A questão da regulamentação da prostituição e o desamparo social

Por Alessandre de Argolo

Comentário ao post “Militantes da Marcha Mundial das Mulheres dizem que Jean Wyllys “desqualifica luta feminista”

Falta pouco para você começar a defender a esterilização em massa das mulheres pobres.

O problema do desamparo social, da falta de perspectiva econômica, da falta de planejamento familiar e etc, passa também, mas não exclusivamente, por questões como a da clandestinidade da prostituição.

O quadro que você descreve, que acomete algumas mulheres nas periferias, é influenciado por fatores outros, não relacionados ao que se deve analisar em termos de legalização da atividade. Ao contrário, a legalização pode ajudar a melhorar o quadro, pois as trabalhadoras poderão contar com uma rede de proteção, dependendo da dimensão que o mercado em questão atinja (planos de saúde, previdenciários, auxílio-creche, auxílio-alimentação e etc). A prostituição, pela sua natureza, poderá ser exercida como profissão liberal ou com vínculo empregatício. E aí toda uma gama de situações se abre no horizonte. Quanto mais competente a prostituta, quando mais reunir as aptidões necessárias, maior o sucesso na profissão. Será como em outras áreas.

É justamente isso, essa equiparação, que choca as pessoas, do mesmo jeito que deve chocar quando elas pensam na possibilidade de estarem numa restaurante e, na mesa ao lado, dois homossexuais masculinos estarem se beijando. Falo homossexuais masculinos de propósito, porque choca mais a sociedade machista brasileira. Muita gente se sente desconfortável em relação a isso, do mesmo jeito que se sente desconfortável quando pensa na legalização da prostituição. Imagina logo, por exemplo, uma criança na escola tendo que dizer a profissão da mãe. Preconceitos, discriminações. É disso que se trata no fim das contas.

O que você fala de mulheres pobres, solteiras, analfabetas e etc, desamparadas, com muitos filhos, acontece em muitos outros casos e não depende exatamente do que elas fazem para ganhar a vida. A mulher do teu exemplo poderia ser uma empregada doméstica explorada pelos patrões daquele setor da classe média que costumeiramente não paga os direitos trabalhistas como previstos em lei.

E alguns deles (não estou dizendo que é o teu caso), ainda arrumam um tempinho para discursar na Internet contra a prostituição, enquanto atividade opressora da mulher.

C’est la vie

Redação

52 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Argolo critica o moralismo da

    Argolo critica o moralismo da sociedade, moralismo enrustido, confuso e dissimulado que fazem ditos progressistas ficarem chocados com a regulamentação da profissão de prostituição e faz com que conservadores defendam a causa (engraçado que não falam da prostituição masculina que tem aumentado muito mais). Tudo depende do viés e do oportunismo do momento.

  2. Gostei!

    Gostei, muito boa a sua defesa. Na enquente da Carta Capital, votei a favor da legalização da profissão, apesar de ser cutista de primeira hora. A Central está totalmente equivocada nesta questão, aliás em matéria de equívocos cutistas, ultimamente, não há nenhuma novidade.

  3. Se em países do primeiro

    Se em países do primeiro mundo a distribuição de renda e oportunidades diminui a quantidade de prostitutas empurradas pela pobreza, é também uma realidade que estes países precisam “importar” trabalhadoras para desempenhar serviços domésticos, manuais, mal remunerados, e outros que as mulheres recusam.

    Quem nunca ouviu falar da brasileira que se torna babá nos Estados Unidos, ou da descendente de japonês que vai desempenhar trabalho pesado em indústrias no Japão? Se as mulheres que possuem oportunidades não querem mais ser prostitutas, também não querem ser trabalhadoras braçais igualmente.

    Ontem, uma comentarista afirmou que mulheres deveriam ser advogadas, juízas, médicas. Mas ser operadora de telemarketing, ou bóia-fria, ou balconista do Mcdonald’s, também não são trabalhos que danificam a higidez física e mental de uma trabalhadora? 

    Se este fosse o critério, deveríamos desregulamentar tais funções também, para coibir sua proliferação, e exigir que o governo fornecesse as condições para que todas elas pudessem se qualificar. 

     

     

     

    1. Que belo desmonte de

      Que belo desmonte de falácias, Arthur!

      A questão com a prostituição é a proporção de gente explorada sem carteira, sem chances de contribuir ara previdência e tal.

      Usar moralismo agora é o fim da picada. É muito fácil fazerem o discurso ‘protetor da mulher’ mas não fazer absolutamente nada ao lado, nada além do discurso fácil.

      Que seja plenamente regulamentada e regularizada a profissão.

      Aí vemos se há mesmo o interesse da sociedade em dar opções profissionais, tal como não faz para quem trabalha em lanchonetes, escolinhas, etc, etc, etc, etc.

      1. Obrigado pelo prestígio,

        Obrigado pelo prestígio, Gunter.

        A mesma pobreza que gera prostitutas, gera operadoras de call center e funcionárias de Mcdonald’s.

        Se a maioria das Suecas e Canadenses não se tornam prostitutas, um número menor ainda delas se tornariam operadoras de telemarketing, convivendo com o assédio moral, metas de produtividade surreais, clientes furiosos e salários imorais. 

        Esse povo pode até não admitir, mas a questão de fundo é a de sempre, o moralismo de enxergar prostitutas como “indignas”. É aquele papo: “pelo menos as funcionárias de call center estão fazendo algo honesto”.

        Querem tanto proteger as garotas de programa dos preconceitos da sociedade, mas no final ajudam a perpetuá-los.

    2. Legal, uma maravilha, fantástico o seu argumento!!!!

      Já que você reduz seu olhar sobre a prostituição, como mera questão trabalhista; que se prostituir, para você, é igual a servir hamburger, atender telefonemas mal humorados no telemarketing, limpar cacas de crianças e outros trabalhos braçais maçantes e penosos; eu lhe faço um desafio de aceitar uma proposta de trabalho voluntário, para arrecadar recursos a uma causa nobre de sua escolha; uma atividade que requer prática e habilidades de fácil domínio, que com certeza você já as tem; mas não precisa aderir agora, tente antes se imaginar nesse ofício e dizer com sinceridade se é capaz, de realizar o trabalho proposto ou prefere servir hamburger, capinar na roça, …

      Que tal você, por uma causa nobre, em alguns finais de semana, realizar serviços sexuais com pessoas que você não conhece, nunca viu na vida, não tem a menor empatia e fazer com elas, sexo sem afetividade. Note bem, eu falo de prestar serviços, não de ser cliente. Responda sinceramente, não vale alegar falta de vocação “profissional” para o troço, pois é um trabalho simples, realizado milenarmente, igual a puxar uma enxada, e você terá apenas jornadas por alguns dias, não estará condenado na “profissão”; nem alegue falta de tesão, prostituta faz sem ter, seja “criativo” e realize as fantasias do cliente.

      Se você é capaz de se ver prostituído, porque este é um trabalho como outro qualquer e, segundo você diz, até menos penoso do que o de muitas profissões legalizadas, parabéns, podemos começar a discutir sem hipocrisia, a natureza desse “trabalho” como outro qualquer; mas antes, tente responder, que condições sociais despertam nas mulheres a “vocação” ou a necessidade para, por “livre escolha”, elas consentirem em se prostituir, será uma escolha livre realmente?

       

      Rode bastante a bolsinha e depois me responda.

      1. É justamente por isto que as

        É justamente por isto que as trabalhadoras do sexo precisam de regulamentação, proteção, direitos trabalhistas, aposentadoria especial, FGTS..deu pra entender?

