Nova forma de carbono é mais forte do que grafeno e diamante

Jornal GGN – Pesquisadores da Universidade de Rice, em Houston, estão estudando as propriedades de uma nova forma de carbono que é mais forte e mais resistente do que o grafeno – outra forma de carbono ultrarresistente – e até mesmo do que o diamante, mineral feito de carbono supercompactado. Chamado de carbino, o novo elemento é formado por cadeia de átomos de carbono ligados por laços triplos e simples e alternadas por ligações duplas consecutivas. Trata-se do elemento mais resistente já visto, segundo os cientistas.

Apesar de conhecerem sua composição atômica, o carbino ainda é considerado um mistério para a ciência. Em testes, astrônomos sugerem ter detectado o que acreditam ser uma assinatura do chamado espaço interestelar – a região do espaço fora do nosso sistema solar e longe o suficiente para não ter mais efeitos decorrentes da luz do Sol. Durante décadas, os químicos debateram se seria possível que a composição do carbino poderia ser formada na Terra. Há poucos anos, foi possível sintetizar em laboratório uma estrutura de carbino de até 44 átomos de comprimento em solução.

O único consenso dos cientistas sobre o elemento é de que se trata de um material instável. Alguns químicos calculam que duas fileiras de carbino podem resultar em uma explosão quando em contato. Especialistas em nanotecnologia estudam aplicações possíveis para o elemento, aproveitando sua extrema rigidez e durabilidade, características que os cientistas ainda não compreendem totalmente.

A nova forma de carbono é cerca de duas vezes mais rígida do que os materiais mais duros conhecidos, como o diamante, e mais compacto do que o grafeno. Para quebrar um único fio de carbino, é necessária uma força de 1,02×10-9 quilograma-força – um quilograma-força corresponde à força exercida pela gravidade sobre um quilograma. Apesar disso, o material também é flexível e aponto de voltar à sua estrutura normal mesmo quando retorcido.

Diante de tais características, os pesquisadores estudam meios de criar tecnologia a partir do carbino. A nanotecnologia pode ser a área mais frutífera para a nova forma de carbono, segundo os pesquisadores.

Com informações do MIT Technology Review

Redação

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