Marfrig amplia prejuízo no primeiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A empresa de alimentos Marfrig ampliou seu prejuízo líquido durante o primeiro trimestre em relação ao apurado um ano antes: segundo balanço financeiro, a perda chegou a R$ 96,4 milhões, ante um prejuízo de R$ 59,6 milhões em igual período de 2013.

Os números divulgados foram pressionados pelo aumento das despesas financeiras, que aumentaram 7,7% na mesma base de comparação, chegando a R$ 402,1 milhões, ao passo que a receita financeira foi 32,9%, a R$ 45,3 milhões. A receita líquida da divisão Marfrig apurada no primeiro trimestre foi de R$ 2,075 bilhões, uma redução de 2,3% em comparação com R$ 2,123 bilhões registrados no ano passado.

A receita líquida das operações no mercado interno no Brasil atingiram R$ 936,6 milhões, reduzindo-se 9% contra o primeiro trimestre de 2013 (R$ 1,029 bilhão) explicado pela redução no volume vendido de 25,2% contra o primeiro trimestre de 2013 quase que totalmente compensado pelo aumento de 21,8% nos preços médios.

De acordo com a empresa, o primeiro trimestre de 2014 foi marcado por retração dos volumes comercializados de carne bovina e valorização da arroba do boi no mercado físico e nos contratos futuros da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).

“O stress hídrico sofrido entre os meses de novembro de 2013 a março de 2014, resultou em uma diminuição do volume de abate de gado, pois neste período habitualmente estão concentrados os maiores volumes de chuva que fomentam a engorda de animais no sistema de pastagem, responsável pela terminação de 92% dos animais abatidos no ano”. De acordo com a companhia, “embora a disponibilidade de gado no período continuasse a mesma, fazendeiros/produtores seguraram o gado disponível para abate, especulando na contínua alta dos preços”.

Segundo a companhia, a redução do abate e a alta demanda do mercado de exportação impulsionaram os preços do mercado interno e a manutenção de baixos níveis de estoque. No canal food service, o volume de vendas cresceu à taxa de dois dígitos em comparação com 2013, “devido principalmente ao bom desempenho das cadeias de restaurantes e da conquista de novas contas neste setor”.

A geração de caixa medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 392,7 milhões, alta de 7,2% na comparação anual. Segundo a companhia, a geração positiva de fluxo de caixa livre, após Capex (investimentos) e juros, ficou superavitária em R$ 16 milhões, depois de ter chegado a registrar um fluxo negativo de R$ 932 milhões durante o segundo trimestre de 2013.

O resultado financeiro excluindo os efeitos cambiais foi de R$ 356,8 milhões negativos, em comparação com R$ 305,9 milhões negativos nos primeiros três meses de 2013. A variação cambial foi de R$ 31 milhões negativos, contra R$ 9,8 milhões positivos de 2013.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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