Posição da imprensa nos últimos episódios do governo

Por Eugênio José Zoqui

Bom dia Nassif e leitores.

É bastante engraçada a posição da imprensa nestes últimos episódios, que incluem a queda de Palocci. Primeiramente criticam a presidente “gerente” que não aceita de forma tranquila o jogo político, (que infelizmente implica na troca de apoio por verbas e não tem nada de ideológico). Agora a acusam de entrar no jogo. Ou seja, mais uma vez perdeu-se a oportunidade de apoiar um governante a quebrar este ciclo pernicioso e agora critica-se a continuidade disto. A imprensa é co-responsável por este resultado e deveria ser cobrada por isto. Vejam a reporcagem do Estadao:

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-autoriza-ministras-a-negociar-prazo-para-restos-a-pagar-e-emendas,732365,0.htm

Dilma autoriza ministras a negociar prazo para ‘restos a pagar’ e emendasPresidente ativou balcão de negócios com o Congresso, cujo arsenal envolve a distribuição de cargos, afagos a líderes partidários, agendamento de audiências e reuniões, e, sobretudo, promessa de liberar dívidas pendentes até o fim do ano.João Domingos / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

Na tentativa de se aproximar mais do Congresso e garantir a aprovação de projetos importantes para o governo, como a medida provisória que cria um regime diferenciado de licitação para as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, a presidente Dilma Rousseff ativou o seu balcão de negócios. Um arsenal que envolve agilidade na distribuição de cargos, rapapés com líderes partidários – rituais que até então a presidente se recusava a incorporar – e liberação de emendas parlamentares.

O governo já acena com a possibilidade de negociar com os deputados e senadores da base aliada a liberação de 50% do Orçamento deste ano destinado às emendas parlamentares feitas para contemplar obras em suas bases eleitorais. A presidente autorizou ainda as duas auxiliares escaladas para o núcleo político – Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) – a dizerem que até o dia 15 de julho definirá o que vai fazer com os chamados “restos a pagar” – dívidas de quase R$ 28 bilhões do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com Estados e municípios cujos recursos ainda não foram repassados a obras iniciadas em 2009 e 2010.

Os parlamentares querem que a data-limite para o pagamento dos restos a pagar, hoje fixada em 30 de julho, seja adiada para 31 de dezembro.

Cargos. Para agradar ao PSB, Dilma nomeou na terça-feira, 14, Marcelo Dourado diretor-superintendente da recém-criada Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e Cleber Ávila Ferreira diretor de Gestão e de Fundos da autarquia.

A própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ligou na noite de segunda-feira, 13, para senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) para dizer que a nomeação sairia no Diário Oficialda União do dia seguinte. Dourado foi chefe de gabinete de Rollemberg quando este era deputado em Brasília.

Aos senadores do PR, com os quais almoçou ontem no Palácio da Alvorada, Dilma prometeu que dará uma diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ao ex-senador Cesar Borges, um dos líderes do partido na Bahia.

Para abrir a vaga a Borges, um dos atuais diretores do Dnit terá de ser demitido. Borges concorreu ao governo do Estado e foi derrotado por Jaques Wagner (PT), que se reelegeu.

Luis Nassif

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