TRF4 adia julgamento, mas tendência é aumentar pena de Dirceu

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O julgamento de um recurso de José Dirceu contra sentença imposta por Sergio Moro foi adiado por um pedido de vistas de Victor Luiz Laus, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Mas, antes dele, dois desembargadores já haviam votado no sentido de aumentar a pena imposta ao ex-ministro petista. 

Dirceu foi condenado por Moro em ação envolvendo a Engevix a 20 anos e 10 meses de prisão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O desembargador João Pedro Gebran Neto votou para ampliar a pena para 41 anos, 4 meses e 15 dias de prisão. O desembargador Leandro Paulsen, que completa a turma, condenou Dirceu a 27 anos em seu voto.

Segundo informações da assessoria do TRF4, são réus nesse processo, além de Dirceu, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-vice-presidente da Engevix Gerson de Mello Almada, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

O processo inclui ainda mais seis réus. Três ligados a José Dirceu, que são os seus ex-sócios da JD Consultoria, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão dele, e Júlio Cesar Santos, e o ex-assessor Roberto Marques. Dois dos réus são sócios da Engevix, os executivos José Antunes Sobrinho e Cristiano Kok. O sexto apelante é o lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura.

A Engevix foi uma das empreiteiras que teriam formado um cartel para ajuste prévio de preços, fraudando as licitações da Petrobras a partir de 2005. Para isso, a empresa teria pago propina a agentes da Petrobras em contratos com a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Refinaria Landupho lves (RLAM). Conforme a sentença, proferida em maio do ano passado pela 13ª Vara Federal de Curitiba, parte da propina paga era redirecionada ao grupo político dirigido por José Dirceu.

Não há prazo para que a apelação volte à pauta do tribunal.

Com informações do TRF4

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. E as provas?? Onde estão as

    E as provas?? Onde estão as contas na Suiça, o iate ou o jatinho? José Dirceu é e sempre foi um homem humilde, cujo único objetivo na vida foi lutar por um Brasil soberano e sem desigualdades. Nunca teve apego ao poder e tampouco exerceu o papel de Calabar, como está se prestando o ex-companheiro Palocci. Tão logo reassumir a Presidência, a primeira medida de Lula deverá ser a assinatura da anistia de José Dirceu!

  2. Vocês viram a gana punitiva

    Vocês viram a gana punitiva com que o tal compadre do moro, o gebran, está com  os petistas? O cara tá é de brincadeira. dobrar uma pena já altamente escandalosa é o fim da picada. Perdão, seria o fim da picada num país com justiça e não com atores de quinta representando pra globo. Este tal de gebran, pelo jeito, é a bola da vez. E ele se esbalda. Faz exatamente o que o kamel e o bonner quer. Querem postar o quê que em breve as organizações globo o premia como o homem que faz  a diferença? Já escrevi várias vezes, petista em qualquer julgamento no brasil deve abrir mão da defesa. Tentar se defender é fazer parte deste teatro horrível que inventaram pra justificar as mais bárbaras perseguições e punições a petista. Agora, a pergunta final: qual a chance do Lula ser declarado inocente num tribunal comandadeo pelo gebran e pelo flores lenz?

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