O fim da Kuarup

Por Adimilson Barros

Caro Nassif

Fuit surpreendido hoje de manhã pela noticia de que a tradicional gravadora independente carioca Kuarup, especializada em música instrumental brasileira de qualidade, decidiu fechar as portas e retirar-se do negócio neste início de 2009, justificando sua decisão de jogar a toalha por causa das progressivas agruras que o mercado fonográfico vem enfrentando desde que o download ficou popular. Confesso que me deu um certo desespero ao saber da notícia e gostaria de perguntar-lhe: sobrou mais alguém da mesma estatura no ramo? Ficarei grato se puder responder e/ou comentar.

Comentário

A Kuarup fez um trabalho inestimável para a música instrumental brasileira. Era previsível que o avanço dos downloads afetaria as grandes gravadoras. Mas acabou atingindo também as gravadoras de nicho.

Acho que ela deveria analisar outros modelos de negócio da era digital. Com a riqueza do seu acervo, é impossível que não haja um modelo economicamente viável para ela.

Luis Nassif

27 Comentários

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  1. Não só música instrumental
    Não só música instrumental brasileira, diga-se de passagem.
    É uma notícia que deixa quem gosta de música sem palavras.

  2. “…Com a riqueza do seu
    “…Com a riqueza do seu acervo, é impossível que não haja um modelo economicamente viável para ela.”

    Principalmente se levarmos em consideração o mercado Internacional, Japão, Europa, mesmo EUA. Na verdade 1 dos problemas é q (usando uma frase do seu comentário) talvez ela não tenha se Preparado p/ analisar, experimentar à ir se adaptando p/ Utilizar outros modelos de negócio da era digital. Enfim…

  3. Nassif, eu pesquisei algumas
    Nassif, eu pesquisei algumas opções sobre um modelo de negócios que pode ser útil a eles em uma consultoria, e gostaria de entrar em contato com eles.

    Tem como eu receber um contato na empresa para trocar emails ?

    Pelo Google você deve chegar ao site da gravadora.

  4. Os músicos instrumentais
    Os músicos instrumentais brasileiros ao lado dos americanos estão entre os melhores do mundo. É indiscutivel. Temos grandes pianistas, trompetistas, saxofonistas, bateristas, etc. Mas ainda é muito difícil para nos desenvolvermos essa atividade. Pouco incentivo governamental, ínfimo destaque na midia, raríssimos palcos para os artistas, falta de educação musical na escola. Tivemos um ministro da cultura musico e nada desse quadro mudou. Mas pode mudar. A transformação tem que partir dos próprios músicos. São eles que terão que traçar as linhas mestras da mudança. E será muito importante para o Brasil se conquistarmos essa vitoria. Nossos músicos são motivo de orgulho para o pais e seria altamente positivo apoia-los em seu trabalho.

  5. Admilson e Nassif,

    Eu
    Admilson e Nassif,

    Eu conheci a Kuarup e o que ela fazia, lá pelo fim dos anos 80 começo dos 90, quando um amigo de meu irmão deu um disco instrumental de Paulo Sérgio Santos.
    Já tinha ido ver Paco de Lucia e não sabia que a Kuarup estava envolvida na vinda dele ao Brasil. Sabia da importância de seu acervo, mas nunca iria imaginar uma coisa dessas. Lamento.
    Fui até o site e é realmente muito triste ver o comunicado de encerramento das atividades. Mais uma vez o Brasil perde em cultura, em qualidade musical. Uma lástima realmente.

    http://www.kuarup.com.br

    Texto exibido hoje no site:

    Depois de 31 anos dedicados à melhor música brasileira, a gravadora independente
    carioca Kuarup Discos decidiu encerrar suas atividades nesta virada de ano.

    Ao longo dos últimos anos, as vendas de produtos físicos sofreram queda vertiginosa,
    nem de longe compensada pelas vendas por download.
    Entendemos que a crise do CD é irreversível e tornou inviável
    nosso modelo de negócio, inteiramente calcado na produção e
    comercialização de música de qualidade.

    Agradecemos aos nossos amigos, funcionários, representantes, clientes e
    fornecedores, e sobretudo aos nossos artistas, que continuarão a carregar a
    bandeira desta música brasileira que ajudamos a divulgar
    durante todos estes anos.

    Kuarup Produções Ltda/ Kuarup Discos

    Abraços
    Soledad

  6. “Com a riqueza do seu acervo,
    “Com a riqueza do seu acervo, é impossível que não haja um modelo economicamente viável para ela”

    Eh impossivel qualquer modelo ate os bancos tirarem o cavalinho da chuva. O modelo eh 50 centavos ou 25 centavos de dolar -e ao ponto que as coisas estao indo, ate os 25 cents originais estao cada vez com cara de “carissimo” -nao eh patetico?

