Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Juros altos? “Bra que, brimo?, por Rui Daher

Alexandre Tombini, Banco Central

Luís Nassif, neste GGN, escreveu “O Banco Central tornou-se um solista sem maestro” e “A crítica aos cabeças de planilha”, citando artigo de Dani Rodrik, professor em Harvard, publicado no Valor (11/09/15):  

“A economia não é o tipo de ciência na qual alguma vez poderá existir um único modelo genuíno que funcione melhor em todos os contextos. A questão não se trata de chegar a um consenso sobre qual modelo é certo (…) mas descobrir qual modelo se aplica melhor em determinada situação (…) em especial quando a escolha precisa ser feita em tempo real”.

Aproveito a deixa e aqui insiro mais uma obviedade que tolamente está prejudicando a economia e a vida dos brasileiros.

Eleita presidente, pelo voto predominante das camadas mais baixas da população, favorecidas pelos programas de inserção social, Dilma Rousseff vendo a economia não crescer, a inflação acima da meta e a situação fiscal se agravar, comprou tratamento Ravenna neoliberal de medicação cara, não vendida no Farmácia Popular.

Acreditou assim acalmar a galera que manda e levar o mandato em banho-maria até que um golpe de bons ventos trouxesse de volta a popularidade e a faixa presidencial ao peito de Lula.

Seria um bom roteiro, não ficassem evidentes os erros do primeiro mandato, os reflexos da Lava Jato, o racha em forma de Cunha na base aliada. Até aí é política e se remenda.

Economia, nem tanto, e seu maior erro foi engolir o samba de uma nota só do Banco Central: agressivo aumento de juros para controlar a inflação.

Enfim, ninguém consome, produz ou empresta. Onde, pois, a demanda? A economia está paralisada à espera de uma situação política que não virá. Se vier, nada mudará além da população de moscas em torno do estrume fabricado por ortodoxos que ainda não saíram do pasto para os suplementos minerais.

Pois bem, não deu certo, está dando ou dará. Não restabeleceu a confiança de quem investe e perdeu a de quem precisa. Mais: encheu de milho os silos da oposição, antes magra galinácea. Propiciou a volta da trinca de direita: Congresso, Judiciário e Mídia na luta pelo impeachment. Digamos que o Ravenna só fez emagrecerem ela e o País.

E, pasmem, corajosa ou tola, tentou isso com apenas duas balas no revólver: um rótulo – ajuste fiscal – e um homem – Joaquim Levy. Nada mais. Se houve, me avisem.

Com Levy, nem mesmo impediu que as agências de risco adiassem o castigo do rebaixamento. Na Rua 25 de Março, ouviríamos: “bra quê, brimo”?

Agora, talvez, nem mais tempo de redirecionamento haja. Ficou fácil demonizar incentivos aos investimentos públicos produtivos, empregos e consumo. Sim, porque empresário privado não investe sem perspectiva de demanda crescente.

Chegou-se lá e restará liquidar os programas sociais.

O ajuste fiscal de hoje é um amontoado de desajustes sobre os setores produtivos e a população empregada e assalariada.

Os anúncios, quando tenebrosos, fazem contrair o esfíncter dos agentes econômicos. Resultado: prisão de ventre.

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

21 Comentários

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  1. Me explica então COMO O

    Me explica então COMO O BRASIL CRESCEU NO PERÍODO FHC COM OS JUROS MUITO MAIS ALTOS DO QUE HOJE, QUAL FOI A MÁGICA?

    PARA REFRESCAR A MEMÓRIA AQUI OS DADOS:

    1995   4,3%

    1996   2,2%

    1997   3,4%

    1998   0,4%

    1999   0,5%

    2000   4,4%

    2001   1,3%

    2002   3,1$

     

    Agora a Selic:

     

    No governo Fernando Henrique foram realizadas da 1ª até a 79ª reunião do COPOM. Veja como evoluiu a taxa de juros: 23,28% na 1ª reunião, em 26/06/1996; máxima atingida de 45%, na 33ª reunião, em 04/03/2009, na gestão de Armínio Fraga; mínima de 15,25%, na 55ª reunião, em 14/02/2001; e fechamento do governo com taxa Selic a 25,00%, na 79ª reunião, em 18/12/2002;

     

     

    Agora no governo Dilma a selic está em 14% e temos quase uma depressão devendo chegar a 3% ou mais até o fim do ano.

