Durante o lançamento oficial da embarcação, que integra o projeto ‘Energia Solar Fotovoltaica Aplicada ao Transporte e a Atividades Produtivas na Amazônia’, Duarte Filho disse que o papel da Secis é levar o conhecimento desenvolvido pelas instituições de pesquisa nacionais às comunidades mais carentes. “A parceria entre as universidades e as empresas privadas é extremamente importante para o país e contribui, principalmente, para o desenvolvimento da região Norte”, acrescentou.
Até meados de agosto, o barco ficará ancorado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Com o apoio da Universidade Federal do Pará, deve ser levado, até o final do ano, à comunidade de Santa Rosa, no município de Barcarena, a quatro quilômetros de Belém. Atualmente, o trajeto escolar no local é realizado por pequenas embarcações movidas a diesel, que poluem os leitos dos rios e estressam os animais por causa do ruído.
O barco possui um espaço refrigerado para transporte do gelo e dos alimentos, assegurando a qualidade dos produtos que movimentam a economia local”, ressalta o pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lucas Nascimento. “Por ser um projeto-piloto, a comunidade deve ter infraestrutura para que seja bem acompanhado e garanta a geração de renda associada ao desenvolvimento sócio econômico. Na comunidade, será instalado um ponto de recarga para o barco, com um banco de 48 baterias, que garantem autonomia de dois dias mesmo à noite ou durante período de chuva. Seis máquinas de gelo, movidas por tecnologia fotovoltaica, serão instaladas na comunidade. Vão produzir 30 quilos de gelo diariamente. A água utilizada na produção do gelo vai ser tratada por um reator de desinfecção de baixo custo. Produzido com tubo de PVC, o reator foi desenvolvido por alunos da UFSC.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.