    O novo modelo mundial NAO eh o 1 dolar da Apple. Ele sim limita impensavelmente a migracao digital. E ainda assim, ele so eh possivel por causa de infiltracao bancaria na internet…

    … uma infiltracao que jamais deveria ter sido permitida, note se, mas governos foram substituidos por bancos, entao…

  7. Caramba… Minha previsão?
    Caramba… Minha previsão? Caminhamos para o fim da música como forma de arte, sobrando apenas o entreterimento sem grande valor artístico, mas com grande valor comercial.
    Estou gravando um disco independente. É caro. Leva tempo. É difícil conseguir apoio. E a rentabilidade… sem uma major bancando a produção, é muito baixa. Resumindo: Se não tiver amor à arte, não compensa!!
    O fato é que produzir boa música (orgânica, não a eletrônica) será um trabalho para poucos… Pois não se ganha mais dinheiro com isso. É muita gente envolvida para pouco rendimento.
    É mais fácil, hoje em dia, ser um DJ (pois não divide o cachê com nenhum músico) e produzir os discos em um PC casa… E confesso que, como instrumentista, essa idéia me apavora!

  8. Sim Nassif, é de fato um selo
    Sim Nassif, é de fato um selo que lutou bravamente para registrar, durante décadas, a música brasileira que o “Grande Mercado” quase exterminou com uma politica predadora no Brasil. A Kuarup é, sem dúvida, uma referência de dignidade e de compromisso com o pais.
    Lamentável essa notícia para a cultura brasileira.

  9. Também recebi o email da
    Também recebi o email da gravadora com essa notícia. Fiquei um pouco surpreso, não muito. Com as já banais e quase banais inovações trazidas pela internet para a divulgação musical, o site da Guarup nunca foi além de um bom e velho catálogo, antiquado e estático. O máximo da inovação foi adição de amostra de 30 seg. , que todos sabemos, irritam mais do que informam sobre a música.
    Fã de Téo Azevedo, por exemplo, ficaria feliz se o site agregasse mais material dele , possibilitando a compra online e outras formas de interação.
    Acho que basta apenas uma “assessoria internética” para eles voltarem para ficar, e quem sabe, pra lucrar!

  10. É uma lástima. Tudo que é
    É uma lástima. Tudo que é realmente bom e de qualidade acaba no Brasil. A Karup gravou excelentes trabalhos de Elomar, um dos melhores músicos regionalistas do Brasil.
    Enquanto isso, com todo respeito, a leva de duplas ditas “sertanejas”, que de sertanejas não têm nada, não pára (esse acento não existe mais??!! Mas mesmo assim eu uso!!) de crescer e de dominar quase todo o mercado.

  11. Também lamento o fim da
    Também lamento o fim da Kuarup.

    A propósito, não acho que o nicho deles seja o mesmo da Biscoito Fino. A proposta desta é um pouco mais elitizada, digamos assim, mesmo sabendo que essa expressão é sofrível.

  12. Tenho vários discos da Kuarup
    Tenho vários discos da Kuarup e lembro da dificuldade que era antes da internet ser o que é hoje,para entrar em contato com a gravadora e adquirir os discos pretendidos.Como gosto de tudo que se relaciona a cultura indígena,fui pesquisar o porque desse nome em uma gravadora.Meses atrás foi re apresentado esse ritual em que os índios homenagearam os grandes indianistas,os irmãos Vilas Boas.Junto a tal da modernidade que trás facilidades até para quem não respeita Direito autoral e uma certa ganância por arrecadação para sustento de salários astronômicos e mordomias proporcionadas à custa do suor dos brasileiros,faz com que a indústria fonográfica e áudio visual seja prejudicada.Os impostos que fazem um simples CD ter o custo de aproximadamente dois quilos de carne,faz um pai de família pensar duas vezes antes de decidir.Uma pena.

  13. Para sair da situação que nos
    Para sair da situação que nos encontramos os músicos terão que se mobilizar. A primeira barreira a ser vencida é uma solução sobre a Ordem dos Músicos, uma aberração. Para quem não sabe, JK, que muito vez pela cultura, tentando ajudar, institucionalizou a Ordem dos Músicos. A intenção era boa, mas o resultado nem tanto. Hoje, qualquer pessoa que pretenda fazer musica, tem que ser aprovado em exame, por uma banca da OM. Um amigo foi obrigado a tocar “O Garçom” do Reginaldo Rossi. Para isso lhe deram um violão com uma corda a menos. Um mesmo grupo mantém o domínio dessa entidade há décadas. Muitos músicos acham mais comodo pagar a anuidade obrigatória do que se mobilizar para resolver a questão. Mas um grupo que não tem disposição ou capacidade para resolver um problema tão básico, também não encontra eco na sociedade para resolver suas outras necessidades de carater mais amplo.

  14. Soube desta notícia na semana
    Soube desta notícia na semana passada e fiquei triste. O trabalho da KUARUP foi e sempre será um marco para a Música Brasileira como um todo.

  15. Recebi o e-mail da Kuarup
    Recebi o e-mail da Kuarup hoje. Alguns dos cds que eu comprei cedi a amigos, com a certeza que era só fazer nova compra (pela internet). Fiquei muito triste. Onde encontraremos aquelas belas obras agora?

