Lula alerta sindicalistas contra ambiente de golpe

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Lula começou a semana conversando com sindicalistas. Em reunião pediu que se prestasse atenção a este ambiente de golpe que toma conta do país. E não é para menos, de forma declarada ou escamoteada tem-se um zum-zum pouco afeito à democracia. Leia matéria da Rede Brasil Atual.

da Rede Brasil Atual

Lula iniciou semana alertando sindicatos sobre ‘vacina’ contra golpe

Em semana tensa, ex-presidente se reuniu com sindicalistas, pediu mais atenção do governo aos movimentos, e alertou contra o ambiente de golpe. “Não vai ter moleza. Eles vão vir para cima”
por Redação RBA
 
ROBERTO PARIZOTTI/CUT
Lula

Lula: estamos vendo um trabalho da direita e da imprensa no sentido de conduzir a sociedade a negara política

A tensa semana política no Brasil terminou com manifestações golpistas. Algumas disfarçadas, como uma entrevista do senador Aécio Neves (PSDB) a uma rádio na quinta-feira (13), em São Paulo. O candidato derrotado na urnas disse que o segundo mandato da presidenta já começa com “sabor de final de festa” e que se existisse um equivalente eleitoral ao Procon, ela teria que “devolver o mandato” conquistado no dia 26 de outubro. Outras explícitas, como a manifestação de ontem – 125º aniversário da República – em que extremistas pediam “fora Dilma” e “intervenção militar”, com a direito a brigas e pancadarias entre os próprios “manifestantes”. Antes, porém, os protestos que vêm sendo convocados pela direita tiveram um forte contraponto, com a realização de marchas de movimentos sociais em dezenas de cidades. Em São Paulo, uma multidão calculada em 20 mil pessoas caminhou na região da Avenida Paulista, sob chuva, em defesa de reforma política, mais democracia e mais direitos.

No dia seguinte, houve a prisão espetacular de empresários investigados pela operação Lava Jato por suspeitas de corrupção em contratos com a Petrobras. A operação já teve lances de vazamento parcial de informações privilegiadas, com objetivo de atingir eleitoralmente apenas o PT. Inclusive expressões partidárias antipetistas de delegados da Polícia Federal participantes da operação foram expostas nas redes sociais. A atitude pôs em xeque a credibilidade dos agentes públicos, mas não a da operação Lava Jato.

O advogado Pedro Serrano, professor da PUC, entende que ela se trata da melhor e maior apuração da história da PF. Para Serrano, houve exagero nas prisões realizadas na sexta (14). “Houve abuso porque as prisões temporárias servem apenas para os investigados realizarem seus depoimentos e a maioria dos que foram presos já havia se colocado à disposição da Justiça. Ao que parece essas prisões foram apenas para criar um clima de espetáculo”. Na opinião dele, o que vale num processo desses é conseguir punir os culpados ao final do julgamento. E fazer barulho na apuração mais atrapalha do que ajuda, segundo disse ao Blog do Rovai. O advogado não acredita que a Lava Jato tenha motivação política e deve atingir empresários e políticos, e não parece algo que guarde relação apenas com um ou outro partido. “É algo muito maior.”

No blog O Cafezinho, o jornalista Miguel do Rosário avalia ainda que o chamado “petrolão”, ao atingir as principais empreiteiras do país e chamuscar todos os partidos, em especial os núcleos representados no Congresso, resultará no fortalecimento de Dilma Rousseff. “O escândalo é vasto demais mesmo para a nossa grande imprensa. Junto à opinião pública, apesar dos esforços da mídia (que só tem um objetivo: golpe), prevalecerá a impressão de que Dilma está cumprindo o que prometeu: não sobrar pedra sobre pedra. Até porque é isso mesmo o que está acontecendo. Ao dar liberdade e autonomia aos delegados e agentes da PF, sem exercer qualquer pressão sobre o Ministério Público, Dilma fez a sua grande aposta. E deu corda para os golpistas se enforcarem”, escreveu.

Líder da oposição

A conduta de Aécio de tentar se posicionar como líder da oposição já havia sido observada pelo ex-presidente Lula, na terça-feira, durante participação em reunião com dirigentes da CUT. Na ocasião, Lula disse que o senador tucano está “mexendo num vespeiro” onde não devia. “O Aécio está se achando. Teve 48% dos votos, com toda a mídia ajudando ele. Eu, em 1989, contra toda a imprensa e contra a maioria dos partidos, tive 47% e nem por isso me achei. E esse cidadão está lá, numa trincheira, não quer diálogo, não quer conversa. Deixa pra depois o que vai acontecer com ele”, ironizou.

O presença de Lula na reunião da direção executiva nacional da CUT dá sinais de que o ex-presidente terá um protagonismo maior na cena política. O ex-presidente lembrou o papel decisivo dos movimentos sociais e sindicais na eleições e disse que os eleitos graças a essa participação deverão dar mais ouvidos a esses segmentos da sociedade. “O Fernando Pimentel (eleito governador em Minas) terá de falar com a CUT antes, durante e depois da posse”, cobrou, referindo-se às intervenções da presidenta da CUT no estado, a professora Beatriz Cerqueira, que está sofrendo uma série de processos movidos pelo grupo de Aécio pele volume de denúncias envolvendo a situação do ensino público durante as gestões tucanas em Minas.

E mandou o mesmo recado a Dilma, defendendo que o movimento sindical seja ouvido não apenas para tratar de reivindicações trabalhistas, mas para discutir políticas para o país. “Toda a política de desoneração tem de passar por negociação com os sindicatos, para saber se vai haver ganhos para os trabalhadores do setor beneficiado.”

