A trajetória do União e Olho Vivo em festival de relatos

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Ricardo Amado 

Jornal GGN –  Dando continuidade à temporada de ações que celebram seus 50 anos de história, o Teatro Popular União e Olho Vivo – TUOV – convida o público para um festival de lembranças sobre suas cinco décadas no cenário cultural brasileiro, que serão contadas e interpretadas por diferentes artistas nos dias 1 e 2 de julho, sábado e domingo, no Bom Retiro, em São Paulo.

O festival “Relatos – O União e Olho Vivo: Teatro Popular em Resistência” será composto por encenações, leituras dramáticas, cenas comentadas, cenas-cantadas, músicas e adaptações de peças realizadas pelo grupo. Também haverá Mesas de Relatos, com a participação de trabalhadores do teatro, ex-membros, estudiosos e do público que acompanha a trajetória do coletivo. Ainda, acontecerá a estreia do espetáculo “O Transplante”, assinado pelo dramaturgo César Vieira, integrante e diretor do TUOV. A entrada é gratuita.

Entre as personalidades e coletivos teatrais já confirmados para participar do evento está Celso Frateschi, Evaristo Martins de Azevedo, Luiz Alberto Sanz, Luiz Carlos Moreira(Engenho Teatral), Marisa Dutra, Oswaldo Acaleo, Brava Companhia, Cia São Jorge de Variedades, Companhia Antropofágica, Companhia do Feijão,  Sergio Carvalho e a Companhia do Latão, Levanta Favela (POA), Luís Mármora e o Samba do Bule (grupo nascido na sede do Olho Vivo).

O União e Olho Vivo, criado em 1966, é um dos grupos de teatro brasileiro mais antigo e conhecido por promover a arte além dos palcos, sobrevivendo à época da ditadura. A programação de comemoração segue com a mostra “TUOV 50 ANOS – Em Busca de um Teatro Popular”, que tem curadoria de Alexandre Benoit e resgata a trajetória do grupo, entre 1966 e 2016, por meio de imagens, cartazes, vídeos, objetos de cena e figurinos.

O fim de semana será todo registrado em audiovisual por Nana Ribeiro e André Cruz. O material irá compor um documentário que tem direção de Graciela Rodriguez, também integrante do Olho Vivo.

“Entendemos que nossa maior justificativa para realização do projeto é seguir na trajetória de resistência e luta através de um teatro inteiramente popular, pensado e destinado a todo instante ao público e à cidade de São Paulo, principalmente seus bairros populares e periféricos”, comentou César Veira.

Em cinco décadas, o Teatro Popular União e Olho Vivo já realizou cerca de quatro mil apresentações, atingindo mais de três milhões de pessoas. Entre festivais de teatro e outros trabalhos, o grupo já passou por países como França, Itália, Polônia, Portugal, Peru, Bolívia, Egito, Panamá, Nicarágua, Angola. Além de ser contemplado com os prêmios: Ollantay (Caracas, Venezuela), Casa das Américas (Havana, Cuba), Festival Mundial de Teatro (Cairo, Egito), Festival Internacional de Teatro (Nanci, França); OAB do Brasil; Shell do Brasil, entre outros.

Atualmente o coletivo é dirigido por por César Vieira junto e Neriney Moreira. O projeto de comemoração dos 50 anos tem patrocínio da 28ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para Cidade de São Paulo.

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Serviço

Relatos – O União e Olho Vivo: Teatro Popular em Resistência

Local: Sede do TUOV

Endereço: Rua Newton Prado, 766, Bom Retiro – São Paulo – SP

Quando: 1 e 2 de julho, sábado e domingo,  das 15h às 20h30

Classificação: livre.

Programação gratuita.

Mais informações: (11) 3331-1001

Confira programação dos Relatos TUOV:

01 de julho, sábado 

14h30: Abertura ao Público

15h00: Mesa de Relatos – O União e Olho Vivo: O Teatro Popular em Resistência – Parte I – Convidados: Evaristo Martins de Azevedo, Luiz Carlos Moreira e Marisa Dutra

16h45: Companhia do Latão – apresenta a peça O Evangelho Segundo Zebedeu (1970), de Cesar Vieira

18h15: Uma Estória de Adonirans…(Barbosinha Futebó Crubi–Uma História de Adonirans) com Luís Mármora

19h30: Transplante (1982), de Cesar Vieira com Companhia Antropofágica

20h30: João Cândido do Brasil – A Revolta da Chibata (2001), de Cesar Vieira com Companhia São Jorge de Variedades

20h30: Samba do Bule – Show: Samba do Bule 10 Anos

02 de julho, domingo

 14h30: Abertura ao Público

15h00: Mesa de Relatos – O União e Olho Vivo: O Teatro Popular em Resistência – Parte II – Convidados: Celso Frateschi, Luiz Alberto Sanz e Oswaldo Acaleo

16h45: Sepé: Guarani Kuery Mbaraeté (Morte aos Brancos – A Lenda do Sepé Tiarajú (1984), de Cesar Vieira) com Levanta Favela

18h00: Rei Momo – Uma Sinopse Animada para o TUOV (Rei Momo (1972), de Cesar Vieira) com Companhia do Feijão

19h30: Corinthians, Meu Amor – Segundo Brava Companhia – Uma homenagem ao Teatro Popular União e Olho Vivo (Corinthians, Meu Amor (1966), de Cesar Vieira) com Brava Companhia

Exposição “TUOV 50 ANOS – Em Busca de um Teatro Popular”
 
A exposição reúne mais de 300 imagens, vídeos, áudios, figurinos e adereços cênicos, para contar um pouco dessa história, lançando luz sobre as aventuras, alegrias e resistência do TUOV. A proposta busca também apontar para o futuro, pois a luta por uma arte popular é tão atual hoje como nos anos 70, e o TUOV (agora com o Samba do Bule) demonstra a mesma disposição para seguir por mais 50 anos sulcando os mares da fantasia, desfraldando as bandeiras da utopia!
 
Temporada: até 02 de julho, de quarta-feira a sábado, das 14h às 18h
*excepcionalmente também aberta no domingo, 2 de julho, para encerramento.
Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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