Menor aumento dos custos ajuda indústria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A redução das tarifas de energia elétrica nos custos de produção foi um dos fatores responsáveis pelo menor crescimento, desde 2011, do Indicador de Custos Industriais, que subiu 4,1% no ano passado, abaixo da elevação dos preços dos produtos industriais. De acordo com pesquisa elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), tal diferença indica recuperação de parte da margem de lucro que a indústria perdeu em 2011 e 2012.

O indicador, composto pelos custos de produção, de capital de giro e tributário, subiu 6,4% e 6,5% em 2011 e 2012, respectivamente. O aumento de 4,1% em 2013 ficou 1,9 ponto percentual abaixo da elevação de 6% nos preços industriais, o que ajudou a melhorar a margem de lucro do setor.

O custo de produção – que inclui custos com energia, pessoal e bens intermediários – cresceu 6% sobre 2012, o menor aumento dos últimos três anos. A principal contribuição para tal resultado partiu da redução de 9,1% do custo com energia, especialmente de energia elétrica, que recuou 13,5%, embora, no último trimestre, tenha se elevado em 1,2%, revertendo a tendência de queda. O crescimento do custo de pessoal subiu 7,5% e, embora siga elevado, foi o menor desde 2010, enquanto o custo com bens intermediários, de 6,4%, ficou igualmente menor do que em 2012, quando se elevou em 7,9%.

O ciclo de ajuste da taxa básica de juros, que vem ocorrendo desde abril, afetou o aumento de 0,4% apresentado pelo custo de capital de giro em 2013. Apesar das elevações nos dois últimos trimestres do ano passado, puxadas pelo ICMS, na média de 2013 o custo com tributos caiu 0,6% na comparação com o ano anterior, na primeira queda desde 2009.

Além de recuperação parcial da margem de lucro, a pesquisa da CNI mostra que a competitividade da indústria brasileira – sugerida pela diferença entre os custos internos e os preços, em reais, dos manufaturados importados e dos manufaturados nos Estados Unidos – evoluiu positivamente no ano passado, mesmo com o impacto da desvalorização cambial menor do que em 2012. “Os preços, em reais, dos manufaturados importados pelo Brasil cresceram 9,8% (contra 16,9% em 2012) e dos manufaturados comercializados no mercado norte-americano 10,8% (contra 19,2%). Em ambos os casos, os custos industriais cresceram abaixo da taxa de crescimento dos preços internacionais”, assinala a pesquisa.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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