        Vocês contra a regulamentação ficam aí bradando aos quatro cantos que na Suécia foi proibido, mas esquecem que para chegarmos na Suécia existe um mundaréu de distância.

        E que lá, na Suécia, ninguém quer ser prostituta, mas também não quer ser operadora de call center, operárias, domésticas, e outros empregos.

        Eu não disse que ser prostituta e doméstica equivale (e nem vou entrar neste mérito aqui), eu disse que ambos são resultado de contingências sociais irresolvíveis por filosofia de boteco e carolismo indisfarçado.

        1. Você fugiu da pergunta.

          Se aceitaria ou não, voluntariamente, com todos “direitos trabalhistas” e cuidados de higiene assegurados, trabalhar alguns dias apenas como prostituta, dar uma de Belle de Jour em prol de uma causa nobre.

          Não faz mal, não precisa responder de imediato, deixei a pergunta para sua profunda reflexão interior, continue rodando a bolsinha até responder. A pergunta é simples e direta para uma discussão sem hipocrisia; você aceitaria se prostituir durante alguns dias, ou preferiria realizar um penoso trabalho braçal? A partir de sua resposta, poderemos desvendar se estamos ou não diante de uma questão trabalhista. As sindicalistas da CUT, que têm tudo para puxar a brasa para a sardinha, entendem que não elas acham que o problema é mais sério para ser resolvido, numa simples regulamentação “profissional”. É preciso o entendimento mais amplo, de que a prostituição afeta a condição feminina na sociedade, é uma herança atávica da sociedade patriarcal, não é conferindo uma legalidade que a reforça, situação verificada onde ocorreu, que se vai combater o que ela representa.

          Onde está o carolismo das feministas que criticam o projeto? Há vozes totalmente desvinculadas do puritanismo de fundo religioso, que não aceitam a redução da abordagem política da prostituição, como uma mera causa trabalhista. Essa postura não enxerga as prostitutas como pessoas indignas, acreditam que é possível auxiliá-las, sem recorrer a um duvidoso estatuto de legalização, de uma milenar forma de exploração do corpo feminino pela sociedade patriarcal. É possível estender direitos sociais às prostitutas, defendê-las dos cafetões e da violência policial, prestar-lhes assistência, sem legalizar bordéis, e assegurar, o que a maioria deseja, os meios para mudarem de atividade, coisa completamente esquecida nesse projeto do deputado, mas que se apressou em estabelecer os ganhos dos prostíbulos. As preocupações do deputado são centradas em medidas que, efetivamente, alavancarão uma poderosa indústria no país, que promove, além da barbárie do retorno do tráfico de pessoas, uma legitimidade para a banalização da venda do corpo feminino.

  4. Moralismo conversa fiada. Uma

    Moralismo conversa fiada. Uma mulher num prostíbulo legalizado será mais explorada ainda. Não tem como pegar o explorador sexual  porque está legalizado. O que tem que ter é uma rede de atendimento as prostitutas e apoio para que as mulheres que ganham a vida desta forma por desajuste social e desejam dela sair, sejam encaminhadas profissionalmente. E aquelas mulheres que querem ser prostitutas deverão ser autônomas e ganhar o seu dinheiro por inteiro sem repartir com proxeneta nenhum.

    Prostituição não é crime e a exploração da mulher se dá justamente porque um cafetão (ou cafetina) lhe tira a maior parte dos ganhos. A lei permitirá a legalização deste explorador. Até parece que um prostíbulo dos confins do Brasil ou do submundo das grandes cidades vai legalizar a situação destas mulheres. Em compensação o prostíbulo estará legalizado.E eu quero ver quem vai querer ter a carteria profissional registrada como prostituta? Se esta mulher quiser mudar de vida como é que vai fazer? Será que alguma empresa contratará para o seu quadro de funcionárias alguém que tem registro anterior de prostituta? 

    A prostituição do corpo, sem moralismo algum, é degradante porque obriga a nós, seres humanos, a nos submetermos a qualquer pessoa que do nosso corpo queira fazer uso. Usar o corpo é uma coisa, ter prazer sexual fazendo sexo é completamente diferente. E todos nós temos direito, não a prostituir nosso corpo, mas a dele fazer uso somente quando quisermos ter prazer sexual.

    Uma coisa é ser uma personagem como esta ex-prostituta parceira do Jean Willis, Outra bem diferente é uma mulher que por desamparo total e por ser explorada desde sempre ganha a vida  nos becos miseráveis do Brasil.

    1. Tentando negar o moralismo no

      Tentando negar o moralismo no ataque a não regulamentação, Vera foi quem mais contribuiu para ratificar a posição de Argolo, ao nos brindar com um texto eivado de moralismo e conservadorismo.

      Primeiro parte ao ataque à possível lei pela ineficiência em fazê-la ser cumprida. Porém, se adotarmos esta premissa, não se deveria existir lei alguma, pois todas apresentam  dificuldade semelhante em se fazer cumprir. O primeiro passo de qualquer lei é sua promulgação, passando pela difusão para a sociedade, conjuntamente a fiscalização e punição aos infratores. O argumento de dificuldade de cumprimento é o primeiro utilizado pelos conservadores para se deixar tudo como está.

      Em seguida vem o supra sumo do moralismo, ao afirmar que ninguém daria emprego a alguém que tivesse o registro de prostituta na carteira de trabalho. Se a profissão é reconhecidamente legal, porque alguém negaria emprego a não ser por razões morais e/ou religiosas? Qual o crime alguém se prostituir, seja pelo motivo que for? Aqui a nossa colega escancara todo seu moralismo, ao considerar (ex) prostitutas indignas de execer outras profissões, por puro e simples moralismo.

      Por fim, ela examina a suposta exploração de alguém dispor do corpo da mulher em troca de remuneração. Mais uma vez se exarceba o moralismo, pois a colega esquece que toda e qualquer prestação de trabalho e/ou serviço se dá nestes termos, ou seja, alguém paga pelo uso de alguma característica do seu corpo, seja física ou intelectual. Qual a diferença entre pagar pelas habilidades manuais ou intelectuais  e pagar pelas dotes sexuais de alguém? O que além do moralismo explica a condenação no caso sexual e a total aceitação nos demais casos? É significativamente diferente uma modelo receber por um trabalho fotográfico de uma prostituta receber por sexo? Ambas não estando recebendo pelo uso do seu corpo? Trabalhar como modelo também é aviltante e degradante?

      Este caso é bem simples, se existe a demanda na sociedade pelo serviço e se existem pessoas dispostas, seja por qual motivo, a prover tal serviço, o mesmo deve ser regulado e amparado, para garantir os direitos dos envolvidos, principalmente aqueles em situação mais frágil. Negar isso por puro moralismo é o fim da picada.

      Sabe quando a prostituição vai acabar? Quando a sociedade deixar de encarar sexo como um tabu, de modo que seja natural e descomplicado arrumar um parceiro, seja fixo ou eventual, de modo que ninguém precise pagar por isto. Enquanto este moralismo atual perdurar, enquanto o sexo for visto como tabu, a necessidade de se pagar e a oferta por sexo vai sempre existir.

       

       

      1. Falos&Fotos.

        “É significativamente diferente uma modelo receber por um trabalho fotográfico de uma prostituta receber por sexo?”

