Fernando Horta
Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.
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Perguntas, por Fernando Horta

Arte Observatório do Terceiro Setor

Perguntas, por Fernando Horta

O resultado do pleito do dia 07 é ruim para a democracia e também para qualquer ideia de se construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Nomes históricos como Suplicy, Requião e outros, ficaram de fora do Congresso. As listas de eleitos a deputado federal e senador de SP e RJ são simplesmente assustadoras. Quase todas elas são compostas por sub-celebridades ou milionários. O mesmo fenômeno se repete por todo o país. O formato das eleições de 2018, com menos tempo entre os turnos e liberdade para “autofinanciamento”, claramente prejudicou a esquerda e a centro-esquerda.

No campo progressista, a renovação praticamente se extinguiu, com os nomes conhecidos lutando para se elegerem. Em uma frase, os políticos se suicidaram com a tal “reforma política” que aprovaram. Deram espaço para sub-celebridades e milionários entrarem e fazerem da política o que bem entenderem.

O cenário é preocupante. Mas quero aqui fazer uma outra pergunta: Como TODOS os institutos de pesquisa, sejam em pesquisas locais ou nacionais, erraram tanto e tão feio?

Há algumas respostas.

A primeira é acreditar na teoria da conspiração. Imaginar que as “mudanças de protocolo” do Ibope e as reduzidas amostragens (e não representativas) dos outros institutos foram significativamente alteradas para manter o cenário político nebuloso e incerto, favorecendo – talvez – o medo e o desespero.

Pessoalmente, não creio nesta hipótese, mas como diz o popular ditado castelhano: “No creo em brujas, pero que las hay, las hay.

Uma segunda possível resposta é que, após o desenvolvimento das tecnologias de comunicação (como WhatsApp), as pesquisas de opinião se tornaram obsoletas. Isto porque a intenção de voto varia como onda, bastando uma “fakenews” viralizar, por exemplo. Dada a incapacidade do TSE em fiscalizar estes canais, temos um enorme problema. É suficiente dizer que a tão alardeada “luta contra as fakenews”, jogada aos sete ventos pelo iluminista Fux, é tão mentirosa quanto sua vasta cabeleira. O conselho, criado no TSE para pensar medidas e punir quem usa este tipo de expediente, não se reuniu uma vez sequer durante o todo o primeiro turno. Talvez eu esteja sendo duro, e o “aviso” de Fux fosse realmente verdadeiro se, e somente se, a esquerda tivesse ganho.

O problema, contudo, não é só brasileiro. Nos EUA e na Europa estão sendo pensadas inúmeras leis e regras para evitar estes disparates. Lá eles calcularam que as fakenews usadas para aprovar o BREXIT destruíram a economia da Inglaterra. Os prejuízos caso a Inglaterra saia da União Europeia são quase insuportáveis para a ilha. Nos EUA o problema é semelhante e até o “estrategista” que usou e abusou deste expediente para eleger Trump, Steve Bannon, foi contatado pela campanha de Bolsonaro ainda em agosto. As soluções até agora pensadas nos EUA e na União Europeia dão conta de proibir totalmente tais usos durante as eleições ou multas pesadas e retirada de registro de candidatura para candidatos que usem deste expediente.

Será uma punição muito severa?

Os times de futebol enfrentam este problema. Há alguns anos, o meu time do coração, o Grêmio, foi desqualificado de um campeonato pelo racismo de uma torcedora. Creio que talvez este seja o caminho. Candidatos que usem de fakenews sejam sumariamente cassados. E eles que segurem a sua militância.

Uma terceira resposta ao problema pode ser o paroquialismo dos votos. Já fazem dez anos que o fenômeno nefasto das igrejas neopentecostais da prosperidade assola o Brasil. Seu poder econômico só cresce, suas bancadas políticas ganham a cada pleito mais peso, e pesquisas indicam que eles superarão a religião católica, em número de fiéis, na próxima década. Não sei porque a Igreja Católica ainda não abriu guerra contra estes mercadores da fé, e pressionou o Ministério Público e o Judiciário a processarem e fecharem estes cultos por charlatanismo e falsidade ideológica. Exemplos abundam, desde Pastor que tira a artéria aorta dos fieis em pleno culto, até “ministra” que expulsa demônios com salto alto. Estes mercadores da fé são capazes de levantar imensas somas financeiras a cada culto. Não há pastor pobre nestas igrejas e a imensa maioria dos seus fiéis sofre com sua espiritualidade sequestrada, e tendo que pagar resgate por ela. O apoio de um pastor destes é capaz de agregar milhares de votos ao candidato A ou B da noite para o dia, tamanha é a subserviência dos fiéis a tais figuras que Lutero, no século XVI, já chamava de “pregadores de indulgências” e “inimigos de Cristo”.

