Defesa exige software e equipamentos nacionais

Ainda em estruturação, o projeto de um ecossistema de segurança cibernética do Exército brasileiro – a quem cabe a defesa digital conforme prevê a Estratégia de Segurança Nacional privilegia a formação de pessoal especializado e o uso de ferramentas desenvolvidas no país.

Os primeiros passos foram apresentados nesta quarta-feira, 24/10, durante o 3º seminário de Defesa Cibernética, promovido pelo Ministério da Defesa, em Brasília. Pelo plano, a estrutura que começou a funcionar há nove meses será fortemente ampliada ao fim de quatro anos.

Nesse campo, há destaque para fornecedores nacionais de software e equipamentos. “Já estamos usando a versão beta de um antivírus nacional, sendo que a versão 1.0 será distribuída em janeiro. Também foi entregue um novo simulador de guerra cibernética”, revela o subchefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, coronel Luiz Cláudio Gonçalves. “A sexta economia do mundo não pode se privar de meios modernos. Se não ganharmos independência na produção de tecnologia, continuaremos vulneráveis”, afirmou, durante a sua participação no seminário, o ministro da Defesa Celso Amorim.

O programa de segurança cibernético é amplo. Dentro de oito grandes blocos ele vai da “caça de talentos” – que começa no estágio de cadetes – até a simulação de uma guerra no ciberespaço. No caminho, acordos para uso e desenvolvimento de computação de alto desempenho, a criação de uma escola nacional de defesa cibernética e a instalação de, por enquanto, sete laboratórios de perícia forense digital.

O esforço envolve, ainda, o desenvolvimento de dois projetos tecnológicos que foram acrescentados à missão do CDCiber este ano. Um trata da implantação de uma rede nacional de segurança da informação e criptografia, que reunirá civis e militares em laboratórios ligados a universidades, sendo um deles de computação quântica.

Outro é o desenvolvimento de um sistema de Rádio Definido por Software – ou seja, de rádio cognitivo – cujo grande objetivo é garantir interoperabilidade entre as três forças (Exército, Marinha e FAB). É o único dos projetos com prazo de conclusão maior, de 10 anos. Em todos os demais o horizonte é de quatro anos. Além disso, o próprio CDCiber, hoje funcionando provisoriamente, deverá ganhar uma sede própria, em Brasília.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=32182&sid=18

Redação

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