A situação é inusitada. O vereador Camilo Cristófaro (sem partido), da Câmara de São Paulo, registrou em cartório que não é um cidadão racista. A iniciativa ocorreu após vereadoras do PSOL pediram a abertura de um processo no Conselho de Ética da Casa, para apurar uma fala racista proferida pelo parlamentar durante uma sessão. Cristófaro declarou que varrer uma rua molhada é “coisa de preto”.
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“Ele teve a cara de pau de firmar uma escritura pública declarando que não é racista. Esse documento não tem validade nenhuma”, declarou a covereadora Paula Nunes, advogada criminalista e integrante da Bancada Feminista, que é um mandato coletivo em São Paulo. “Camilo, seu dias estão contados. Você vai ser cassado.”
No último dia 17, o corregedor-geral da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Gilberto Nascimento (PSC), nomeou a vereadora Elaine Mineiro, do Quilombo Periférico (PSOL), como relatora do processo contra o vereador Cristófaro. Mineiro será responsável por reunir todas as representações ou denúncias contra Cristófaro. Ela terá 10 dias, desde a nomeação, para apresentar um relatório a respeito da conduta do parlamentar.
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