PEC do teto de gastos é aprovada em Comissão Especial

Jornal GGN – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que coloca a inflação como limite para aumento dos gastos públicos para os próximos 20 anos, foi aprovada em Comissão Especial da Câmara por 23 votos a favor e sete contra. Agora, ela será levada para votação no plenário da Câmara, na próxima segunda (10).

A comissão teve mais de seis horas de debates antes da votação, e manifestantes contrários à proposta foram expulsos da sessão pelo presidente do colegiado, Danilo Forte (PSB-CE).

A proposta original do governo previa que o congelamento dos gastos começasse em 2017, mas o relator do projeto, Darcísio Perondi (PMDB-RS) alterou o início das mudanças para 2018, após reunião com Henrique Meirelles, ministro da Fazenda.

Para que ela a PEC seja aprovada, é necessário o apoio de três quintos dos votos na Câmara e no Senado, o equivalente a 308 deputados e 49 senadores.

O governo defende a PEC afirmando que o teto dos gastos públicos irá melhorar as expectativas do mercado, trazendo, em tese, mais investimentos privados.

Já entidades da sociedade civil apontam que a PEC pode prejudicar os serviços públicos, como saúde e educação. De acordo com o Conselho Nacional de Saúde, o setor deixaria de ter R$ 424 bilhões nas próximas duas décadas.

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Redação

2 Comentários

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  1. A PEC 241/2016 garante

    A PEC 241/2016 garante recursos para “empresas estatais não dependentes” que operam esquema fraudulento de transferência de recursos públicos para investidores privilegiados

    Bem escondido no texto proposto pela PEC 241/2016 para o Art. 102, inciso V, parágrafo 6o, inciso IV do ADCT, encontra-se o privilégio de recursos, à vontade, sem teto e sem limite, para “empresas estatais não dependentes”.

    As “empresas estatais não dependentes” são pessoas jurídicas de direito privado e operam escandaloso esquema de transferência de recursos públicos para o setor financeiro privado, tendo em vista que vendem, a investidores privilegiados, com desconto que pode chegar a 60%, debêntures com garantia real (dada pelos entes federados), pagando juros estratosféricos que podem ultrapassar 20% ao ano.

    Esse esquema está mascarado por sedutora propaganda de que entes federados poderiam “vender”, “ceder” ou “novar” direitos de créditos de Dívida Ativa de difícil arrecadação.

    Na prática, tais créditos continuam sendo cobrados por órgãos competentes (Procuradorias de Fazenda), e o que está sendo cedido de fato, pelos entes federados a “empresas estatais não dependentes”, é meramente uma garantia onerosíssima, sem contrapartida alguma, o que é ilegal! Os projetos de lei PLS 204/2016, PLP 181/2015 e PL 3337/2015 visam “legalizar” esse esquema, que irá provocar um enorme rombo nas contas públicas.

    Esse negócio entrou no país por meio de consultorias especializadas, como a ABBA Consultoria e Treinamento por exemplo. O Sr. Edson Ronaldo Nascimento, responsável da ABBA, é também assistente consultor do FMI, Presidente da PBH Ativos S/A (empresa estatal não dependente de Belo Horizonte); Superintendente Executivo da Secretaria de Fazenda do Estado de Goiás; Secretário de Fazenda do Estado de Tocantins, entre outros cargos estratégicos ocupados no Distrito Federal e Secretaria do Tesouro Nacional. Assim o esquema e se alastra.

    É infame que a mesma PEC que engessa por 20 anos investimentos sociais em saúde, educação, assistência etc. privilegie a destinação de recursos à vontade, sem limite e sem teto algum, para alimentar esse esquema semelhante ao que quebrou a Grécia.

    Leia mais em goo.gl/gmVu5P

    VOTE NÃO À PEC 241/2016

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    A PEC 241/2016 deixa de fora o privilégio do maior gasto público , referente à remuneração do Sistema da Dívida paga a banqueiros

    A chamada “dívida pública” nunca foi auditada e, conforme denunciado inclusive por CPI, é repleta de indícios de ilegalidade, ilegitimidade e até fraudes, tais como a suspeita de renúncia à prescrição, diversas transformações de passivos privados em dívidas públicas, além de escandalosas operações que geraram gastos de centenas de bilhões de reais em 2015 (swap cambial e operações compromissadas).

    Em 2015, o estoque de títulos da dívida interna cresceu R$ 732 bilhões em 11 meses (31/01 a 31/12), conforme Quadro XXXVI publicado pelo Banco Central, e destinou-se principalmente a cobrir operações ILEGAIS:

    pagamento de juros (o que é inconstitucional, pois fere o Art. 167, III, da Constituição Federal, o qual impede a emissão de títulos da dívida para pagar despesas correntes, tais como salários e juros);
    remuneração da sobra de caixa dos bancos (operações compromissadas que chegaram a ultrapassar R$ 1 trilhão em 2015, quase 20% do PIB), e
    prejuízos do Banco Central com operações de swap cambial (ilegais, conforme TC-012.015/2003-0: “Não há, na Lei n.º 4.595/64 ou em outra legislação, dispositivo que autorize o Banco Central a atuar no ramo de seguros ou que o autorize a assumir posições de agente segurador de capital, muito menos a especular com variações cambiais, assumindo posições que podem dar muito lucro ou muito prejuízo.”)
    O relator da PEC 241/2016 “assinala que a Dívida Bruta do Governo Geral aumentou de 51,7% do PIB em 2013 para 67,5% do PIB em abril de 2016”, porém, não menciona as razões desse aumento, que não teve absolutamente nada a ver com os gastos sociais que essa PEC vai congelar por 20 anos, mas sim com o que ela deixa de controlar: os juros abusivos e os mecanismos financeiros ilegais que estão gerando dívida pública, tais como os exemplos acima mencionados.

    É infame que essa mesma PEC 241/2016 que aniquila, por 20 anos, a possibilidade de investimentos sociais necessários à garantia de vida digna, libere recursos à vontade para o abusivo gasto com mecanismos financeiros ilegais e até inconstitucionais que estão usurpando o instrumento de endividamento público e alimentam o Sistema da Dívida.

    VOTE NÃO À PEC 241/2016

    Publicado dia 6/10/2016

    Fonte: http://www.auditoriacidada.org.br/blog/2016/10/06/nao-pec-2412016-2/

  2. Fazendo um paralelo,essa PEC

    Fazendo um paralelo,essa PEC é a mesma coisa que voce pegar uma criança de 5 anos e que pesa 20Kg e fazer com que ela chegue aos 25 anos de idade com o mesmo peso.

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