Reitores apoiam federalização de universidades descredenciadas no RJ

Do Estadão

Reitores defendem federalização de instituições descredenciadas pelo MEC
 
Dirigentes da UFF, Unirio, UFRJ, Rural e Cefet lançaram nota coletiva em apoio à proposta
 
Felipe Werneck – O Estado de S. Paulo

RIO – Reitores das universidades federais do Rio defenderam nesta terça-feira, 14, a federalização da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade, instituições de ensino superior descredenciadas na segunda-feira pelo Ministério da Educação.

“Consideramos que o caminho para a solução do problema, que atinge os membros da comunidade acadêmica, com forte impacto social, não seja uma simples redistribuição dos estudantes, tarefa que não é fácil e pode se mostrar inviável a curto e médio prazo, agravando a situação. Reafirmamos a nossa disposição para colaborar com o processo de federalização, mantendo o compromisso com a educação de qualidade”, afirmam, em nota conjunta, os reitores da UFF, Unirio, UFRJ e Rural e o diretor-geral do Cefet.

A federalização é a principal reivindicação dos alunos. Um grupo de estudantes foi a Brasília para tentar um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT) e propor essa solução. “Sabemos que é possível, o Lula já fez isso, em situação semelhante”, afirmou o coordenador do DCE da Gama Filho, Anderson Diniz. Mas para Alex Porto, presidente da Galileo Educacional, entidade responsável pelas duas universidades, a proposta é “remota e improvável”.

Portões fechados. Dirigentes das duas universidades descredenciadas recusaram-se nesta terça-feira a receber representantes dos 9,5 mil alunos das instituições. Os portões de todas as unidades foram fechados e o único canal de comunicação oferecido pelo grupo Galileo, responsável pelas universidades, é um Email ([email protected]). No entanto, apenas 15 funcionários trabalham na chamada “força-tarefa” anunciada para atender aos pedidos de informação e de transferência.

Revoltados com a situação, cerca de 150 estudantes fizeram uma manifestação na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, contra a decisão do MEC e o Galileo. No início da tarde, alunos foram impedidos de entrar na unidade do centro em que seria realizada uma entrevista com Alex Porto, que atacou o governo federal e pediu “paciência” aos alunos.

“Tenham um pouco de paciência, estamos trabalhando na reversão dessa situação. A decisão do MEC foi injusta, ilegal, arbitrária e esdrúxula. Coloca em risco o emprego de 3 mil trabalhadores e cria instabilidade social. Estamos ingressando na Justiça. Queremos pedir desculpas. Estamos em processo de reestruturação nos últimos 12 meses e vamos regularizar a situação. Os ativos imobiliários são a principal garantia”, disse Porto.

Ele afirmou que outras instituições privadas também estão com problemas financeiros, com atrasos nos pagamentos de professores, e não foram descredenciadas. “Faltou isonomia.” Segundo ele, o grupo tem dívida total de R$ 900 milhões e imóveis avaliados em R$ 1 bilhão. Porto reconheceu que a situação financeira é “delicada”, com mais despesas do que receitas, mas não revelou o déficit financeiro mensal.

“Recuperação não se resolve em 12 meses. O plano de capitalização está em curso e depende de ajustes, mas temos convicção de que será finalizado”, declarou. Ele afirmou que inadimplentes terão acesso à Documentação.

Revolta. Fundada em 1939, a Gama Filho é uma das mais tradicionais do País. Antigos donos da universidade afirmaram que vão tentar anular a transferência para o Galileo, em 2011. Os 1,6 mil professores das duas universidades estão sem receber salário pelo menos desde setembro e, agora, potencialmente desempregados. “Roubaram cinco anos da minha vida. Não sei o que vou fazer. Trabalhei cinco anos para pagar a faculdade e não tenho como pagar outra”, disse a operadora de telemarketing Fernanda Silva Freitas, que está no último período de história. “O MEC alega que fechou por causa da má qualidade, mas o meu curso está entre os três mais bem avaliados no Rio, com nota máxima.