        Vou tentar desenhar algumas diferenças, para saber de você, se são significativas ou não. Eu lanço duas propostas de jornadas de trabalho, para você fazer o seu preço único por jornada, poderá embolsar ou doar para alguma causa nobre de sua escolha. A primeira tarefa seria ficar disponível por um dia, para que um grupo de fotógrafos o procure e cada um faça, diferentes ensaios em ambientes de sua cidade; você, evidentemente, estará de corpo presente, deverá exibí-lo para as lentes e desta forma vai “alugá-lo”. Você poderia pegar um pouco mais de sol, um pouco de poeira ou corrente de ar frio, alguma intempérie que lhe dê resfriado ou febre ligeira.

        A segunda tarefa é moleza, trabalho de quem leva uma vida fácil. Você deverá ficar disponível num bordel, receber uns caras estranhos, que nunca viu na vida, que lhe vão solicitar serviços oferecidos pela casa, como os descritos na tabela abaixo. Você também estará  ali de corpo presente e deverá alugá-lo, para, sem nehum tesão, empatia e até desconforto com o cliente, ser enrabado, pagar boquete e realizar fantasias grotescas solicitadas por eles. Você vai receber algumas secreções, de nenhum cliente é exigido exame prévio, mas o seu deverá estar em dia; poderá contrair uma DST mas, no seu caso, diferentemente de uma prostituta, não há risco de uma gravidez indesejada.

        Você que não vê diferenças significativas nelas, que são trabalhos com outro qualquer, que não guarda nenhum preconceito moralista em relação a eles, poderia responder, se tivesse a oportunidade de escolher apenas uma tarefa, qual delas você não faria e por que?

        Se fosse obrigado pelo contrato de fazer as duas, toparia esse contrato? E se não, por que?

        Responda com sinceridade e diga se há ou não diferenças significativas. Imagina qual delas é a pior remunerada e diga, das duas atividades, qual você aconselharia para as mulheres de sua família.

         

         

    2. Prostituição não é crime e a

      Prostituição não é crime e a exploração da mulher se dá justamente porque um cafetão (ou cafetina) lhe tira a maior parte dos ganhos. A lei permitirá a legalização deste explorador.

      Todo trabalhador não-autônomo é explorado no sistema capitalista, entregando a maior parte dos ganhos para o patrão, então nenhuma novidade aí e não teria porque ser O problema.

       

      A prostituição do corpo, sem moralismo algum, é degradante porque obriga a nós, seres humanos, a nos submetermos a qualquer pessoa que do nosso corpo queira fazer uso.

      Porém, dentro de um cenário legalizado e regulamentado, uma hipotética recusa na prestação do serviço poderia se configurar em preconceito ou mesmo racismo…e mais problemas para o Procon.

       

      Usar o corpo é uma coisa, ter prazer sexual fazendo sexo é completamente diferente. E todos nós temos direito, não a prostituir nosso corpo, mas a dele fazer uso somente quando quisermos ter prazer sexual.

      O problema dessa visão é colocar o prazer sexual num pedestal, enquanto outras formas de prazeres podem ser negociadas e comerciadas. Mas não todas, é claro, pois ainda tem a questão da proibição das drogas.

       

      1.  Tentar diminuir a minha

         Tentar diminuir a minha argumentação me acusando de moralista não é argumento. Moralista sei que não sou e portanto tanto se me faz. Minha defesa é contra a exploração de mulheres.

        Sou contra é a exploração de seres humanos e esta conversa que no capitalismo vendemos o trabalho é um argumento ridículo. No trabalho decente há dignidade, já na exploração de corpos alheios há escravidão. O maior beneficiado desta lei serão os donos de prostíbulos. Se é para defender o sistema capitalista, que essas mulheres encontrem então apoio para se tornar agentes de si mesmas.

        Assistam o filme Bruna Sufistinha e vejam a partir de quando ela passou a ganhar dinheiro. Vejam também como o emociaonal dela não aguenta e ela passa a ser dependente de drogas. Prostitutas precisam de apoio e promoção social, não de puteiros legalizados.

        1. Em nenhum momento eu falei em

          Em nenhum momento eu falei em moralismo ou a acusei de ser moralista…então imagino que a resposta é para o Artur Marques.

      2. Olha aí, Ed, para homem é

        Olha aí, Ed, para homem é dificil entender mas o direito da mulher ter prazer no sexo vem dos anos 60 do século passado. Não é questão de colocar o sexo num pedestal, é de defender o direito de todas as mulheres terem prazer ao fazê-lo. 

        E sou a favor da liberação das drogas justamente porque o viciado também é vítima de violência e exploração.

  5. Sou pela regulamentaç, mas esse tipo de “defesa” me faz vomitar

    Uma prostituta “eficiente” se dará bem? E pode ser uma boa empregada? Cafetao agora é empreendedor? Argh! 

    1. Uma características dos

      Uma características dos locais de prostituição é ter sempre “carne nova” para oferecer aos clientes. Desta forma, quanto tempo uma prostituta ficará registrada numa destas casas? Degradação humana se combate, não se legaliza. Se assim não fosse deveríamos legalizar locais para que usuários de drogas pudessem usa-las sem serem importunados.

      1. Em qualquer emprego pessoas

        Em qualquer emprego pessoas são demitidas.

        Este não é o problema. Mas concordo contigo que será muito díficil, na prática, haver a regulamentação.

        1. As pessoas procuram trabalho

          As pessoas procuram trabalho registrado para ter segurança. Quanto tempo durará a carreira de uma prostituta? Não é mais fácil criar casas de apoio por lei ao invés de legalizar a profissão de proxeneta?

          1. Uma coisa nada tem a ver com

            Uma coisa nada tem a ver com a outra.

            Panicats iriam ir para casas de apoio ?

            As que trabalham na Augusta iriam ?

            Legalizacao seria para todas. 

            Casas de apoio algumas precisam, é verdade, mas longe, muito longe de serem todas. 

            Casas de apoio poderiam ser feitas para todas as pessoas menos favorecidas socialmente.

            Jogadores de futebol também tem carreiras muito curtas e 95% ganham baixíssimos salários. 

      2. Programas de redução de

        Programas de redução de danos, como o de troca de seringas para usuários de heroína se aproximariam da solução que você citou como “absurda”…

        http://en.wikipedia.org/wiki/Needle_exchange_programme

        …e por sinal, o Canadá já tem algo bem  “degradante”.

        http://en.wikipedia.org/wiki/Insite

        Insite is the only legal supervised injection site in North America, located at 139 East Hastings Street, in the Downtown Eastside(DTES) neighbourhood of VancouverBritish Columbia.[1] The DTES had 4700 chronic drug users in 2000 and has been considered to be the centre of an “injection drug epidemic”. The site provides a safe and health-focused location for injection drug use, primarilyheroincocaine, and morphine.[2][3] The clinic does not supply any drugs.[4] Medical staff are present to provide addiction treatment, mental health assistance, and first aid in the event of an overdose or wound. In 2009, the site recorded 276,178 visits (an average of 702 visits per day) by 5,447 unique users; 484 overdoses occurred with no fatalities, due to intervention by medical staff.

        1. Pois é, Ed Doer.
          Tem esta

          Pois é, Ed Doer.

          Tem esta questão da Seringa (reduzindo os riscos de contração de HIV), e também do acompanhamento médico, em caso de overdose ou complicações decorrentes do uso da droga.

          1. Eu não disse que sou contra a

            Eu não disse que sou contra a liberação de casas para que usuários de drogas possam usa-las em segurança. Disse que a liberação de casas de prostituição tem a mesma equivalência.

