Copa 2014: Quem vai pagar a conta do uso da rede da Telebras

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que a infraestrutura prometida pelo governo para suportar as operações da Copa 2014 vai estar pronta no prazo, mas deixou claro que ainda precisa sentar à mesa com os organizadores do evento, leia-se FIFA – para negociar o custo da prestação de serviço.

“A rede vai ser usada e terá de ser remunerada. O jogo é esse “,disse. Ministro também discorda das teles. Para ele, o 4G não será para poucos. Compartilhamento de antenas pode vir antes da obrigação, que virá no Plano Geral de Metas de Competição, previsto para outubro.

Paulo Bernardo, que nesta quarta-feira, 26/09, participou da inauguração do quinto data center da Embratel no Brasil – o primeiro dedicado a oferta de serviços de computação na nuvem, na capital paulista, admitiu que a rede da Telebras está mais adiantada em algumas cidades. Mas garante que a infraestrutura estará pronta para servir a organização da Copa 2014.

“Temos, sim, uma defasagem em algumas cidades, mas o projeto está andando e tem o suporte do governo”, afirmou. Indagado que há reclamações do comitê de organização da FIFA sobre o andamento da construção da rede, Paulo Bernardo não disfarçou a irritação. “Eles reclamam de tudo. Quero saber, agora, quem vai pagar pelo serviço prestado pela rede da Telebras? O uso da rede terá de ser remunerado. E isso vai ser negociado ainda”, acrescentou.

Questionado sobre a posição das teles, em especial da TIM e da Vivo, que colocaram o 3G como o nome do jogo na Copa 2014 – o ministro das Comunicações discordou. “É um erro de visão achar que o serviço 4G será para poucos”, disparou. Segundo Paulo Bernardo, o brasileiro gosta de novas tecnologias e haverá, sim, uma migração rápida para a nova geração de serviços móveis. “Não vejo o 4G nas mãos de poucos. Muita gente vai querer ter o serviço e ele terá de estar disponível para todos”, completou.

Antenas para todos

E para ter cobertura e serviço, o governo, informou Paulo Bernardo, está estimulando as teles a sentarem à mesa e fecharem, entre elas, um acordo para o compartilhamento de antenas e torres, antes da aprovação do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), prevista para outubro.

“Seria ótimo se esse acerto saísse antes. Assim teríamos condições melhores para negociar com as prefeituras e agilizar a votação, no Senado, da Lei Geral de Antenas. O compartilhamento será obrigatório no PGMC, se as teles acertam antes seria até um índicio de interesse em fomentar a oferta de serviços”, declarou.

Paulo Bernardo acredita que a Lei Geral de Antenas possa vir a ser aprovada pelo Senado ainda este ano, mesmo com a Casa praticamente parada em função das eleições municipais.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=31916&sid=8

Redação

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