Luiz Carlos Miele morre aos 77 anos

 
Jornal GGN – Luiz Carlos D’Ugo Miele, produtor musical, ator e diretor, faleceu aos 77 anos, nesta quarta (14), em sua casa em São Conrado, no Rio de Janeiro. Segundo os Bombeiros do quartel da Gávea, Miele morreu após sofrer um mal súbito. 
 
Luiz Carlos Miele nasceu em 1938, em São Paulo, e começou sua carreira como locutor de rádio. Em 1959, se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de estúdio na TV Continental. Junto com Ronaldo Bôscoli, começou a produzir shows no Beco das Garrafas — reduto que reuniu Sérgio Mendes, Elis Regina e Wilson Simonal, e também foram donos da boate Monsieur Pujol. Miele e Bôscoli foram contratado pela TV Globo e produziram  programas como “Alô, Dolly” e “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma canção”. Na década de 1970, atuou como humorista em programas como “Faça Humor, Não Faça Guerra” e “Planeta dos Homens”.
 
Do G1
 
Luiz Carlos Miele morre no Rio
 
Diretor faleceu em sua casa em São Conrado, Zona Sul da cidade. Artista tinha 77 anos e seu último trabalho na Globo foi em 2014.

O produtor musical, ator e diretor Luiz Carlos D’Ugo Miele, de 77 anos, foi encontrado morto em sua casa em São Conrado, Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (14). Bombeiros do quartel da Gávea foram acionados para uma ocorrência no local, mas Miele faleceu após sofrer um mal súbito, antes da chegada dos militares.

Segundo Vania Barbosa, empresária e amiga de Miele e da família, a esposa do artista o encontrou caído no chão do escritório na manhã desta quarta e chamou os bombeiros, que constataram o óbito ao chegarem em seu apartamento, em São Conrado. Segundo ela, o mal súbito que acometeu o diretor pegou parentes de surpresa.

“Aparentemente ele não tinha nenhum problema de saúde”, contou Vania ao G1. Às 11h, o corpo seguia no apartamento.

Nascido em 1938 em São Paulo, o artista, que começou a carreira como locutor de rádio, foi responsável por produzir shows de diversos cantores famosos. Ele se mudou para o Rio em 1959, onde trabalhou na TV Continental como diretor de estúdio.

Da amizade com Ronaldo Bôscoli, um dos principais nomes da Bossa Nova, passou a produzir shows no Beco das Garrafas — reduto que reuniu Sérgio Mendes, Elis Regina e Wilson Simonal. Com Bôscoli, foi dono da boate Monsieur Pujol, por onde passaram artistas como Ivan Lins, Stevie Wonder e Marcel Marceau.

Contratados pela Globo, Miele e Bôscoli produziram os programas “Alô, Dolly”, “Dick & Betty” e “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma canção”. Na década de 1970, atuou como humorista em programas como “Faça Humor, Não Faça Guerra” e “Planeta dos Homens”.

“Miele é uma das figuras mais importantes do entretenimento brasileiro. Foi um cara que ajudou a desenvolver a linha de shows, sobretudo da TV Globo. Foi o homem que dirigiu o Roberto Carlos a vida inteira. Miele teve uma vida bem intensa, cheia de experiências. É uma figura emblemática do entretenimento pela relação que teve com vários artistas. [Foi] uma pessoa de excelente bom humor. Foi uma experiência mágica poder vê-lo em ação”, diz João Marcelo Bôscoli, filho de seu maior parceiro.

Nos meados de 2000, ele retomou a carreira na televisão. No seriado “Mandrake”, viveu o advogado Wexler. Na Rede Globo, em 2008, participou de “Casos & Acasos” e “Tapas e Beijos”. Na novela “Geração Brasil”, interpretou o milionário Jack Parker.

Redação

12 Comentários

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  1. E assim se vão os grandes brasileiros.

    E para o lugar deles, o que temos?

     

    Funkeiros, pagodeiros de araque, atores de novela sem talento, políticos canalhas, só lixo…

     

    Aliás, a grande crise no Brasil é de talento. Antes, pessoas notáveis ajudavam o país a seguir em frente.

     

    Hoje, o precipício está cada vez mais perto.

     

  2. Hoje o chavão “artista

    Hoje o chavão “artista completo” se repetirá ad nauseam para definir esse verdadeiro showman. Nenhum problema: para ele é mais que pertinente. Ator, escritor, dançarino, humorista, diretor de TV, cantor, humorista, compositor……..e não sei mais quantos talentos. Formou com Ronaldo Boscoli uma das duplas mais famosas do meio artístico nacional. 

    Mais uma preciosidade que se vai. 

  3. .

    Como diz Chico no documentario sobre seu ultimo disco “desde garoto que desconfiava que um dia iria envelhecer”. Eu desde criança que desconfiei que um dia iria morrer. Sem choro nem vela, com fita amarela. Saravah Miele!

  4. Houve um  tempo em que muitos

    Houve um  tempo em que muitos consideram Miele um chato por só gostar de reproduzir os americanos. Com o passar dos anos, em especial nos útlimos, viu-se que ele, sem dúvida, era uma figura muito importante, que macou época com seus msicais, e com a bossa nova. 

    Surpreendi-me com a notícia porque não faz um mês que Miéle apareceu no programa de Justos, antes um pouco do novo lançamento da Fazenda. Ele estava ótimo, aparentemente bem de saúde. Parece que ele andou dançando no Faustão ainda neste 2015.

    Enfim, ele era um cara bem familiarizado com a televisão, sempre alegre, e muito bonito. 

    Deixará um espaço bem vasio para os que com ele conviveram, e para quem, como telespectador gostaria de vê-lo 

    Que Deus receba a alma de Miele, este sempre dançando e cantando em outros planos. 

     

  5. Foi um mestre em seu tempo.

    Lançou shows memoráveis que tornaram a cara da bossa nova e, junto com Boscoli, fez o minusculo Beco das Garrafas a Broadway brasileira, deixando em seu rastro sucessos com Lennie Dale, Elis Regina, Leny Adnrade  e Wilson Simonal com seu talk-show. Passaram pelas suas mãos também os instrumentistas Sergio Mendes, Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Edson Machado, Tião Neto, Bebeto, Hélcio Milito, Dom Um, Victor Manga, enfim, a patota da nata bossanovista até chegar ao rei do ye-ye-ye, Roberto Cartos. Vai deixar saudades na nossa malfadada mpb. 

  6. Showman brasileiro – fará falta

    Miele foi um mestre, um gentlement, um verdadeiro showman. Acredito que com ele fecha-se um ciclo de grandes artistas brasileiros de quilate que realmente abrilhantaram a TV brasileira.

  7. que siga em paz

    Realmente uma geração talentosa está indo embora mais rápido do que se desejaria e no seu lugar não está ficando nada que valha muito a pena, infelizmente, em todos os setores do Brasil. Que descanse em paz!

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