            Mas nas duas questões, por haver degradação humana, há a necessidade de combate e ajuda. Legalizar o trabalho do cafetão não vai adicionar nada à exploração da mulher. O cafetão ficará garantido, a mulher não. É idealizar demais achar que os males da prostituição serão resolvidos com esta lei. 

            Não sei o quanto tem de verdade no livro da Bruna Surfistinha e eu só vi o filme. Mas ela só passa a ganhar dinheiro quando se torna sua propria agente. E tem mais, seu emocional não suporta a vida que leva e ela passa a fazer uso de drogas. 

             

          2. Você precisa sair de cima do muro e se decidir

            O problema é a prostituição em si ou fato de se elas irão conseguir ganhar dinheiro?

            Teu comentário parece ter se preocupado com o segundo aspecto em detrimento do primeiro.

          3. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

            Ver a regulamentaç c/ mal menor é diferente de ver a prostituiç como um negócio como outro qualquer, em que a “eficiência” é uma vantagem, etc. Mas nao dá mesmo para esperar que um cara como você possa perceber a diferença. 

          4. O que não dá para esperar é que uma conservadora como você…

            …deixe de disfarçar o seu conservadorismo com essa desculpa de mal menor.

            O teu desejo evidente é o de considerar as prostitutas umas sem vergonha despudoradas e que queimam a imagem das mulheres em geral.

            Como você é fingida, como todo bom fake, carece de coragem para assumir abertamente essa posição conservadora e atrasada.

            Tua opinião sobre a prostituição é a pior possível do ponto de vista moral. Mas você não tem coragem de assumir isso. Ao invés de conceder às mulheres o amplo direito de se prostituírem, se assim quiserem, fica com esse discursozinho paternalista de mal menor, como se elas fossem umas coitadinhas que precisassem de compreensão, até sair do “mundo horrível” da prostituição.

            Esse é o teu pensamento, que você, repita-se, não tem coragem de assumir. Assume logo, fake. Todo mundo já sacou qual é a tua.

             

          5. Você é um arrogante pretensioso

            Fale por você, nao por mim, que nao te passo procuraçao para isso. Nao sabe nada de mim, nao há nada mais longe de mim do que moralismo. Mas ser contra a prostituiçao nao é ser moralista, é ser contra a violência contra a mulher. O que você evidentemente nao é. Passa fora! 

          6. Você continua sendo o mesmo fake estúpido de sempre

            Você é tão estúpida que, mesmo considerando a prostituição uma atividade indigna, opressora da mulher, atentatória contra a sua dignidade, uma violência e etc, defende uma regularização para evitar o “mal menor”, contradição que se faz porque é covarde o suficiente para evitar ser acusada do que verdadeiramente é: uma moralista tacanha e conservadora.

            Se eu, pelo menos um segundo sequer, considerasse, como antes considerei, mas revi minha posição, que a prostituição é indigna ou uma violência contra a mulher, por uma questão de lógica e coerência, jamais defenderia a legalização da prostituição. Estaria, isso sim, defendendo a proibição da prostituição.

            Mas isso sou eu, que não sou hipócrita nem estúpido e sei as consequências de assumir certos valores como premissa, como princípios. Se para mim, a prostituição fosse indigna, degradante, uma violência contra a mulher, uma opressão contra ela, eu jamais defenderia a legalização da prostituição, muito menos enquanto uma política de redução de danos. Quem, como você, pensa dessa forma, não sabe nem o que está fazendo e trai as próprias convicções. Enfim, é um vacilão (ou vacilona, nunca se sabe o verdadeiro sexo de um fake), uma pessoa que titubeia frente aos seus próprios valores, que age por conveniência para não assumir claramente o que verdadeiramente defende.

            Mas não dá para esperar que um fake covarde e demagógico, que se esconde por trás da desculpa do “mal menor” para tentar disfarçar o conservadorismo e o moralismo tacanho que ostenta sobre o assunto, seja capaz de entender isso.

          7. Você nao é hipócrita, realmente. É indigno mesmo

            Há caras aqui defendendo a regulamentaçao com argumentos tais que me fazem pensar que estao defendendo é o seu acesso ao “produto”. Mas com você é pior. Do jeito que fala, leva a pensar que está louco para a regulamentaçao sair e poder abrir o seu próprio bordel, um negócio tao “digno” e promissor, tao lucrativo. Você nao teria escrúpulos nenhuns com isso, nao é mesmo? 

            Aliás, numa coisa você está certo. Está — nao só, mas tb — me levando a rever minha posiçao. 

            Passa fora, cretino. 

          8. Você entendeu certinho.

            Você entendeu certinho. Defendo que o  dinheiro recebido com a prostituição fique com as mulheres, não com o explorador da prostituição, que terá sua atuação legalizada pela lei. E mais que isso defendo programas de apoio e de promoção para as prostitutas. Porque nenhum prostíbulo registrará a carteira de uma mulher velha, mas o dono do prostíbulo ganhará dinheiro com o seu corpo enquanto ela for jovem.

    2. Não é uma questão sindical.

      Vai reclamar? O realismo político sempre traz companhias desagradáveis; de repente, seus adeptos se veem lado a lado, com quem conceitua sobre a “eficiência” de uma prostituta e o “empreendedorismo” de um cafetão. São expressões de dar náuseas e doer os ouvidos sensíveis ou femininos. Sinceramente, dá para acreditar que quem as utilize tenha, qualquer compromisso com a causa feminista? Será que, com esse tipo de aliado defensor do “direito” da mulher se prostituir, não dá para desconfiar do conteúdo do que querem institucionalizar? Você ainda tem dúvidas, de que se trata de um alegre projeto do patriarcado machista tupiniquim? Se sabe que o projeto é uma afirmação do machismo mas, pragmaticamente apóia, não reclame.

      É possível dar assistência às pessoas, sem institucionalizar a “profissão”. Pelo menos um partido de esquerda, o PSTU, diferentemente do PSOL, apresenta uma proposta programática mínima, para dar assistência às mulheres em prostituição; nele está contemplado a obrigação de se prover meios para o abandono da “profissão”, o projeto do PSOL nada fala sobre isto, apesar de se saber que, até pelos motivos mostrados aqui abaixo pela Vera Lúcia – uma prostituta aos trinta é “velha” – a maioria busca meios de largar o ofício, pela próprias condições duríssimas da vida “fácil” e o destino precoce de se tornar inservível ao “mercado”.

      O mito da “profissão” mais antiga do mundo mostra uma realidade e difunde uma falácia; o real é que a mulher foi a primeira classe explorada na sociedade patriarcal; a falácia é dizer que a prostituição é inata da condição feminina. O feminismo é uma proposta de revolução sexual para liberar a mulher do patriarcalismo, por isso não compactua com a prostituição, uma instituição patriarcal que sempre oprimiu o mundo feminino, faz objeções a ela que nada têm a ver, com o moralismo puritano que tentam lhe impingir. Não se abdica princípios éticos em nome de “realismo político”; as feministas encaram a prostituição, como uma forma de estupro e escravidão, não se legaliza ofício de estuprada ou escrava, para que se seja estuprada ou escravizada, mas com cláusulas trabalhistas. Naturalizar, banalizar a prostituição é incompatível com o projeto feminista emancipador. A prostituição não é inata da mulher e nem inevitável, sem essa de relaxar e … desculpe-me esta conclusão, mas tem horas que realismo político me soa assim.

