Blu-ray: O fim está próximo

O avanço das mídias digitais e dos serviços P2P estão fazendo com que os filmes em mídias físicas sigam o mesmo caminho dos CDs de áudio, caindo em utilização até entrarem na obscuridade.

Um bom exemplo disso foi a falência da Blockbuster em 2010, que era simplesmente a maior rede de locação de filmes do mundo. Com a queda da gigante, muitas locadoras menores correram para preencher o espaço, mas muitas delas estão passando por dificuldades e seguindo o mesmo caminho. Da mesma forma que as antigas lojas de CDs de música tiveram que se reinventar, passando a vender eletrônicos, instrumentos musicais e outros produtos para continuarem no mercado, o mesmo acontecerá com estas locadoras: apenas as que conseguirem se reinventar continuarão no mercado.

Apesar de tudo isso, a situação dos DVDs não é tão ruim quanto a de um outro formato, tecnicamente mais avançado, mas que chegou depois ao mercado: o Blu-ray.

Apesar da qualidade mais baixa, praticamente possui um leitor de DVDs em casa e todo mundo que tem um PC com um drive óptico automaticamente pode lê-los. Mesmo os problemas em relação às regiões e outras aporrinhações podem ser facilmente burlados com a ajuda do VLC ou outros players livres. Como resultado, o DVD se mantém como um formato popular devido à praticidade e ao baixo custo dos discos, que sempre aparecem em promoção em grandes redes.

O Blu-ray por sua vez está tendo uma vida bem mais complicada, já que o parque de leitores instalados é ainda relativamente pequeno, os discos são caros e as aporrinhações em relação ao DRM são bem maiores. Tudo isso fez também com que a disponibilidade nos PCs também permaneça pequena. Para complicar, a enorme disponibilidade de vídeos 1080p em redes P2P, bem como serviços de streaming que começam a oferecer vídeos 1080p com uma qualidade bem próxima do Blu-ray eliminaram a única vantagem que o formato ainda conservava: a qualidade de imagem.

Mesmo para quem tem um player Blu-ray dedicado, o constante esforço dos fabricantes em incluir novos sistemas de DRM causa constantes dores de cabeça, fazendo com que upgrades de firmware sejam constantemente necessários para exibir discos de lançamento recente. Uma das últimas investidas foi o Cinevia, mais um sistema de DRM que adiciona uma marca d’agua no stream de áudio, fazendo com que o vídeo fique mudo se reproduzido em um dispositivo desatualizado, um problema que afetou até mesmo os usuários do PlayStation 3, que possui uma base de vários milhões de usuários.

Combinado com a relativamente pequena base de leitores e o crescimento dos vídeos 1080p em redes P2P e serviços de streaming, toda essa aporrinhação em relação ao DRM em discos Blu-ray está contribuindo para a derrocada do formato, que tende a ficar cada vez mais restrito aos usuários que não possuem conexão rápida.

Redação

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