Streaming salva a pátria contra a pirataria

Do Interney / Change em Cinema, Games, Televisão

Pirataria perde força com o streaming e Nintendo chora na cama, que é lugar quente

Olha só, será que as empresas de mídia terão um salvador da pátria? 

O grupo NPD (Consumer Market Research) fizeram uma pesquisa sobre o uso das redes P2P (nosso querido amigo Torrent) caiu de 2012 em relação à 2011: a empresa de pesquisa registrou uma queda de 17% YoY.

E com essa queda, pela primeira vez em 13 anos, a indústria fonográfica conseguiu crescer – isso por causa dos formatos digitais. Metade das pessoas que abandonaram o P2P disseram que preferiam os serviços de streaming.

Além disso, a pirataria física como CDs e trocas de arquivos em HD diminuíram em 44% e 15%, respectivamente.

NO mercado de games, a Sony já sacou isso e começou a desenvolver jogos em streaming para o Playstation 4. Recentemente a Sony comprou a empresa de jogos na nuvem chamada Gaikai – o que indica que a Sony investirá nesses games que vão carregando automaticamente à medida que se vai jogando.

Já a Nintendo, em queda frenética com as baixas vendas do WiiU, desesperada pede um ataque do Brasil à sua pirataria. A empresa mandou uma carta para a Secretaria de Comércio dos Estados Unidos pedindo interferência nas piratarias do Brasil, China, México e Espanha, segundo a Nintendo, os maiores polos de pirataria mundial.

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A Nintendo quer que esses países adotem novas leis anti-pirataria para evitar a distribuição ilegal na internet, e responsabilizar provedores de internet por facilitar o acesso à pirataria. Ela quer batidas policiais feitas aos infratores, acusar criminalmente os pirateiros e divulgar tudo publicamente.

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Caras, a Nintendo tá de sacanagem, né? Essa postura me lembra muito de uma matéria que eu vi em um desses telejornais no início dos anos 2000, com uma batida na polícia federal na Uruguaiana, grande centro de camelôs do Rio. A PF colocou todos os CDs na rua e passou com um trator em cima de todos, com Gal Costa, Caetano Veloso, os Titãs e uma porrolhada de músicos comemorando, como se aquilo fosse acabar com a pirataria de CDs.

Não vai. O que vai melhorar é criar soluções práticas, rápidas e baratas.

Sempre quis ver o Breaking Bad. Já estava no fim da quarta temporada e eu tinha as seguintes opções:

a) Comprar todos os boxes de DVD e gastar uma nota
b) Sair de casa e tentar encontrar uma locadora física que alugasse boxes de séries
c) Baixar todos os torrents (o que ia demorar bastante) e depois achar todas as legendas e checar se estão com sincronia
d) Baixar episódio por episódio em sites de servidores, como o 4shared, mediafire, etc – só que aí precisaria achar links válidos e esperar horas para baixar outros.
e) Ou pagar 15 reais e ver tudo via streaming em HD pelo Netflix, com legendas.

E a opção pelo streaming vai ficando cada vez mais comum, mesmo em países que ainda não estão amadurecidos digitalmente, como é o Brasil.

O conteúdo tem que ser barato e tem que ir onde o consumidor está. A União Internacional de Telecomunicações acabou de divulgar que o número de assinaturas de telefonia celular ficará próximo de 7 bilhões até o começo de 2014, número próximo ao da população global. Porra, olha o mercado em potencial de streaming aí!

Ofereçam boas tecnologias a preços acessíveis, que as pessoas naturalmente optarão por eles – pode demorar (e no Brasil vai demorar ainda mais), mas aos poucos tudo vai mudando.

Luis Nassif

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