      1. Acho que você tem razao em 90% mas…

        Me preocupa a ausência de direitos previdenciários, auxílio saúde (se bem que o SUS hoje em dia nao exige relaçao de emprego; mas o auxílio-doença exige…). Talvez um modo de resolver isso fosse facilitando o registro como autônoma sem necessidade de especificar profissao. E o registro de casas onde possam exercer a profissao sem ser na rua me parece positivo, se bem que seria regularizar nao a prostituiçao mas o proxenetismo. Talvez com a exigência de que fossem geridas pelas próprias mulheres. 

        Concordo com você que dar aval à prostituiçao é péssimo. Mas um mínimo de realismo é sim necessário, N. Nao se vai conseguir acabar com a prostituiçao, mas se pode ao menos melhorar as condiçoes de exercício dela. 

        Mas com algo eu devo concordar com você. Nao há nada tao ilustrativo do lado negativo dessa posiçao como certo tipo de apoios a ela. Ler o Argolo é muito convincente a esse respeito… 

  6. Sou a favor da

    Sou a favor da regulamentação. Não é uma profissão ideal, mas regulamentar é um mal menor.

    O problema é que, na prática, será muito dificil institucionalizar a profissão. Por preconceitos diveros, mas também porque os “gestores” do negócio ganham muito mais com a desregulamentação.

     

    1. Concordo. Mas qual o poder de

      Concordo. Mas qual o poder de lobby dos “gestores” para manter desregulamentado? Ou será que para os clientes não é melhor manter as coisas na “moita”? Por sinal, alguém lembrou que em Brasília o negócio “bomba”. 

      E ainda tem preconceito, moralismo e posicionamentos ideológicos sobre o tema.

      1. Tem razão, tem também o poder

        Tem razão, tem também o poder dos clientes. Talvez alguns maiores ainda que os dos gestores.

        Por exemplo, o tal do Oscar Maroni tem algum poder de lobby sim. Nas médias e pequenas cidades, geralmente os donos e donas dos bordéis famosos tem sim alguma influencia..

  7. … o assunto eh mais serio q

    … o assunto eh mais serio q parece.   ha nitida relaçao de escravidao quando o senhorio cerceia a liberdade de outrem – mulher ou homem, em proveito financeiro proprio.   creio q para isso  ja ha lei.  

    mas falando a verdade, brasilia tem o maior coeficiente de  casas afins por metro quadrado desse país e com frequesia seletissima … 

     

    1. Sr. Café, gostaria de saber

      Sr. Café, gostaria de saber algo, e que talvez  V. Senhoria, que demonstra ser tão letrado, possa me responder.

      Na ex União Soviética existiam prostitutas ??

      A pergunta é pertinente, uma vez que em vossa monografia,  exposta em seu comentário, o senhor afirma que a prostituição é intimamente ligada a este cruel sistema capitalista, dominado por pessoas provenientes da capital da pérfida Albion, e daqueles holandeses pervertidos.

    2. Países inteiros tornam-se

      Países inteiros tornam-se currais. Veja-se o pobre Uruguai. Veja-se o vergonhoso destino do Uruguai, servindo de pasto para os laboratórios sociais dos anglo-holandeses!

      Uruguai, terra de lavadores de dinheiro agora promovido a bastião da incultura da bestialidade e dos experimentos com lavagem cerebral em massa. No Uruguai os governos agora se dividem entre liberais, ultraliberais e extremos ultraliberais, como é o caso do nefasto governo que aí está com sua imagem de moderninho das esquerdas moderninhas.

       

      Credo!

      Só faltou a sugestão de retomar a Cisplatina com uma chuva de bombas … e posteriormente mandar os jesuítas para lá, que espalhariam a verdade dos homens bons.

  8.  
    19/11/2013 – 18:31
    Mais de

     

    19/11/2013 – 18:31

    Mais de dez anos depois da aprovação da lei parece que os objectivos não foram cumpridos.

    Alice Schwartzer com o seu livro sobre a prostituição na Alemanha JOHANNES EISELE/AFP

    A lei da legalização da prostituição na Alemanha foi aprovada pela coligação entre sociais-democratas e verdes em 2001. Pretendia melhorar as condições dos trabalhadores sexuais, permitir baixas de saúde, subsídio de desemprego e outros benefícios. Mas afinal, entre os cerca de 400 mil trabalhadores do sexo que se estima que sejam o total no país, apenas 44 (quatro deles homens) se registaram para benefícios de segurança social.

    Um apelo da feminista Alice Schwarzer pôs a questão de novo em debate, mesmo a tempo das negociações para uma coligação de governo entre os democratas-cristãos da CDU (que se opuseram à lei em 2001, mas não a mudaram, apesar de algumas tentativas) e os sociais-democratas do SPD.

    Alice Schwarzer publicou um livro intitulado: Prostituição, um escândalo alemão, dizendo que a legalidade da venda de serviços sexuais atraiu para o país “as mulheres mais pobres dos países vizinhos” (entre 65% e 80% das prostitutas não são alemãs), deixando-as à mercê da exploração. A Alemanha é “um paraíso para os proxenetas”.

    A revista Der Spiegel tinha recentemente um artigo defendendo que a lei falhou – com relatos de prostitutas em Colónia a venderem sexo por dez euros ou “um Big Mac”, de bordéis com a chamada “flat rate”, em que os clientes podem ter sexo e bebida sem limites por 100 euros até o encerramento do estabelecimento, ou histórias de mulheres levadas para o país (umas sabendo que iriam ser prostitutas, outras não) que não conseguiam escapar dos proxenetas. Num programa de televisão chamado “Pimp my bordello”, equipas visitavam “bordéis em apuros” e davam conselhos para melhorar o negócio.

    A lei esperava também que a legalização da prostituição ajudasse a diminuir os casos de tráfico de seres humanos. Os números na Alemanha desceram na última década: de 8011 casos em 2002 para 432 em 2011. Mas há quem tenha estudado a relação da legalização da prostituição com o tráfico de seres humanos, sempre difícil, dado que o número de casos registados nunca será o número real, concluindo que o efeito não será o esperado. Alex Dreher, da Universidade de Heidelberg, analisou dados de 150 países e encontrou uma tendência: onde a prostituição é legal, há mais prostituição do que onde não é.  

    Até dentro dos Verdes, o partido que mais mantém a sua posição, há dissidentes. “A prostituta autónoma que imaginámos quando a lei foi aprovada em 2011, que negoceia em termos iguais com o seu cliente e que pode viver com o seu rendimento, é a excepção”, notou Thekia Walker, dos Verdes, que tentou que o seu partido alterasse o apoio à liberalização da prostituição – sem sucesso. Na Alemanha, critica a professora de Direito Rahel Gugel, há a tendência de ver quem é contra a legalização como “púdico ou moralizador” e privilegiar a hipótese de cada um poder ter a liberdade de escolher a profissão que quer.

    Quem é a favor repete os argumentos de que ilegalizar só empurra a prostituição para uma zona de mercado negro que é mais difícil de controlar e em que há mais hipóteses de haver exploração e tráfico. Mas, segundo a revista Der Spiegel, polícias que trabalham nos bairros de prostituição queixam-se de que é difícil ter acesso aos bordéis. E as histórias de prostitutas a serem sujeitas a chantagem, trabalharem horas seguidas com dezenas de clientes por um magro salário, quererem fugir e não conseguirem, repetem-se.

    A Alemanha “tornou-se um centro para a exploração sexual de jovens mulheres da Europa de Leste, assim como na esfera de actividade para grupos de crime organizado de todo o mundo”, diz Manfred Paulus, detective reformado da cidade de Ulm.