     

    CADÊ A EXPLICAÇÃO?

     

     

  2. “O ajuste fiscal de hoje é um

    “O ajuste fiscal de hoje é um amontoado de desajustes sobre os setores produtivos e a população empregada e assalariada”:

    Todo mundo sabia que o aumento de juros ia dar errado e que quem ia pagar era o assalariado.

    Todo mundo.

  3. Os buracos no bueiro da sonegegação

    Os “revoltados” da sonegação. R$ 150 bilhões em um só ano

    corrupsonega

    Estadão dá, agora à noite, manchete sobre a “polêmica” causada (segundo o jornal) entre os advogados tributários pela tardia decisão da receita Federal de apressar a cobrança de impostos devidos por 400 grandes contribuintes e que somariam R$ 20 bilhões.

     

    Pela média, uma dívida de R$ 50 milhões “por cabeça”, com média de três a cinco anos, com recursos já recusados.

     

    Há dias, este Tijolaço foi um dos poucos lugares onde se noticiou a mudança no critério de fiscalização de impostos, inclusive com meu hilário exemplo pessoal, de ter tomado tempo e dinheiro do Fisco com uma autuação – que levou quatro anos para ser revista, porque errada – que somava  fantásticos seis centavos, ou 11 centavos, com multa e juros de mora.

     

    Alegam que a Receita “atropelou” as defesas dos grandes contribuintes.

     

    Compare o querido amiga e a distinta leitora o tratamento que tem o cidadão comum pelo “Leão” nas famosas “malhas finas”.

     

    Sem contar que o grande contribuinte não tem a menor dificuldade de impugnar judicialmente a cobrança, coisa que para nós, mortais, é inviável, porque mesmo diante de uma cobrança que consideramos injusta, temos de pensar 100 vezes antes de decidir gastar com advogado mais do que está sendo cobrado.

     

    Dá-se, então, um caso como o da autuação do Itaú em “apenas” R$ 18,7 bilhões em agosto de 2013, algo que chega hoje (se é que o valor divulgado refere-se à data da notícia, e não data anterior) a R$ 23,3 bilhões, corrigido pela Selic, que indexa dívidas tributárias.

     

    Reparem a desproporção e o tamanho da sonegação fiscal – e só daquela que é “pega” – no Brasil: só no primeiro semestre deste ano foram apurados R$ 75 bilhões em fuga de impostos, quase R$ 22 bilhões a mais que um ano antes. “Apesar da crise”, é claro, que fez se reduzir, em termos reais, o recolhimento de impostos.

     

    Deste valor, informou também o Estadão, “75% referem-se a grandes contribuintes, com receita bruta superior a R$ 150 milhões”.

     

    Quer dizer, R$ 56 bilhões devidos por gente de alta, altíssima bufunfa no bolso.

     

    Se apenas isso, apenas isso, se repetir no segundo semestre, temos R$ 112 bilhões, suficiente para fazer os “sonhados” 0,7% do PIB de superavit fiscal para 2016 ( R$ 43,8 bilhões) não apenas serem alcançados mas dobrados e quase triplicados.

     

    E, como as fiscalizações estão, na maioria, ainda em curso, em meio a análise, o valor mais do que dobrará.

     

    Ano passado, foram R$ 151 bilhões em autuações, registram os dados oficiais da Receita.

     

    R$ 144 bilhões lançados sobre  14.298 pessoas jurídicas. E R$ 7 bilhões lançados sobre  351.534 pessoas físicas. E olhem que destes R$ 7 bilhões, quase um terço (R$ 2,1 bi) foram sobre  proprietários ou dirigentes de empresas, que deixaram de pagar sobre, principalmente, venda ou permuta de ações ou cotas de participação societária.

     

    A sonegação – repito, a que é detectada e objeto de autuação fiscal – atinge estes valores monstruosos, mas não chama a atenção de nossa imprensa, que sai em defesa do “contribuinte”, usando a multidão de pessoas que, por erro ou desencontro numa despesa médica irrisória cai na “malha fina” como colchão para a grossa fuga de impostos que não está, de forma alguma, no pequeno contribuinte.

