Colapso e estabilidade, por Jack London

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sugerido por jns

 

Colapso e Estabilidade

Por Jack London

Publicado no site da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios

 

A tecnologia, como todos os processos humanos, é autofágica e inesperada

Todas as gerações que povoaram e povoam hoje a terra acalentam uma eterna ilusão: a idéia da estabilidade, a idéia de que o que existe é perene e que uma vida ou uma época, são realidades constantes.

No entanto, um país, uma cidade, qualquer aglomerado humano tem em sua base um processo de conhecimento, uma maneira de educar, aprender, transmitir conceitos, valores e emoções, que muda muitas vezes ao longo de uma vida. Todas as maneiras de ser, sem exceção, são resultado de um processo que se sobrepõe a consciência ou aos atos da razão. Ou seja, antes do Cotidiano há os Processos de Conhecimento, há formas de aprender o mundo, ou mais claramente, tecnologias de aprendizado, expressão e formação do ser.

Os atuais trabalhadores regulares na sociedade da informação do início do século XXI, aqueles que já nasceram no universo digital, agem com relação a suas vidas exatamente da mesma maneira que seus pais e avós agiam: com a certeza de que o que hoje sabem e fazem será sempre o padrão de suas vidas. Que tal se perguntar o que fazíamos há cinco anos atrás, sem o Facebook e o Twitter? Como conseguíamos viver sem as redes sociais? O que fazíamos para acessar conceitos e conhecimentos antes do Google?

Há quinze anos atrás nenhum destes sites e ferramentas existiam e seguindo a lógica do colapso abrupto de hábitos e sistemas tecnológicos, provavelmente não existirão dentre de mais quinze.

Não chore, não se desespere, apenas reflita.

Estruturas empresariais e modelos de negócios devem ter sempre em mente a idéia de que o tempo tecnológico é curto, e tudo em que confiamos hoje será em breve lixo.

 – Internet 2.0? Nada perto da Internet Semântica.

 – Web? Nada perto de peer to peer , vídeos e outros formatos de transmissão de dados e voz.

 – Impressoras a laser? Nada perto das impressoras em 3D.

 – 100 megas de banda larga? Nada perto da Internet Quântica.

–  PCs e Notebooks? Esqueça, pense celular e tablets.

A distância entre o hype e o nada é uma pequena marcação fora do espaço chamada tempo. O longo caminho da humanidade sobre a terra já consome quase cinco milhões de anos.

A história conhecida, com o registro de relatos, vai da Babilônia e do Egito Antigo aos dias de hoje, aos saltos e colapsos. É uma história de analfabetos, ágrafos e seres que viveram sem utilizar o que chamamos hoje de informação registrada. Se quisermos ser mais dramáticos, a história do homem é a história de milhões de anos de comunicação apenas verbal e 6.000 anos de conhecimento registrado.

Um dia, você dorme se achando Steve Jobs e no dia seguinte acorda Nabucodonosor.

A tecnologia é como todos os processos humanos, autofágica e inesperada.

Tempos fugit, como diziam os romanos, ou se você quiser, numa versão mais moderna, “já era”.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Esse autor anda trocando as bolas,

    ou não entende muito de tecnologia:

    uma impressora a laser é ótima para imprimir em papel, e a tal “impressora 3D” serve para compor determinados corpos, mas não consegue imprimir uma folha de papel. 

    Um tablet, a rigor é um sucedâneo de uma tabuleta (ou prancheta), que imita um computador em algumas situações, e, tal como um esmartefone, é muito incômodo para trabalhar em uma atividade que requer mais concentração. Atividades assim são elaboradas mais confortavelmente em um PC, ou até num notebook, que é menos confortável do que o PC. 

    Nessa história de conhecimento se confunde muito informação com conhecimento. Informação é muitas vezes o registro de ocorrências em uma organização ao longo do tempo, e que, sim, anda crescendo exponencialmente, já o conhecimento continua mesmo é na cabeça das pessoas. De vez em quando aparece em algum trabalho mais original com o trabalho saído dos neurônios, e neste trabalho os irmãos gêmeos Ctrl-C e Ctrl-V fazem a multiplicação. 

    Acho até que esses irmãos gêmeos um dia vão ganhar todos os prêmios Nobel no mesmo ano, afinal são hiper-ativos no mundo inteiro.

    Em suma, isso me parece mais ser o papo de alguém que quer convencer um dono de loja para colocar outros produtos na vitrine. Ou então de uma pessoa que é paga para visitar feiras, nelas colecionar folhetos e depois escrever alguns pitacos em jornais. Não será surpresa se ganhar algum capilé desses fornecedores.

    Não acho que PCs ou notebooks deixarão de ser vendidos apenas por causa de tabuletas ou esmartefones; estes apenas vão tirar alguns serviços dequeles. 

    E tecnologia muitas vezes é solução de problemas que a gente nem sabia que o problema existia. 

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