Com a composição do Congresso que estas seitas conseguem fazer hoje, ficará difícil qualquer legislação contra este abuso. Há centenas de denúncias de pastores pedindo votos ostensivamente em cultos, e provavelmente milhares de situações ocorridas e não denunciadas.

A quarta resposta possível é o fenômeno do fascismo, se desenvolvendo de forma rápida e diante dos nossos olhos. Uma das características do fascismo, que o torna um fenômeno de massas, é o acolhimento que ele oferece às populações mais pobres. Tão de pronto estas populações entendam o “seu lugar” na sociedade fascista, elas são acolhidas pelo movimento e acabam – alguns pela primeira vez – se sentindo efetivamente parte de algo. No fascismo os negros vão servir de mão de obra barata em profissões perigosas ou que sejam entendidas não dignas aos brancos. Vão até serem “branqueados” para ficarem “mais bonitos”, como disse o vice-general Mourão. Estes grupos se se submeterem a este papel, serão até aceitos. O exército, por exemplo, se gaba não ser racista, mas um pequeno cálculo comparando os soldados, cabos e sargentos negros com o número percentual de generais negros é suficiente para desmontar esta tese.

As mulheres enfrentarão a mesma coisa. As submissas e que aceitem o espaço social de “mãe” são toleradas e até elogiadas por “saberem o seu lugar”. O resto é espezinhada. Populações LGBT que se esconderem serão admitidos, índios, quilombolas e todas as outras minorias, da mesma forma. Ocorre que o nível de opressão a estes grupos sobe de tal forma que o indivíduo simplesmente sucumbe ante a promessa fascista. Entre viver resistindo ao fascismo e eternamente com medo, e se tornar um fascista que legitima o movimento (ainda que ao custo de se silenciar), muitos preferem o segundo papel. E esta “acolhida” que o fascismo faz, normalmente vem envolta em loas de patriotismo e religiosidade. Entre a violência e a aceitação muitos abrem mão de lutar, seja porque são psicológica ou socialmente mais frágeis, seja porque não veem sentido em erguer uma bandeira que já julgam perdida.

Esta é uma característica do fascismo a ser levada em conta. É a escuridão que quanto mais cresce, mais forte se torna. A literatura está cheia destas indicações.

Neste cenário, as mudanças de voto acontecem muito rápidas, eis que não são fruto do convencimento racional ou da busca por informações e ponderação das relações de custo benefício. É medo. É desespero.

Seja como for, o que se está apontando é a incapacidade dos institutos de pesquisa de continuarem sobrevivendo. Nem sei se o sumiço deles não seria bom para a democracia. Mas que há um problema com a nossa “ciência” em momentos de eleição, isto há.

E é um problema a mais que temos que lidar. Como se não bastasse a monstruosidade fascista já em posição de vantagem num país sem governo e sem judiciário.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

18 Comentários

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  1. Bolsominions estão desapontados e agressivos

    Cheguei na esquina e perguntei à minha Amiga, que todo dia vende café e bolo, e pergunto-lhe: “E aí, Amiga, o Bolsonaro ganhou no primeiro turno?”

    Um homem bombado e carrrancudo diz: “Deixa de deboche”.

    Para não render mais a conversa, eu disse: “Senhor, eu não estou falando com você, eu estou falando com a Minha Amiga”.

    Os Alckminions se metamorfosearam em Bolsominions e Alckmin saiu nanico, juntamente com a Marina.

    O Bolsonaro, que odeia negros, mulheres, nordestinos, pobres e gays, agora acena para eles. Quando se quer pegar uma galinha, ninguém a afugenta, ao contrário, joga-se para elas alguns grãos de milho e, quando elas estãos e alimentado, a gente a captura”. Mas negros, mulheres, nordestinos, pobres e gays não são galinhas. Já vi um Bolsominion dizendo que não sabe se vai votar no Bolsonaro porque ele está acenando para Nordestinos.