Nova agenda e vigilância

O discurso de pouco mais de uma hora de Lula não serviu apenas para cobrar os governos. O ex-líder metalúrgico cobrou dos dirigentes sindicais uma agenda mais sintonizada com a nova realidade do país. “Sinto que está faltando política em nossa ação sindical. O economicismo só não é suficiente”, disse. O ex-presidente lembrou que Dilma perdeu a eleição em quase todos os municípios governados pelo PT e até mesmo nos bairros populares de São Paulo onde vencia desde 1982, observando que muitos dirigentes sindicais “ficaram decepcionados com os trabalhadores da sua categoria votando em Paulo Skaf , Geraldo Alckmin ou Aécio.

“Passado o sufoco, é preciso entender o que aconteceu. O poder público precisa ter mais diálogo com a sociedade e nós precisamos ter mais conversa, mais parceria e mais solidariedade entre nós”, disse, reiterando que o movimento sindical não pode ficar restrito a conquista de cláusulas econômicas durante as campanhas salariais. “O movimento sindical tem de sair do chão de fábrica, do chão das lojas, do chão dos locais de trabalho, pois o limite de representatividade passa do chão. Tem a ver com cidadania, com educação, com saúde, com segurança. Temos que apresentar nossa pauta aos prefeitos, aos governadores e à presidência da República.”

Lula disse ainda que hoje há muitos jovens em todas as categorias profissionais e que é preciso dialogar com eles para tentar compreendê-los. “Hoje me espanto quando vou à porta de fábrica e vejo muito jovem que quer fazer faculdade, não quer ser mais apenas um peão. É preciso conversar com ele. É preciso colocar política na cabeça dele. Ele sabe qual foi o papel do pai e da mãe dele? Ele sabe qual foi e qual é o papel da CUT?”, questionou.

O ex-presidente voltou a expressar preocupação com a “demonização da política” pela mídia. “A despolitização só interessa à direita. Não interessa a nós. Precisamos dizer com clareza o que fizemos e o que queremos fazer.”

Ouça trechos da fala de Lula em reportagem da TVT

Lula terminou seu discurso alertando para o ambiente golpista instalado no país desde a reeleição de Dilma. “Esses que nos atacam são os mesmos que nunca aceitaram política social neste país. Não é á toa que na mesma capa da revista colocaram a minha cara e a cara da Dilma. E vai ser assim. Não vai ter moleza. Eu vou avisar vocês com antecedência. Vocês se preparem porque, da mesma forma que quando o movimento sindical encheu esse país de adesivos com a mensagem ‘mexeu com Lula, mexeu comigo’, a gente vai de ter de estar preparado para defender a Dilma”, alertou. “Eles vão vir pra cima.”

Assista trechos da fala de Lula em reportagem da Rádio Brasil Atual

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

40 Comentários

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  1. Todo nós temos que rebater

    Todo nós temos que rebater esses videos mentirosos pelo youtube a fora, feitos pela direita acusando, criminalizando, a esquerda, o PT, Dilma, Lula, os trabalhadores, as políticas sociais. Temos que rebater , comentando esses videos da direita porque sao esses videos mentirosos que eles espalham pelo Brasil como um cancer  todo esse o ódio contra a  política, contra o PT, contra todo tipo de conquista social e combate a desigualde que os governos do PT fizeram.  Atacam o PT com o discurso hipócrita da corrupção como se a corrupção no Brasil não existisse em governos do PSDB, PPS, DEM,PMDB,PSB,PSD,PP e em todos. Quando acusam de corrupto condenam um partido todo, como se quisessem a destruição desse partido. Sendo que são pessoas que cometem erros. Temos que combater esse discurso da mídia que ao atacar a política, pretendem destruir a política e a democracia.

  2. Só agora que o Lula

    percebeu que pode ter mais um golpe contra um governo trabalhista? Faz tempo que nós aqui e de outros blogs já falávamos em um possível golpe e o PT se acovardou. Eu espero que não seja tarde. Enquanto isso a Dilma continua mantendo o Zé da justiça. Eu gostaria de entender a lógica da Dilma.

     

  3. Lula se baseia na história ao dizer que o golpe é uma certeza

    Do “mensalão” ao “petrolão”, o modus operandi da elite tupiniquim é o mesmo: O golpe de Estado ao invés da apuração rigorosa dos fatos, doa a quem doer. Estes senhores ficam durante as 24 horas do dia pensando em derrubar o governo quando eles mesmos tem contas a prestar, o que só não ocorre causa da aparelhagem das Instuições pelo tucanato. Lula está certo: Desta vez eles não recuarão como recuaram em 2005 por conta do “mensalão”

    ‘Não pedir impeachment em 2005 foi maior erro da oposição na Era Lula’, afirma líder do PSDB

    Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias avalia que o tucanato e seus aliados políicos cometeram um “erro histórico” ao não formalizar em 2005 o pedido de impeachment de Lula. “Foi o maior erro da oposição na Era Lula”, disse o senador em entrevista ao blog.

    Membro da CPI dos Correios, que promoveu a primeira autópsia do mensalão, Alvaro acusava Lula de omissão. Hoje, ele vai além: “é possível afirmar que houve efetiva participação”, declara, invocando o depoimento prestado por Marcos Valério à Procuradoria da República em 24 de setembro. Abaixo a entrevista:

    – Acha mesmo que foi um equívoco não ter pedido o impeachment de Lula em 2005? Foi um erro histórico da oposição não ter requerido a abertura de um processo de impeachment contra o Lula. Foi o maior erro da oposição na Era Lula.

    – Não é ilusório imaginar que o impeachment passaria? Provavelmente não ocorreria o impeachment. O governo tinha maioria. Mas o desgaste dele seria maior. Ainda que frustrado, o pedido de impeachment revelaria os indícios de envolvimento do presidente no mensalão. Deveríamos ter protocolado o pedido, em nome dos partidos de oposição, na Mesa diretora da Câmara. O erro histórico não foi apenas dos partidos. Erraram também as entidades da sociedade civil. A OAB, por exemplo, se reuniu e decidiu não encampar o impeachment.

