Trabalho informal atinge 40,6% no segundo trimestre

Cerca de 35,6 milhões de pessoas atuam sem garantias, segundo IBGE; total de subocupados por insuficiência de horas atinge nível recorde

Foto Repórter Brasil

Jornal GGN – O percentual de trabalhadores informais avançou para 40,6% durante o segundo trimestre, acima dos 39,6% vistos no primeiro trimestre do ano, segundo dados da PNAD Contínua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os trabalhadores informais, que incluem aqueles sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração, somaram 35,6 milhões de pessoas. No trimestre anterior, o total de trabalhadores informais era de 34 milhões. Há um ano esse contingente era menor: 30,8 milhões e uma taxa de 36,9%.

De acordo com o IBGE, os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas – isto é, aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar – atingiu o recorde de 7,5 milhões de pessoas, um aumento de 7,3%, com mais 511 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o indicador subiu 34,4%, quando 5,6 milhões de pessoas eram consideradas subocupadas no país.

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Já o total de cidadãos desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, atingiu 5,6 milhões, uma redução de 6,5% em relação ao primeiro trimestre do ano, mas estável ante o segundo trimestre do ano passado.

O contingente de pessoas subutilizadas – trabalhadores desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial – foi de 32,2 milhões, uma redução de 3,0% em relação ao primeiro trimestre (33,2 milhões). A taxa composta de subutilização também foi de 28,6%.

O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 2.515, um recuo de 3,0% frente ao trimestre de janeiro a março de 2021 e redução de 6,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, ficou estável, atingindo R$ 215,5 bilhões.

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Redação

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