Do Passa Palavra
Estudante processa Facebook por violação de dados
Nem KGB ou CIA já tiveram 1200 páginas a respeito de um cidadão comum
Mapa Múndi a partir das redes do Facebook
Numa época de vigilância em massa pelos Estados e pelas empresas, o estudante de direito em Viena, Max Schrems, iniciou um processo contra o Facebook, a maior rede social do mundo criada por Mark Zuckerberg. Após muitas dificuldades, o estudante de direito conseguiu um CD com toda a informação coletada durante os três anos em que fez parte desta rede. Quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1.200 páginas. Todo o material – histórico de chats, cutucadas, pedidos de amizade, posição religiosa, etc. – era classificado em 57 categorias que possibilitam facilmente a mineração de dados, descobrindo qualquer informação que se deseja; seja da vida pessoal, profissional, religiosa ou política.
Além desse material, mesmo as mensagens, fotos e outros arquivos que ele havia deletado continuavam armazenados nos servidores do Facebook. Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas “removia da página” e não “deletava”. Isso significa que, quando uma informação é publicada no Facebook, ela jamais é excluída. Após descobrir que o Facebook possui servidores na Irlanda, entre agosto e setembro de 2011, Schrems abriu 22 queixas contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner, um órgão deste país. Para acompanhar o caso, o estudante de direito criou o site “Europe versus Facebook”[http://europe-v-facebook.org/EN/en.html].
Nas últimas décadas a violação da privacidade tem sido aceita passivamente e feita de forma voluntária em troca de serviços gratuitos. O que aconteceria caso o Facebook fechasse um acordo com o governo local para entregar os dados dos usuários envolvidos em manifestações (devidamente “curtidas” e “confirmadas”)? Desde 2006, a Polícia Federal brasileira tem acesso privilegiado no Orkut, rede social do Google, podendo fechar comunidades e vasculhar dados sem precisar passar por autorização judicial.
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