  16. Nassif,

    A seguir a traducao
    Nassif,

    A seguir a traducao do discurso de posse.

    Meus Concidadãos:

    Estou aqui com humildade diante da tarefa à frente, grato pela confiança que em mim depositaram, consciente dos sacrificios de nossas ancestrais. Agradeço ao Presidente Bush pelo serviço prestado à nação, e também pela sua generosidade e cooperação durante a transição.

    Quarenta e quatro americanos fizeram o juramento presidencial. As palavras foram pronunciadas durante marés altas de prosperidade e águas calmas da paz. Mas da mesma forma este juramento foi feito entre nuvens ameaçadoras e em meio a tormentas. Nesses momentos, os Estados Unidos foram em frente, não apenas por causa da clarividência de seus líderes, mas porque Nós o Povo manteve-se na fé dos ideais dos antepassados, e fiel ao nosso documento fundador.

    Foi assim, e assim será com esta geração de americanos.

    Que nós estamos no meio de uma crise, todos sabem. Nossa nação está em guerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia está muito combalida, como consequência da ganância e irresponsabilidade da parte de alguns, mas também pelo nosso fracasso coletivo de tomar decisões difíceis e preparar a nação para novos tempos. Perderam-se residências, empregos; empresas foram fechadas. Nosso sistema de saúde é muito caro; nossas escolhas desapontou a muitos; e cada dia traz mais evidências que a maneira que utilizamos a energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.

    Estes são os indicadores da crise, baseados em dados e estatísticas. Menos mensuráve mas não menos profunda é o solapamento de confiança através do país – o medo aborrecido de que o declínio dos Estados Unidos é inevitável, e que a próxima geração deverá mirar mais baixo.

    Hoje, lhes digo que os desafios são reais. Eles são sérios e muitos. Eles não serão superados facilmente ou em pouco tempo. Mas ouça, América: eles serão superados.

    Hoje nos reunimos porque escolhemos a esperança ao invés do medo, unidade de esforços ao invés de conflito e discórdia.

    Neste dia, proclamamos o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, das recriminações e dogmas surrados, que foram longe demais no estrangulamento de nossa política.

    Continuamos uma nação jovem, mas pelas palavras das Escrituras, chegou o tempo de abandonarmos criancices. O tempo e de reafirmação de nosso firmeza de espírito; de escolher a nossa melhor história; levar à frente este presente precioso, este ideal nobre, passado de geração a geração: a promessa divina de que somos todos iguais, que somos todos livres; que todos merecemos a chance de perseguir a nossa felicidade individual.

    Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é presenteada. Temos que conquistá-la. Nossa jornada nunca foi de chicanas ou de nivelação por baixo. Não foi o caminho dos fracos – para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Ao contrário, tem sido o caminho dos que arriscam, dos empreendedores – muitos famosos, mas frequentemente homens e mulheres desconhecidos em seu trabalho – que nos carregaram no longo e áspero caminho para a prosperidade e para a liberdade.

    Por nós, eles juntaram seus poucos pertences e atravessaram os oceanos à procura de uma nova vida.

    Por nós, eles labutaram em fábricas infectas e conquistaram o oeste; suportaram as chibatadas e araram a dura terra.

    Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.

    Repetidas vezes, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos ficassem em carne viva para que tivessem uma vida melhor. Eles viram os Estados Unidos tão grande como a soma de nossas ambições individuais; maior do que as diferenças de nascença, ou riqueza, ou facção.

    Esta é a jornada que continuamos hoje. Continuamos a nação mais próspera e poderosa na Terra. Nosso operários não são menos produtivos do que quando a crise começou. Nossas mentes não são menos criativas, nossas mercadores e serviços não são menos necessários do que na semana passada, no mês passado, no ano passado. Nossa capacidade não diminuiu. Mas nosso tempo de ficar sem ação, de proteger interesses pequenos e adiar decisões importantes – este tempo certamente passou. A começar de hoje, vamos nos levantar, sacodir a poeira, e começar de novo o trabalho de reconstruir a América.

    Por todos os lados, há trabalho a ser feito. O estado da economia pede ação, arrojada e rápida, e nós vamos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para colocar as fundações de mais crescimento. Construiremos as estradas e pontes, as redes elétricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos mantém conectados. Colocaremos a ciência de novo no seu lugar de destaque, e produziremos tecnologia maravilhosa para melhorar a qualidade do nosso serviço de saúde e baixar os seus custos. Vamos utilizar o sol e os ventos e o solo para movimentar nossos carros e fábricas. E vamos transformar nossas escolas e universidades para enfrentarem os desafios de um novo tempo. Tudo isso podemos fazer. E isso vamos fazer.

    Agora, alguns questionam a escala de nossas ambições – que nosso sistema não pode aguentar tantos planos ambiciosos. Eles têm memória curta. Porque esqueceram o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta à determinação conjunta, e a necessidade à coragem.

