Vereador acusado de racismo faz registro de cidadão “antirracista” em cartório: “cara de pau”, diz advogada

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Vereador disse durante sessão da Câmara que varrer uma rua que está molhada é "coisa de preto". Parlamentares pedem cassação

A situação é inusitada. O vereador Camilo Cristófaro (sem partido), da Câmara de São Paulo, registrou em cartório que não é um cidadão racista. A iniciativa ocorreu após vereadoras do PSOL pediram a abertura de um processo no Conselho de Ética da Casa, para apurar uma fala racista proferida pelo parlamentar durante uma sessão. Cristófaro declarou que varrer uma rua molhada é “coisa de preto”.

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“Ele teve a cara de pau de firmar uma escritura pública declarando que não é racista. Esse documento não tem validade nenhuma”, declarou a covereadora Paula Nunes, advogada criminalista e integrante da Bancada Feminista, que é um mandato coletivo em São Paulo. “Camilo, seu dias estão contados. Você vai ser cassado.”

No último dia 17, o corregedor-geral da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Gilberto Nascimento (PSC), nomeou a vereadora Elaine Mineiro, do Quilombo Periférico (PSOL), como relatora do processo contra o vereador Cristófaro. Mineiro será responsável por reunir todas as representações ou denúncias contra Cristófaro. Ela terá 10 dias, desde a nomeação, para apresentar um relatório a respeito da conduta do parlamentar.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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