Para o cientista de computadores Jaron Lanier, criador do conceito de “Realidade Virtual”, uma nova religião criada a partir da cultura da engenharia computacional seria a idéia corrente no Vale do Silício, Califórnia, e princípio orientador para a criação da Inteligência Artificial e Internet.
Sempre nos telejornais aparecem notícias pitorescas sobre os últimos desenvolvimentos em Inteligência Artificial (IA): máquinas que sorriem, um programa que pode prever os gostos humanos musicais, robôs que ensinam línguas estrangeiras para crianças etc. Este fluxo constante de histórias nos sugere que as máquinas estão se tornando cada vez mais inteligentes e autônomas? Devemos considerá-las criaturas ao invés de ferramentas?
Não na opinião do cientista de computadores Jaron Lanier. Para ele, isso está não só alterando a maneira como pensamos os computadores. Também está alterando de forma errada os pressupostos de como pensamos nossas vidas: a criação de um dogma digital com o seu credo – o “computacionismo” ou “totalitarismo cibernético” – uma religião das máquinas que, ao encarar os computadores como criaturas, inversamente passamos a interpretar a mente e a consciência como fossem um computador. E o centro dessa nova religião com os seus messias está no Vale do Silício, Califórnia.
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