Noronha assume corregedoria do CNJ com promessa de blindar magistrados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – João Otávio de Noronha, ministro do Superior Tribunal de Justiça, tomou posse na quarta (24) como corregedor nacional de Justiça, se tornando responsável por conduzir processos disciplinares contra juízes no Conselho Nacional de Justiça. No discurso de entrada, Noronha saiu em defesa dos magistrados, afirmando que vai blindá-los de influências externas exercida por outras instituições, como o Ministério Público Federal, e a mídia.

“Lemos todos os dias nos jornais a censura a quem vota a favor ou contra determinado investigado. Não se pode um juiz ser refém do Ministério Público, da Polícia Federal, de quem quer que seja. O magistrado existe para garantir os direitos fundamentais”, disse ministro, que prometeu “blindar a magistratura das influências externas, fazer com que o juiz exerça a magistratura na mais plena liberdade, fazer com que juiz não tenha medo da mídia, mídia que se tornou um poder”.

Segundo relatos da Folha, ministros do Supremo Tribunal Federal assistiam ao discurso de posse de Noronha, entre eles Dias Toffoli. O magistrado foi pivô de um conflito entre o MPF, soba figura do procurador-geral da República Rodrigo Janot, e do STF, com Gilmar Mendes.

Gilmar saiu disparando contra a Lava Jato após Toffoli ser citado em reportagem de Veja como possível delatado pelo empresário Leo Pinheiro (OAS). Por conta do conflito, Janot suspendeu a delação que era bastante esperada por respingar em figuras como Aécio Neves e José Serra, ambos do PSDB.

“Lamentavelmente no esplendor da democracia brasileira nos deparamos ainda com situações como esta que estamos vivendo nos últimos tempos. E cuidado merece a atividade do corregedor nacional de Justiça. Não pode ele apressadamente, afoitamente, manifestar sobre os casos ou sobre atos praticados pelos integrantes da magistratura sem antes investigar”, disse Noronha.

O ministro assume a corregedoria no lugar de Nancy Andrighi, também do STJ, que iniciou seu mandato em 2014. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Seria essa corregedoria uma inutilidade?

    E como é que ele pretende fazer isso? Ou seja “blindar”a magistratura para que exerça corretamente sua função? A porta já foi arrombada. A legalidade agora é relativa. Só vale para os adversário. Corregedor é uma inutilidade.

  2. O ministro Noronha vai blindar os magistrados

    Uma pergunta.

    Será que o ministro Noronha vai blindar o BRASIL de juízes abusivos e parciais ?

  3. Esse aí
    Foi acusado Em SESSAO PLENÁRIA DE JULGAMENTOS, ou seja, com registro taquigrafico, por Eliana Calmon de fazer LOBBY para a OAB com intuito de reabrirba questão de crédito prêmio de IPI, já resolvida pelo judiciário.

    Basta ler a última sessão em que ele participou na Segunda Turma do STJ. Nunca mais voltou….Eliana não deixou!

    Aliás onde andas?

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