     

    Um ralo que toma do dinheiro público, em uma semana, mais do que a ladroeira dos Youssefs e Paulo Roberto Costa em anos e anos de safadezas.

     

    Sem Moro, sem “moralistas de plantão”, sem Fábio Júnior, sem Revoltados Online, sem editoriais.

     

    Sem vergonha.

     

  4. A crise é antes (e mais)

    A crise é antes (e mais) política do que econômica. Única saída, política de base.

    O sistema financeiro não responde às políticas do governo e trava o desenvolvimento nacional. O única saída que resta à Dilma é voltar-se às base progressista que a elegeram e, mesmo, às que estiveram às margens; voltar-se às micros e pequenas empresas, à agricultura e negócios familiares e de vizinhança; voltar-se às políticas sociais, à educação, saúde e segurança publica; as reformas políticas e tributária; e abandonar o sistema de metas inflacionárias. Não atino outro caminho.

     

  5. Povão

    sonegometro”Eleita presidente, pelo voto predominante das camadas mais baixas da população”

                Para estes ela tem que governar!

    “empresário privado não investe sem perspectiva de demanda crescente.”

                Se o governo privilegia as camadas de renda mais baixas, surge a demanda! Ai o empresariado lucra, o governo                   lucra com mais impostos e as classes médias também lucram com a economia aquecida. Todo mundo lucra.

    “talvez, nem mais tempo de redirecionamento haja.”

                Felizmente o Brasil (ainda) imprime o seu próprio dinheiro. O governo deveria incentivar a demanda aumentando os aposentados, melhorando o salário mínimo, DIMINUINDO A TAXA BÁSICA DE JUROS, tacando-lhe pau nas obras públicas, fiscalizando o “sonegômetro”, cuidado dos vazamentos da bolsa da vúva, ficalizar a especulação nos supermercados,etc.

                Dar dinheiro para montadora de autoóveis alienígena para garantir emprego, dar dinheiro para banco, BNDES emprestando para telefônicas gingas?  burrice. Melhor financiar o POVO.

  6. Texto imprestável pois a premissa é falsa

    O texto diz que o Banco Central, a partir de 1º de janeiro de 2015, passou a adotar uma “ortodoxa receita neoliberal”, de juros altos e extorsivos. 

    Lamento ter que contrariar o autor, mas é preciso fazê-lo. Vamos lá:

    É verdade que o Banco Central aumentou os juros e isto pode e deve ser criticado. Porém, é preciso dizer que este ciclo de aumento, estancado desde o último mês de julho, foi menor do que o ciclo de aumento dos juros que tivemos no mandato anterior. Vejamos:

    -Ciclo de aumento na taxa de juros da Selic

    1) No mandato anterior houve um ciclo de aumento de 4,5% (de 7,25% para 11,75%), entre abril de 2013 e dezembro de 2014;

    2) No mandato atual houve um ciclo de aumento de 2,5% (de 11,75% para 14,25%), estancado em julho último. 

    Salta aos olhos de qualquer um que não queira cegar a si próprio, que a política monetária atual, do segundo mandato da presidenta Dilma, é mais SUAVE que a política monetária do final do primeiro mandato dela. 

    E desafio a quem quer que seja para que conteste essa afirmação. 

    Logo, como a premissa principal do texto é falsa, e isto está rigorosamente provado, todo o restante do artigo é pura e simplesmente imprestável. 

    Tem gente que culpa a política fiscal e monetária atual pela crise. Digo eu que a política anterior, anticíclica, se exauriu completamente já em meados do ano passado. Mas aí é tema para outra discussão. 

    1.  
      O que está acontecendo no

       

      O que está acontecendo no Brasil hoje é simples.

      O BRASIL ESTÁ EM FRANCO PROCESSO DE REJEIÇÃO À PRESIDENTE DILMA.

      Veja, no período FHC a selic estava próxima da 20%, chegou a picos de 45% e nunca esteve abaixo de 15%, mas o Brasil seguiu crescendo. Ano após ano.