Nas duas universidades, o cenário atual é de caos. Cadáveres em decomposição por falta de formol e notas não lançadas que ameaçam o ano letivo de alunos são alguns dos problemas. Para estudantes, o descredenciamento foi a pior solução. Guilherme Pereira, de 20 anos, aluno de direito, está no 9.º período e afirma que teria que voltar para o 6.º em caso de transferência, porque as grades curriculares são muito diferentes no Rio. “Vou precisar pagar duas faculdades.”

Segundo o coordenador do DCE da Gama Filho, a situação piorou após a entrada do grupo Galileu. “Com os atrasos nos pagamentos de professores, tivemos três greves só este ano. Queremos a saída da Galileu. Foi uma covardia o que o MEC fez”, disse Diniz. Cartazes foram colados na sede do centro: “Queremos solução; descredenciamento não”; “Governo e Grupo Galileo contra a Educação”; “Mercadante é um covarde!”

 

Redação

36 Comentários

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  1. Federalizar a Gama Filho?

    Federalizar a Gama Filho? Pelo amor de Deus..

    Este grupo já deveria ter sido descredenciado há muito tempo, não só pela situação financeira, mas pela péssima qualidade do ensino ofertado.

     

  2. Eram instituições

    Eram instituições particulares, cobravam mensalidades de seus alunos. Se faliram é porque foram mal administradas. Ponto. E se fossem lucrativas ? Seriam “federalizadas” porque os corpos docentes e discentes são orgulhos da nação ? Se a quitanda da esquina for vítima de roubo por seus funcionários teria esse papo de “federalizar porque pode causar desabastecimento ? Cai como uma luva em ano eleitoral.

    1. Nada de …

      É até tragicômico, como um grupo de canalhas, responsável por essa má administração, aparentemente intencional, joga a batata quente nas mãos do governo!!

      Ora, esses canalhas é que deveriam resolver o problema. Os alunos, o MEC, os professores são as vítimas nesse caso e não é o contribuinte que deveria pagar pelo erro dos outros. 

  3. O erro foi não ter dado um

    O erro foi não ter dado um fim nesse processo lá atrás. Essa situação vem sendo empurrada com a barriga desde quando a família gama filho ainda era dona… E o “mercado” só enganando professores, funcionários e alunos.

    Agora a “culpa é do governo”, do ministro. E os reitore, quem diria, de olho gande no patrimônio das universidades. As instituições têm dívida com a união?

  4. Não sei porque surgiu essa

    Não sei porque surgiu essa ideia de federalização. Creio que a defesa dos reitores cariocas se justifique como defesa de uma universidade tradicional que faz parte da história do Rio de Janeiro, mas não é razoável apontar a federalização como solução plausível para o problema.

    O MEC diz que não tem base legal para transferir os 12 mil alunos para instituições públicas (UFRJ e UFF, por exemplo), porque eles não se inscreveram no SISU. Também diz que não há respaldo legal para a federalização e que isso não permitiria a manutenção dos empregos das centenas de professores e milhares de funcionários, que só poderiam ser admitidos por concurso público.

    A Gama Filho e a UniverCIDADE já estavam falindo mesmo. Infelizmente parece pelo relato do MEC que os problemas eram de ordem financeira e não acadêmico. O fechamento com transferência era inevitável.

    Podemos discutir se seria interessante o MEC dispor de um mecanismo de intervenção para esses casos ou algum tipo de fundo de salvaguarda, como um PROER, financiado por todas as IES particulares. Eu, particularmente, não seria a favor porque premiraria a má gestão e agridiria a autonomia universitária. O mercado de ensino superior já está cheio de aventureiros que se beneficiariam enormemente com intervenções constantes do MEC para salvar seu investimentode  baixa qualidade.

    1. Concordo com suas colocações

      Concordo com suas colocações Jaime.