    O que os cínicos não conseguem compreender é que o chão mudou de lugar sob seus pés – que os argumentos políticos inócuos que nos consumiram por tanto tempo não se aplicam mais. A pergunta de hoje não é se o governo é grande ou pequeno demais, mas se funciona – se ajuda as famílias a encontrarem empregos por um salário decente, tratamento de saúde que elas podem pagar, uma aposentadoria digna. Onde a resposta é sim, pretendemos ir em frente. Quando a resposta for não, pararemos o programa. E aqueles de nós que gerenciam o dinheiro público terão que dar conta – gastar direito, reformar maus hábitos, e fazer os nossos negócios à luz do dia – porque somente assim nós poderemos restaurar a confiança vital entre um povo e seu governo.

    Não está em questão se o mercado é uma força do mal ou do bem. Seu poder de generar riqueza e expandir liberdade é sem igual, mas esta crise nos fez lembrar que sem um olho que vigia, o mercado pode sair de controle – e que uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os ricos. O sucesso de nossa economia tem dependido sempre não apenas no tamanho de nosso produto interno bruto, mas no alcance de nossa prosperidade; em nossa capacidade em estender oportunidades a todo coração que deseja – não por caridade, mas porque é o melhor caminho para o nosso bem comum.

    No que diz respeito à nossa defesa, rejeitamos a falsidade da escolha entre segurança e nossos ideais. Os Pais Fundadores, tiveram que enfrentar perigos que mal conseguimos imaginar, fizeram um documento que assegurasse a proteção da lei e os direitos humanos, uma carta dilatada pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los para sermos práticos. E assim, para todos os outros povos e governos que nos assistem hoje, desde as grandes capitais até o vilarejo em que meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que querem um futuro de paz e dignidade, e que estamos preparados para liderar de novo.

    Recordem-se que as gerações passadas enfrentaram o fascismo e comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças fortes e convicções firmes. Eles compreenderam que nosso força não é suficiente para nos proteger, e nem nos dá o poder de fazer tudo o que quisermos. Ao invés, eles sabiam que nossa força cresce através de seu uso prudente; nossa segurança emana da justiça de nossa causa, a força de noss exemplo, as virtudes temperadas da humildade e do controle.

    Nós somos os guardiões deste legado. Guiados por esses princípios mais uma vez, nós poderemos enfrentar novas ameaças que demandam esforço até maior – até maior cooperação e compreensão entre as nações. Nós começaremos a deixar o Iraque responsavelmente para o seu povo, e forjar uma paz merecida no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, trabalharemos sem parar para diminuir o perigo nuclear, e reverter o espectro de um planeta que se aquece. Não vamos pedir desculpas pelo nosso estilo de vida, não cederemos em sua defesa, e para aqueles que procuram avançar pelo terror e a matança de inocentes, nós lhe dizemos agora que o nosso espírito está mais forte e não pode ser quebrado; vocês não podem sobreviver a nós, e nós os derrotaremos.

    Porque sabemos que nossa herança variada é uma virtude, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e não-crentes. Temos todas as linguas e culturas, trazidas de todas as partes da Terra; e porque sentimos o gosto amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos dos tempos ruins mais fortes e unidos, não podemos deixar de acreditar que velhos ódios um dia passarão; que as linhas entre as tribos em breve dissolverão; que enquanto o mundo se torna menor, nossa humanidade comum se revelará; e que a América deverá ter o papel de promover uma nova era de paz.

    Para o mundo muçulmano, nós procuramos um nova forma para seguir em frente, baseada no interesse mútuo e no respeito mútuo. Para aqueles líderes através do mundo que querem cultivar o conflito, ou colocar a culpa dos males de sua sociedade no ociendente: saibam que os seus povos os julgarão pelo que podem construir, não pelo que podem destruir. Para aqueles que se agarram ao poder através da corrupção e do engano e pelo silenciamento dos dissidentes, saibam que estão do lado errado da história; mas nós lhe estenderemos a mão se quiserem abrir a sua.

    Aos povos das nações pobre, prometemos trabalhar ao seu lado para fazer suas fazendas prosperarem e para que a água limpa flua; para alimentar os corpos e as mentes com fome. E para aqueles nações que, como a nossa, têm abundância relativa, dizemos que não mais poderemos ficar indiferentes para com aqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos efeitos. Porque o mundo mudou, e nós precisamos mudar com ele.

    Enquanto olhamos a estrada à nossa frente, lembramos com gratidão humilde os bravos americanos que, neste exato momento, patrulham deserto longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, tanto quanto os heróis caidos que estão em Arlington nos sussuram através dos tempos. Nós lhes rendemos nossas homenagens não apenas porque são os guardiãos de nossa liberdade, mas porque eles personificam o espírito de serviço; a vontade de encontrar significado em alguma coisa maior do que eles mesmos. E assim, neste momento – um momento que definirá uma geração – é precisamente este espírito que precisa nos tomar.

    Por mais que o governo queira e possa fazer, no fundo é na fé e na determinação do povo americano que esta nação tem que se fiar. É a bondade de receber um estranho em sua casa quando um dique se rompe, a generosidade de trabalhadores que preferem cortar as suas horas de trabalho a ver um amigo perder o emprego que mostra o que somos nas horas escuras. É a coragem do bombeiro que sobe uma escada tomada pela fumaça, mas também a necessidade de um pai alimentar o seu filho que finalmente decidem a nossa sorte.

    Nossos desafios talvez não sejam novos. Os instrumentos com os quais os venceremos talvez sejam novos. Mas aqueles valores sobre os quais dependem o nosso sucesso – trabalho duro e honestidade, coragem e jogo limpo, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – esses são valores antigos. São coisas verdadeiras. Eles têm sido a força silenciosa do progresso em nossa história. O que se pede é um retorno dessas verdades. O que se pede de nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, da parte de todos os americanos, de que temos responsabilidades para conosco, com a nossa nação e com o mundo; responsabilidades que acatamos sem reclamar mas com alegria, firmes no conhecimento do que não existe nada mais satisfatório para o espírito, mais definidor do caráter, do que nos entregarmos a um trabalho difícil.

    Este é o preço e a promessa da cidadania.

    Esta é a fonte de nossa confiança – sabermos que Deus quer que modelemos um destino incerto.

    Este é o significado de nossa libertade e de nosso credo – o porquê de homens, mulheres e crianças de todas as raças e todas as fés juntarem-se para celebrar nesse magnífico Mall, e o porquê de um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, não podia ser servido num restaurante, está diante de vocês fazendo este juramento sagrado.

    Portanto vamos marcar este dia com lembranças, do que somos e de quanto andamos para chegar aqui. No ano em que a América foi criada, nos meses mais frios, um pequeno grupo de patriotas se juntou ao redor de pequenas fogueiras nas margens de um rio congelado. A capital fora abandonada. O inimigo avançava. A neve tinha manchas de sangue. No momento em que o futuro de nossa revolução estava mais em dúvida, o pai de nossa nação mandou que essas palavras fossem lidas para o povo:

    “Seja dito ao mundo futuro… que nos mais profundo do inverno, quando nada além de esperança e virtude podiam sobreviver… que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, fez-se presente para enfrentá-lo”.

    América, diante de nossos perigos comuns, no inverno de nossos sofrimentos, vamos nos lembrar dessas palavras. Com esperança e virtude, sejamos fortes mais uma vez nas correntes frias, e vamos enfrentar a tempestade que se apresenta. Que os filhos de nossos filhos digam que fomos testados, que recusamos deixar esta jornada terminar, que não viramos as costas, que não falhamos; e com os olhos fixos no horizonte e as bençãos de Deus sobre nós, nós carregamos o grande presente da liberdade e o passamos às gerações futuras.”

  17. A íntegra do discurso de
    A íntegra do discurso de posse de Barack Hussein Obama:

    Meus Concidadãos:

    Estou aqui com humildade diante da tarefa à frente, grato pela confiança que em mim depositaram, consciente dos sacrificios de nossas ancestrais. Agradeço ao Presidente Bush pelo serviço prestado à nação, e também pela sua generosidade e cooperação durante a transição.

    Quarenta e quatro americanos fizeram o juramento presidencial. As palavras foram pronunciadas durante marés altas de prosperidade e águas calmas da paz. Mas da mesma forma este juramento foi feito entre nuvens ameaçadoras e em meio a tormentas. Nesses momentos, os Estados Unidos foram em frente, não apenas por causa da clarividência de seus líderes, mas porque Nós o Povo manteve-se na fé dos ideais dos antepassados, e fiel ao nosso documento fundador.

    Foi assim, e assim será com esta geração de americanos.

    Que nós estamos no meio de uma crise, todos sabem. Nossa nação está em guerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia está muito combalida, como consequência da ganância e irresponsabilidade da parte de alguns, mas também pelo nosso fracasso coletivo de tomar decisões difíceis e preparar a nação para novos tempos. Perderam-se residências, empregos; empresas foram fechadas. Nosso sistema de saúde é muito caro; nossas escolhas desapontou a muitos; e cada dia traz mais evidências que a maneira que utilizamos a energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.

    Estes são os indicadores da crise, baseados em dados e estatísticas. Menos mensuráve mas não menos profunda é o solapamento de confiança através do país – o medo aborrecido de que o declínio dos Estados Unidos é inevitável, e que a próxima geração deverá mirar mais baixo.

    Hoje, lhes digo que os desafios são reais. Eles são sérios e muitos. Eles não serão superados facilmente ou em pouco tempo. Mas ouça, América: eles serão superados.

    Hoje nos reunimos porque escolhemos a esperança ao invés do medo, unidade de esforços ao invés de conflito e discórdia.

    Neste dia, proclamamos o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, das recriminações e dogmas surrados, que foram longe demais no estrangulamento de nossa política.

