Tartaruga gigante de Galápagos será embalsamada nos EUA

Por MiriamL

Do G1

Tartaruga gigante de Galápagos vai ser embalsamada nos EUA

Animal morto em junho de 2012 passará por processo de preservação. ‘George Solitário’ será enviado depois para exibição em museu no Equador.

   Rodrigo Buendia/AFP)

A tartaruga-gigante de Galápagos ‘George Solitário’ morreu em junho de 2012 (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)

O corpo de uma tartaruga gigante das Ilhas Galápagos apelidada de “George Solitário”, morta em junho de 2012, foi enviado a Nova York para ser embalsamado. Após passar pelo processo de preservação, o animal será exposto em um museu no arquipélago equatoriano.

Os restos mortais foram enviados em um voo que partiu do sudoeste do Equador rumo aos Estados Unidos à meia-noite de segunda-feira (11), segundo a agência AFP.

Os restos do quelônio foram enviados de avião em uma caixa de madeira, fibra de vidro e material isolante, que funciona como uma câmara de frio. Ele chegará congelado ao Museu Americano de História Natural, para um procedimento que durará de oito a nove meses, de acordo com o Parque Nacional de Galápagos (PNG).

Após o embalsamamento, “George Solitário” será enviado de volta a Galápagos, onde será exibido em um museu que vai ser construído no local em que a tartaruga viveu desde 1971, quando foi descoberta.

Necrópsia

O corpo do animal foi protegido de maneira especial depois da necrópsia, para evitar que o congelamento a -50º C afete seus tecidos, informou o parque.

O quelônio chegou a ser considerado o último de sua espécie, por isso recebeu o apelido de “solitário”. No entanto, um estudo da Universidade de Yale, nos EUA, junto com cientistas do PNG revelou a existência de 17 “parentes” de George – animais que carregam genes da mesma espécie.

Portanto, a morte de George não representou “o fim da espécie de tartarugas-gigantes da Ilha Pinta [em Galápagos], da espécie Chelonoidis abingdonii“, afirmou na época o parque  em um comunicado à imprensa.

Segundo os cientistas, a descoberta dos “parentes” de George foi o primeiro passo rumo à recuperação desta espécie, por meio de um programa de reprodução e criação em cativeiro.

A morte da tartaruga, por causas naturais, ocorreu após três décadas de esforços para que ela se reproduzisse, o que o transformou em um símbolo da luta pela preservação da fauna.

As tartarugas gigantes podem viver até 180 anos, pesar cerca de 400 quilos e medir 1,80 metro. Além disso, são famosas por haverem inspirado a teoria da evolução por seleção natural, do pesquisador britânico Charles Darwin.

Luis Nassif

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