Nação dividida – cidadania interditada

..salvem-se os mais fortes, esqueçam-se dos mais fracos

Se me lembro, foi o general romano Quintus Fabianus Marcius que teria sido o primeiro a externar a estratégia de se “ser necessário dividir para se governar”.

Aqui, fazendo um paralelo, fico encantado (revoltado na verdade) em ver como a criatividade de alguns líderes, que por absoluta falta de visão e/ou capacidade de formular e apresentar solução para os nossos maiories problemas, fico encantado com a capacidade deles de nos lançarem sempre algumas “íscas”, alguns passatempos, e  mais ainda, de ver como a ingenuidade e “boa fé” de alguns “justos” os fazem sempre correr atrás para tentarem avidamente catar cada uma delas a toda vêz que os  tais líderes lhes acenam.

Verdade é que desta perversa estratégia corremos o risco de segmentarmos, de fragmentarmos os interesses  éticos e verdadeiros de uma NAÇÃO inteira, atrasarmos as soluções, criarmos mais deformações, perpetuarmos problemas e criarmos dúzias de outros deles.

Ora tergiversando ou falando só para  um grupo, ora para um/ou outro tema, enquanto que a essência  continua a mesma, aqui busca-se na verdade se desviar a atenção dos verdadeiros problemas, comuns a todos,  e a coisa  continua sempre feia. Pior ainda é vermos como alguns destes líderes e partidos políticos vão sobrevivendo (se elegendo) tal qual hienas,  vivendo das sobras e nacos extraídos de um mesmo organismo social no todo doente, abatido, sem defesa.

Melhor do que se posicionarem e correrem o risco de criarem descontentes por sobre todas as frentes e temas  ..melhor do que se desgastarem em tentar convencer as pessoas de que há pontos na vida que nem sempre só a nossa vontade tenha que ser aceita  ..estes homens públicos descobriram que é muito mais fácil, e assim preferiram aderir, não a uma solução mediana, mas a mergulharem de cabeça em causas sectárias normalmente viçosas e aparentemente bacanas, preferencialmente emanadas por agentes do estrangeiro, a fim de obterem sustentação “intelectual, empírica e sobrenatural, universal aos seus conceitos”.

Pra sair um pouco da filosofia e encararmos a prática..

Qualquer pessoa medianamente formada sabia até bem pouco tempo que o grande problema brasileiro era o nosso modelo sócio-econômico, um que criava e perpetuava excluídos, um que não dava conta de todos os nascidos e vivos, ainda mais se pobres e desassistidos  ..um que ainda era alicerçado num modelo de justiça voltado só para o rico, ou a poucos indivíduos que se vissem “protegidos” pelo dito espírito de corpo, o tal corporativismo.

Problemas básicos que atentam e destroem qualquer conceito e ambiente saudável para que se viceje uma autêntica cidadania. Problemas nunca enfrentados e que não foram raras as vêzes que descambaram para situações em que leis BOAS, cidadãs, eram criadas e, num momento seguinte, destruídas pelo germe e vício que permaneciam. Assim, como exemplo, criou-se a Instituição da Previdência, seguindo, imediatamente militares se pediram de condições especiais, depois os políticos, depois juízes, depois funcionários públicos, mulheres e “voilá”, ali já tínhamos alguns assistidos, enquanto milhões eram deixados aos crocodilos.

Neste ponto é de se perguntar. Por que o direito que é bom para um não pode ser ofertado em direito para o outro também?  ..se farinha é pouca, não dá pra dividir o pirão ?

Verdade é que entra ano, sai ano, entra partido e sai partido, políticos enfim ..todos acovardados e não se permitindo pisar em ovos ..e a coisa não muda, inclusive pra mim, a julgar por inúmeros outros exemplos, parece até que piora, pois a nossa cidadania plena,  a do V artigo, esta sempre fica jogada ao “cada um por si, pois agora é chegado só a minha  vez”. E deste jogo de manipulação barata e de faz de conta, pela minha conta, hoje eu não duvidaria em classificar entre elas, estes “gritos de guerra”, estes que carregam forte apelo popular mas que adiam o enfrentamento frente a muitos dos nossos problemas, por ex:

– a visão de se criar direitos exclusivos e/ou atenção a denuncias estereotipadas por cima de episódios que  se referem ao preconceito exclusivo contra GAYs, evangélicos, nordestinos, pardos e negros, contra as ofensas e “sofrimentos exclusivos”, este que só afetariam a mulher (*) etc, todos eles que, de comum,  normalmente, esquecem-se de pensar em seus antônimos sociais.

E desta política de pega a barata ali  ..olha a barata lá  ..olha outro acolá  ..bem, nesta política dispersiva e criminosamente sectarizada, alguns, vez ou outra, a CUSTA de outros (normalmente de calados e indefesos), podem até ganhar, mas não a tal cidadania indistinta, esta que ainda hoje, pelas mãos de muitos ditos “socialistas”, continua esquecida.

 

(*) em tempo, vida de homem tb não é fácil não

O problema não esta no Gênero, mas no modelo ..um dia, mês e ano não resolve nada, nem pra mim, nem pra você nem pra ninguém ..FATO – Os homens não deixam de ser vítimas também, eles encabeçam as pióres estatísticas ..vivem pior,  vivem menos e morrem mais doentes, de forma mais violenta tb  ..NÃO tem ninguém por eles, pela natureza são mais solitários, eles não tem nem a eles mesmos, é o cada um por si toda vêz ..os homens  são a maioria dos presos, barbarizam e são barbarizados também ..a natureza os manda uma coisa, a sociedade exige outra  ..a educação que seria boa, esta nunca vem ..ficam desempregados e são cobrados ..tem que caçar ! nos falam ..tomam do vício e da mardita pra esquecer e disfarçar a falta de  preparo, aptidão e coragem  ..a maioria NUNCA se aposenta, ou se o faz, faz cada vêz mais tarde e por menos tempo também ..a maioria não consegue estudar e ao mesmo tempo manter e se manter  ..e são cobrados pra fazer  ..se necessário, pagam cana toda vêz

tristes estes dias  ..tudo a mesma farinha  ..melhor ter nenhum  ..nenhum dia para ninguém ..ou todos os dias pra todos duma vêz

se pra um pra todos, ou para ninguém !!

Luis Nassif

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