    Continuamos uma nação jovem, mas pelas palavras das Escrituras, chegou o tempo de abandonarmos criancices. O tempo e de reafirmação de nosso firmeza de espírito; de escolher a nossa melhor história; levar à frente este presente precioso, este ideal nobre, passado de geração a geração: a promessa divina de que somos todos iguais, que somos todos livres; que todos merecemos a chance de perseguir a nossa felicidade individual.

    Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é presenteada. Temos que conquistá-la. Nossa jornada nunca foi de chicanas ou de nivelação por baixo. Não foi o caminho dos fracos – para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Ao contrário, tem sido o caminho dos que arriscam, dos empreendedores – muitos famosos, mas frequentemente homens e mulheres desconhecidos em seu trabalho – que nos carregaram no longo e áspero caminho para a prosperidade e para a liberdade.

    Por nós, eles juntaram seus poucos pertences e atravessaram os oceanos à procura de uma nova vida.

    Por nós, eles labutaram em fábricas infectas e conquistaram o oeste; suportaram as chibatadas e araram a dura terra.

    Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.

    Repetidas vezes, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos ficassem em carne viva para que tivessem uma vida melhor. Eles viram os Estados Unidos tão grande como a soma de nossas ambições individuais; maior do que as diferenças de nascença, ou riqueza, ou facção.

    Esta é a jornada que continuamos hoje. Continuamos a nação mais próspera e poderosa na Terra. Nosso operários não são menos produtivos do que quando a crise começou. Nossas mentes não são menos criativas, nossas mercadores e serviços não são menos necessários do que na semana passada, no mês passado, no ano passado. Nossa capacidade não diminuiu. Mas nosso tempo de ficar sem ação, de proteger interesses pequenos e adiar decisões importantes – este tempo certamente passou. A começar de hoje, vamos nos levantar, sacodir a poeira, e começar de novo o trabalho de reconstruir a América.

    Por todos os lados, há trabalho a ser feito. O estado da economia pede ação, arrojada e rápida, e nós vamos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para colocar as fundações de mais crescimento. Construiremos as estradas e pontes, as redes elétricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos mantém conectados. Colocaremos a ciência de novo no seu lugar de destaque, e produziremos tecnologia maravilhosa para melhorar a qualidade do nosso serviço de saúde e baixar os seus custos. Vamos utilizar o sol e os ventos e o solo para movimentar nossos carros e fábricas. E vamos transformar nossas escolas e universidades para enfrentarem os desafios de um novo tempo. Tudo isso podemos fazer. E isso vamos fazer.

    Agora, alguns questionam a escala de nossas ambições – que nosso sistema não pode aguentar tantos planos ambiciosos. Eles têm memória curta. Porque esqueceram o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta à determinação conjunta, e a necessidade à coragem.

    O que os cínicos não conseguem compreender é que o chão mudou de lugar sob seus pés – que os argumentos políticos inócuos que nos consumiram por tanto tempo não se aplicam mais. A pergunta de hoje não é se o governo é grande ou pequeno demais, mas se funciona – se ajuda as famílias a encontrarem empregos por um salário decente, tratamento de saúde que elas podem pagar, uma aposentadoria digna. Onde a resposta é sim, pretendemos ir em frente. Quando a resposta for não, pararemos o programa. E aqueles de nós que gerenciam o dinheiro público terão que dar conta – gastar direito, reformar maus hábitos, e fazer os nossos negócios à luz do dia – porque somente assim nós poderemos restaurar a confiança vital entre um povo e seu governo.

    Não está em questão se o mercado é uma força do mal ou do bem. Seu poder de generar riqueza e expandir liberdade é sem igual, mas esta crise nos fez lembrar que sem um olho que vigia, o mercado pode sair de controle – e que uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os ricos. O sucesso de nossa economia tem dependido sempre não apenas no tamanho de nosso produto interno bruto, mas no alcance de nossa prosperidade; em nossa capacidade em estender oportunidades a todo coração que deseja – não por caridade, mas porque é o melhor caminho para o nosso bem comum.

    No que diz respeito à nossa defesa, rejeitamos a falsidade da escolha entre segurança e nossos ideais. Os Pais Fundadores, tiveram que enfrentar perigos que mal conseguimos imaginar, fizeram um documento que assegurasse a proteção da lei e os direitos humanos, uma carta dilatada pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los para sermos práticos. E assim, para todos os outros povos e governos que nos assistem hoje, desde as grandes capitais até o vilarejo em que meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que querem um futuro de paz e dignidade, e que estamos preparados para liderar de novo.

    Recordem-se que as gerações passadas enfrentaram o fascismo e comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças fortes e convicções firmes. Eles compreenderam que nosso força não é suficiente para nos proteger, e nem nos dá o poder de fazer tudo o que quisermos. Ao invés, eles sabiam que nossa força cresce através de seu uso prudente; nossa segurança emana da justiça de nossa causa, a força de noss exemplo, as virtudes temperadas da humildade e do controle.

