Desemprego afetou mais os idosos nos últimos dois anos, diz Ipea

 
Jornal GGN – De com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a maior variação da taxa do desemprego ocorreu entre os maiores de 59 anos, o equivalente a 132% entre o último trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016. Entre os mais jovens, a redução chegou a 75,3% no período. 
 
O grupo dos idosos também apresenta a maior piora na comparação entre o primeiro e segundo trimestre deste ano, com variação de 44,4%, enquanto os mais jovens, na faixa entre 14 e 24, a varialão foi de 1,39%, no mesmo período.

 
José Reinaldo Souza Jr, coordenador da publicação do Ipea, aponta que a variação do desemprego incidde sobre uma taxa muito mais alta dos jovens em comparação com os maiores de 59 anos. Ele afirma que a taxa de desemprego mais que dobrou na faixa acima dos 59 anos, mas entre os mais jovens não, já que a taxa já era muito mais alta. 
 
De acordo com a Carta de Conjuntura do Ipea, o desemprego cresceu, principalmente, pela diminuição da população ocupada, com redução do número de contratações. “Não foi nem por um aumento no número de demissões. Caiu o número de pessoas contratadas com emprego formal e informal também”, afirma o pesquisador, que também diz que a queda não foi maior porque muitos profissionais demitidos resolveram abrir seu próprio negócio. 
 
Renda 
 
Comparando o primeiro e o segundo trimestre de 2016, o rendimento real médio teve diminuição de 1,5%, e de 4% na comparação entre o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2015. 
 
Os trabalhadores que recebem menos que o salário mínimo tiveram redução de 9% no rendimento real nos últimos 12 anos. “É um grupo que não tem proteção de sindicato, de lei, de nada. Ele não ganha nem o salário mínimo, está à margem da lei trabalhista. Como a crise se espalhou de forma muito forte, são os maiores prejudicados. Eles estão em posição de vulnerabilidade mesmo”, salienta Souza Jr. 
 
Na faixa de renda mais alta, os 10% que recebem os maiores salários conseguiram um aumento real de 2,38% no período. O especialista do Ipea crê que o retorno das contratações irá demorar para acontecer. “O emprego demorou mais para aparecer na crise e vai demorar mais para se recuperar também”, afirmando que as contratações só voltam a acontecer quando se reduzirem as incertezas sobre a economia. 
Redação

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