Petrópolis: buscas continuam, 78 mortos até agora

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O temporal caiu sobre a cidade na tarde desta terça-feira, dia 15. A prefeitura declarou estado de calamidade pública. O número de mortos pode subir já que muitos pontos da cidade desabaram.

Foto André Vieira – TeleSUR

O temporal que se abateu sobre Petrópolis já deixou um saldo de 66 mortos, e muitos habitantes ainda estão desaparecidos. O temporal provocou um grande desabamento no Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, e muitos habitantes foram mortos e tantos ainda estão soterrados. O Corpo de Bombeiros confirmou 78 mortos e a prefeitura decretou estado de calamidade pública. Foram resgatadas 21 pessoas com vida, em meio aos destroços.

 O temporal caiu sobre a cidade na tarde desta terça-feira, dia 15. A prefeitura declarou estado de calamidade pública. O número de mortos pode subir já que muitos pontos da cidade desabaram. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, só no Morro da Oficina, dezenas de casas foram atingidas pela lama e ‘há inúmeros desaparecidos’.

O drama maior é dos moradores procurando por pessoas desaparecidas. O número de bombeiros trabalhando no resgate não é suficiente para atender a tantos pontos de desabamento. De acordo com Patrique Lima da Silva, morador de Petrópolis, ‘não existe até agora uma ação coordenada, não se sabe o número de vítimas simplesmente porque não tem gente suficiente para isso’.

Patrique mora próximo ao centro e, a princípio, não tinha ideia do ocorrido. ‘No final do dia começaram as notícias de mortos conhecidos e desaparecidos, que pela falta de gente nas equipes ainda vai aumentar mais’, diz ele, ‘pra variar, sem nenhum plano de assistência’.

‘Na verdade, Petrópolis está literalmente em um cenário de guerra, em um cenário de terra arrasada’, diz ele, ‘pessoas ilhadas que não conseguiram chegar em casa, e que só conseguiu hoje de manhã porque o nível da água baixou, nisso pelo caminho era possível encontrar carros destruídos, lojas destruídas e que foram saqueadas, sofreram furtos em meio ao caos, sem contar corpos de pessoas pelas ruas da cidade que morreram afogadas, arrastadas pela água’, diz Patrique.

O jovem ainda alerta para o grande número de pessoas desaparecidas e vários pontos de deslizamento de terra. ‘O grande problema é que mesmo juntando todo efetivo de bombeiros do estado e mandando para Petrópolis, há uma dificuldade de acesso aos locais, e como são vários pontos de desastres, os bombeiros não dão conta’, afirma.

Além disso, Patrique diz que vários bairros estão sem energia elétrica e internet, o que atrapalha demais a articulação do trabalho de resgate. ‘Até a rede móvel foi atingida e segue com instabilidades’, diz ele.

Em seis horas choveu todo o esperado para o mês de fevereiro.

‘Teve turistas que dormiram dentro do museu, crianças e professores passaram a noite em claro nas escolas, tinha criança em escola até hoje cedo, tentando fazer contato com as famílias’, conta Patrique. Ele conta que os prefeitos de cidades vizinhas já estavam ajudando o prefeito de Petrópolis, e o governador montou um gabinete de crise na cidade.

Para doações, eis um canal aberto pela Diocese de Petrópolis.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

2 Comentários

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  1. Também como a Cleptocracia, como a NecroPolitica, as Elites deste Estado Ditatorial Esquerdopata-Fascista iriam adivinhar numa Tragédia deste tamanho apenas 1 décadas depois de 1.100 Pessoas morrerem pelo mesmo motivo na mesma cidade? Depois das mesmas Tragédias há poucos dias em MG, BA, SP?

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