    Nós somos os guardiões deste legado. Guiados por esses princípios mais uma vez, nós poderemos enfrentar novas ameaças que demandam esforço até maior – até maior cooperação e compreensão entre as nações. Nós começaremos a deixar o Iraque responsavelmente para o seu povo, e forjar uma paz merecida no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, trabalharemos sem parar para diminuir o perigo nuclear, e reverter o espectro de um planeta que se aquece. Não vamos pedir desculpas pelo nosso estilo de vida, não cederemos em sua defesa, e para aqueles que procuram avançar pelo terror e a matança de inocentes, nós lhe dizemos agora que o nosso espírito está mais forte e não pode ser quebrado; vocês não podem sobreviver a nós, e nós os derrotaremos.

    Porque sabemos que nossa herança variada é uma virtude, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e não-crentes. Temos todas as linguas e culturas, trazidas de todas as partes da Terra; e porque sentimos o gosto amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos dos tempos ruins mais fortes e unidos, não podemos deixar de acreditar que velhos ódios um dia passarão; que as linhas entre as tribos em breve dissolverão; que enquanto o mundo se torna menor, nossa humanidade comum se revelará; e que a América deverá ter o papel de promover uma nova era de paz.

    Para o mundo muçulmano, nós procuramos um nova forma para seguir em frente, baseada no interesse mútuo e no respeito mútuo. Para aqueles líderes através do mundo que querem cultivar o conflito, ou colocar a culpa dos males de sua sociedade no ociendente: saibam que os seus povos os julgarão pelo que podem construir, não pelo que podem destruir. Para aqueles que se agarram ao poder através da corrupção e do engano e pelo silenciamento dos dissidentes, saibam que estão do lado errado da história; mas nós lhe estenderemos a mão se quiserem abrir a sua.

    Aos povos das nações pobre, prometemos trabalhar ao seu lado para fazer suas fazendas prosperarem e para que a água limpa flua; para alimentar os corpos e as mentes com fome. E para aqueles nações que, como a nossa, têm abundância relativa, dizemos que não mais poderemos ficar indiferentes para com aqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos efeitos. Porque o mundo mudou, e nós precisamos mudar com ele.

    Enquanto olhamos a estrada à nossa frente, lembramos com gratidão humilde os bravos americanos que, neste exato momento, patrulham deserto longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, tanto quanto os heróis caidos que estão em Arlington nos sussuram através dos tempos. Nós lhes rendemos nossas homenagens não apenas porque são os guardiãos de nossa liberdade, mas porque eles personificam o espírito de serviço; a vontade de encontrar significado em alguma coisa maior do que eles mesmos. E assim, neste momento – um momento que definirá uma geração – é precisamente este espírito que precisa nos tomar.

    Por mais que o governo queira e possa fazer, no fundo é na fé e na determinação do povo americano que esta nação tem que se fiar. É a bondade de receber um estranho em sua casa quando um dique se rompe, a generosidade de trabalhadores que preferem cortar as suas horas de trabalho a ver um amigo perder o emprego que mostra o que somos nas horas escuras. É a coragem do bombeiro que sobe uma escada tomada pela fumaça, mas também a necessidade de um pai alimentar o seu filho que finalmente decidem a nossa sorte.

    Nossos desafios talvez não sejam novos. Os instrumentos com os quais os venceremos talvez sejam novos. Mas aqueles valores sobre os quais dependem o nosso sucesso – trabalho duro e honestidade, coragem e jogo limpo, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – esses são valores antigos. São coisas verdadeiras. Eles têm sido a força silenciosa do progresso em nossa história. O que se pede é um retorno dessas verdades. O que se pede de nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, da parte de todos os americanos, de que temos responsabilidades para conosco, com a nossa nação e com o mundo; responsabilidades que acatamos sem reclamar mas com alegria, firmes no conhecimento do que não existe nada mais satisfatório para o espírito, mais definidor do caráter, do que nos entregarmos a um trabalho difícil.

    Este é o preço e a promessa da cidadania.

    Esta é a fonte de nossa confiança – sabermos que Deus quer que modelemos um destino incerto.

    Este é o significado de nossa libertade e de nosso credo – o porquê de homens, mulheres e crianças de todas as raças e todas as fés juntarem-se para celebrar nesse magnífico Mall, e o porquê de um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, não podia ser servido num restaurante, está diante de vocês fazendo este juramento sagrado.

    Portanto vamos marcar este dia com lembranças, do que somos e de quanto andamos para chegar aqui. No ano em que a América foi criada, nos meses mais frios, um pequeno grupo de patriotas se juntou ao redor de pequenas fogueiras nas margens de um rio congelado. A capital fora abandonada. O inimigo avançava. A neve tinha manchas de sangue. No momento em que o futuro de nossa revolução estava mais em dúvida, o pai de nossa nação mandou que essas palavras fossem lidas para o povo:

    “Seja dito ao mundo futuro… que nos mais profundo do inverno, quando nada além de esperança e virtude podiam sobreviver… que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, fez-se presente para enfrentá-lo”.