      E indo um pouco além, talvez fosse o caso de cobrar “transparência financeira total” (como se fosse empresas de capital aberto na bolsa) de tais instituições privadas de ensino superior, assim o aluno/consumidor saberia onde está se metendo.

      Ainda existiria o risco de manipulações em nível contábil para esconder furos, mas já permitiria alguma identificação de de instituições que estão sendo administradas de maneira inadequada por parte dos possíveis clientes, evitando dor de cabeça e preocupações futuras para os clientes.

      1. Acho que as iES particulares

        Acho que as iES particulares já tem que manter transparentes seus balanços para algum Conselho da Comunidade e para o MEC quando ele vai lá fiscalizar. E tem muitas que são administradas por fundos de investimento e até tem ações na bolsa.

  5. A conta é de Lula e Haddad

    A enorme expansão do setor educacional privado mostra sua conta. Haddad e Lula foram os grandes impulsionadores dessa expansão, ao fazer o maior PPP da história desse país: o PROUNI, em conjunto com a expansão do FIES. Paga a conta quem acreditou nessa armadilha (alunos), quem trabalhou nelas (docentes e técnicos-administrativos).

    1. É tudo culpa do PT, Lula e Dilma, “evidentemente”…

      O ensino começou a ser privatizado lá na ditadura, desconstruindo-se o público até FHC.

      A Gama Filho e a outra vem de lá.destes tempos tenebrosos para a educação no Brasil.

      Lulilma apenas democratizaram o acesso (a públicas e privadas).

      Mas agora a culpa cai no colo(ão) de quem?

       

       

  6. perguntas

    Cabe perguntar:

    -A Gama Filho, há anos, apresenta problemas; por que o MEC deixou que chegasse a este ponto? Faltou fiscalização?

    -O que implica exatamente federalizar uma universidade privada? O patrimônio do estabelecimento será apropriado pela União? Os alunos serão realocados nas universidades públicas cariocas?

    -Como se deu o rombo financeiro em ambos estabelecimentos de ensino?

    -O que é esse tal Grupo Galileo que controla a Gama Filho e o do CUC?

  7. Interessante que este

    Interessante que este assunto, o descredenciamento da Gama Filho, tenha tanta repercussão, a ponto de obter amplo espaço no sistema Globo, sejam Tvs aberta e a cabo, rádios ou portais da internet. Enquanto isso, a falta de água que assola o Rio merece pouca ou nenhuma nota. Um exemplo é o bairro Recreio dos Bandeirantes, onde está sendo construída a Vila Olímpica e onde a cidade se expande vertiginosamente por meio de grandes empreendimentos imobiliários. Aqui, como em outros bairros, imperam os carros pipas que custam o olho da cara. Por que isso não é notícia? E por que não perguntam à família “Grana Filho”, ao  prefeito, ao governado e à CEDAE: “cadê o dinheiro?”

     

  8. Com todo o respeito. (Ou

    Com todo o respeito. (Ou seja, sem ironias). Sugiro que esses reitores, quem sabe seus familiares e demais adeptos dessa proposta criem uma espécie de fundo para sanear os problemas da instituição fechada. Podem até chamar de “federal” este fundo, tipo, “fundo federal para manutenção da G.F.” Como seria alimentado por recursos desses proponentes, eles poderiam dar o nome e o formato que desejassem para esse fundo. Mas, por favor, como contribuinte que acha que já paga muito imposto (Sim, sou daqueles “reaças” que acham que nossa carga tributária é asfixiante – acho que se eu morasse no norte da Europa, já teria enlouquecido!) “me-incluam-fora-dessa”. Federalizem com o seu dinheiro. Seria interessante e prático, que o dinheiro para formação desse fundo dito “federal” fosse descontado compulsoriamente dos salários dos proponentes que voluntariamete desejassem participar do mesmo. Haveria, nesse caso, a certeza que os dinheiro a fundamentar essa interessante ideia não sofreria solução-de-continuidade. A propósito, sonho com o dia em que os contribuintes saiam a rua para impedir esse tipo de sugestão. Já pensaram? O movimento dos “me- incluam-fora-dessa”.

