As alterações permitidas no Gripen

Por junior50

Comentário ao post “Dilma decide pela aquisição de caças suecos para a FAB

Sem tecnicalizar demais.

O Gripen E/F (NG é um demonstrador), é o único dos três na disputa, que, por ser um projeto ainda “não congelado”, permite várias alterações em sua composição de aviônica, como escreve um comentador abaixo – ” os suíços solicitam inúmeras alterações nos 22 Gripen adquiridos” , o que é uma vantagem para quem adquire o vetor.

Claro que o componente americano principal do Gripen é o motor GE-F414NG (o mesmo do F-18E/F/G) e todo o pacote relativo a integração deste propulsor a célula ,e aos aviônicos de voo, além de alguns componentes eletrônicos de baixo nível de controle (fora da lista sensível do governo americano).

Aviônica de voo X Aviônica de missão X fusão de dados: O Gripen é o único que estão separadas estas performances, a aviônica de voo em hipótese alguma será oferecida em sua totalidade, mas a “de missão” é compromisso da SAAB, junto a AEL e Embraer SDS, que todos seus códigos-fonte e conexões de barramento digital, tanto com os sistemas ativos e passivos da aeronave, e de seus futuros armamentos, serão desenvolvidos no Brasil, e integrados ao All-in-one display da AEL/ELBIT ” A Casa da aviônica brasileira”, proporcionando ao piloto a fusão de dados, além do que o Gripen já é de origem compatível com nossos sistemas de comunicação criptografados da Rohde & Schawrz, e possuem abertura sintética em seus sistemas para o ambiente NCW ( guerra centrada em redes), do LINK BR2. Tanto é verdade que o sistema integrado de guerra eletrônica, ativa e passiva, PAWS 2 da AEL/ELBIT/Embraer SDS, foi recentemente compatibilizado e integrado a aviônica de missão de um Gripen, e o míssel A-Darter ( Brasil – África do SUL – Denel + Mectron), já está ativo nos Gripens C/D da SAAF.

Preço e custos: Claro que estes valores propagandeados são estimativas, pois o projeto ainda depende de vários estudos, e os custos relativos à integração dos sistemas são suposições, não se trata de um vetor de prateleira já pronto, o caso suíço de 22 aeronaves é estimado pelo Parlamento daquele país em US$ 3,5 Bilhão, com off-set (retorno ao país adquirente) de 100%.

Vamos aguardar os contratos, mas quem deve estar bem feliz é a empresa AKAER, que já fabrica grandes partes da estrutura do Gripen, e independente da aquisição brasileira.

Esta aquisição em parceria, irá mobilizar o CISCEAB/SAAB, várias universidades e empresas nacionais, não necessariamente as afeitas diretamente à área aeroespacial, mas as que trabalham com materiais, estruturas sensíveis de carbono autoclavadas, eletrônica de ponta, softwares embarcados, sistemas críticos de calor e velocidade etc.. – só espero que as verbas não desapareçam, no decorrer do processo, pois serão mais de 15 anos de profunda imersão em novas tecnologias.

P.S.: Só no programa Ciência sem Fronteiras da SAAB, com o governo brasileiro, já temos mais de 12 engenheiros em Linkoping, na Suécia, e este numero vai crescer bastante nestes próximos anos.

Redação

3 Comentários

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  1. “Claro que o componente

    “Claro que o componente americano principal do Gripen é o motor GE-F414NG (o mesmo do F-18E/F/G) e todo o pacote relativo a integração deste propulsor a célula ,e aos aviônicos de voo, além de alguns componentes eletrônicos de baixo nível de controle (fora da lista sensível do governo americano)…”

     

    Ou seja, aquela vibração toda anti-americana não serviu pra nada!!!

     

     

  2. na mesma
    aonda vamos ter que rezar pro tio sam nao implicar com o Brasil, e vamos ter que mendigar pela boa vontade deles em entregar as turbinas.
    os motores do supertucano tambem nao sao classificados como sensíveis, mas nao pudemos vender eles para a Venezuela.

    1. Caro Edson, Vc está

      Caro Edson, Vc está enganado.

      O Brasil vendeu Tucanos e Super-Tucanos pra Venezuela e diversos países sul-americanos. também vendeo 12 jatos AMX pra Venezuela. O único país que não comprou os tucanos foi a Colôbia, pis os americanos davam “ajuda” (a ser cobrada) e ameçaram cortar esses empréstimos caso a Colômbia comprasse os Super-Tucanos. vendeu, inclusive, mas de 112 tucanos para a Inglaterra, e Tucanos e Super-Tucanos para diversos outros países.

      Os únicos tucanos que prescisamos entregar com urgência, de preferência pro “Trucundi”, para nunca mais voltarem pra cá, são os tUcanos do PSDB… e OS TUCANOS DA pig também! Seria uma maravilha!

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