Queixas de falta de água em SP aumentam 62% no primeiro semestre

 
Jornal GGN – A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) recebeu 140.752 reclamações sobre falta de água no primeiro semestre de 2015, um aumento de 62,5% em comparação com o mesmo período em 2014. A empresa adotou a redução de pressão da rede de abastecimento em razão da crise hídrica. Santana, na zona norte de São Paulo, foi a região com o maior número de queixas, cerca de 16 mil. 
 
Da Folha
 
Reclamações por falta de água crescem 62,5% no primeiro semestre em SP
 
O número de reclamações recebidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) de clientes da capital que sofrem com a falta de água cresceu de 86.586 para 140.752 na comparação entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período deste ano, uma alta de 62,5%. Os dados foram obtidos pelo site “Fiquem Sabendo” por meio da Lei de Acesso à Informação.
 
Por causa da crise da água, a Sabesp adotou no ano passado a redução de pressão da rede de abastecimento, causando falta de água nas casas. A empresa diz que o objetivo é evitar perdas na rede e garantir mais economia.

 
Os dados mostram ainda que das 15 regiões em que a cidade é dividida pela Sabesp, 13 tiveram aumento no número de reclamações por falta de água entre os primeiros seis meses deste ano e o mesmo período de 2014. A região de Santana (zona norte) foi a campeã de queixas, no total, com 16.034. Nos seis primeiros meses de 2014, foram 9.798.
 
As duas únicas regiões onde houve redução foram Santo Amaro, de 15.232 queixas para 14.672 este ano, e Interlagos (de 7.886 para 7.513 reclamações). Apesar da queda, as duas estão entre as dez regiões com maior número absoluto de queixas.
 
A dona de casa Maria Aparecida de Deus, 42, que mora na Brasilândia (zona norte) com o marido e seis filhos, sofre com a falta de água há cerca de seis meses. Segundo Maria, a água para de chegar diariamente às 20h e ela tem que se virar com o que restou da caixa-d’água da casa.
 
“Tem dia que a água nem vem. Quando vem, a gente tem que lavar louça, roupa, a casa e tomar banho, tudo pela manhã”, disse. A dona de casa conta que o abastecimento volta somente por volta das 7h do dia seguinte.
 
Maria disse que os moradores da região já fizeram reclamações na Sabesp, mas a empresa não resolve o problema. “A companhia alega que tem que reduzir a pressão pela falta de água. Como aqui é um local alto, a água não chega”, afirmou.
 
AGÊNCIA
 
Dados da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) também apontam alta nas reclamações. Eles se referem a 118 cidades atendidas pela Sabesp. No primeiro semestre deste ano, houve 1.207 queixas contra 605 no mesmo período do ano passado.
 
Os casos que chegam à agência são aqueles que passaram pela Sabesp sem que tenha havido uma solução do problema ou uma resposta satisfatória.
 
A Sabesp afirmou, por meio de nota, que o número de reclamações recebidas por falta de água entre o primeiro semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2015 “corresponde a aproximadamente 2% dos clientes atendidos pela companhia”. “Foram 140.651 registros no período em um universo de 6 milhões de ligações de água na região metropolitana de São Paulo”, afirma a companhia.
 
Questionada sobre qual solução seria adotada para atender às reclamações dos consumidores, a Sabesp não respondeu à reportagem. 
 
Redação

3 Comentários

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  1. Sabesp prevê o terror se a água acabar nos próximos meses

    Para Alckmin está tudo bem: “ninguém ficou sem água”. Na minha opinião, a falta de água pode lamear o apoio paulista ao golpe do PSDB contra Dilma. Talvez por isso a direita esteja com tanta pressa para criminalizar Dilma, via TCU. 

    http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2015/07/alckmin-ignora-realidade-e-afirma-que-ninguem-ficou-sem-agua-em-sao-paulo-8188.html

    Se as obras emergenciais que estão sendo feitas não derem resultado, a água poderá acabar em São Paulo nos próximos meses. Segundo Paulo Massato, diretor da Sabesp, “vai ser o terror. Não vai ter alimentação, não vai ter energia elétrica… Será um cenário de fim de mundo. São milhares de pessoas e o caos social pode se deflagrar. Não será só um problema de desabastecimento de água. Vai ser bem mais sério do que isso…”.

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/40285/possibilidade+de+caos+social+por+falta+de+agua+em+sp+mobiliza+comando+do+exercito.shtml

  2. Moro no bairro da Mooca, lá

    Moro no bairro da Mooca, lá faltou água somente um dia desde dez/13, quando já estávamos em alerta. Então não é incomum ver pessoas lavarem carros, calçadas, quintais de casas e tudo o mais.. Lamentável que alguns sofram tanto para que outros tenham uma vida normal.. é interessante também que a redução de pressão feita pela Sabesp só atinja bairros mais simples..

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