  2. O Brasileiro é conservador

    O Brasil é conhecido como o maior país catolico do mundo e assim somos por natureza conservador.

    Falar em facismo para o Brasileiro não quer dizer muita coisa. Para o senso comum o facismo se confunde com ser conservador. Ser conservador é ser contra casamento gay, aborto, defender a familia tradicional, etc. Portanto esse discurso de querer sensibilizar para seus perigos é chover no molhado. Mais do que o medo da violência ou do país virar uma Venezuela como muitos dizem, está o desejo por Ordem, combate a violência, dentre outras pautas.

    Em minha família e no meu circulo de amigos tenho pessoas que recebem beneficios sociais criados pelo Governo Lula e PT, ao questioná-los sobre em quem votar a resposta a maioria diz Bolsonaro. O motivo é que ele encampa as causas que disse acima, ele combate ao aborto defende a família, dará um jeito na violência, etc.

    Esse discurso de que ele liberará o uso de arma de fogo e causará o caos não assusta ao povão em geral, pode até assustar alguns mais esclarecido mais em termos eleitorais nem aranha o verniz.

    O discurso que que ele é racista, misogino,sexista, machista, sexista, no mesmo sentido.

    Então como combatê-lo?

    Como sendo do povo, que penso fora do senso comum acredito que atacando o que aflige o povo, que é a violência, saúde, educação e deixar os ataques que so fortalecem o adversário de lado. E no segundo turno aglutinar os progressistas e combinar com Boulos e Ciro que foquem no projeto e deixe o Bolsonaro de lado, pois de nada vai adiantar ter o apoio deles se eles forem levantar a bola para o Coiso cortar.

    Como diz o 247 o segundo será muito dificil, mais não impossivel.

  3. Os votos úteis do Alckmin e da Marina migraram para o Bolsonada

    O resultado das eleições distorceu as últimas pesquisas porque houve migração de Alckminion e Marinions para o Bolsonaro. Os Institutos de Pesquisa influenciaram eleitores, mas na última pesquisa eles tentam salvar sua própria barra. Duas vizinhas minhas conversavam. Uma delas perguntou à outra: “Em quem tu vais votar?”

    A outra respondeu: “Vou votar no Ciro Gomes. E tu?

    Ela diz: “Eu vou votar no Bolsonaro, pois todo mundo vai votar nele”.

    Ainda tem muitos eleitores Maria-vai-com-as-outras.

  4.  
    “Como se não bastasse a

     

    “Como se não bastasse a monstruosidade fascista já em posição de vantagem num país sem governo e sem judiciário.”

     

    Me desculpe mas temos judiciário e ele tem lado.

    E é o lado do fascismo.

    Bolsonaro SÓ EXISTE POR CAUSA DO JUDICIÁRIO.

    Não fosse pelo judiciário com sua lava jato não teríamos um país golpeado em sua débil democracia, com economia destruída e o ódio tomando todos os ambientes a galope.

    O QUE VAI ACONTECER DAQUI PARA A FRENTE É EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO JUDICIÁRIO, “COM STF, COM TUDO” A FRENTE.

    Não esquecendo a participação do psdb e do pig.

     

     

  5. ESQUERDOPATAS ORBITANDO SOBRE O PRÓPRIO UMBIGO…

    Voltem ao Planeta Terra. É apenas o fim do Fascismo de Esquerda, de infelizese e atrasados 88 anos. 

  6. Mas a ilusão quando se desfaz doi no coração de quem sonhou…

    Fiquei sem entender as derrotas de todos os candidatos do PT ou PSOL que estavam no primeiro ou segundo lugar das sondagens. Foi a onda bolsonaro que os levou ou tem angu nesse caroço? Eh impressionante a derrota da presidente Dilma ao senado. Fico com aquela sensação de que brasileiro não merece candidatos dos niveis de Dilma, Boulos e Haddad. E o Congresso, coisa que parecia impossiveol, vai piorar ainda mais. 