  9. Não ficou clara a proposta

    Não ficou clara a proposta dos Reitores, mas a ideia é absurda. Como vão fazer com os professores, admití-los como servidores públicos sem concurso?

    Um ponto a ser destacado é a presença de um ilustre personagem nesta história. Mais uma vez, retorna à cena o “empresário” Ronald Levensohn, que fez uma brilhante carreira de banqueiro durante a ditadura, valendo-se de amizades influentes como Golbery e Mário Henrique Simonsen, ele foi dono do maior poupança de então, a Delfim, cuja falência resultou num dos maiores escândalos do Governo Figueiredo.

    Conseguiu escapar impune e se tornou um grande especulador imobiliário no RJ e um grande latifundiário no Oeste da BA. Não satisfeito, entrou pro mercado educacional com a Univercidade. Parelelamente, financiou Paulo Francis e Olavo de Carvalho, se tornando um grande patrocinador da extrema-direita brasileira.

    Há cerca de 2 anos, quando a Univercidade já estava prestes a falir, conseguiu passá-la adiante para um grupo fundado por um de seus diretores, o tal Galileo, que posteriormente comprou a Gama Filho, que também já estava prestes a falir.

    O cara não recolhe o IFGTS dos funcionários e professores desde 2003. E, mais uma vez, vai terminar impune, continuando a defender brilhantes ideias como a total liberação do mercado educacional e o fim do MEC!!!

  10. Isso é de estarrecer

    Nao sei o que acho da hipótese de federalização, os argumentos contrários sao fortes. Mas também acho que o governo nao pode deixar os alunos ao vento, como se nao tivesse nada a ver com isso. Se houve falta de fiscalização, os alunos e professores nao podem pagar o pato.

    Pelo menos as duas instituições já deveriam estar impedidas de captar novas matrículas, mas tendo de dar continuidade aos cursos já iniciados. Talvez a melhor solução seja sim a transferência dos alunos para universidades públicas, mesmo sem vestibular ou Enem. Pelo menos os alunos do segundo ano em diante. Os que ainda iriam começar este ano que tentassem outro curso, mas os alunos já cursando têm que ser protegidos, e quanto mais no final do curso, mais isso se torna indispensável. 

    1. Talvez a melhor solução seja

      Talvez a melhor solução seja sim a transferência dos alunos para universidades públicas, mesmo sem vestibular ou Enem.

      Não me parece boa ideia, apesar de concordar com a avaliação de que os alunos devem sim ser protegidos. Até porque, dependendo da quantidade de alunos, a universidade pública pode não ter condições de absorver todo mundo. Fora a possibilidade de tal situação ser explorada em episódios futuros se for criado um precedente agora.

      Essa migração poderia ser intermediada pelo Estado para outras instituições privadas, até mesmo oferecendo bolsa para complementar qualquer valor excedente no caso de falta de opção de curso equivalente na mesma faixa financeira, pois existem universidades para vários “tamanhos” de bolsos. Absorção pelas públicas, só deve ser cogitado se não tiver curso equivalente na região.

      1. Concordo, mas sem intransigência

        Seu argumento quanto ao precedente é importante. Mas a melhor forma de evitar isso é a fiscalização a tempo… O que nao deve acontecer é jogar os alunos ao vento. Essa sua proposta de solução é boa, mas nos casos em que nao houver cursos correspondentes em universidades privadas nao deve ser totalmente excluída a transferência para universidades públicas. 

        1. As universidades particulares

          criaram uma salada de frutas de cursos superiores. É mais improvavel as universidades federais terem cursos semelhantes do que as particulates. Se abrir o precedente de aluno de universidade particular se transferir automaticamente para universidades federais, isto pode tornar-se um dominô incontrolável. Muitos alunos de outras instituição particulares entrariam na justiça argumentando problemas na sua instituição para se transferir para uma publica. Imagine quantos cursos de medicina meia boca com mensalidades exorbitantes criados no período Paulo Renato e FHC não estão ávidos por este precedente.