    América, diante de nossos perigos comuns, no inverno de nossos sofrimentos, vamos nos lembrar dessas palavras. Com esperança e virtude, sejamos fortes mais uma vez nas correntes frias, e vamos enfrentar a tempestade que se apresenta. Que os filhos de nossos filhos digam que fomos testados, que recusamos deixar esta jornada terminar, que não viramos as costas, que não falhamos; e com os olhos fixos no horizonte e as bençãos de Deus sobre nós, nós carregamos o grande presente da liberdade e o passamos às gerações futuras.”

  18. a globo faz convenios para
    a globo faz convenios para passar os filmes brasileiros…
    Por que os musicos nao fazem convenios com a tv brasil?
    Lembre-se da era villa-lobos, da era de ouro, do tempo em que havia canto orfeonico nas escolas…

    Mas claro que eh preciso mobilizacao de toda a area interessada, participacao, pressao popular..

  19. Muitas gravadoras,
    Muitas gravadoras, especialmente dos Estados Unidos, tem se voltado para o mercado de vinil. Sim o bolachão!

    Já que a concorrência de cd´s com os downloads é inevitável, e desleal, restou gravar música de qualidade no antigo formato analógico.

  20. Quando comecei a ouvir boa
    Quando comecei a ouvir boa música, confiava em tudo que via com o selo DISCOS MARCUS PEREIRA, que desapareceu, fiquei feliz com o selo KUARUP, e agora essa, que tristeza.

  21. Grande idéia essa que o
    Grande idéia essa que o Luciano mencionou: gravar em vinil! Até porque o vinil consegue reproduzir timbres que o CD nem sonha fazer, e o mp3 menos ainda, já que esse formato é ainda mais pobre que o CD.

    Outra opção é a venda pela internet. Há sites que vendem música legalmente, a partir de U$ 0,09. Eu mesmo sou um freguês cativo. Só que há pouquíssima música brasileira nesses sites.

  22. Eu acho que ela não deve ter
    Eu acho que ela não deve ter fechado por causa dos downloads. Eu nunca consegui baixar nada na internet de música instrumental brasileira. Se alguém tiver Guerra-Peixe aí, por favor, passar o link!!!

    O problema é que as pessoas simplesmente não ouvem mais música instrumental. Principalmente os jovens. Então esse estilo de música está cada vez mais restrito, ao ponto de ser considerado um “nicho”.

    A propósito, até conseguir esses cds é difícil. A internet é um ótimo meio para se divulgar a música instrumental brasileira, se alguém que tem os cds resolver upá-los. Mas isso não tem acontecido. Alguém conhece alguma loja aqui em Fortaleza que venda tais cds a preços módicos? Eu ficaria muito agradecido.

    PS: Quando quero ouvir algum compositor, tenho recorrido ao You Tube.

  23. Anselmo Pitombeira:
    Você tem
    Anselmo Pitombeira:
    Você tem razão quando diz que os jovens não escutam mais musica instrumental. Creio que isso aconteça porque não existe acesso a ela. Na verdade o que acontece com o povo é um verdadeiro genocídio cultural. A televisão que poderia ser um maravilhoso instrumento de difusão cultural tornou-se um meio de propagação da mediocridade. O ser humano enquanto tiver uma cabeça sobre o pescoço será capaz de aceitar e gostar do que é melhor, mas ele é privado desse encontro. Meio século atrás, a bossa nova, totalmente revolucionaria musicalmente, era tocada largamente nas rádios e aceita pelo povo. Isso pode voltar a acontecer, necessita apenas de uma vontade politica de mudança. Fico triste de ver o governo de um partido de trabalhadores e intelectuais não atacar de frente esse problema.

  24. Esta é uma matéria do Kid
    Esta é uma matéria do Kid Vinil sobre como as gravadoras americanas estão enfrentando a concorrência dos mp3.

    As alternativas tem sido as midias alternativas, como o vinil (quem diria que um dia chamaria ele de alternativo!), albuns exclusivos e de pequena tiragem e adoção do ” pequeno negócio”, ou seja, vender pouco mas para um público que exige qualidade.

    http://br.noticias.yahoo.com/s/20012009/48/entretenimento-colapso-na-industria-disco.html

  25. Caro Nassif, é a primeira vez
    Caro Nassif, é a primeira vez que frequento seu blog. Encontrei uma referência no blog do PHA e decidi verificar o texto que faz menção a Daniel Dantas e Pablo Escobar. Após fazer a leitura do mesmo, decidi ler alguns outros textos seus, foi quando encontrei esse sobre a Kuarup.

    Fiquei absorto! Eu não sabia e nem saberia se não fosse o seu blog. Lamento profundamente que esse seja o desfejo de uma das poucas gravadoras que prestigiaram a beleza das cantorias sertanesas de Elomar, Xangai e Vital Farias. Apesar de jovem, 24 anos, tive a oportunidade de crescer apaixonado pelas cantigas do Maestro João Omar e pela beleza de seu discurso regional. Infelizmente, uma parte do país que o Brasil “desenvolvido” ignora, não reconhece.

    Espero que viabilizem outros meios para que essa mensagem regional continue chegando a todos os apreciadores da boa música brasileira.

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