      Hoje as condilções economicas estão melhores que no período FHC, mas a economia está em depressão.

      O País está de saco cheio dessa Dilma. Nada será investido, retomado, antes dela cair.

      É a realidade.

       

      1. “Veja, no período FHC a selic

        “Veja, no período FHC a selic estava próxima da 20%, chegou a picos de 45% e nunca esteve abaixo de 15%, mas o Brasil seguiu crescendo”:

        Cresceu?  Entao mostre nos o dinheiro porque as ultimas 10 mil vezes que eu ouvi falar, o Brasil tinha vazado TRILHOES DE DOLARES sem sombra de rastro no governo FH, com praticamente TODAS as instituicoes estatais sucateadas ou nao funcionais, e ainda por cima com zero construcoes civis que beneficiaram a populacao pra mostrar.

        1. Olha, o mundo entende por

          Olha, o mundo entende por “crescimento”, o aumento do PIB de um ano em relação ao outro. Se o PIB aumentou, temos crescimento. Se o PIB diminuiu temos recessão.

          No governo FHC tinhamos selic média acima de 20% com picos de 45%, embora por pouquíssimo tempo.

          EM TODOS OS ANOS HOUVE CRESCIMENTO ECONÔMICO:

          1995   4,3%

          1996   2,2%

          1997   3,4%

          1998   0,4%

          1999   0,5%

          2000   4,4%

          2001   1,3%

          2002   3,1%

           

          a crise econômica de hoje não se dá, hoje, em função da selic em 14%.

          Olha só 2002. Selic chegando no final do ano em 25%, inflação chegando a 12% E CRESCIMENTO DE 3,1%.

          COMPARE AGORA COM 2015. SELIC AGORA EM 14,25%, INFLAÇÃO ENTRE 9 E 10% E DEPRESSÃO PODENDO CHEGAR EM 3,1%.

          ESTÁ CLARO PARA QUEM TIVER CORAGEM DE ABRIR OS OLHOS QUE O BRASIL ESTÁ EM FRANCO PROCESSO DE REJEIÇÃO AO PETISMO.

          1. Voce JA postou isso, todo

            Voce JA postou isso, todo mundo JA leu.  Voce nao ve nada de errado com o ano 2000?  Nao ta vendo que foi fraude contabil?  De fato, ha tanta variacao de um ano pra outro que eu posso te garantir que nenhum pais do mundo fez isso…  so o Brasil.  E voce AINDA nao esta vendo que foi fraude contabil?

          2. Ah cara, que é qué isso.
            Vai

            Ah cara, que é qué isso.

            Vai dizer, agora, que os numeros foram fraudados, que você acredita que o IBGE fraudou os números a pedido de FHC?

            Se ele fraudou o PIB porque não, também, os números do desemprego?

            E outra. Para fraudar o crescimento do PIB tem de fraudar o valor do PIB anual. Se inchar um ano, depois outro, e outro e outro vai chegar em 2003 com um pib inchado em centenas de bilhões de reais.

            Aí no 1º ano do governo Lula, sem a maquiagem dos números iria dar um PIB negativo de 10% ou mais.

            Parem de se portar como criançinhas tolas negando a realidade. Já tive essa mesma discução com uma petista roxa e ela falou que eu estava mentindo quando disse que no período FHC não tivemos sequer 1 ano de recessão.

            Joguei os numeros e ela foi até conferir se meus numeros estavam certos. Mostrei o link do Wikipedia. Ela disse que o Wikipedia estava mentindo. Disse então para conferir as fontes do wikipedia, que são listadas no final do verbete, e ela disse que o IBGE estava mentindo.

            Quanto à 2000, nenhum erro. É normal, após um ano de crescimento baixo, ou até de recessão, o ano seguinte ser de forte recuperação. Foi assim com o Lula 2010 em relação a 2009.

            Em 2009 houve recessão de 0,2% e em 2010 + 7,5%.