          1. Concordo. Mas só digo q os alunoss nao podem ser jogadsao vento

            Ter deixado as coisas chegarem a esse ponto é sim responsabilidade do MEC. Os alunos nao devem pagar por erros alheios. 

    2. O descredenciamento se deu

      O descredenciamento se deu porque há fiscalização e não falta dela. O vestibular foi suspenso no ano passado exatamente para evitar maiores prejuízos.

      Os alunos não vão ficar “ao vento”, o MEC tem a obrigação legal de transferi-los para outros cursos em IES particulares. O MEC já fez isso antes, inclusive com cursos de EAD.

      Não podem ser IES públicas porque nenhum dos 12 mil alunos se qualificou pelo processode seleção federal, SISU, única forma de ingresso e transferência. Curiosamente nenhum dos 5 reitores reunidos ofereceu vagas em sua instituição ou sugeriu solução nesse sentido. Tiveram uma preocupação exclusivamente histórica, sem de fato abranger os alunos, professores e funcionários envolvidos.

      1. Ótimo se forem solucionados os casos de todos os alunos

        O MEC tem orbrigação disso para com todos os que entraram quando os vestibulares ainda nao tinham sido proibidos. E isso passa acima de considerações semi-burocrãticas sobre condições de ingresso… 

        1. Há vagas nas IES

          Há vagas nas IES particulares. Não há necessidade nenhuma de “dar um jeitinho” para ocupar vagas nas públicas. O acesso a elas é regido por um princípio chamado ISONOMIA. Tirando casos excepcionais previstos em lei de filhos de embaixadores e militares transferidos, o Estado não pode simplesmente dar as vagas sem possibilitar a mesma oportunidade a todos os potenciais interessantes, neste caso, os demais graduandos do país. Até para as vagas remanecenes (abandonadas durante o curso), que são poucas por curso, é necessário seleção pública.

          Não são “considerações semi-burocráticas” mas processos transparentes para o acesso de qualquer um às vagas federais.

          1. SE há vagas particulares suficientes, OK; mas só nessa condição

            O MEC tem que resolver os casos dos alunos, pelo menos de todos os que entraram quando os vestibulares ainda eram permitidos. Qual vai ser a solução, nao sei, mas tem que ter uma. Excepcionalidades existem, só seria quebra de isonomia para com outros estudantes NO MESMO CASO, ou seja, de universidades que tenham sido descredenciadas. Você só está preocupado em defender a face do MEC, mas eu estou preocupada é com os alunos. 

          2. Não estou preocupado em

            Não estou preocupado em defender o MEC, você que está inventando problema onde não existe. Quebrar a isonomia é um precedente muito grave que, se aceito, criaria uma nova forma de ingresso por critérios totalmente arbitrário nas IES públicas. Além disso, dá margem a questionamento judicial legítimo com potencial para prejudicar mais ainda os alunos.
            Como já disse, não é a primeira vez que o MEC descredencia e remaneja estudantes, se necessário o ministério negocia coma algumas particulares a abertura de turma no período acadêmico em que estão os alunos. Além das vagas, o MEC tem que garantir também o mesmo valor da mensalidade.

          3. Além disso, é um falso dilema

            Além disso, é um falso dilema questionar se o MEC deveria ter fechado de vez, esperado 2 anos por uma recuperação como fez ou dar ainda mais uma chance. Em qualquer época haveria primeiro o cancelamento de novos vestibulares e em seguida o descredenciamento com prejuízo da mesma quantidade de alunos, nos mesmos cursos e em todos os períodos letivos, inclusive formandos. Os problemas dessas IESs, se não fossem resolvidos, implicariam exatamente nas mesmas medidas administrativas.