    Em todas estas vozes, surgiu uma dissidente: a do sindicato de fornecedores de serviços sexuais e eróticos. “As feministas acham que não podemos falar por nós”, criticou Undine de Rivière, porta-voz do sindicato.

      

     “O mundo deles é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham d

     

    1. Mimimi do sem argumento

      O argumento do copiador do que sai na mídia moralista e conservadora é o clássico “se a lei não está conseguindo deter os malefícios inerentes à prostituição, que evidentemente existem a partir das distorções, uma clássica questão de má aplicação ou de falta de condições para aplicá-la como deveria, logo, a legalização é um erro”.

      A falácia e a invalidade desse argumento são notórias, mas o nosso conservador de plantão não consegue argumentar com um mínimo de pertinência.

      Por essa premissa, todas as grandes legislações do mundo, que, por motivos sociais, culturais e institucionais outros, não conseguem implementar com eficácia seus príncípios e regras, não servem.

      Pelo argumento tosco do Chiapas (na verdade, não é dele, ele vampiriza, apenas), teríamos que começar dizendo que a Constituição basileira, o Código Penal e o Código de Trânsito Brasileiro, sem falar do Código Tributário Nacional e legislações afins, nossa combativa e digna CLT, deveriam ser limados do ordenamento jurídico brasileiro.

      Afinal, nossa Constituição ainda luta para ser eficaz e efetiva (eficácia social) em muitos aspectos, nosso Código Penal não tem sido eficaz para combater, por exemplo, os mais de cinquenta homicídios anuais e os atos de corrupção diuturnamente praticados no país, nosso CTB não tem dado conta do alto número de acidentes automobilísticos no país com vítimas fatais, nossa legislação tributária não tem sido capaz de freiar a sonegação e a evasão fiscal como desejável, e nossa CLT ainda não conseguiu fazer com que os empregadores cumpram fielmente a legislação trabalhista vigente .

      Quem está de acordo com o fato de que, se assim é, devemos, necessariamente, limar as leis citadas anteriormente? Não ocorre ao sujeito acima com baixo senso crítico sequer perguntar algo básico: será que o problema é mesmo da legislação? Será que existem realmente interesses na sociedade alemã para que lei seja corretamente aplicada? Será que não tem relações com o fato das prostitutas serem estrangeiras e os alemães não estão preocupados com o futuro delas e daí não se esforçam para aplicar a lei como deveriam? Mas exigir tal discernimento do neófito Chiapas é uma perda de tempo.

      Sem falar na lei do SUS, na lei de diretrizes e bases da educação, na lei da reforma agrária, na lei de improbidade administrativa e em várias outras leis que sofrem problemas de inefetividade e ineficácia jurídica em sentido estrito.

      Como nosso neófito de plantão não atenta para tais implicações de seu argumento clichê, que confunde validade e pertinência da lei com eventuais desmandos ou falhas em sua aplicação, temos que dar um desconto. Ele parece ser bem café com leite rsrs.

      E, atentem, não adianta falar em mudança legislativa, como o Brasil está para fazer em seus principáis códigos e sempre vem fazendo para aprimorar a legislação, inclusive em sede de emenda constitucional. Não, não é para isso que aponta o argumento endossado por Chiapas, o neófito sem argumentos pertinentes.

      O que ele defende, sem saber que está fazendo isso, é a simples revogação das leis que não funcionam, a exemplo da legislação alemã sobre prostituição que não está adiantando nada, segundo diz a matéria acima. É tornar legal o que é ilegal e vice-versa, independentemente da validade intrínseca da lei vigente do ponto de vista jurídico e lógico-racional. É ou não é um despautério?

      Devia ler os clássicos jusfilófosos para entender o que significa lei e corrupção da lei.

      Fraquíssimo. Não consegue enxergar as consequências de seus argumentos a um palmo de seu nariz. Déficit intelectual evidente desse sujeito.

      P.S.: Esperem o comentário abaixo, onde o sem argumento Chiapas me chamará de “gordinho” hehehe.

       

       

      1. Vejam só, virei feminista alemã

        Apenas postei um artigo, um estudo de uma conhecedora do assunto, que escreveu um livro sobre o assunto, sem a menor pretensão. Material trazido gentilmente por mim para enriquecer o debate, sobre o qual não fiz sequer um comentário, e o gordinho toma como meus os argumentos da estudiosa alemã e do alto de seu conhecimento da sociedade alemã de cultura adquirida provavelmente nas areias do Frances, bebericando caipirinhas com turistas sexuais tedescos que tão bem recebidos são naquele pedaço do Brasil para dignificar a profissão que ele, como bom machista, defende que seja legalizada.

        A escritora aí fez um estudo científico, pesquisou, levantou números durante dez anos entre as prostistutas pobres que ofertam seus serviços na Alemanha e a eficácia da lei e chegou a um resultado execrável. 

        Já o gordinho eu duvido que alguma vez tenha se preocupado realmente se a situação das meninas que se prostituem com europeus e americanos irá melhorar ou piorar com a legalização. 

        O gordinho possui o argumento único do combate ao moralismo e a quebra da rigidez moral para defender sua tese da regulamentação da prostituição. Ele não possui nenhum argumento real, aliás, possui contra-argumentos que prefere esconder.

        Em nenhum lugar do mundo onde se regulamentou a prostituição a vida das prostitutas melhorou, muito pelo contrário, Holanda, Espanha e Turquia são os principais destinos de escravas brancas que lá tem que se prostituir sob o poder dos mesmos cafetões que se utilizam do negócio legal.

        O grande problema do gordinho é que me tazando de moralista, com seu discurso único, joga na mesma vala comum, moralista, eu, Simone de Beuvoir, toda a sociedade sueca, a finlandesa, a islandesa e outras. Tudoe bem, estou bem acompanhado com os meus moralistas.

        Ele que se divirta com os seu liberais do Mayflower que eu fico com os meus europeus do norte. 

        1. Chiapas, além de inepto, é burro

          Não consegue rebater um único dos meus argumentos. Acabei de demonstrar quase que matematicamente porque os argumentos acima, da alemã feiosa na qual ele se baseia, são uma porcaria, e ele não entendeu. Burro é assim mesmo. Só resta apelar para autoridades que ele não conhece e desvirtua.

          1. Discutir o que ?

            Você simplesmente fez uma defesa da imutabilidade das leis, que além de denotar sua falta de qualquer outro argumento para defender sua posição quanto a legalização da prostituição, além de tudo é um contra argumento a ela.

            Ora, se o CP já é bom e não deve alterado, como você está defendendo o PL do Jean Wyllys que altera o CP em seus artigos 228 a 231 ? 

            Afinal, quem está defendendo a alteração de uma lei que supostamente não presta mais são você e seu amigo Jean Wyllys, e não eu. Quem está defendendo que se lime, como você disso, o código penal vigente, são você e o Jean Wyllys e não eu.

            No mais, sua tentativa de desconstrução da estudiosa e ativista dos direitos da mulher alemã, talvez por ela ser feia como você afirmou, esbarra em outros obstáculos maiores, pois a opinião dela é corroborada por praticamente todas as instituições de defesa dos direitos da mulher no mundo, a começar pelo European Women’s Lobby, o maior defensor desse direitos, que considera, assim como eu e toda sociedade sueca a prostituição não como uma questão de liberação sexual e sim de violência contra a mulher. 

            Aquele seu argumento anterior, que você já largou pelo caminho aí atrás, de que todas as sociedades mais avançadas que a brasileira, no seu entender, já tinham dado a legalização da prostituição como um fato consumado é mentiroso e falacioso, como afirmei e venho comprovando.

            A França já mudou sua lei, cidade alemãs que se tornaram centros de prostituição, e vítimas de todos os problemas que acompanham essa atividade, como o tráfico de drogas, o aumento da criminalidade, etc,  após a lei de 2002 que você defende estudam maneiras de coibir a atividade a nível municipal, os britânicos e os belgas também estão em estágios avançados de construção de leis que devem acompanhar o espírito da nova lei francesa, esta por sua vez baseada na lei sueca, que é de longe, considerada a que tem a melhor eficácia nessa atividade que NÃO deixou de ser degradante com a regulamentação e a legalização, como mostram os estudos.

            Enfim, suas suposições, assim como as do Sr Wyllys de que a legalização da atividade a elevará a um outro patamar dentro da sociedade, trazendo dignidade, respeito e proteção às mulheres exploradas não se confirma na prática através de exemplos já consumados. Não passam de achismos sem nenhuma fundamentação. A situação das prostitutas não melhorou em lugar nenhum do mundo onde essa atividade foi legalizada. Desafio-o a trazer aqui dados que corroborem seus achismos. Derrubarei-os uma a um demonstrando que em todo o mundo a legalização apenas trouxe benefícios legais e econômicos aos exploradores, aos proxenetas, aos receptadores de mulheres traficadas de países pobres, como na Alemanha, na Holanda, Espanha e na Turquia.

            Segue mais uma texto para sua apreciação, caso queira se inteirar melhor da minha posição sobre o assunto e parar com esse artifício tolo de moralismo quando se trata de defesa de pessoas exploradas na sua fragilizade. 

             

            France is paving the way towards a progressive Europe free from prostitution, says European Women’s Lobby

            Posted on 6 December 2013

            France is paving the way towards a progressive Europe free from prostitution, says European Women's Lobby

            [Brussels, 5 December 2013] The European Women’s Lobby (EWL) warmly welcomes the vote of the French Parliament yesterday, which adopted a law proposal aiming at abolishing the system of prostitution. After two years of debate, French parliamentarians decided to support a new legislation aiming at supporting prostituted persons and considering prostitution as an obstacle to gender equality and a violation of human rights and dignity.

            The law will address all actors involved in the system of prostitution, in a comprehensive way. Persons in prostitution won’t be criminalized anymore and on the contrary, will be offered alternatives to exit the system of prostitution. The demand for prostitution is recognized as the main driver of the exploitation, and the purchase of sex will therefore be criminalized. The fight against all forms of procuring and trafficking is strengthened, highlighting the links between prostitution and trafficking. Finally, prevention and education actions will be implemented to raise awareness to the reality of prostitution as a form of violence.

            “France is now joining Sweden, Norway and Iceland, whose successful and progressive policies on prostitution are based on the fundamental principles of equality between women and men, human dignity, solidarity and justice. We congratulate the French parliamentarians for their courageous stance against the system of prostitution which exploits the most vulnerable, perpetuates male domination and fuels trafficking in women”, says Viviane Teitelbaum, President of the European Women’s Lobby.

            Together with the 200 NGOs from all over Europe, which have signed the Brussels’ Call ‘Together for a Europe free from prostitution’, the EWL sees the French developments on prostitution as a sign that mentalities are evolving towards shared values of equality and dignity.

            Debates are taking place in other European countries, and several are considering the Nordic model as the best way to implement gender equality, reduce violence against women, and tackle trafficking: the Irish Parliament issued a report recommending the criminalisation of the purchase of sex; the Cypriot Ombudswoman is pointing out to the links between prostitution and trafficking and the role of the demand for prostitution; theFinnish Justice Minister is supporting a full ban on purchasing sex, taking stock of the failure of his legislation to address trafficking when criminalizing only sex buyers from trafficked or exploited women.

            “France is sending the clear message that 21st century societies are to be free from systems of prostitution. This is a unique moment for all the women still in prostitution and for all the survivors who have supported this move, and we want to pay tribute to their courage and strength”, says Pierrette Pape, Coordinator of EWL campaign ‘Together for a Europe free from prostitution’.

            The EWL also congratulates the French coalition of women’s organisations, Abolition 2012, which has played a key role in raising awareness on the reality of prostitution at all levels. The next step in France will be the debate in the Senate, and the EWL, together with the 200 signatories of the Brussels’ Call, calls on all senators to confirm the abolitionist stance taken by France yesterday.

            Facts and figures on prostitution:

            Prostitution is a form of violence against women:

            • Between 80 and 95% of persons in prostitution have suffered some form of violence before entering the system of prostitution (rape, incest, pedophilia), 62% of women in prostitution report having been raped.• 68% of women in prostitution meet the criteria for Post-Traumatic Stress Disorder in the same range as victims of torture.• According to Interpol, a pimp earns 110 000 euros per year per prostituted person.• Nevada, where procuring is decriminalised, sees the highest rates of rape compared to all US states.• For 10% of girls and 37% of boys interviewed in Denmark, it is normal to receive money or gifts in exchange of a blow job.

            Prostitution and trafficking:

            • Globally, women constitute 85% of the victims of trafficking for sexual exploitation (prostitution).• Globally, 79% of reported trafficking in human beings is for sexual exploitation (prostitution).• In Europe, 62% of trafficking in human being is for sexual exploitation (prostitution). Women constitute 80% of victims of trafficking.• According to the UN, trafficking in human beings is the second biggest source of illicit profits for criminals after drugs trade.

            Prostitution in Sweden and the Netherlands:

            • According to the Dutch Ministry of Justice’s study ‘Daalder’, there has been no significant improvement in the situation of persons in prostitution and the use of sedatives has increased.• According to the same study, in the Netherlands, options for leaving the industry were in high demand, while only 6% of municipalities offer assistance.• The Dutch National Police Force’s study on the sector of legalised prostitution found that between 50-90% of the women in licensed prostitution “work involuntarily”.• In Sweden, the number of persons exploited in street prostitution has halved since 1999, while it tripled in Denmark and Norway for the same period.• After ten years of implementation of the Swedish legislation, 70% of the population express full support for the law.• In 1996, 13.6% of Swedish men said they had bought someone for prostitution purposes. In 2008, the figure had dropped to 7.8%.

            For more information, interviews, background or visual materials, please contact Elvira Buijink, Communications and Media Officer, European Women’s Lobby; Tel: +32 2210 04 40; [email protected], and see http://www.womenlobby.org.

            Note to editors:

            The European Women’s Lobby (EWL) is the largest umbrella organisation of women’s associations in the European Union (EU), working to promote women’s rights and equality between women and men. EWL membership extends to organisations in all 28 EU Member States and three of the candidate countries, as well as to 21 European-wide organisations, representing a total of more than 2000 associations.

            Sources :

            Melissa Farley et al., ‘Prostitution in five countries: violence and post traumatic stress disorder’, Feminism and Psychology, 8, 1998.http://www.prostitutionetsociete.fr….Danish social services, 2008.UNODC Preliminary findings of the human trafficking database (2003)UNODC 2009 Global Report on Trafficking in PersonsEurostat, 2012Daalder, A. L. (2007). Prostitution in The Netherlands since the lifting of the brothel ban [English version]. The Hague: WODC / Boom Juridische Uitgevers.KLPD – Dienst Nationale Recherche (juli 2008). Schone schijn, de signalering van mensenhandel in de vergunde prostitutiesector. Driebergen.http://www.regeringen.se/sb/d/13358….