            CONTINUO A DESAFIAR VOCÊS A EXPLICAREM COMO NO GOVERNO FHC, COM SELIC A MAIS DE 20% EM MÉDIA, O PAÍS CRESCIA A UMA MÉDIA DE 2,5% AO ANO, E COM A DILMA, EM 2015, COM SELIC EM 14% ESTAMOS NO MEIO DE UMA BRUTAL RECESSÃO E VOCÊS COLOCANDO A CULPA NO BANCO CENTRAL.

            QUEM SABE ALGUÉM POSSA POSSA TE AJUDAR PORQUE VOCÊ OPTOU POR NEGAR A REALIDADE.

             

             

             

             

    2. Copo meio cheio ou meio vazio

      1) No mandato anterior houve um ciclo de aumento de 4,5% (de 7,25% para 11,75%), entre abril de 2013 e dezembro de 2014;

      2) No mandato atual houve um ciclo de aumento de 2,5% (de 11,75% para 14,25%), estancado em julho último. 

      Salta aos olhos de qualquer um que não queira cegar a si próprio, que a política monetária atual, do segundo mandato da presidenta Dilma, é mais SUAVE que a política monetária do final do primeiro mandato dela. 

      O que salta aos olhos é que no mandato anterior de 2013 e dezembro de 2014 o copo em termos de juros ja estava quase mais da metade se comparar com as outras taxas no mundo e que o aumento de 2,5% é apenas suave porque foi a ultima gota que transbordou. Ou espera-se comparar com as taxas do passado que chegavam la pelos 27%?

      A premissa falsa é este modelo exdruxulo adotado no Brasil o tal do capitalismo selvagem que beneficia grupos em vez da coletividade.

    3. “Salta aos olhos de qualquer

      “Salta aos olhos de qualquer um que não queira cegar a si próprio, que a política monetária atual, do segundo mandato da presidenta Dilma, é mais SUAVE que a política monetária do final do primeiro mandato dela. 

      E desafio a quem quer que seja para que conteste essa afirmação”:

      O que salta aos olhos eh que a politica monetaria atual seria mais suave SOMENTE se ambos primeiro mandato tivessem principiado com os mesmos juros, isso eh, ambos houvessem partido de 7.25.  Nao eh o caso.  O primeiro mandato foi de 7.25 pra 11.75 enquanto o segundo aumentou juros -em cima de juros ja aumentados- pra 14.25.

      A politica monetaria atual esta ERRADA, Diogo.

    4. Depois de chamar de imprestável,

      lamentar é grossa figura de apaziguamento. Apenas compare seus dados sem a planilha e repare da situação política antes reeleição e agora. A quanto estava o desemprego no seu Excel e agora? Puta saco!

      1. Desiste, Rui!

        É ocioso tentar argumentar com o Diogo Costa.

        Ele já demonstrou fartamente que não é mais que um fanático governista que só tem caca na cabeça.

        Ele deve estar, isso sim, morrendo de medo de perder a teta de algum carguinho.

        1. Ricardo, um reles mentiroso

          É notável o esforço que o reles mentiroso de nome Ricardo faz para caluniar os outros. 

          Tu é mentiroso e canalha. É um reles mentiroso e canalha. Eu devia te processar por calúnia. Repito mil vezes, tu é mentiroso, caluniador e mentiroso. 

          Tu vai ter que provar que eu tenho algum “carguinho”. Tu é caluniador e mentiroso, mentiroso e caluniador e eu quero ver tu provar que eu tenho algum “carguinho”. 

          Deixe de ser embusteiro e comece a argumentar sem ofender os outros, seu patranheiro mentiroso. Eu estou afirmando com todas as letras que tu é um caluniador mentiroso. Digo aqui e em qualquer lugar deste mundo que tu está mentindo a meu respeito. 

          E quero ver tu provar que eu tenho alguma “teta” ou “carguinho” em qualquer lugar que seja. 

          Tu é um impostor, um golpista e nada mais. E o pior é que além disso é um reles caluniador. Caluniador e mentiroso que perdeu a vergonha na cara. 

      2. .

        Caro Rui Daher.

        O desemprego hoje está aumentando depois de ter fechado 2014 como o menor desemprego dos últimos 40 anos no Brasil. O ajuste macroeconômico que Dilma faz agora é similar ao que FHC fez em 1999 e ao que Lula fez em 2003. Em ambas as oportunidades o desemprego subiu, a renda dos trabalhadores caiu e a inflação estourou o teto da meta. 