          4. Sua impressão é forte porque

            Sua impressão é forte porque sua vontade de falar mal de qualquer jeito somada a incapacidade de dar o braço a torcer e sem ver os próprios exageros é algo, digamos, incomensurável. 

            Perto de você qualquer um está defendendo o MEC.

  11. NOTURNO PARA TRABALHADORES

    O problema existe e esta parece a melhor solução agora.

    E com a possibilidade da expansão das unidades federais com cursos, na existente estrutura da Gama Filho e continuariam NOTURNO PARA TRABALHADORES que as federais não dão, e estudantes que hoje pagam ou recebem empréstimos federais para estudarem em universidades particulares teriam mais uma oportunidade.

    Agora Federalização se continuarem administrando os cursos noturnos!

  12. Solução para educação ou só punição ?

    A desconstrução do ensino público em detrimento do incentivo ao privado começou lá na ditadura e continuou crescente até FHC.

    O que Lula e Dilma fizeram, além de novas instituições públicas, foi democratizar o acesso, tanto a públicas quanto a privadas. Sim, há muito ainda por fazer e melhorar.

    Estas instituições caça-níqueis (que estão longe de ser as únicas) envolvidas têm cerca de meio século talvez!

    Insinuar que os alunos assumiram o risco de matricularem-se numa instituição credenciada para por ex. prosperarem na vida com o sacrifício de pagar e estudar a noite após uma jornada de trabalho é meio barbosiano. Qiase cruel.

    Há dezenas de milhares fazendo isso, pois não há lugar no pódio para todos e há limitações pessoais, de oferta e demanda.

    Os alunos são os maiores prejudicados (depois, os professores, que pelo menos ganharam e podem buscar recolocação), pois podem ter pago 24, 36, 48 mensalidades e perderem tudo, virando “sem universidade”. Ou se formarem por uma universidade descredenciada.

    Antes de se tomar uma medida (aparentemente emocional e intempestiva) contra os pecadores (empresários), há de se considerar os não pecadores (docente e discente) e prever (pelo menos) uma solução ANTES de tomá-la.

    Este ministro é um trapalhão notório (aloprados, sai mas não sai, royalties enquanto não havia para SP, elogios a “seu” Frias, etc.). Parece também que não simpatiza muito com o estado federado do RJ, mas que isso fique como mera especulação.

    Por ex: já que os alunos pagam e, desconsiderando a má gestão fraudulenta ou incompetente, as instituições deveriam dar um bom lucro (de creche a universidade, são tipicamente bons negócios), porque (por ex) não:

    Encampar as instituições, processando seus donos (no mínimo por crime e ressarcimento de responsabilidades) e manter, sob administração federal temporária (até que todos se formem), com a continuidade das receitas (alunos pagando o mesmo previsto) e pagamento dos professores e demais custos? Fazer testes e avaliações docentes e discentes para melhorias, continuidades, transferências, etc? Eventual negociação posterior com outros empresários ou mesmo expansão oportuna (após tudo equacionado) da instituição como pública?

    Ninguém (docente e discente, responsabilidade do ministro) seria priviligiado ou prejudicado. Quanto aos empresário, processo neles!

    Desculpem os colegas, mas aqui só vi críticas (a maioria razoáveis), e uma despreocupação surpreendente com a solução do problema, assim como nosso ministro trapalhão.

    Se for apenas para dizer o que é ou o que está certo ou errado, melhor tomarmos vinhos e queijos entrementes. Ou cervejinhas e acepipes.

    Tenho certeza que há outras alternativas para alunos e professores que possam ser sugeridas ao intempestivo ministro.

    Sugestões melhores ou complementares ao exemplo.

    Quem sabe o ministro leia.

