Internalização de tecnologia antiaids via Fiocruz

da Rede Brasil Atual

Fiocruz adquire tecnologia para fazer remédio antiAids

Por: Bruno Marfinati

Com a parceria o custo do remédio deve reduzir 41%

São Paulo – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou nesta sexta-feira (10) acordo para a produção do Atazanavir, usado no coquetel contra a Aids, o que deve reduzir em 41% os gastos do Ministério da Saúde com o remédio e beneficiar os cerca de 40 mil pacientes que usam o medicamento.

A parceria para a transferência de tecnologia foi firmada com o laboratório norte-americano Bristol-Myers Squibb em Manguinhos, no Rio de Janeiro, na sede da Fiocruz, uma das mais importantes instituições de pesquisas em saúde da América Latina.

“Além de economia e do acesso a um custo mais baixo que agregamos com a parceria, ganhamos com a internalização da tecnologia”, disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, em comunicado.

A tecnologia será repassada em 2012 ao Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Sob o acordo, o laboratório norte-americano ofereceu fazer um licenciamento, já que a patente do medicamento vigora até 2017, dispensando licitação para a aquisição do produto.

Em 2013, a Bristol começará a produzir o medicamento com a identidade de Farmanguinhos. Em 2015, o instituto passará a fabricar metade da demanda nacional. O Atazanavir deverá ser totalmente produzido na planta de Farmanguinhos em 2017, segundo o comunicado da Fiocruz.

“Nosso grande desafio é adquirirmos competitividade frente às grandes indústrias internacionais. Por outro lado, o acordo com a Bristol contribui para maior disponibilidade do medicamento”, disse o diretor da unidade de Farmanguinhos, Hayne Felipe.

Apenas em 2011, o governo destinou R$ 128,2 milhões para a compra de 25,38 milhões de cápsulas do Atazanavir para atender aos 43 mil pacientes que fazem o tratamento no país, afirmou a Fiocruz.

De acordo com o ministério, essa parceria favorece a continuidade do programa de acesso universal aos antirretrovirais, que têm sido de alto custo para o governo.

Luis Nassif

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