        Se bem que os juros da taxa Selic eram muito maiores na época dos ajustes de FHC e de Lula, em comparação com o valor que tem agora, de 14,25% ao ano. 

        Tu desconsidera, na tua correta percepção sobre a situação política atual, em comparação ao que tínhamos antes da eleição de 2014, o fato de que Dilma está sitiada. 

        O sitiamento começou imediatamente depois que ela foi reeleita, em 26 de outubro de 2014. E começou com a oposição contestando as contas do PT, as contas da campanha de Dilma e o resultado das eleições (pediram auditoria sobre as urnas eletrônicas, deslegitimando todo o processo eleitoral). 

        O cerco também está instalado no TCU, onde se faz uma gritaria em torno do nada, que são as tais de “pedaladas”. Evidentemente que isso é uma bobagem que nunca foi alvo de nenhuma admoestação por parte do TCU, mas agora, em função do clima político, querem fazer desta bobagem o bolo da cereja do golpe. 

        Tu também desconsidera os seguintes fatos na tua análise: o exaurimento da política anticíclica que durou até 2014, a brutal queda no valor das commodities, que está impactando diversos países mundo afora (Noruega, Canadá, Austrália, Colômbia, Venezuela, Rússia, Brasil, etc), o pior crescimento econômico da China desde 1989, o pior fluxo comercial do mundo desde 2009, a iminente normalização da política monetária nos EUA e outros vários fatores.

        Ao ver apenas a fotografia de momento, sem estender a visão para o médio e longo prazo, tu está fazendo coro com as teses de fim de mundo, que a meu ver não são razoáveis. 

        O melhoramento na economia brasileira já começou no setor externo, via desvalorização cambial, e isto impactará positivamente na balança comercial e nas transações correntes. O desemprego ainda vai subir mais antes de descer, e isto sim é motivo de preocupação.

        Penso eu que esse índice (desemprego) só começará a melhorar em meados do ano que vem. 

        Abraço.

    5. Imagino Dilma conduzindo o

      Imagino Dilma conduzindo o carrinho Brasil. Dentro dele, há as três questṍes ligadas ao Tempo: Passado, Presente e Futuro. Construir a ponte para ligá-las demanda um imenso trabalho. Aonde fincar as colunas? As básicas são evidentes, uma no passado, outra no presente e a última no futuro. Dessas três, o lugar da coluna do futuro balizará as outras, afinal, é nesta que o carrinho deverá desembocar e correr livre. Se desembocar em lugar errado, numa estrada intransponível, todo o trabalho para a construção estará fadado à derrota. Em que ponto do trajeto estará Dilma hoje? O passado é passado; o presente, conforme as palavras de Dilma na entrevista para o Valor, contém diversas circunstâncias localizadas fora do carrinho Brasil, a economia mundial está numa efervescência fora de controle. A meu ver, um verdadeiro caldeirão, mexido e remexido por uma enorme colher que introduz e mistura, além dos ingredientes econômicos, os ingredientes políticos. Segundo Dilma na entrevista:

      Valor: Quais são os fatores que poderão levar ao crescimento?

      Dilma: Primeiro, a expansão das exportações, porque o câmbio se desvalorizou em mais de 50%. Ele tem um efeito inflacionário negativo, mas tem um efeito de expansão de exportações. Nós, que estávamos em situação de déficit comercial, vamos ter um superávit. O ministro Armando Monteiro [Desenvolvimento] supõe que é possível a gente chegar em torno dos US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões de superávit comercial. Isso vai estimular algumas indústrias. Eles, que perderam mercado interno, vão ganhar mercado internacional porque nossa desvalorização foi maior do que a de outros países. Para nós é essencial também que o governo entre com a sua parte. A parte do governo é investimento em infraestrutura e energia. Por isso nós fizemos aquele programa de concessões.

      Valor: E o que mais?