     

  13. Contestação

    O descredenciamento da Universidade Gama Filho não se deu por baixa qualidade acadêmica, aja visto que a mesma possui IGC 237,72 com média 3, pontuação necessária para o MEC com grau de  qualidade e excelência. O descredenciamento aconteceu por problemas financeiros que se arrastão desde a gestão da mantenedora Galileu educacional que comprometeu as finanças da Universidade Gama Filho com a fusão Centro Universitário da Cidade que já estava falida. 

    O MEC não agiu corretamente ao descredenciar, ao contrario, agiu covardemente, pois poderia ter aplicado outras soluções menos danosa aos alunos e funcionários, uma delas seria a intervenção ou a própria federalização. Lembrando que na intervenção afastaria a mantenedora Galileu educacional e nomeando um novo gestor institucional.

    A Transferência assistida só prejudica o aluno, principalmente aqueles que estão prestes a se formar. Um aluno do 9º período por exemplo, voltaria para o 6º, 5º período e em alguns casos alunos em termino de curso não são aceitos pelas IES de transferência.

    Um exemplo de Universidade Descredenciada pelo MEC: Universidade Alvorada

     

    Depoimento de uma aluna da faculdade ALVORADA, ao ler uma reportagem sobre o nosso descredenciamento:

    Mentira!!! De certa forma estamos sendo obrigados a ficar na faculdade que o MEC nos transferiu sim, pois nao temos os históricos em mãos e isso impossibilita de irmos para outra instituição, quem foi por vontade própria está agora enfrentando sérios problemas, pois as instituições querem os históricos, ou histórico ou volta para o primeiro semestre. Quanto aos valores, mentira também, falo por mim, a faculdade a qual fui transferida tem um valor a mais de R$ 400,00 ninguém tem condições de pagar e a maioria era Finaciamento Estudantil sem fiador e instituição se recusa a receber tais alunos. Isso tudo sem falar sobre os locais para onde fomos empurrados. O MEC agiu rapidamente para descredenciar a faculdade srm pensar na situação dos alunos, pelo menos que deixasse encerrar o semestre, agora talvez nem notas do último semestre que cursamos na Alvorada nós devemos ter, ja que foi interditada antes dos professores entregarem as notas. Só estamos sendo prejudicados, estamos a 1 semestre sem estudar, na adaptação de grade junto a outra instituição voltamos pra trás 1, 2 semestres. Ninguém ta nem aí pra gente!!!! E isso porque pagávamos. E esse é o Brasil, onde não temos nem o direito de estudar mais.
    16 de janeiro às 13:30 ·

    FONTE:reportagem:
    http://noticias.r7.com/educacao/noticias/medida-a-ser-adotada-com-ugf-e-uc-transferencia-assistida-nao-e-caso-inedito-20140114.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

  14. projeto de lei

    Existe um projeto de lei que tramita no congresso nacional, que da criação ao (INSAIS) Projeto de lei 4.372/2012, esse projeto cria o instituto nacional de revisão e avaliação do ensino superior. É uma especie de Proer, que da ajuda financeiramente e qualifica a instituição de ensino de acordo com  seus patrimonios…Existe inclusive um instituto semelhante em caso de quebra de instituição financeira, por que não aplicar na educação… È bem interessante, e salvaria boa parte das instituições de ensino que se encontram a beira da falência …..Um país para ser rico e poderoso, precisa em primeiro lugar investir na educação, mesmo pensando que educação é um investimento a longo prazo. Tratar a educação como commodity e esquecer seus fins sociais e educativo é burrice, vai continuar pastando.

  15. O descredenciamento da UniverCidade

    O descredenciamento da UniverCidade não se deu apenas por problemas financeiros. Procurem saber dos métodos usados nas aulas de Teatro, cadeira de Improvisação/Interpretação. Aquilo mais parecia um hospício. Muitos alunos inclusive apanhavam para “aprender” a atuar.  Grande parte dos professores nem uma formação adequado possuiam (pra não dizer nenhuma). 

    Parabéns ao MEC pela coragem.

    Chega de improvisação em nosso ensino superior.

    Sandra Meyer Silvestre.

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