A Ford e a tecnologia do Google

Do Digital Trends

Ford procura aumentar eficiência dos carros com a Google Prediction API

Por Geoff Duncan – Digital Trends – Tradução por Sandro Araújo

Pensa que a Google já sabe o suficiente sobre você? A Ford deseja utilizar tecnologia da Google para analisar seus hábitos de direção para aumentar a economia de combustível dos veículos.

O fabricante de automóveis Ford anunciou uma nova parceria com a Google através da qual a companhia utilizará a Google Prediction API para analisar os hábitos de direção dos proprietários de carros e otimizar a performance dos veículos para aumentar a economia de combustível. A idéia é que os carros possam ter informação suficiente para alterar sua performance oferecendo aos motoristas uma sólida performance e máxima eficiência de combustível, baseado nos dados históricos de direção, rotas preferidas pelo motorista e informações em tempo real incluindo tráfego, tempo/temperatora e a hora do dia.

“A Google Prediction API nos permite utilizar informações que um motorista individual cria ao longo do tempo e tornar esta informação útil”, disse o técnico da Ford Research and Innovations Ryan McGee, em uma declaração. “Entre a Google Prediction e nossa própria pesquisa, estamos descobrindo meios de fazer a informação trabalhar para o motorista e ajudar a entregar a máxima performance veicular”.

Ao ser apresentada na conferência Google I/O nesta semana, a Ford sublinhou como antecipa que a tecnologia poderia trabalhar. Uma vez ativado, o sistema poderia registrar informações importantes sobre como um motorista individual usa o veículo, incluindo destinos, velocidades, rotas e tempos. Quando o veículo funciona, o sistema poderia desenvolver uma previsão sobre onde o usuário estaria mais provavelmente se dirigindo – e um computador de bordo poderia perguntar ao usuário: “está indo ao trabalho?”. Se a resposta for “sim”, o sistema poderia gerar uma “estratégia otimizada de controle de motorização” para o trajeto baseado em dados históricos, requisitos de rota e informações em tempo real. Por exemplo, a rota poderia incluir uma área que seja restrita a veículos elétricos. Então um veículo híbrido poderia inteligentemente mudar para o modo “somente elétrico” – e o veículo poderia ser suficientemente inteligente para imaginar que precisaria ser recarregado para que o motorista tenha carga suficiente no momento em que alcance a área restrita. Outras possibilidades poderiam incluir a otimização da performance do veículo para atingir requisitos de emissão de poluentes, como em grandes áreas metropolitanas tal qual Londres ou Paris.

A Ford assinala que os requisitos computacionais do sistema significam que ele não pode ser totalmente incluído no veículo. Em vez disto, a Ford irá utilizar serviços baseados na nuvem para manipular as previsões e o planejamento da rota.

A utilização do sistema poderia ser opcional, os perfis de dados poderiam ser encriptados, e a Ford enfatiza que a segurança das informações pessoais dos usuários é de máxima importância.

“Nós imaginamos que a natureza desta pesquisa inclui o uso de dados pessoais e o conhecimento de sua localização, algo que estamos comprometidos é a proteção de nossos clientes em tudo que fazemos”, disse o arquiteto de sistemas da Ford Johannes Kristinsson.

A segurança dos dados do sistema de navegação já é uma séria ameaça à privacidade para muitos usuários; adicionar dados históricos de rotas e a associação com uma conta do Google – e coisas como email, bate-papos, contatos, calendários, documentos, e uma miríade de outros serviços – poderia criar um risco significante à privacidade. Mas não se preocupe: se a Google não está rastreando pessoas utilizando dados veiculares, é bom levar em conta os smartphones em seus próprios bolsos.

Luis Nassif

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