      Dilma: Eu acredito que, além disso, também a inflação já está indicando sinais de que aponta para uma queda. Redução da inflação em 2016, combinado com alguma recuperação do crescimento puxado pelas exportações, pela continuidade desses investimentos, acho que cria um clima para ter uma expansão maior do crédito, que hoje está completamente retraído. A retomada do crescimento do crédito aumenta a possibilidade de as famílias também consumirem mais.”

      Nessas resposta, Dilma falou sobre o presente.

      Sobre o futuro, Dilma tem de lidar com as questões do caldeirão. Os preços das commodities, por exemplo, dificilmente ficarão no patamar em que estão por muito tempo. O preço do petróleo está ridículo. Não demora, a colher do caldeirão terá de introduzir os ingredientes que farão com que esse preço se eleve, bem como os das demais commodities. Na crise provocada pelo caldeirão, a colher tem chegado cheia à boca de alguns países e, nos demais, nem chega para uma lambida. Diante disso, o local para a coluna do futuro necessita ser muito bem calculado. E é justamente esse posicionamento que Dilma está procurando calcular com exatidão. 

  7. O ultimato da Folha em editorial de hoje

    igualzinho ao editorial do Correio da Manhã – “Basta!” – de 31.03.1964.

    Última chance

    Às voltas com uma gravíssima crise político-econômica, que ajudou a criar e a que tem respondido de forma errática e descoordenada; vivendo a corrosão vertiginosa de seu apoio popular e parlamentar, a que se soma o desmantelamento ético do PT e dos partidos que lhe prestaram apoio, a administração Dilma Rousseff está por um fio.

    A presidente abusou do direito de errar. Em menos de dez meses de segundo mandato, perdeu a credibilidade e esgotou as reservas de paciência que a sociedade lhe tinha a conferir. Precisa, agora, demonstrar que ainda tem capacidade política de apresentar rumos para o país no tempo que lhe resta de governo.

    Trata-se de reconhecer as alarmantes dimensões da atual crise e, sem hesitação, responder às emergências produzidas acima de tudo pela irresponsabilidade generalizada que se verificou nos últimos anos.

    Medidas extremas precisam ser tomadas. Impõe-se que a presidente as leve quanto antes ao Congresso -e a este, que abandone a provocação e a chantagem em prol da estabilidade econômica e social.

    Também dos parlamentares depende o fim desta aflição; deputados e senadores não podem se eximir de suas responsabilidades, muito menos imaginar que serão preservados caso o país sucumba.

    É imprescindível conter o aumento da dívida pública e a degradação econômica. Cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes, sob pena de que se tornem realidade pesadelos ainda piores, como o fantasma da inflação descontrolada.

    A contenção de despesas deve se concentrar em benefícios perdulários da Previdência, cujas regras estão em descompasso não só com a conjuntura mas também com a evolução demográfica nacional. Deve mirar ainda subsídios a setores específicos da economia e desembolsos para parte dos programas sociais.

    As circunstâncias dramáticas também demandam uma desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro.

    Além de adotar iniciativas de fácil legibilidade, como a simbólica redução de ministérios e dos cargos comissionados, devem-se providenciar mecanismos legais que resultem em efetivo controle das despesas -incluindo salários para o funcionalismo-, condicionando sua expansão ao crescimento do PIB.

    Embora drásticas, tais medidas serão insuficientes para tapar o rombo orçamentário cavado pela inépcia presidencial. Uma vez implementadas, porém, darão ao governo crédito para demandar outro sacrífico -a saber, alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população.

    Não há, infelizmente, como fugir de um aumento de impostos, recorrendo-se a novas alíquotas sobre a renda dos mais privilegiados e à ampliação emergencial de taxas sobre combustíveis, por exemplo.

    Serão imensas, escusado dizer, as resistências da sociedade a iniciativas desse tipo. O país, contudo, não tem escolha. A presidente Dilma Rousseff tampouco: não lhe restará, caso se dobre sob o peso da crise, senão abandonar suas responsabilidades presidenciais e, eventualmente, o cargo.

    1. Pois é.

      É a direita escancarando as suas garras. Ela sabe que está com a faca e o queijo na mão.

      Eu antes reputava esse posto a Washington Luiz, mas agora devo concedê-lo com toda gala à Dilma: o pior presidente que o Brasil já teve.

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