    1. Põe na conta do whatsapp também

      Houve um intenso compartilhamento de mensagem no whats, detalhando a estratégia para derrotar Dilma em MG (eu recebi a mensagem).
      Que os eleitores de Anastasia ou de Zema votassem em dois outros candidatos ao Senado (Pacheco e Dinis) e incentivassem amigos e parentes a isso. Que não votassem em branco de forma alguma. Se tivessem um candidato, que votassem em outro, pois seriam dois eleitos.
      Pacheco foi eleito. Dinis ficou em 3º.
       

  7. Como tentar reverter a onda

    É hora de falar ao coração generoso de grande parte dos brasileiros, bloqueado pelo medo e pelo ódio infundidos. Despertar a a compaixão e a solidariedade. Mostrar o impacto que as medidas defendidas pelo Coiso terá na vida de pessoas “reais”. Mostrar essas pessoas, “fulanizar”, criar empatia. É preciso se dirigir aos esquecidos da sociedade e fazer com que vejam que a vida deles será ainda pior. Utilizar uma comunicação que vá direto ao coração: cheia de imagens, simples, emotiva. 

    O exército de zumbis neopentecostais (e outras correntes, que tiveram que se assemelhar a eles) segue o cajado dos “senhores dos 10%” e suas trombetas da prosperidade. São impermeáveis a qualquer intrusão. Há que se dar voz aos pastores dissidentes e fazer essas vozes chegarem diretamente aos fiéis, de todos os modos possíveis. 

  8. O pessoal até hoje cita,

    O pessoal até hoje cita, considera e reverencia as agências de classificação de crédito Moody’s, Standard & Poors e Fitch, “nossa, a agência rebaixou o Brasil!”, lamenta. No entanto os donos e trabalhadores dessas agências não apenas não sumiram depois do golpe de 2008 contra o mercado mas ficaram mais fortes, mesmo depois de comprovados suas participações e seus crimes nesse golpe.

    Acho que dá para usar o mesmo raciocínio para os institutos de pesquisa: ambos esses ramos do comércio são manipulados pelas pessoas que detém o capital, e ambos dizem a verdade quando não são pagos para mentir. O que deixa os incautos puristas perdidos com a questão: “Afinal eles mentem ou não?”

    A resposta é simples: mentem.

    1. O jornal “Folha” faz isso

      O jornal “Folha” faz isso direto: acerta uma martelada no cravo e outra na ferradura. Mesmo tendo assumido completa e profundamente o papel de jornalismo de esgoto, alinhando-se à revista “Veja”, os donos, diretores e trabalhadores dessa firma só fazem crescer em importância junto ao populacho. E há muitas mais pessoas fazendo o mesmo, por todas as vias de comunicação: de vez em quando expressam alguma verdade na ânsia de conquistarem a credibilidade necessária para fazerem o incato engulir suas mentiras. No momento histórico que estamos vivendo, dadas a ampliação das possibilidades de mentir – o pessoal chama de “pós-verdade” – quem não quiser cair nesse truque precisa se manter alerta e desconfiado. Ou seja, no estado de espírito que o capital se esforça para induzir-nos a nos manter: temor em lugar de confiança; raiva em lugar de tranquilos; travados em lugar de ativos.

      Bem… a estabilidade, por melhor que faça às pessoas, nunca foi boa para os negócios, né? O capital ou aterroriza ou ganha menos.

       

  9. Errar de novo e eleger o Hitler nativo ?

    Para enfrentar o fascista, Haddad precisa ser o líder de uma Frente Democrática e não o candidato do PT.

    Essa Frente precisa ser a mais ampla possível – nenhum democrata pode ser preterido (seja liberal ou socialista).

    Ou vai ser cometido o mesmo erro que elegeu Hitler ?

  10. A rede de WhatsApp criada por
    A rede de WhatsApp criada por Bolsonaristas fundamentada na guerra híbrida. Imagina cada quartel com 500 homens sem fazer nada. Marinha, Exército, Aeronautica, PMs, Bombeiros, Desipe,
    Delegacias, agentes privados em todo o país. Todos no ócio com um smartphone na mão participando de no mínimo três grupos cada um. Está formada a rede que espalha as notícias fakes comandadas por Flávio Bolsonaro. E criam mais grupos.

  11. bom post

    Concordo com muito do que esta escrito.

    Concordo com aqueles que defendem uma FRENTE DEMOCRATICA e não unicamente um candidato da esquerda.

    Deve bater nessa tecla diariamente. Deve falar com palavras simples para o povo.