  9. Tudo que é legalizado é

    Tudo que é legalizado é melhor controlado, iluminado – no sentido de ser mais claro, mais transparente – e funciona melhor.

    Exemplo: No tempo da Lei Seca nos USA quem ganhava eram a máfia, a policia corrupta, os gansgters. Ao legalizar a venda da bebida alcoolica, todos ganharam, até mesmo os consumidores pela baixa do preço da bebida e a sociedade como um todo pela diminuição da violencia.

    Nesse sentido, só favorável à legalização de tudo ou quase: aborto (haverá uma sensível diminuição do número de abortos pois a mulher se sentirá amparada e deixará de fazer aborto) , prostituição (de igual forma, será apresentado à prostituta ou a iniciante uma outra perspectiva de vida e ela mudará de planos) , drogas em geral e não somente fumo e alcool (o viciado ou o iniciante será orientado a procurar tratamento ou a desistir de iniciar tal vicio) , eutanasia – poucos sabem o que acontece nessas utis.

    Sou contrário apenas à legalização do jogo – a não ser que seja bancado pelo Estado, pois haverá uma pouco mais de honestidade.

  10. Confusão

    Eu não sei se esta é uma posição institucional, mas li muitas mulheres que se afirmam militantes feministas contra o PL do Jean Wyllys. Ocorre que, tais posicionamentos olvidam que o PL vem de uma reivindicação das próprias prostitutas. Isto sem contar que também existem homens e travestis garoto(a)s de programa. 

    No caso de um homem garoto de programa, aplicam-se os mesmos argumentos que o projeto é machista e patriarcal? A psicanalista Regina Navarro, em uma entrevista, disse que várias de suas pacientes confessaram que se houvesse uma casa de prostituição masculina em que não corressem risco de vida, frequentariam, então, qual o problema? 

    Pelo argumento de alguns, parece até que soltaram rojões de alegria quanto a bancada Evangélica barrou a campanha do governo federal em prol da auto-estima e sexo com segurança das prostitutas.

  11. Moralismo e indignação seletiva

    Vou descrever três cenários hipotéticos e gostaria que os que são contra a regulamentação da prostituição me expliquem a diferença de tratamento entre eles.

    Cenário 1: Uma jovem de 18 anos, fisicamente bonita, resolve seguir, por livre e espontânea vontade, a carreira de modelo. Procura então uma agência, que é remunerada com uma percentagem do trabalho que a moça efetuar por intermédio da agência.

    Cenário 2: A mesma jovem, também por livre e espontânea vontade, resolve seguir a carreira de cantora. Procura então uma gravadora, que fica responsável pela produção e comercialização das músicas, em troca de uma porcentagem das vendas.

    Cenário 3: A mesmíssima jovem, ainda por livre e espontânea vontade, resolva agora ser prostituta. Procura então um cafetão, que ganha um percentual dos programas que ele arruma para a moça.

    A todos que são contra a regulação da profissão, pergunto qual a diferença legal, jurídica ou trabalhista entre as três situações descritas? Por que as duas primeiras são tratadas como normal e merecem ser reguladas enquanto apenas a última é classificada como degradante, exploração, escravidão?

    Fico no aguardo de um argumento não moral que explique a diferença de tratamento.

     

     

     

    1. Legalizar a prostituição. Por que não?

      Por mais que teus argumentos sejam válidos e admicíveis… 

      Eu não acho que legalizar a prostituição resolveria o problema.

      Não tenho preconceito contra quem vive disso, mas já estudei sobre os maus que a prostituição traz.

      Tu realmente achas que quem está ali, está porque quer, por que gosta? Muitas dessas mulheres/homens são submetidos a uma série de infortúnios. Ou tu achas que elas não são muitas vezes – a maioria – agredidas por seus clientes.

      Há muitas jovens de pouca idade que são obrigadas a trabalharem como tal, vendendo o seu corpo, se deitando com um qualquer. 

      Sou mulher, e jamais deixaria qualquer um TOCAR em meu corpo dessa forma. 

      Não estamos falando apenas de injustiças sociais, ou de quebrar um tabu; estamos falando de mulheres que precisam ou são submetidas a isso. Se legalizarmos… bom, ao invés de acabar com a prostituição e todos os problemas que decorrem dela, estaremos tornando isso ao legal, aumentando os problemas. Sem falar das doenças transmitidas sexualmente, de gravidês indesejadas (isso leva muitas vezes a mãe a procurar o aborto – em sua maioria clandestino, morrendo no processo, ou algo semelhante), abandono de bebês nas ruas, etc.

      O certo seria termos um progama institucional que ajudasse essas mulheres a redescobrirem o seu valor. Pode parecer sem contexto (mas não é) o que digo, mas a gente se sente usada – como um objeto – quando tratadas sem qualquer apreço pelo parceiro. Imagina então para alguém que vive assim! Não acho que a legalização seria de todo um bom. Tem algumas coisas boas, outras não. 

      Eu não concordo.

      Espero que eu tenha conseguido dissertar corretamente, que tenha entendido o que eu quis exprimir. 

       

    2. Sou contra

      Eu não acho que legalizar a prostituição resolveria o problema.

      Não tenho preconceito contra quem vive disso, mas já estudei sobre os maus que a prostituição traz.

       Muitas dessas mulheres/homens são submetidos a uma série de infortúnios; são muitas vezes – a maioria – agredidos por seus clientes.

      Há muitas jovens de pouca idade que são obrigadas a trabalharem como tal, vendendo o seu corpo, se deitando com um qualquer. 

      Sou mulher, e jamais deixaria qualquer um TOCAR em meu corpo dessa forma. 

      Isso não tem a ver apenas de injustiças sociais, ou de quebrar um tabu; tem a ver de mulheres que precisam ou são submetidas a isso. Se legalizarmos… bom, ao invés de acabar com a prostituição e todos os problemas que decorrem dela, estaremos tornando isso ao legal, aumentando os problemas. Sem falar das doenças transmitidas sexualmente, de gravidês indesejadas (isso leva muitas vezes a mãe a procurar o aborto – em sua maioria clandestino, morrendo no processo, ou algo semelhante), abandono de bebês nas ruas, etc.

      O certo seria termos um progama institucional que ajudasse essas mulheres a redescobrirem o seu valor. Pode parecer sem contexto (mas não é) o que digo, mas qualquer mulher se sente usada – como um objeto – quando tratadas sem qualquer apreço pelo parceiro. Imagina então para alguém que vive assim! Não acho que a legalização seria de todo um bom. Tem algumas coisas boas, outras não. 

      Eu não concordo.

      Espero que eu tenha conseguido dissertar corretamente, que tu tenha entendido o que eu quis exprimir. 

      Obrigada por sua atenção,

      Boa noite!

  12. Esse país tem que incentivar

    Esse país tem que incentivar a educação de qualidade em massa, não a prostituição…Jeans Wyllis mais uma vez quer usar os movimentos feministas para beneficiar o ativismo gay!. 

  13. Sr.Jean Wyllis, já que quer
    Sr.Jean Wyllis, já que quer tanto ajudar as mulheres, então ,peça para os seus companheiros estilistas gays pararem com essa obsessão doentia e paranóica pela procura do corpo masculino nos corpos femininos, transformando as modelos mulheres em verdadeiros esqueletos humanos, gerando uma epidemia de mortes por bulimia e anorexia!….Mais de 15 milhões de mulheres no mundo sofrem de bulimia e anorexia, milhões morrem, sempre  relacionada a ditadura da beleza do mundo da moda, onde a magreza é exigida por estilista gays!.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador