilizações que os petroleiros realizam hoje na região, como parte das atividades do Dia Nacional de Luta da categoria. Das 46 plataformas da Bacia de Campos, 37 estão realizando paralisações na emissão de PTs (Permissão de Trabalho). No Terminal de Cabiúnas, os trabalhadores fazem uma Operação Padrão desde a 0h. E as bases administrativas marcaram a data com um abraço surpresa às instalações da Petrobrás em Imbetiba, fechando o acesso à companhia, por duas horas, nos três portões.

    O trancaço à base contou com grande adesão dos trabalhadores e gerou impacto no trânsito de Macaé. Em razão da impossibilidade da entrada de carretas no Porto de Imbetiba, pelo acesso da Praia Campista, formou-se uma grande fila de caminhões que atingiu o fluxo de carros na chegada da rodovia Amaral Peixoto no Centro de Macaé.   

     

    Além da propaganda

    Hoje é o dia em que a Petrobrás comemora seus 60 anos, e as mobilizações têm como objetivo mostrar que a empresa ainda tem muitos problemas. “Existe uma Petrobrás da propaganda, e existe a Petrobrás que os trabalhadores conhecem, com insegurança e ataques à saúde dos petroleiros”, disse Breda.

    As manifestações chamam a atenção para três pontos priorizados no momento pelos trabalhadores: a necessidade de suspender o Leilão de Libra, a derrota do Projeto de Lei da Terceirização (4330) no Congresso Nacional e a reivindicação de que a companhia apresente uma proposta de Acordo Coletivo que atenda aos empregados, que têm data-base em primeiro de setembro.

    O Conselho Deliberativo da FUP (Federação Única dos Petroleiros), com representantes de todos os sindicatos petroleiros filiados, entre eles o Sindipetro-NF, se reúne no próximo dia 8 para definir novos passos para as mobilizações. Um calendário de lutas está em andamento, com atividades até o próximo dia 21, data prevista pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para a realização, no Rio, do Leilão do Campo de Libra.

    [Fotos: Luiz Bispo / Para Imprensa do NF]

     

    Petroleiros do Norte Fluminense realizam abraço surpresa na base de Imbetiba

    Link: http://www.sindipetronf.org.br/TabId/105/NoticiaId/4280/Default.aspx

    Na manhã desta quinta, 3, quando a Petrobras completa 60 anos, os petroleiros do Norte Fluminense, sindicalistas, aposentados e trabalhadores rurais sem terra realizam um abraço em Imbetiba, principal base de terra  da companhia na região.

    O grupo está concentrado nos três portões da Praia Campista, do Meio e de Imbetiba e até o momento a categoria se mostra solidária e reforça o movimento. Em alguns momentos trabalhadores tentam entrar, mas acabam convencidos da importância do movimento.

    Nas plataformas, os trabalhadores mantêm a emissão de PTs (Permissões de Trabalho) paralisada durante 24 horas. Neste mesmo período, os petroleiros da base de Cabiúnas, grupos A, D, E e administrativos realizam Operação Padrão.

    O categoria petroleira luta  contra o Leilão de Libra e pela derrubada do Projeto de Lei 4.330, da Terceirização.

    Negociações Coletivas: Mais de 90% levaram a ganho real na região

    Link: http://www.sindipetronf.org.br/Publica%C3%A7%C3%B5es/NascenteSetorPrivado/tabid/65/Default.aspx?Edicao=441&Materia=4149

    Levantamento feito pela subseção Dieese do Sindipetro-NF, em Macaé, mostra que, em 2012, a maior parte das negociações das empresas de petróleo do setor privado localizadas na Bacia de Campos apresentou ganhos reais. Do total de doze negociações registradas na região, cerca de 92% alcançou ganho real. Nas demais 8%, houve um reajuste salarial abaixo do INPC-IBGE.
     Apesar do alto percentual de negociações que resultaram em ganhos reais na Bacia de Campos, este dado ainda é menor do que o verificado nacionalmente, que foi de 95%. Além disso, os índices de reajustes locais também ficaram, em média, inferiores aos nacionais. Na região, a média de ganho real das negociações das empresa de petróleo do setor privado foi de 0,67%, enquanto que esse valor para todas as negociações do país foi de 1,96%. E nas faixas de ganho real, os ganhos reais se concentraram entre 0,51% e 1%, diferentemente do restante do país onde prevaleceram os ganhos reais entre 2,01% e 3%. 
     “Esse descasamento nos resultados de ganhos reais reflete, além dos fatores particulares (conjuntura do setor, correlação de força política etc.) de cada negociação, uma estratégia utilizada pelas empresas de petróleo do setor privado nas negociações dos últimos anos. Os ganhos financeiros dos acordos tem se concentrado em ampliação de benefícios (auxílios alimentação, auxílios refeição etc.) e/ou aumento de remunerações variáveis (participação sobre resultados, abonos etc.). Com efeito, a estratégia de negociação dessas empresas foi de tentar reter os reajustes salariais e, em contrapartida, aumentar gradualmente os valores monetários dos benefícios e das remunerações variáveis. E mais importante dessa estratégia, é lembrar que foi esta foi implementada justamente num cenário de forte expansão do setor petróleo e de ampliação dos ganhos reais na maior parte das negociações”, explica documento do Dieese, disponível em http://www.sindipetronf.org.br.   
    Nacional
     O estudo de abrangência nacional, realizado pelo Dieese com 704 negociações realizadas em 2012, mostrou que aproximadamente 95% delas resultaram em aumentos reais de salários, tomando como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE). Deste total, cerca de 4% das negociações atingiram percentuais de reajuste iguais ao índice inflacionário na data-base e em apenas 1% das negociações acompanhadas houve perda salarial. 
     De acordo com o Dieese, o aumento real médio apurado nacionalmente, em relação ao INPC, de 1,96%, foi o mais expressivo no percentual de negociações com reajustes salariais superiores à inflação desde o início da série, em 1996.

     

     

     

     

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