    Deve informar o quanto mulheres, negros, homossexuais correm perigo.

    Informar o quanto as reformas liberais prejudicaria as classes populares e mesmo a classe média.

    Não vejo outro caminho.

    E conquistar os votos dos que não foram votar ontem. 

  12. Como assim, “com menos tempo

    Como assim, “com menos tempo entre os turnos” em 2018? Este intervalo de 3 semanas entre os turnos ocorre desde o golpe branco de 1998.

  13. Uma serpente de muitas cabeças.

    O  fascismo de Bolsonaro é sem dúvida um fenômeno eleitoral  mas  não tem base popular. Sempre acenou aos ricos,  ao mercado e a uma classe média conservadora. Seu economista é radicalmente anti social, e promete políticas escorchantes com pouco respeito ao trabalhador e ao mais pobre. Raciocina com o radicalismo  privatista, fim de impostos e tome mais ajuste fiscal. Quanto tempo irá resistir,antes de  causar mais  destruição na economia já combalida. O fascismo europeu, apela para o nacionalismo e xenofobia e para os pobres, vítimas do ajuste fiscal no países mediterraneos. Trump apelou para os despossuidos pela crise economica. Já Bolsonaro tem uma pregação moral, religiosa e anti-comunista, e em defesa do Mercado e do Ajuste fiscal.  Surfou na campanha destrutiva e autodestrutriva feita pelo PSDB, PMDB, e mídia. Bolsonaro não surgiu de nenhum apelo as massas, mas das pos verdades, e do ódio de classe. Surfou na destruição da política e na retórica  que se voltou contra os artífices: PSDB,PMDB. Surfou na narrativa  do justiceiro Moro, para se tornar ele mesmo o justiceiro. Com relação a população mais pobre, além do discurso moral e religioso só impacta pela promessa de combate a violência com violência.  Nada sabe falar sobre a vida real e nem tem políticas para esta população. Para isto ele pede emprestado outras cabeças.

    Este fascismo é  uma serpente de muitas cabeças, afinal  não é centralizado, ele nasceu e se criou  da pulverização de poder, terceirizado pelo PMDB e PSDB. Ele nasceu do emponderamento do exército de Toga, e  germinou regado pela  gana de poder  dos vários lobbies , que são agora chamados de bancadas, da bala, dos ruralistas, dos  donos dos Templos e da mídia.  E  principalmente da ambição de poder da bancada do Centrão, a tal bancada do toma lá da cá. A bancada  que vai querer  cargo e poder. Estas multiplas cabeças  vaõ exigir muito e  só convergem contra o inimigo comum o PT ou quem sabe  criando um inimigo externo,a Venezuela. Para tomar o poder pulverizado, Bolsonaro terá que acenar com um populismo demagógico, mas não sei como pedirá  para o povo esperar até o bolo crescer.

    Veremos se Bolsonaro poderá ou não acenar para um populismo ou ficará com o mercado, ou se cederá aos visionários de Farda que estão a seu lado, que vão querer  assumir a repressão. Como irá cultuar seu nacionalismo, entregando tudo que o Mercado quer ou pedindo a benção a Trump. O que fará entre nacionalstas e entreguistas de farda. Como lidará com a entrega da Embraer. Minha intuição me diz que ele e os seus não sabem o que fazer. Bolsonaro não tem objetivos claros, a não ser  sentar no trono.Uma vez lá vai começar  a perguntar ao Posto Ipiranga e às outras   cabeças divergentes. E todas elas, com interesses diversos sabem das limitações do chefe, mas não sei se sabem o que significa um limitado  com poder, que vai querer ser o chefe.   Com certeza optará sempre  pela magnificação de um fantasmagórico    inimigo interno,  que todos sabemos quem é.  O General que diz ser o orientador mor do Capitão, fez uma declaração ameaçadora: segundo ele nos primeiros meses conseguirão fazer o que quiserem ( citou Collor e a poupança). Prometeu extirpar o socialismo e seu chefe falou dos ativismos. Provavelmente atacará o MST para satisfazer a bancada Ruralista e fará alguma ação de impacto  contra partidos de esquerda. Enquanto Marina mira no PT, dá força para quem vai destruir a floresta. Mas aviso ao mercado, Bolsonaro não sabe o que é isto.

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