Mangabeira e as Forças Armadas

Matéria do The Economist sobre os planos de defesa do Ministro Roberto Mangabeira Unger (clique aqui).

A matéria enfatiza as tentativas do país de projetar seu poder no Exterior, através de missões militares demandadas pela ONU. Relata o começo lento, no Haiti, depois de missões mal sucedidas no Congo e na Somália.

Uma segunda prioridade do Exército será na região amazônica, comparada ao Mediterrâneo do início do século 19, cheia de traficantes e piratas e com escassa presença estatal

O submarino

Aqui, uma apresentação do Submarino Nebraska.

Luis Nassif

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  1. A questão-chave é o serviço
    A questão-chave é o serviço militar obrigatório.

    Conforme a matéria do “The Economist”, “conscription, which Mr Unger is keen to continue is described as a ‘republicanising space’.”

    O objetivo é evitar a multiplicação de uma praga que infesta os EUA, os chamados “chickenhawks”. Segundo a wikipedia, “chickenhawk (also chicken hawk and chicken-hawk) is a political epithet used in the United States to criticize a politician, bureaucrat, or commentator who strongly supports a war or other military action, but has never personally been in a war, especially if that person actively avoided military service when of draft age.”

    Esses “políticos, burocratas ou comentaristas” via de regra são os mais ardorosos defensores das guerras – mesmo porque a vida e a integridade física dessas pessoas estão longe do risco – se opondo a esforços de paz promovidos por organismos multilaterais como a ONU e a trabalhos de ajuda humanitária nas regiões em conflito.

    Pelo risco – real ou potencial – do envio de seus filhos para o campo de batalha, os formuladores brasileiros de políticas de defesa tendem a ignorar os apelos dos “chickenhawks” e incorporam medidas humanitárias nos casos de intervenções externas. Isso ajuda a explicar o relativo sucesso no Haiti e o fracasso das potências ocidentais – ao seguirem o receituário “chickenhawk” – no Congo e na Somália.

  2. O Mangabeira conversa com as
    O Mangabeira conversa com as pessoas certas.
    O Brasil é crucial numa nova ordem mundial.
    Só não pode ficar com uma defesa insuficiente.
    Tudo bem que parece ser um homem polêmico.
    Mas não podemos deixar de entender que tem uma energia e um jeito de encaminhar as coisas com eficácia.
    Abraça e vai adiante.
    Parece que que revolve as coisas e dá um novo encaminhamento.
    Creio que depois dele as coisas não serão mais as mesmas.
    Ele botou fogo no rabo de muita gente que só ficava por aí, fazendo coisinhas, esperando a aposentadoria.
    Mexam-se!
    Parece ser a palavra de ordem.

  3. A estrela de Mangabeira sobe
    A estrela de Mangabeira sobe junto com a projeção regional do Brasil e agora com o início da era Obama. O que se vê nesses dias em Washington é uma coisa que nunca se viu, desde as grandes mobilizações contra a guerra do Vietnã. É uma gigantesca festa popular, nunca feita para presidente algum. Está a altura não só da virada que o novo presidente representa para a cultura e a história americana, como do início de uma nova etapa da história das civilizações. É a festa do tamanho de se romper o séc. 21 ainda que 9 anos depois (a era Bush e o 9/11 adiaram isso).

    Só o fato de ter sido professor de Obama já vale um artigo nesta semana, somado ao cargo no governo brasileiro que alcança repercussão internacional. Em outras palavras, nesta fase de projeção brasileira. Mangabeira é quem pode responder melhor pela agenda estratégica do Brasil perante o mundo, é quem mais conhece os temas atuais desse posicionamento e inserção brasileira. E também é professor de Harvard.

    Qual é a questão das Forças Armadas no presente? Ela representa um aspecto fundamental da capacidade de mobilização do país, não mobilização militar, mas um empreendimento de grande vulto, indispensável para complementar as posições do Brasil no cenário internacional. Ninguém pode ser potência regional em um vazio estratégico tão grande quanto todo o quadrante dos Hemisférios Sul e Ocidental. Isto não poderia acontecer, com a crise de recursos mais a ascensão de novas grandes potências. Daria “problemas”.

  4. Nao entendi uma coisa: os
    Nao entendi uma coisa: os Estados Unidos vao nos ajudar a desenvolver a tecnologia de submarinos nucleares baseado no modelo acima?
    Eu sabia que o Brasil tinha um acordo militar com a Franca e que no pacote estava previsto, alem de cacas, os submarinos.

    Não, não. É apenas um material que recebi de uma lista.

  5. Ao Wander: The
    Ao Wander: The Economist cita Mangabeira porque ele é um dos intelectuais de maior projeção mundial atualmente. Todo o mundo intelectual ocidental se interessa em saber o que Mangabeira está fazendo no Brasil. Quanto ao Jobim, por enquanto, ainda é um completo desconhecido para o resto do mundo.

