A rede 2G no Brasil e nos EUA

Do O Globo

Rede 2G: fim nos EUA, expansão no Brasil

AT&T anuncia fim do uso da tecnologia em janeiro de 2017

Na semana passada, a AT&T anunciou que irá encerrar a sua atividade em tecnologia 2G a partir de janeiro de 2017. A segunda maior operadora dos Estados Unidos pretende, caso o plano seja aprovado pelo governo, utilizar suas antenas para redes 3G e 4G, com maior capacidade de transmissão de dados. Enquanto isso, no Brasil, as empresas informaram à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seus planos de investimentos para os próximos anos, prometendo a expansão da cobertura 2G.

De acordo com o especialista em Telecomunicações e CEO da Superfones, Jorge Monteiro, a explicação para essa defasagem é simples: a rede 2G é mais barata e atende a maior parcela dos usuários de telefonia móvel no país, que utiliza o celular apenas para serviços de voz. Segundo dados da Anatel, dos 255 milhões de aparelhos no Brasil, apenas 46 milhões são 3G. A rede 4G ainda não começou a ser implantada.

– O público pré-pago, que é o que mais cresce no país, é basicamente de usuários de serviços de voz. Por isso a necessidade de expansão – explica Monteiro.

Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, o gargalo para a migração tecnológica está no consumidor final. Ele explica que os aparelhos mais baratos, produzidos com tenologia 2G, não funcionam em uma rede 3G.

– O problema não está nas operadoras, está no cliente, porque os aparelhos modernos são mais caros. O ritmo de migração para tecnologias superiores é ditado pelo preço dos aparelhos– informa Tude.

Para o futuro, ambos concordam: a transição vai acontecer, mas não é possível prever quando.

– Nos EUA a sobrevida é de cinco anos. Aqui vai demorar um pouco mais, mas no médio prazo as operadoras terão que aumentar a capacidade de tráfego de dados, porque é ela que vai gerar receita – prevê Monteiro.

A principal diferença entre as tecnologias é a velocidade na transmissão de dados. Enquanto a rede 3G pode alcançar até 7Mbps, a 2G não ultrapassa de 1Mbps. A 4G, leiloada em junho deste ano, tem capacidade para até 20 Mbps.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador