Bolsonaro critica 13º salário e férias, e defende empresário que coagiu votos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em reunião com as bancadas do DEM, nesta quarta (12), Jair Bolsonaro defendeu que os direitos dos trabalhadores se aproximem da informalidade. Além disso, ameaçou agir contra o atual papel do Ministério Público do Trabalho e defendeu o empresário Luciano Hang, das lojas Havan, do processo com multa de R$ 100 milhões por ter coagido seus funcionários a votar no deputado da extrema direita para presidente. Os relatos foram feitos pelo jornal O Globo.
 
Segundo o diário, Bolsonaro disse que “no que for possível” irá mudar a legislação trabalhista, para que o empresário tenha de pagar menos direitos, aproximando os trabalhadores do que acontece na informalidade. Ele criticou o 13º salário e férias indiretamente, dizendo que são garantias engessadas pela Constituição.
 
“Por exemplo, a legislação trabalhista, no que for possível, sei que está engessado no artigo 7º, mas tem que se aproximar da informalidade”, disse. É no artigo 7º da Carta Magna que os trabalhadores têm direito a férias, décimo terceiro salário, seguro desemprego, fundo de garantia, entre outros benefícios.
 
“Outra coisa, o Ministério Público do Trabalho, pelo amor de Deus. Se tiver clima, a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar quem produz sendo vítima de uma minoria atuante. E lá não tem hierarquia, não é batalhão de infantaria, que tem um comandante que vai lá e cumpre ordem, cada um faz o que bem entende”, comentou Bolsonaro.
 
“Até vejo um caso aqui, sem querer defendê-lo, o Luciano Hang, lá da Havan de Santa Catarina. Ele está com uma multa de R$ 100 milhões porque ele teria aliciado e obrigado seus funcionários a votar em mim. Como é que os caras conseguem bolar um negócio desses?”, disparou.
 
O presidente eleito voltou a dizer que “ser patrão no Brasil é um tormento. Eu não quero. Eu podia ter uma pequena, uma microempresa, com cinco funcionários. Não tenho porque? Porque eu sei das consequências se o negócio der errado, se eu quiser mandar alguém embora. Devemos mudar isso aí.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Zoófilo demagogo
    Não que o zoófilo e sua turma não pense de acordo suas declarações, no fundo, mas é claro que ele e os demais sabem que não terão forças para colocar certas ideias em prática enquanto sobrar uma réstia de civilização no país. Daí, quando a classe trabalhadora mobilizar a população contra tais iniciativas latentes o demagogo chegado em fiofó de galinha vai cagar no saco e desdizer o que disse, assim como seus comparsas oportunistas. Tem razão o Rui Costa Pimenta, não se combate um demagogo com base em uma ideologia que ele não tem. O buraco é mais embaixo.

  2. Como se dizia antigamente

    E lá …., não vai nada?

    As férias, os décimos terceiros e quartos, os auxílios, as verbas de gabinete, as semanas de 3 dias, os apartamentos funcionais que pagamos pra esse puto , no que for possível, não está na hora de a gente cortar?

    De preferência tudo.

    Ser patrão desses cornos é que dá prejuizo e tira o trabalho.

    Tem que mudar isso aí!

     

    O que amedronta Bolsonaro, o "valentão"? - Portal Vermelho

  3. A julgar pelo enxame de

    A julgar pelo enxame de videos que aparecem no Youtube te convidando para se tornar investidor, em breve ninguém mais vai trabalhar….

    Vamos todos viver de renda!

    Receber gordas e polpudas remunerações mensais bancadas pelos velhinhos que não se aposentarão nunca trabalhando o dia inteiro pelo minimo, se houver –  e por trabalhadores – os que não quiserem se tornar investidores, é claro e por isso vão trabalhar quase de graça e fazer a roda dos juros girar gorda e forte como nunca!

    A economia do Brasil vai virar uma pirâmide financeira!

    Nem o Mourão tira mais o bolsonaro!

    É tão caótico o mundo oferecido por bolsonaro que ninguém mais quer outra vida!

    É um mundo dos sonhos para empresários, sem regulação, com leis frouxas – o mundo ideal para proliferar milicianos e toda sorte de máfia…

    E no fim do túnel haverá um refis…

    Se tirarem o bolsonaro, ai sim, vai ter luta!

    O Mourão é mais confiável para a globo!

    Os militares e a globo se entendem!

  4. Comentário de notícia

    O que este cidadão entende de ser patrão, mamou nas tetas do estado desde jovem, não sabe o que está falando, alem do mais não teria nem competencia para qualquer tipo de negócio. O que ele entende muito bem é de mamar nas tetas públicas para o povo otário pagar. 

  5. Ele crítica mas sempre
    Ele crítica mas sempre recebeu o 13 terceiro e tira férias direitinho como manda a lei né!Como é hipócrita,tá fazendo o jogo da elite financeira q quer limitar o acesso ao dinheiro no Brasil e querem o monopólio do Din Din !!

  6. MeuCaviar, MinhaVida

    Nassif: tô com daBala. Esses operários kummunistas e esse pobres vagabundo, pertencentes aos 91 milhões dos que nele não votaram, que se danem. Façam caravana e vão pro México. Tão pensando o quê? 

    Os empresários, parte dos 56 milhões de seus eleitores, estão sem comer um caviarzinho (com patê de foisgras) e beber champanha (como o Príncipe de Paris) há bom tempo. Assim não dá.

    As madamas da elite paulista e do sul só puderam uma vez ir a NewYork fazer compras. Assim mesmo em classe econômica. E a família dos verdeolivas graduados? Isto tem de mudar, rapidinho.

    AI-5 neles, Messias…

  7. Este tipo de trabalho já é
    Este tipo de trabalho já é realidade. Talvez aos leitores e quem escreve faltam conhecer mais. Estou leigo no assunto, porém a novidade, que nem é tão nova assim, já vem sendo praticada. É só procurarem saber sobre trabalhos baseados em contratos e PJ.
    Talvez, com um dos dois pés na certeza, o pensamento baseado em ideologias divergentes ou fanatismo fale mais forte.
    Aparecem sempre belos textões com palavras difíceis neste tipo de publicação e todas com fundão. Fundão mesmo! De ódio, de alguém que nem sequer assumiu seu posto.
    Se forem comentar esse post: lembrem que estamos numa “democracia”.

    1. Tipos de trabalho

      Esse tipo de trabalho não só é realidade como também a alegria do mau patrão.

      A se observar as suas consequências a gente pode ver o quanto ele é “saudável”.

      Pra quem não se incomoda com o desemprego e a miséria alheia, é uma beleza.

        

  8. Sei que a frase é batida, mas

    Sei que a frase é batida, mas é irresistivel: esse governo vai dar o que falar.

    E eu vou rir muitos dos otários que votaram nessa aberração.

    1. Vai sonhando

      Você já ouviu falar em emenda constitucional?

      A advogada do uol, lá no pitaco de economia,  quis referir-se aos direitos que não podem ser negociados com o patrão em desrespeito à lei.

      Até mesmo os direitos trabalhistas  garantidos pela constituição pode sim, infelizmente, ser alterados a qualquer tempo se o congresso assim o admitir.

       

       

       

  9. Estilo EU

    Concordo que a nossa legislação trabalhista seja igual a dos EUA.

    Mas os patrões vão concordar em pagar U$ 9,00 a hora?????? chegando a U$ 15,00 até 2022?????????????

    220horas mensal x U$ 9,00 = U$ 1.980,00 

    U$ 1980,00 x R$ 3,87 = R$ 7.662,60

     

    Insisto vamos nos tornar estado americano é muito mais vantajoso do que ser colonia.

  10. Você Bolsonaro, não tem
    Você Bolsonaro, não tem porque ter uma microempresa se ja rouba dinheiro do cofre público.
    Até votei em você,mas não sabia que você é contra os direitos trabalhista.

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