  6. Nassif, a tradução me parece
    Nassif, a tradução me parece incorreta deste trecho:
    ” Relata o começo lento, no Haiti, depois missões bem sucedidas no Congo e na Somãlia. ” Não seria depois das missões da Onu mal sucedidas no Congo e na Somalia ?

    Tem razão. Retificado.

  7. Na realidade, a notícia não
    Na realidade, a notícia não fala nem bem nem mal do Ministro. Apenas relata fatos apontando, com alguma ironia, que ele tem propostas para redesenhar a enomia mundial.
    Quanto à participação do Brasil em missões da ONU, nós nunca fomos à Somália e ao Congo apenas na década de sessenta.
    O texto diz que a intervenção no Haiti está sendo considerada um sucesso no meio de fracassos como a Somália e o Congo.

  8. Será que Mangabeira não
    Será que Mangabeira não conhece História do Brasil ? Oxalá não vire Mangabesteira Unger. A nosso ver, já deu flor. Já mostrou a que veio: apenas para embolar ainda mais o meio de campo. Tchau, Mangabeira.

  9. O nosso futuro sub será
    O nosso futuro sub será assim? Com 24 misséis Trident e tudo? Ou ele apenas vai se chamar Nevasca?
    De todo modo gostei do slide-show.
    Duas coisas me impressionaram: O tamanho da sala de reunião. Para quem conhece os subs brasileiros parece uma praça da Apoteose. E o tamanho das ogivas nucleares dos Trident. Dá prá levar na mala do carro.

  10. Os submarinos capazes de
    Os submarinos capazes de levar misseis balisticos são muito maiores que os submarinos de ataque, os primeiros equivalem a uma base de lançamento movel e o sub de ataque a um caçador, os dois tipos são feitos para missões completamente diferentes.

    Mas nos ultimos anos com a criação de misseis de cruzeiro menores os submarinos menores estão adquirindo capacidade de ataque, no caso até ataque estratégico ja que alguns misseis tem milhares de km de alcance, mas esse tipo de arma é de uso bem restrito, interessante é que um dos caças da concorrência FX2, o Super Hornet, já é capaz de operar uma versão lançada de ar de um missil de cruzeiro que poderia ser usada no sub nuclear ou mesmo nos convencionais.

  11. Wander,
    A resposta a sua
    Wander,
    A resposta a sua pergunta é bastante crua: porque Mangabeira tem uma assessoria para imprensa melhor do que a do ministério da Defesa e porque essa assessoria consegue convencer as publicações do hemisfério norte de que um Mangabeira, professor de Havard, venderá mais do que um Jobim, constitucionalista brasileiro.

  12. Um detalhezinho pouco
    Um detalhezinho pouco conhecido a respeito das Forças Armadas brasileiras, mais especificamente do Exército: ele tem um componente estratégico muito específico que pode, dependendo da situação, vencer o exército americano.

    Explico: trata-se do que eu chamo de efeito mula: um soldado americano, quando vai trabalhar, leva atrelado consigo uns 30 a 40 kilos de material de guerra (tal como uma mula).

    Em casos excepcionalíssimos esse soldado trabalha até umas 24 horas seguidas, depois disto, estando exausto comete besteiras, como talvez matar quem não devia. Aí tem que ser substituído por soldado descansado.

    Já os soldados de batalhões de selva brasileiros levam, pasme! apenas um único quilinho de carga – geralmente remédios, e conseguem permanecer por até um mês na selva, sem necessariamente ser substituídos. Eles se alimentam do que encontram na selva, claro.

    Suas munições vêm dos armeiros.

    Assim, em tese, um soldado que precisa ser trocado em questão de horas, perde fácil, fácil para o expedicionário brasileiro – na selva.

    Não é à toa que o exército brasileiro tenta a todo custo evitar que países vizinhos nossos emprestem seus territórios de selva para exercícios militares americanos.

  13. Eita Brazilzim besta,
    Eita Brazilzim besta, atrasadão
    Pigland (o país mais porco do mundo) está desenvolvendo o “Cacete de Deus”.
    Contra essa arma diabólica não existe defesa. Saiu no NYT no ano passado.
    Barras de titânio de 500 quilos, pendurada em satélites em volta de nós. Em 45 minutos qualquer lugar do mundo poderia ser atingido.
    Essa coisa tem um poder de destruição de uma bomba nuclear, sem a radioatividade.
    E a gente fica discutindo submarino, missil, caça, exército, tanque, porta-aviões?
    Tudo vai pro saco em 10 minutos quando eles colocarem um “Cacete de Deus” encima de São Paulo, Rio ou Brasíla e disserem: a Amazônia, o Pré-Sal ou a vida.
    A única coisa que pode evitar o domínio dos canalhas é a guerra de guerrilha, o povo bem armado, treinado e motivado.
    Vietnã, onde eles sairam pendurados em helicópteros e Cuba, que eles nunca tiveram coragem de invadir por causa dos CDRs.
    O resto é frescura, inguinorança e discussão do sexo dos anjos.

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