    – A historiografia registra que Fernando Henrique Cardoso comandou a articulação que retirou a oposição do impeachment. Por quê? A justificativa que nos chegava na época era a de que, na avaliação da cúpula do partido, não haveria apelo popular para a deflagração do processo. Nós ficaríamos isolados. Eu questionei. Especialmente no dia em o Duda Mendonça foi à CPI e revelou ter recebido recursos de forma ilegal no exteriror. Dinheiro para pagar serviços prestados na campanha do Lula.

    – Sua reação limitou-se ao questionamento? Eu fiz um voto em separado na CPI dos Correios, propondo o impeachment. Busquei o apoio do partido. Não obtive. Então, decidi agir individualmente. Encaminhei o pedido ao Ministério Público e à Mesa da Câmara dos Deputados.

    – Qual era a justificativa? Invoquei o crime de responsabilidade do presidente. Pelo menos três testemunhas –Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e José Múcio— confirmaram ter ouvido o Roberto Jefferson comunicando ao Lula sobre a existência do mensalão. Houve prevaricação. E isso implica a prática de crime de responsabilidade. O caminho era o impeachment.

    – Por que Lula prevaricou? Sabendo da existência dos desmandos, ele não tomou providências.

    – Alegou-se em 2005 que Lula pedira aos deputados Arlindo Chinaglia e Aldo Rebelo que verificassem se havia anomalias na Câmara, não? De fato, foi a única coisa que ele alega ter feito. Sugeriu que verificassem na Câmara. A questão é que o problema não acontecia só na Câmara. Tudo se passava do lado dele, no Palácio do Planalto. E ele, como presidente, tinha que acionar a Polícia Federal. Era obrigação dele adotar providências para investigar, não delegar a parlamentares supostas averiguações.

    – Com base no que é conhecido hoje, ainda acha que Lula foi omisso? Hoje, é possível afirmar que não houve apenas omissão. Houve efetiva participação. Basta ver o depoimento do Marcos Valério à Procuradoria da República.

    – O PT alega que falta autoridade moral a Valério para acusar Lula. O que acha?Eles estão alegando isso, mas o Marcos Valério diz que tem provas e que entregou os elementos à Procuradoria. Além disso, ouço muitas críticas a ele, mas não vi nenhuma manifestação do ex-presidente Lula, principal atingido pelas denúncias, no sentido de processar o denunciante por calúnia e difamação.

    – Inquirido na CPI dos Correios, Valério dissera que não conversara com Lula. Hoje, diz que ele autorizou os empréstimos fictícios do mensalão. Merece crédito? Ocorre que houve um acordo explícito entre as partes. A explicitação desse acordo ficou visível naquela entrevista estranha que o Lula deu em Paris, praticamente simultânea com outra entrevista que o Marcos Valério deu no Brasil. Ambos procuraram passar a versão de crime eleitoral, com existência de caixa dois. Foram entrevistas simultâneas e combinadas. Hoje, Marcos Valério percebeu que o acordo não funcionou. A proteção prometida a ele não veio. Condenado, ele começa a falar.

    – Insisto: acha que merece crédito? Ele é um jogador. Não fala, evidentemente, sem objetivos. Mas deu informações em seu depoimento à Procuradoria que justificam uma investigação. E diz ter passado provas. As denúncias têm de ser averiguadas.

    – Acha que o julgamento do STF e os seus desdobramentos terão reflexos eleitorais? O julgamento já teve reflexos. Depois de dez anos no poder, aparelhando o Estado, o PT obteve em 2012 um resultado eleitoral que pode ser classificado como uma derrota.

    – Como assim? Se o PT não tivesse vencido em São Paulo, a derrota seria acachapante. Nessa eleição, por onde Lula e Dilma passaram, o PT perdeu. Eles perderam em Belo Horizonte, em Salvador, em Manaus, em Fortaleza, em Recife. É evidente que o mensalão teve reflexo. E isso vai piorar.

    – Por que vai piorar? Há a Operação Porto Seguro que, pelas características, pelo envolvimento de uma mulher que trabalhava no gabinete da Presidência em São Paulo, tem enorme impacto na opinião pública. Soma-se a isso o depoimento com as novas denúncias do Marcos Valério. Como se fosse pouco, o Carlinhos Cachoeira deixou a cadeia afirmando que é o ‘garganta profunda do PT’. Ele está com muita vontade de falar.

    – O STF vai julgar em 2013 o mensalão do PSDB de Minas Gerais. Não receia que, havendo condenação, o eleitor acabe concluindo que estão todos igualados por baixo na política? Tenho certeza de que o PT tentará passar essa impressão. Mas é preciso lembrar que esse esqueleto foi retirado do armário, em 2005, justamente para tentar confundir, embaralhar. O PT já existia em Minas Gerais no ano de 1998, quando ocorreu o fato. Não denunciou. Tanto que eu não tinha o menor conhecimento disso. Nada foi investigado pelo Legislativo, nem em Minas nem no Congresso. Não houve denúncia ao Ministério Público na época. Se houve problemas, o PT abdicou da sua responsabilidade ao não denunciar. Depois, passaram a explorar o assunto para confundir a opinião pública e colocar todo mundo no mesmo embornal.

    – O PSDB não foi omisso ao não tomar providências em 2005, quando o episódio veio à luz? Não excluo a possibilidade de o partido ter sido, de certa maneira, omisso. Mas a verdade é que há outras pessoas envolvidas nisso: o Walfrido Mares Guia, que deixou o ministério do Lula; o Clésio Andrade, que hoje é senador. O Eduardo Azeredo é uma pessoa limpa. Ele era o candidato à reeleição em Minas. Nessa condição, evidentemente, passa a ser responsável pelo que ocorre ao seu redor durante a campanha. Por isso, tenho dificuldades em saber se o partido tinha como adotar posicionamento diferente do que adotou em 2005, ao concentrar a reação na denúncia de que o PT estava querendo desviar o foco.

     https://jornalggn.com.br/noticia/lula-alerta-sindicalistas-contra-ambiente-de-golpe

     

    1. Zé Carlos, não podemos

      Zé Carlos, não podemos esquecer que o Botox foi o primeiro brasileiro a reconhecer o novo presidente do Paraguai depois do golpe de estado de 2012  !!

      A verdade é que as oligarquias da América Latina assim como  o imperialismo,  estão mais vivos que nunca!!!  Taí a prova. 

  4. É preciso ação política + social + econômica

    Golpismo se combate com demonstração de força política, social e popular. O governo precisa atuar de forma pragmática no Congresso, para recompor sua base política. Mas não pode esquecer de recompor sua base popular, reconquistando a Classe C, especialmente a do Centro-Sul do país. Recomendo os textos abaixo, que fazem uma reflexão sobre o assunto:

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR2.html#

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR.html

     

     

  5. Não me espanta que o clima

    Não me espanta que o clima esteja assim, a imprensa está se valendo de jornalista visivelmente desequilibrados que está conduzindo uma massa idem, se insistirem isso não vai ter um final feliz.

  6. Numa operação casada e

    Numa operação casada e simultânea a prestação de contas da Dilma foi para o Gilmar, na república do Paraná foi quebrado o sigilo do Sergio Duque e a oposição conseguiu quebrar o sigilo bancário do Carlos Vaccari. Se nada for encontrado os componentes da república do Paraná já declararam para a imprensa que os acertos podem ter sido “para contribuições legalizadas da campanha Dilma”. Na área de comunicação as trombetas dos mervais já apregoam e tentam levantar apoio popular para o impitimam da presidente.

    Teem como negar que existe uma conspiração golpista?

     

    1. Ann. ..Se a oposição tem 4

      Ann. ..Se a oposição tem 4 membros na CPI e a base tem o resto é se a quebra de sigilo do petista foi aprovada, de onde o comentarista tirou a conclusão que foi a oposição que aprovou? 

      Sobre quebra  de sigilo do ex diretor a investigação para ser considerada isenta deveria não ir mais fundo?

      Mas não fique desassossegado. O tesoureiro petista não é  burro e não ia usar sua conta pessoal, até porque se teve doleiro  envolvido é  porque a grana foi pra contas no exterior, lembrando do Duda Mendonça que confessou ter recebido do PT lá fora sem registro.

      Já o ex diretor…Não falo nada, eles se acham intocáveis e falam ao telefone como se fosse com o corpo, ela de bar…

    2. Vera, é o João Vacari

      Esse ai passou anos comendo o pau que o diabo amassou por causa de supostos desvios no Bancoop que, ao final, se comprovou que não havia nada de irregular, é a sina de quem se atreve a fazer parte do PPPP. Tá ai o pessoal do PSB que, apesar de terem recebido a maior quantidade de doações das empreteiras estão a sãos e salvso pq agora são aliados do PCC(sic PSDB), pois nesse pais é assim mesmo: Quem quiser roubar à vontade sem ser incomodado é só se aliar aos tucanos e avisar à imprensa que rompeu com o PT e se aliou ao PCC(sic PSDB) …que  maravilha(sic quadrilha) o pig…

      http://senado.justica.inf.br/noticia/2010/03/ex-presidente-advogado-bancoop-prestam-depoimento-mencionar-denuncia-desvio-dinheiro

      1. Oi esse caso bancoop me

        Oi esse caso bancoop me interessa. Tem como vc passar o link sobre a comprovação de que não houve irregularidade ? Pesquisei e não achei, mas não sou boa nesses meandros da internet.

        Grata

  7. As coisas podem mudar

    As coisas podem mudar radicalmente no cenário político brasileiro por causa de um agente político: Fernando Pimentel. governador eleito das Minas Gerais, Pimentel terá sérios problemas de gestão no seus dois primeiros anos de mandato. Já é sabido que somente no ano de 2015 ele terá um caixa reduzido em menos 6bi de reais. Afirmo que o cenário poderá mudar se Pimentel deixar a amizade com Aécio de lado e se tornar uma estrela vermelha começando a brilhar. Como? Mostrando os números. Abrindo as contas de Minas para toda a mídia do país por que a daqui não se atreve a falar mal dos Cunha (das Neves). Temos problemas de gestão em todas as estatais e o nó górdico da administração parece ser a CODEMIG. Abertas as contas, mostrados os resultados ínfimos e até onde os governos anteriores atolaram o Estado, será difícil o Menino do Rio manter esta pose de Vestal Impoluto da administração pública!

  8. Raimundo Pereira: O quase impeachment de Lula por causa do “mens

    Raimundo Pereira: O quase impeachment de Lula por causa do “mensalão”

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/72750/O-quase-impeachment-de-Luiz-In%C3%A1cio-Lula-da-Silva-quase-impeachment-Luiz-In%C3%A1cio-Lula-Silva.htm

    Em entrevista a Josias de Souza/Folha/UOL, FHC diz que foi contra o impeachment de Lula em 2005

    http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/fhc-diz-que-foi-contra-impeachment-de-lula-em-2005-04020D1B396ACCC14326?types=A&

  9. Álvaro Dias a favor ou contra o impeachment?

    As informações não batem, algumas fontes informam que Alvaro Dias foi a favor do impeachment de Lula. Outras dizem que, em reunião com Bornhausen, teria sido contra e por isso se arrependeria(de não ter defendido o impeachment naquele momento). Neste artigo ele(Alvaro Dias) diz que defendeu sozinho o impeachment de Lula:

    http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1280970

    O que diz a direita: O impeachment de Lula não ocorreu pq FHC não quis

    http://www.sacralidade.com/mundo2008/0021.conversas_secretas.html

      

  10. País de m…

    …enos comentários…

    Dois homens do judiciário, que nunca receberam um voto sequer, se articulam para impedir a Presidenta eleita pela maioria do povo para tomar posse.  No mínimo, vão passar dois anos ameaçando o governo com esse assunto.

    Delegados declaram voto na oposição e continuam lá… vazando na operação… Nada acontece.

    A imprensa põe uma capa em um depoimento que até hoje não foi confirmado por ninguém, e as manobras no judiciário impedem a punição dessa revista…

    Aí vem Lula chamar a revista de “panfleto” (um “panfleto” que tirou 8 milhões de votos do PT só em SP).

    Aí, junta uma Presidenta que diz que não vai ficar pedra sobre pedra.

    A pergunta que eu faço é: Se o governo é tão republicano assim para deixar as investigações livres (inclusive não fazendo nada com esses delegados que xingaram a chefe deles) porque não avisaram os “companheiros” da Petrobras para se comportarem?  Ou esse pessoal é muito burro ou não entenderam os sinais da mudança.

    A pergunta que fica é: a oposição vai cometer o mesmo erro?

  11. conta Ciro Gomes sobre o golpe de 2005

    ” nos encontramos eu, Jereissati e Aécio num angar do Aeroporto de BH, avisamos pra ele que não apoiaríamos e não aceitaríamos o golpe e que se continuassem nessa tentativa haveria resistência”, agora tentam de novo..

  12. Hipócrita

    O Aécio está se achando. Teve 48% dos votos, com toda a mídia ajudando ele. Eu, em 1989, contra toda a imprensa e contra a maioria dos partidos, tive 47% e nem por isso me achei. E esse cidadão está lá, numa trincheira, não quer diálogo, não quer conversa.

    Primeiro ponto é que em 89 ele teve no primeiro turno apenas 16% de votos. O resultado do segundo turno pode por na conta do Brizola e do Covas que apoiaram ele e o do grande movimento anti-collor que votaria em qualquer um que estivesse no segundo turno contra ele.

    E dizer que ” não se achou ” é o máximo da hipocrisia. 

    Nem preciso dizer nada, é só retirar um texto que está na página do instituto dele mesmo que demonstra a oposição golpista que ele e o partido dele fizeram ao Collor desde o primeiro dia :

    Inspirado na experiência inglesa, o Governo Paralelo constituiu-se como instrumento de ação política para o exercício de uma oposição qualificada ao recém-empossado governo Collor. Seu objetivo era manter articuladas as forças políticas que se uniram em torno da candidatura de Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 1989 e empreender uma fiscalização democrática da nova gestão.

    O Governo Paralelo trabalhou na elaboração de propostas de alcance estratégico, resultado de intensos debates envolvendo os mais variados atores sociais coordenados por expoentes da cultura, da ciência e da oposição democrático-popular, como Antonio Candido, José Gomes da Silva e Aziz Ab’Saber, entre tantos outros.

    A partir da consolidação do impeachment, quando deixaram de existir as razões que levaram ao lançamento do Governo Paralelo, o Instituto Cidadania estabeleceu-se como espaço de discussão e produção de propostas de políticas públicas. Realizou, nos anos seguintes, seminários de análise de conjuntura e debates sobre temas específicos como a seca, o combate à corrupção, desenvolvimento industrial e outros.

     

    1. O pior cego é o que não quer ver … nem entender

      Oposição de qualidade é isso: discutir visões, idéias e propostas diferentes de quem está na situação (e até apoiar algumas que concordem).

      Não é concentrar-se em derrubá-la (desrespeitando e desprezando quem a pôs lá legitimamente) porque perdeu.

      Não é ficar de briguinha, fofoquinha, fuxicos, futricos, intrigas e acusações espetaculosas.

      Oposição é idealmente o que o sr. descreveu em seu comentário, sem sequer entender, mostrando sem ver.

      Exibe uma visão exatamente igual a oposição medíocre que temos hoje, de criticar as pessoas e não as idéias e propostas. E nada para propor, só acusações.

      E tentativas de golpe.

      1. Piada isso aí ?

        O PT sempre foi um partido golpista.

        Esse governo paralelo foi montado para fazer uma oposição golpista, para inviabilizar o governo até derrubá-lo, e conseguiu.

        O PT jamais compôs com governo algum, sempre tentou inviabilizar qualquer governo.

        Nem preciso falar da greve dos petroleiros de 95 que tinha o único objetivo de parar o país, inviabilizar o governo de FHC e o plano real.

        Partidinho golpista, sem vergonha que depois chegou ao poder para fazer exatamente a mesma política de troca-troca que condenou durante 20 anos.

        Só que agora vai experimentar do próprio veneno.

        1. Quem derrubou Collor, além de

          Quem derrubou Collor, além de si mesmo, foi sua falta de base política e social, e todos os seus antigos aliados, principalmente a grande mídia, que se voltaram contra ele. Claro que o PT, assim como todos os partidos importantes na época, também participaram de sua derrubada.

  13. Tem gente que diz que o Lula

    Tem gente que diz que o Lula não tem mais a liderança que tinha. Eu não tenho instrumentos para medir sua atual capacidade de mobilizar o trabalhador. Mas sei que aqui no Rio, após um primeiro turno morno, as pessoas mais progressistas acordaram, botaram adesivo do Lula/Dilma no peito e fizeram militância na rua e nas redes sociais.

    Vi gente que vestia máscara do anonymous aparentando ser contra o governo do PT, posicionar-se a favor da reeleição, principalmente rejeitando a volta dos tucanos. Isso sem uma grande presença de uma liderança carismática e popular.

    Se o Lula em forma mobilizar a “peãozada”, com a estrutura das centrais, o pessoal progressista adere. Não sei não, mas acho que se a direita quiser levar o impeachment para as ruas a sério mesmo, sem Lobão a frente, que é palhaçada, vai botar o rabo entre as pernas.

  14. Prá encerrar os links da série Já vi esse filme

    Video: Ciro Gomes: “Severino Cavalcanti foi eleito para receber o impeachment de Lula

    http://www.youtube.com/watch?v=vbzqRgF0JN4

    Oposição começa a discutir impeachment de Lula

    http://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?newsID=a924884.htm&template=3847.dwt&section=Not%EDcias&espid=23

    Revelações do WikiLeaks sobre o impeachment de  Lula por causa do “mensalão”

    http://www.cartacapital.com.br/politica/escandalo-do-mensalao-oposicao-e-governo-temiam-impeachment-de-lula

    Conselho Federal da OAB rejeita pedido de impeachment que era defendido por seu presidente

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2005/11/07/ult27u52178.jhtm

  15. José de Alencar barrou movimento de impeachment

    O modus operandi golpista da elite tupinquim é o mesmo de sempre, de Vargas a Jango, passando por Lula e Dilma: O velho blábláblá sobre o “mar de lama”. Do “mensalão” ao “petrolão” passando pelo “eletrolão”(que deve vir por ai, bem como outros que hão de ser descoberto em algum departamento de licitação e compras do governo, uma vez que os ratos estão sendo investigados), não há nada de novo: Um caso de corrupção descoberto por uma policia autônoma sendo usada para um golpe de Estado. Quero saber se um pais como o Brasil, uma das maiores economias do planeta, não suporta a investigações deste porte sem que a elite tupiniquim saque da cartola o velho golpismo. Ainda falta localizar um artigo sobre a negativa do Conselho Federal da OAB para o pedido de impeachment, que era defendido pelo seu presidente, o Bussato. 

    Parece-me que já não se fazem mais vices como antigamente…ta aí o PMDB/Temer defendendo a candidatura de Cunha, que votou em Aécio, e defende o golpe contra Dilma…

    José de Alencar barrou movimento de impeachment

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/jose-alencar-barrou-movimento-de-impeachment-de-lula

  16. Filósofo à Folha, em 2005: Impeachment já
    Incrível como a história se repete….Ah,,,..quanto mais você se aprofunda percebe que o modus operandi desta elite que só pensa em golpe durante as 24 horas do dia é o mesmo de sempre————————————Hélio Schwartsman, articulista da Folha de SP, em 18/08/2005———————

    Impeachment já——————–

    Leitores me escrevem perguntando se eu acho que a crise do “mensalão” irá desembocar na deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Francamente, eu não sei, mas espero que sim. Antes que me acusem de golpismo e tucanismo, esclareço que sou simpatizante do PT desde criancinha e que passei toda a minha vida adulta votando em candidatos do partido, incluindo Lula em todas as quatro eleições que disputou. Acreditava que o PT poderia pelo menos inaugurar uma maneira menos fisiológica de fazer política neste país. Estava escandalosamente errado.

    Defendo agora o impeachment não por despeito nem por achar que o afastamento de Lula seja um fim em si mesmo, mas por esperar que a crise sirva para algo de construtivo –além de me fazer descrer um pouco mais da natureza humana. Recorrendo a uma metáfora bem ao gosto presidencial, podemos dizer que há situações em que nossa casa fica tão bagunçada que, para dar jeito, é preciso atirar para fora tudo o que está atravancando e só conservar o que ainda tem alguma serventia. Acho que chegamos a esse ponto na política. É hora de encarar a faxina completa, mesmo que “não fique pedra sobre pedra”, para utilizar imagem do próprio Lula. A pior coisa que poderia nos acontecer agora é limitar as punições a uma dúzia de deputados e deixar as coisas como estão, para que dentro de dez ou 15 anos tudo volte a se repetir –dessa vez como pastiche da farsa.

    Quanto à materialidade das acusações, acho difícil que o avanço das investigações não termine por comprometer irremediavelmente o presidente. Acreditar que ele de fato não sabia de nada que se passava a seu redor seria um insulto à sua inteligência. Mas admitamos, por hipótese, que Lula estivesse totalmente alheio. Ainda assim, ele pode e deve ser imputado pelo que se passou sob a sua gestão. O mínimo que se espera de um governante é que assuma a responsabilidade pelos feitos de seus comandados diretos. Hitler nunca abriu uma torneira de gás, mas isso não o isenta de culpa no Holocausto. De resto, cabe lembrar que o crime de responsabilidade, que pode dar origem ao processo de afastamento, embora conserve uma dimensão jurídica, é essencialmente político. Se estivéssemos no primeiro ano de mandato ou a se economia andasse em frangalhos, haveria fila de políticos protocolando pedidos de impeachment.

    Não ignoro os riscos de um processo de cassação do presidente. Para além do perigo de deflagrar um movimento de ruptura da normalidade institucional –que é mínimo, mas sempre existe–, a abertura dos procedimentos para afastar Lula traria conseqüências bastante negativas para a economia, que se mediriam em menos empregos e mais juros. O dia-a-dia da administração, que já anda bem devagar, praticamente pararia. O Congresso, a quem caberia afastar e julgar o presidente da República, anda mais sujo que pau de galinheiro. Se a crise atinge Lula, ela passa como um trator sobre o Parlamento. Por fim, uma eventual deposição por desvios éticos significaria um golpe quase fatal para a esquerda no Brasil (só as denúncias já fizeram enorme estrago).

    Mesmo que o impeachment transcorresse o mais rapidamente possível, o “ganho” seria discutível. Conseguiríamos no máximo afastar o titular no final de seu penúltimo ano de mandato. Supondo que o vice de Lula, José Alencar, também tenha de ser banido, visto que se beneficiou do mesmo esquema de financiamento ilegal de campanha, a República se veria sob a batuta do extraordinário presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti –se é que ele também não será engolido pelo “mensalão”. Mas o leitor não precisa se assustar. A Constituição (art. 81, pár. 1º) determina que, quando a vacância dos presidente e do vice ocorre nos dois últimos anos do período presidencial, o Congresso tem 30 dias para eleger-lhes dois substitutos. Seria apenas esse o prazo pelo qual Severino exerceria a primeira magistratura.

    O resumo da ópera é que, se Lula for impedido, teremos turbulências econômicas e quem vier a sucedê-lo permanecerá no posto por no máximo um ano, menos que o suficiente para trocar a equipe de governo e fazer a máquina administrativa voltar a a mexer-se. Esse cenário explica um pouco por que a oposição tem poupado o presidente que, de resto, a julgar pelas últimas pesquisas, será uma figura relativamente fácil de derrotar no pleito de 2006, caso decida tentar a reeleição.

    As várias razões para opor-se à deposição do presidente, entretanto, ficam menores quando se considera o quanto o país ganharia se, desta vez, levasse as investigações às últimas conseqüências e punisse todos os envolvidos em tramóias e falcatruas, do presidente da República aos diretores de empresas que financiam políticos com caixa 2, passando por parlamentares e assessores. É claro que Lula não cairia sozinho. Iriam com ele, imagino, a maior parte do PT, pedaço considerável do PSDB e fatias ainda maiores de PL, PTB e quejandos. Gestores de importantes e respeitáveis grupos econômicos iriam passar uma temporada como reeducandos em nossos complexos penitenciários. Esse é o pedaço de que a oposição não gosta. É o que de melhor poderia acontecer ao Brasil.

    Se formos às crônicas dos países hoje desenvolvidos, observaremos que a maioria deles viveu surtos de corrupção muito semelhantes ao que agora atravessamos. Nos anos 20 do século passado, os EUA, por exemplo, eram uma nação intumescida pela Máfia, que, subornando políticos de todos os calibres, se enquistara em importantes estruturas do Estado. No final do século 18 e início do 19, a hoje civilizadíssima Suécia era um dos países mais pobres e corruptos da Europa, exportando legiões de imigrantes desesperançados para o Novo Mundo. Histórias semelhantes se podem contar de muitas das nações que hoje tomamos como modelo.

    O que aconteceu que as fez alterar a trajetória? É difícil isolar dentre os vários fatores constitutivos de tantas histórias diferentes os que mais contribuíram para o fenômeno. Em todos os casos, porém, parece lícito afirmar que, a um dado momento, normalmente depois de traumas importantes, o conjunto da sociedade decidiu que já era hora de mudar –e desde já peço perdão por estar sendo excessivamente hegeliano. Despertou-se na consciência comum desses povos uma espécie de cleptofobia, que posteriormente se desenvolveu na forma de baixa tolerância com as fraudes de políticos e mesmo com a criminalidade em geral.

    É claro que nações corruptas não se tornaram “civilizadas” da noite para o dia. Aliás, para sermos precisos, é necessário dizer que continuam convivendo com falcatruas –como bem ilustram os contratos para a reconstrução do Iraque–, mas o fazem em níveis endêmicos e não epidêmicos. Mais importante, não hesitam em punir exemplarmente todos aqueles que sejam apanhados em flagrante delito.

    Um impeachment de Lula, desde que como conseqüência de apuração completa dos esquemas de corrupção que vêm parasitando a República nos últimos anos –aí incluídas as privatizações sob Fernando Henrique Cardoso–, talvez tivesse o dom de produzir o trauma que nos levaria a rejeitar mais decisivamente as transgressões de nossos líderes. Embora um ou outro ajuste institucional possa ser produtivo, o maior motor da mudança ainda é a experiência acumulada no exercício da democracia –o que difere o homem da maioria dos outros animais é a grande capacidade para aprender.

    Já a alternativa, que é poupar Lula e restringir a lista de depostos a uns 15 ou 20 congressistas “desenganados” –cenário que por ora considero mais provável–, será um incentivo para que tudo permaneça exatamente como está. O problema com a administração petista não teria sido recorrer a esquemas fraudulentos, mas apenas tê-lo feito além da conta, como se tudo se resumisse a um concurso para ver quem rouba menos. Mais uma pizza agora é tudo o que o país não precisa.

    Hélio Schwartsman, 49 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou “Aquilae Titicans – O Segredo de Avicena – Uma Aventura no Afeganistão” em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

     

     

    1. Havia um erro de base

      Havia um erro de base implícito nas sóbrias ponderações de Schwartsman: Mesmo sem se dar conta, ele confiava demasiadamente na justiça e acreditava demasiadamente na imrensa.

  17. Essa histeria ja passou dos

    Essa histeria ja passou dos limites

    Não ha ambiente para golpe nenhum.

    Quem ganha com essa escalada insana sobre hipoteses que nao se sustentam a luz do estado de direito?

    Essa gente esta brincando com fogo…

    1. Leonidas
      Esta estoria de

      Leonidas

      Esta estoria de golpe nada mais é do que desvio de foco. Os sindicalistas já estão percebendo o que está acontecendo, vide o dos petroleiros que é um tremendo pelego. O que ele manisfestou a respeito da corrupção na empresa?? Os trabalhadores já estão percebendo que estão sendo manipulados.

      Isto é para tirar o foco do que está acontecendo. Por que Lula não reune os Sindicatos e explica o que aconteceu na Petrobras????? É só tática.

    2. Quem passou dos limites foi a direita

      Não se trata de histeria da esquerda, a histeria GOLPISTA é da direita, que está cada vez mais fascista e descontrolada. O PSDB está procurando utilizar essa histeria para provocar um terceiro turno através de um golpe de Estado no estilo dos que foram aplicados em Honduras e no Paraguai.

      Sim, é falta de noção deles em relação ao tamanho e a importância deste país, mas é mais falta de noção ainda pensarem que um movimento golpista vai ficar sem reação como foi em 64. O Brasil mudou muito, se houver golpe haverá reação popular e o tiro sairá pela culatra para os golpistas.

      Na Venezuela a direita tentou um golpe de Estado com apoio americano e o povo reconduziu Chaves ao cargo para o qual ele havia sido eleito, derrotando os golpistas. No Brasil a reação seria bem maios forte, até pelo tamanho e a complexidade do País serem também muito maior.

      Porém que há uma movimentação e um desejo da direitra para uma aventura golpista, isso há sim. Mas uma aventura desse tipo terminaria muito, muito mal para eles mesmos.

  18. O clima favorável a golpe de

    O clima favorável a golpe de estado já existe a muito tempo. O ex-presidente fala na demonização da politica e politicos pela mídia mas omite que o PT  para garantir a governabilidade empurrou os movimentos sociais para baixo do tapete.

  19. Esse é o papel reservado ao Lula daqui para frente.

    Esse é o papel reservado ao Lula daqui para frente. Não faz sentido ele ficar ausente da política deste país. Mais importante do que articular com os lideres dos partidos políticos, é articular com a sociedade e os movimentos sociais. O governo Dilma vai precisar muito do apoio da sociedade e Lula pode ser efetivo neste aspecto.

    A mobilização em torno de uma resistência de um eventual golpe é um momento a mais de politização da população brasileira. Após garantir a posse da presidenta, é preciso seguir a diante com mais iniciativas politizantes. Assim, Lula contribui com o reencontro do PT com sua base e sua militância.

    Todas as iniciativas da direita para desestabilizar o governo são engendradas no submundo do judiciário e da mídia. Fazer frente a todo esse obscurantismo depende de muito debate e diálogo na sociedade. 

  20. Oposiçaõ não governa pela via

    Oposiçaõ não governa pela via democratica enquanto Lula estiver vivo.

    Podem chorar,fazer careta, lamber o “ursinho” e mandar gráficos.

  21. Sempre que me encontro com

    Sempre que me encontro com alguns companheiros para um bate-papo tenho dito isto que o Lula falou agora.Sabem o que eles me falam? ” Voce está vendo fantasmas,voce está louco”.Agora com o Lula falando quem sabe eles acreditam.Eu já pus a minha barba de molho já faz tempo…

     

     

  22. O pau vai cantar

    E tem mais é que cantar mesmo. Por enquanto, o discurso de Lula tem legitimidade porque as investigações sobre a corrupção na Petrobras só mostraram a mesma dinâmica de sempre, no caso, empreiteiras corrompendo diretores da estatal. Nesse cenário, que os culpados sejam condenados, inclusive com o apoio do Governo Dilma.

    O problema será se dinheiro da corrupção na Petrobras for encontrado em campanhas do PT para presidente da república. Já pediram quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A base governista queria quebrar o sigilo de todos os tesoureiros dos partidos políticos, incluídos os da oposição, mas a proposta foi derrubada. Se dessas iniciativas da CPI, nada for encontrado que comprometa o PT, o discurso de Lula contra a “onda golpista” ganha legitimidade. Caso contrário, não. Pela legislação eleitoral, o uso de dinheiro de corrupção, ainda mais dinheiro que saiu ilegalmente dos cofres de uma estatal, é suficiente para impugnar os mandatos eleitorais de Dilma e de Michel Temer. E aí os mandatos de ambos vão para o espaço, sem dó nem piedade. É o que diz a lei. De nada vai adiantar apelar para a votação obtida na última eleição. Isso não salvará os mandatos.

    Portanto, que o PT tenha tido a decência de não usar dinheiro da corrupção da Petrobras na campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010 e, principalmente, em 2014. Caso contrário, a defesa da legitimidade do mandato ficará insustentável. Em tal hipótese, é impugnada toda a chapa, inclusive o vice-presidente, que também perderá o mandato, pois se procederá mediante Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral (AIME), nada a ver com processo de impeachment. O processo será puramente jurídico, judicial, de competência do TSE, sem prejuízo da possibilidade de um pedido de impeachment ser tentado politicamente com base em tal fato (uso de dinheiro de corrupção na campanha eleitoral), evidentemente amparado por provas que demonstrem que Dilma sabia ou tinha como saber do uso ilegal dos recursos (fato ensejador da responsabilidade que implica o impedimento). Para o pedido de impeachment, tanto faz se os fatos se referirem às eleições de 2010 ou 2014, isso é irrelevante. Para a AIME, os fatos terão que se referir à campanha de 2014, necessariamente, pois o prazo para impugnar é de até 15 (quinze) dias da diplomação (§ 10 do art. 14 da Constituição Federal), sem falar que o mandato de 2010 já acabou e não faz nem sentido mais querer impugná-lo. De qualquer forma, nada impede uma representação com base no art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990, cujo caput não estipula prazo para a representação ali tratada.

    Estou achando que o caminho escolhido pelo PSDB para assumir o poder será o da AIME, prioritariamente, e, secundariamente, o do impeachment (neste caso, o partido assumiria o poder mediante acordo com o PMDB de Michel Temer e os demais partidos da oposição, com o PT sendo afastado do poder), daí se entende a extrema confiança que os tucanos estão exibindo no pós-eleição, principalmente Aécio Neves, que é só risos durante as entrevistas. O lobo está com a boca aberta e com muita fome. No caso, fome de poder.

    1. Ainda bem que para avançar no

      Ainda bem que para avançar no processo de impedimento seria preciso provar que Dilma e Temer sabiam ou tinham como saber da origem ilegal dos recursos. Se valesse o tipo de julgamento ” cidadão ” de alguns comentaristas aqui em relação a Marina e jatinho, adeus viola .

  23. “Hoje me espanto quando vou à

    “Hoje me espanto quando vou à porta de fábrica e vejo muito jovem que quer fazer faculdade, não quer ser mais apenas um peão. É preciso conversar com ele. …”

    Só fala merda esse imbecil, impressionante.

    Quem lambe então a sola dele seria o quê na escala evolutiva?

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